Eu não sei como ela se chama e nem sua idade, mas consigo chutar que não passa dos 23 anos; seu nome, bem, aposto que deve ser algo bonito e agradável de se pronunciar. Só sei realmente o tempo em que aquela garota apareceu na minha vida, e foi a exatos três meses.
No meu trabalho — como caixa de uma lanchonete no subúrbio da cidade — todo os dias vejo milhares de rosto diferentes, alguns poucos conhecidos, que são os clientes que vez ou outra aparecem por ali. Já vi todo tipo de gente, mas ninguém como ela.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi seu cabelo colorido, pintado de rosa em cima e verde na franja e nas pontas, de manhã sempre trançado, e de tardinha, quando algumas raras vezes ela aparecia por lá, estava solto. Depois, o sorriso que me fazia querer dar pulinhos de tão lindo, e por último, e nem menos importante, a sua educação. A garota sempre me agradecia e desejava-me um bom dia de trabalho, como não amar? Uma pessoa educada é outro nível!
"Tão fofa e tão amável quanto a coisa mais fofa e mais amável do mundo" Essa com certeza é a descrição perfeita para ela. Agora me pego contando as horas, olhando a cada minuto para a entrada, esperando vê-la passar, desfilando com sua beleza e carisma. Todos os dias ela vem e compra algum lanche para levar, as vezes me preocupo, comidas como aquela não são saudáveis e por isso não devem ser ingeridas todos os dias. Quase me atrevo a falar isso, mas me contenho ao perceber que com certeza seria muita intromissão na vida alheia.
Eu não faço nada, apenas a observo a distância, sem coragem para um "e aí, topa sair comigo docinho de morango?"
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