Então o seu olhar encontrou-se ao dele, os olhos azuis tão escuros quanto o oceano a encaravam com angústia.
Ele soltou a faca e ela acompanhou o trajeto da mesma até o chão, como se o baque da lâmina contra o assoalho de madeira a trouxesse de volta para a realidade.
Ela estava livre!
Engoliu em seco quando ele andou até ela com suas mãos trêmulas cobertas por sangue, ele passou suas mãos pálidas e sujas pelos cabelos loiros jogando as mechas rebeldes para trás, manchando os fios claros com o sangue da única pessoa que poderia um dia ter chamado de família.
Então com os olhos melancólicos, ele retirou do bolso de sua calça esfarrapada uma chave, libertou-a das correntes que lhe rodeavam o pescoço claro e a observou sorrir, satisfeita.
Obrigado pela leitura!