Junmyeon estava tão nervoso de ter que passar naquela rua, de tantas ruas mais seguras e bem iluminadas, além de bem povoadas. Aquela rua tinha tudo o que a sociedade coreana desprezava, mas não tinham dinheiro suficiente para se mudar, principalmente porque não estavam em seu país natal e sim em uma terra estrangeira. Sehun convenceu o melhor a abandonar o seu lar aconchegante, para se aventurar nos Estados Unidos, só não imaginou que iriam ser roubados por um golpe e teriam de morar naquela casa que só não caía sobre suas cabeças por milagre. E o emprego não era um dos melhores, faziam striptease em uma boate ali perto e ganhavam o suficiente para comprar a comida e algumas contas.
— Por que ainda escuto você? — resmungou com as mãos nos bolsos, aprendeu que se fizesse contato visual com um deles poderia arranjar briga.
— Porque me ama, e somos amigos. — respondeu debochado, e então parou o amigo para apreciar o mecânico que estava trabalhando. — Se eu pego ele não largo mais, sento em um ponto, que só me tiram com guindaste. — o mais velho o olhou horrorizado e envergonhado. — Vem ser gostoso na minha casa.
— Se comporta. — deu um tapa no ombro do mais novo, que apenas riu.
O mecânico então saiu debaixo do carro, todo sujo de graxa arrepiando os fios do corpo do menor, suspirou e então acenou para eles com o seu sorriso. Junmyeon acenou de volta sentindo as bochechas queimando, e antes que o amigo dissesse algo, apenas o empurrou para andar mais rápido.
Maquiaram-se e então vestiram as roupas que usaram no dia de hoje, marinheiro e aviador, fizeram fighting um para o outro então seguiram para o palco. A dona da boate então dizia em alto e bom som, os anunciando e incentivando-as a darem todo o dinheiro para eles, prometendo que valeria cada centavo. Ela não estava errada, eles eram ótimos no que faziam, principalmente Sehun. Viraram-se de costas para as convidadas, contaram até três até a música começar a tocar, e então começaram a dançar sedutoramente. Vez ou outra dançavam esfregando-se um no outro, quase como se estivesse transando no palco, e depois faziam o mesmo com as convidadas que deliravam com tudo aquilo. A dupla se entregava totalmente ao papel, principalmente quando chamavam algumas sortudas para o palco e as seduziam. Sentadas na cadeira, em pé, ou deitadas no chão, eles as faziam ficarem molhadas sem precisarem realmente fazer algo. O que elas mais amavam, é quando eles movimentavam-se sobre elas simulando estocadas, no ritmo da música, as vezes acelerado e as vezes lento. Eles se divertiam fazendo isso, mesmo que na realidade nem ao menos se atraíssem por mulheres. E apesar de não ser o melhor trabalho do mundo, pelo menos os distraia um pouco da realidade que tinham, tanto eles quanto elas. E enquanto o Junmyeon movia seu quadril contra o rosto da moça que estava sentada na cadeira, Sehun acabou notando que tinham um convidado no fundo da plateia, mas não conseguia identifica-lo porque estava muito escuro. Não era raro aparecerem homens para assistir, ou acompanhar alguém, mas por alguma razão aquele ali parecia ser familiar.
Ao fim da apresentação pegaram todo o dinheiro e agradeceram, seguindo para o camarim, tanto para tirarem a maquiagem e trocarem de roupa, quanto para contarem quanto tinham recebido.
— Hoje fizemos muito bem. — disse o Oh olhando para o amigo pelo espelho. — Principalmente porque você ousou com aquela moça, achei que ela iria te chupar, porque ela parecia querer muito isso.
— Fala isso porque não notou a outra querendo sentar em você, assim como você queria sentar no mecânico. — o maior riu e o menor acabou rindo também.
E então uma das bartenders bateu a porta, Kim permitiu a entrada dela e ela entregou um bilhete.
— De quem é? — perguntou Sehun e a moça disse que não podia dizer, que só foi paga para entregar. — Ok, ne... Deve ser uma das suas milhares de admiradoras, soube que uma delas prometeu te bancar. — disse e o Kim fez uma careta, fazendo o amigo rir.
— Amei a sua apresentação, e adoraria que fizesse uma em particular nesse endereço quando estiver livre, prometo pagar muito bem. — leu em voz alta e depois se entreolharam preocupados, não era a primeira vez que recebiam algo assim, e por isso sabiam dos riscos.
— Lembro da vez que fui pra um desses e tentaram me sacrificar pra uma deusa pagã, foi horrível... — disse Sehun fazendo bico.
— O que acha que devo fazer?
— Não ir. — respondeu fazendo um X com os braços.
Junmyeon olhou para o bilhete e decidiu jogá-lo no lixo, só iria se tivesse ao menos o nome da pessoa, não podia confiar. Terminaram de se vestir e saíram, dessa vez mais atentos do que nunca, e para azar deles a rua mais segura estava um completo breu por conta de um problema nos postes. Engoliram em seco e passaram pela rua do mecânico, ele parecia ansioso com algo, e seu sorriso iluminou-se ao vê-los. E então como se uma lâmpada acendesse na mente do Sehun, o mesmo reconheceu quem tinha sido o homem que os assistia e ligou os pontos.
— Poderia nos dar um pouco d'água? Estou morrendo de sede. — disse Sehun e Junmyeon tentou repreende-lo, mas o mecânico foi mais rápido e entrou para buscar o copo. — Ele é o cara do bilhete.
— Como sabe? — cochicharam disfarçadamente enquanto ele não voltava, então o Oh apontou para um bilhete colado em uma parede, a letra era idêntica.
— E ele nos assistiu hoje, estava no fundo e você nem percebeu. — sorriu malicioso e o Kim ficou completamente vermelho.
— Aqui está. — estendeu o copo e o mais novo pegou sorrindo.
— Obrigado. — bebeu rapidamente e então devolveu. — Agora preciso ir, bom trabalho Myeonnie. — e saiu saltitando, deixando o Kim sem palavras e o Park sorrindo bobo.
— Achei que nunca viria. — o menor nem ao menosa sabia o que dizer, era como se todo o seu corpo estivesse paralisado e a mente sob efeito de cocaína.
— Então era você mesmo?
— Achou que era algum traficante, feiticeiro ou assassino? — perguntou e o menor concordou com a cabeça, o maior riu e bagunçou os fios. — Não sou nada disso, sério, pode ficar tranquilo.
— Onde quer que seja? — nunca dançou para um homem antes, além do Sehun e isso o deixava nervoso e envergonhado.
— No meu quarto, pode ser? — concordou e ele então seguiu o maior.
A casa era simples, na frente era a garagem e nos fundos tinha a casa de apenas dois cômodos já que apenas ele morava ali. O maior então fechou a porta do quarto após entrarem, sentou-se na cama e aguardou ansioso, enquanto que o menor parecia que iria ter um treco ali mesmo. Respirou fundo e virou-se de costas, contou até três e o maior deu play na música em seu celular. Quando a música começou Junmyeon não enxergou mais nada, apenas entregou-se a ela e fez o que tinha sido contratado para fazer. Começou a dançar no ritmo dela e tirar as roupas, Chanyeol assistia a tudo encantado, e então o Junmyeon foi até o seu colo e rebolou sobre ele, levantando-se vez ou outra para dançar mexendo os quadris na direção do rosto dele. O maior estava ficando excitado com aquela cena toda e controlou-se para não agarrá-lo ali mesmo, arfando quando sentia os pênis roçarem um no outro por cima dos tecidos. Junmyeon até podia não admitir, mas estava com tanta vontade quanto ele de beijá-lo. E em meio a uma rebola ou outra, os lábios acabaram se encontrando e eles beijaram-se. Foi um beijo quente e intenso, as mãos do maior foram para as nádegas do menor e a apertaram, fazendo o menor arfar entre o beijo e morder seu inferior. Ele podia muito bem sair correndo de lá e dizer que o show tinha acabado, mas o maior beijava tão bem e era tão sedutor, que ele não resistiu e permaneceu po ali mesmo.
E lá estava ele, com as pernas envolta da cintura do maior que o estocava fundo e gemia rouco em seu ouvido, apertando a sua cintura, e o menor chamando o nome dele gemendo manhoso, descontando o prazer nas costas dele. Naquela noite nenhum deles dormiu, e o show durou por uma madrugada inteira, até o sol nascer. Um show particular, em que eles eram os vocalistas, seus corpos os instrumentos e a melodia seus gemidos.
— Aquele desgraçado deve estar sentando tanto nele, que nem o Rei Arthur tira de cima. — comentou enquanto ia dormir, rindo baixinho após tomar seu leite costumeiro. — E eu que era o safado...
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