boaswain uanine oliveira

Para Kim Yugyeom, um CDF que estava prestes a se livrar do Ensino Médio para ingressar na melhor faculdade da Coréia, tinha sido fácil esconder a tatuagem que havia feito imprudentemente dos pais, da irmã e até mesmo dos melhores amigos, mas seria impossível esconder do namorado, Park Jinyoung, um badboy lotado dos desenhos pelo corpo que, especialmente naquela noite, queria descobrir o segredinho sujo do mais novo. E, de bônus, conseguir fazer suas próprias marcas no corpo do dongsaeng.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#got7 #jingyeom #park-jinyoung #kim-yugyeom #gay #lgbt #nsfw #pwp #erótico #tatuagem
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Como sempre, Yugyeom estava um pouco atrasado mesmo depois do sinal tocar avisando que já era a hora para as alunos deixarem a escola. O problema era que ele gostava bastante de organização, os próprios amigos sempre se irritavam ou riam de sua mania toda “certinha” de se arrumar, mas já havia virado mania. Por isso, diferentemente dos outros alunos, quando o sinal tocava, não simplesmente jogava os livros dentro do armário, ele se esforçava para deixar tudo no seu devido lugar e não ter aquela dor de cabeça no dia seguinte ao chegar no colégio. Coisa de CDF, era o que diziam, e o moreno concordava. Era mesmo o CDF conhecido desses clichês escolares — tirava boas notas, fazia todos os deveres, agradava os professores, deixava de ir às festas para estudar, tinha amigos mais nerds ainda e, para finalizar o pacote, usava suéteres e óculos. Podia ser pior com um bônus de aparelho dental, mas felizmente os dentes de Yugyeom eram perfeitos, do mesmo modo que ele julgava ser sua aparência. Na real, o altão se achava bonito e gostava do seu estilo, era confiante e seguro consigo mesmo e talvez por isso ninguém mexia com ele.

Mas todos sabiam que esse não era o motivo.

Viu, de longe, Youngjae e Jackson encostados no portão da escola, o mais forte mostrava algo no celular para o menor que não parava de rir. Eram dois idiotas, realmente. Fechou o zíper da mochila, tendo a certeza de que estavam todos os livros necessário ali dentro, assim como seu bloco de notas e seus marcadores de textos de cores diferentes. O azul era pra frases, o amarelo para fórmulas, o rosa para parágrafos e o laranja para nomes.

— Oi, pessoal — cumprimentou, baixinho, tirando o celular e os fones do bolso.

— E aí, Yugy — disse Youngjae, se recuperando da crise de risos e virando-se na direção do mais novo recém-chegado na conversa, que, aliás, nem dava atenção para os outros dois e parecia entretido o suficiente com seu celular. — A gente tava pensando em ir pra casa do Jackson jogar LOL, topa?

— É, hoje a gente vai tentar conseguir o ouro V — Jackson acrescentou.

— Não dá — respondeu, entristecendo-se.

— Quê? — Youngjae murmurou, indignado. — Mas falta só uma partida rankeada.

O barulho de mensagem nova soou do aparelho celular do mais novo que sorriu grande em resposta à notificação, subindo o olhar para encontrar os melhores amigos curiosos.

— O Jinyoung hyung vem me buscar.

Automaticamente, ao mostrar apenas a tela acesa do celular para os amigos, eles se impressionaram, assustaram, fizeram cara de nojo e depois trataram de pôr um sorriso malicioso nos rostos. Sem exagero algum, era realmente assim que Jackson e Youngjae reagiam à Park Jinyoung: primeiro se impressionavam, porque era realmente impressionante como alguém tão peculiar, digamos assim, quanto o Park, havia se interessado logo pelo nerdzinho de uma escola qualquer; depois se assustavam, aliás, quem não se assustava com a aparência do mesmo? Cheio de tatuagens, piercings, brincos e essas coisas de badboys. Após isso vinha o estágio da repulsa: pelo amor de Deus, onde Yugyeom estava com a cabeça quando aceitou sair com aquele delinquente? Quer dizer, ele já estava na faculdade, bebia e tudo, era loucura. E por último: aquela cara, é, aquela cara de melhor amigo que consegue tornar qualquer simples situação constrangedora, fazendo Yugyeom corar de vergonha, por mais que fossem apenas os três ali.

Havia conhecido Jinyoung no início do ano, de uma forma totalmente ao acaso — era o começo da noite, estava saindo do seu curso de inglês quando se deparou com ele, bem na esquina do prédio, montado numa moto preta, com os braços tatuados à mostra, cabelo negro bagunçado, piercings por todo o rosto e um sorriso cafajeste que obrigou Yugyeom a parar e admirá-lo de longe, quietinho, tomando notas mentais para lembrar-se de que aquele era definitivamente o tipo de garoto que devia evitar. Não adiantou de nada se naquela mesma noite, Jinyoung estava na loja de conveniências próxima a sua casa, rindo por reconhecer aquele rostinho tão geométrica e matematicamente arrumado. Bastou duas palavras do mais velho para ter o Kim gaguejando e dando-o seu número, xingando-se no dia seguinte por ter esperado acordado a noite inteira uma mensagem chegar. Era realmente um bobão por achar que um homem como Jinyoung iria se interessaria por uma criança como ele.

Mesmo assim, contra todas as questões óbvias do universo, o Park estava lá, na calçada da escola de Yugyeom, assim que a tarde terminara, com um pirulito na boca e um capacete nas mãos. Foi bem nesse dia mesmo que Jackson e Youngjae começaram sua saga de amor e ódio para com o mais velho: foi a primeira vez que perderam Yugyeom para um garoto, mas não é como se não soubessem que essa hora iria chegar, afinal, as crianças crescem. No dia seguinte, tiveram que ouvir, sem reclamar, o relato completo de como Park Jinyoung era e o que os dois fizeram juntos naquela noite.

O fato é que Yugyeom não demorou muito para ficar completamente encantado pelo badboy tatuado que conhecera. Jinyoung era três anos mais velho que si e já fazia faculdade de Administração, enquanto ele ainda tava lutando (drama adolescente) para sair do Ensino Médio com seus dezoito anos, vividos à base de muito produto para não ficar com espinhas e máscaras faciais para não adoecer nos dias frios. Era até mesmo engraçado para Yugyeom quando ele não achava simplesmente patético o fato dos dois, extremamente diferentes, estarem juntos, porque juntos era a única definição que davam para a relação dos dois enquanto saíam duas ou três vezes por semana, às vezes para a biblioteca, com a bibliotecária brigando com Jinyoung por tentar acender um cigarro lá dentro, às vezes para a pista de skate, onde Yugyeom observava Jinyoung se divertir ao tentar impressioná-lo ao mesmo tempo que esse se esforçava para cumprir os deveres escolares.

Foi deixando o fluxo correr, torcendo para os melhores amigos não abrirem o bico para seus pais e o entregarem (a mãe achava que fazia trabalhos na casa de Youngjae), não sabia como essas coisas de encontros aconteciam, e ficava sempre muito envergonhado perto do Park, achando-se sem graça demais, inocente demais, simples demais. Jinyoung o deixava inseguro, ainda mais tímido e ansioso, mas era um calor bom de ser sentido. Nesse meio tempo, Jackson sempre se empenhava em salientar para o Kim que o mais velho não o apresentava para os amigos porque tinha vergonha dele ser um nerd colegial, mas Jinyoung apenas ria, dizendo que os amigos eram “violentos demais” para “o seu garoto”. E Yugyeom amava, corava, ficava sem fôlego e perdido no sorriso torto de cafajeste que o Park possuía, mas amava. Não era lá esses filhos rebeldes, nem esse mocinho de filme que almeja um pouco de adrenalina, na verdade, era bem mais embaixo.

Estava apaixonado, tipo, realmente muito apaixonado pelo Park, tanto, tanto que mandava mensagens de bom dia e perguntava se ele já tinha ido dormir mesmo sabendo que o moreno estaria bebendo com os amigos. Sentia ciúmes de suas storys do instagram e parava de respondê-lo quando o mais velho começava a agir como um pé no saco. Assim, de semana em semana, Jinyoung indo buscar Yugyeom na escola, pagando-o lanches, o ajudando com questões de matemática e sempre elogiando sua boa aparência conseguiu pegar o Kim desprevenido o suficiente para roubar-lhe um beijo e outro e outro até, na mesma noite, pedir-lhe em namoro.

E era o namorado de Kim Yugyeom que fazia com que os outros adolescentes não mexessem com ele: porque todos sabiam que, no final da aula, se houvesse um arranhãozinho na pele perfeita e macia do Kim, o responsável iria ter que se ver com o moreno tatuado da moto preta. E para a segurança de todos, ninguém queria isso.

— Cada dia esse delinquente toma mais meu espaço de melhor amigo — retrucou Youngjae.

— Nosso espaço — corrigiu Jackson.

— Olha o drama, pessoal — Yugyeom rolou os olhos, pouco se importando com a reação exagerada dos dois mais velhos. A confirmação do namorado que vinha lhe buscar o deixava feliz e nada podia derrubar o sorriso petrificado em seu rosto. — Eu ainda não vi ele nessa semana, vocês tem que entender.

Choi Youngjae deu de ombros.

— Pelo menos eu e Jackson vamos ficar com um elo a mais que você — mostrou a língua, puxando o loiro pelo pulso. — Aliás, não sei qual a necessidade de tantos encontros se vocês nem transam.

— H-hyung! — Yugyeom murmurou, enrubescendo.

Ouviram um pigarreio forte vindo de trás, fazendo-os se virarem para a rua na frente da escola, dando de cara com o dito cujo de quem estavam falando: Park Jinyoung, o próprio. Com aquele cabelo negro bagunçado, os olhos semicerrados, o pobre palitinho de madeira sendo esmagado entre seus dentes, a jaqueta de couro e a motocicleta reluzente atrás de si, acompanhada dos dois capacetes que o moreno sempre trazia para si e o namorado mais novo. Ao vê-lo, os dois meninos ficaram mais próximos, como se aquilo os protegesse da fuzilada que Jinyoung os dera apenas com o olhar.

Para Yugyeom, aquilo era bobagem, sabia bem que o namorado era doce e gentil e que aquele conjunto todo de badboy era só um lençol para protegê-lo das pessoas, mesmo assim, o adorava. Por isso mesmo abriu um sorriso e deu dois passos para frente, não demorando para ter a atenção de Jinyoung em si e não nos outros dois, sentia-se envergonhado, no entanto, com medo do mais velho ter escutado o final de sua conversa com os amigos idiotas.

— Oi — o Park sorriu, entregando-o um capacete e levantando-se para poder pegar a mochila de Yugyeom e colocá-la presa na rede da moto. — O que foi? Vai sair com seus amigos?

— Não — murmurou.

— Ei, não seja um mentiroso — bufou, virando-se para os menores. — Ele sempre mente para me deixar feliz, esse bobo. Vocês tem algo planejado, é? Algo mais importante do que nosso encontro?

— Não — Jackson se apressou em dizer. — Nada planejado.

— Nadinha de nada — Youngjae reforçou, rindo de nervoso. — Vamos indo, Jackson? A gente tem que fazer aquilo que não envolve o Yugy. Bom encontro pra vocês, até amanhã!

Yugyeom observou os melhores amigos andarem rápido pela rua até dobrarem a esquina, rindo da reação deles e logo depois se virando para Jinyoung, sorrindo e corando apenas porque estava perto dele e isso era motivo o suficiente para deixá-lo feliz. Queria sair de perto da escola logo, para poder abraçá-lo e beijá-lo o quanto desejasse e achasse certo, essa era a reação que Jinyoung conseguia dele: coração acelerado, palmas suadas, boca seca, borboletas no estômago. Bem coisa de adolescente apaixonado mesmo.

Bateu levemente em seu ombro, chamando sua atenção.

— Não seja tão mau com os coitados, eles morrem de medo de você — avisou, ajustando os óculos acima do nariz, ato que o Park amava. — Eu tava com saudades.

— Também — exibiu o sorriso torto mais lindo do mundo, colocando suas mãos na base da cintura do mais novo enquanto o prendia entre suas pernas, encostado na moto. — Como foi nos testes da escola? Ah, é, não preciso perguntar, meu namorado é muito inteligente.

— Como foi nos testes da faculdade?

— O que você disse? Batata?

— Hyung! — Yugyeom riu, batendo no namorado e arrancando sorrisos apaixonados deste. Observou, calmamente, cada piercing distribuído pelo rosto do Park. Seu preferido era o que tinha no canto da boca, gostava de sentir sua gelidez contra sua língua, era excitante. — Para onde vamos hoje?

Jinyoung abriu um sorriso faceiro, despertando o nervosismo já habitual no mais novo. Quando era o Park que escolhia os lugares que iriam, Yugyeom sempre se impressionava. Tinha adorado a sinuca onde havia assistido o namorado encaçapar algumas bolas enquanto resolvia o dever de Biologia, a corrida, onde ficara observando maravilhado as luzes brilhantes enquanto Jinyoung escrevia um texto dissertativo para si, e quase sempre ficavam na praça onde tinha pista de skate, para que pudessem dar uns amassos depois do menino terminar suas tarefas e Jinyoung estar cansado de andar de skate, mas o namorado sempre dava um jeito que levá-lo a lugares novos e cada vez mais foras do comum para ele.

— É um lugar especial — confessou o mais velho.

— Todos os lugares são especiais com você — o Kim lembrou, segurando o rosto do moreno entre as mãos para dá-lo um beijo forte na bochecha.

— Se continuar sendo tão romântico, vou beijá-lo aqui mesmo. — Ameaçou Jinyoung, não se contentando com a provocação, mas também deixando um aperto nada casto na coxa do seu garoto. — Não quer passar na sua casa para trocar de roupa antes?

— Minha mãe não pode nem sonhar que não tô na casa do Jackson — riu de si mesmo, apenas imaginando a cena do chilique que a mãe daria se descobrisse para onde o filho ia depois da aula, com quem e fazer exatamente o quê. — Além disso, essas roupas são feias?

— Não, você está perfeito — sorriu, admirando o Kim todo bonito nas vestes colegiais arrumadinhas. — Vamos?

Não precisou pedir mais de uma vez para que Yugyeom acatasse aquele pedido, colocando o capacete e subindo logo após do mais velho, agarrando-se confortavelmente na cintura do Park. Adorava estar sobre a motocicleta, tendo o namorado constantemente acelerando o veículo, rasgando entre as luzes da cidade para ficarem à sós, gostava do vento contra o corpo e a sensação gelada na pele e a quentura da pele de Jinyoung contra a sua, era tudo, sempre, com ele, um misto de sensações boas e ainda melhores. Yugyeom se sentia quase um guerreiro por namorar alguém como o Park e ainda não ter tido um ataque cardíaco. Quase morria sem fôlego apenas por vê-lo e constatar a beleza pura e enlouquecedora do mais velho, outras vezes por não querer parar de beijá-lo. Já tinha pensado que não iria aguentar as crises de ansiedade de um dia para o outro quando combinava de faltar aula penas para vê-lo e pensava seriamente que teria hipotermia com os toques gélidos de Jinyoung na sua tez quente. Além disso, havia horas em que desconfiava estar ficando sem líquido no próprio corpo de tanto chorar por conta da teimosia do Park ou de suas grosserias, ou quando nem tinha dedo dele nas besteiras e era tudo proveniente das dores de cabeça que Yugyeom tinha que ter, sozinho, quanto o relacionamento secreto dos dois, sim, porque Park Jinyoung era um inconsequente que não se preocupava com as coisas que fazia.

Haviam dias em que o mais velho simplesmente estava de mau humor e eles brigavam, brigavam até gritar um com o outro e começarem a se xingar e baterem um no outro. Secretamente, Yugyeom adorava o fato de dar socos e tapas bem fortes no seu hyung que, às vezes, merecia. Outras situações, era o contrário, o Kim quem tirava Jinyoung do sério, com seu jeito cínico e debochado, podia ser pior do que o próprio badboy e igualmente irritante.

Por fim, mesmo sendo diferentes, conseguiam ser semelhantes e era isso que levava as doces reconciliações que contavam com beijos estalados, bombons recheados, mensagens de desculpas e até mesmo ursinhos ou flores. Isso tudo vindo de um nerd jogador de LOL e um badboy motoqueiro.

Antes de estacionarem, Yugyeom já escutava a música alta soando de dentro de um cubículo brilhoso entre um restaurante de comida tailandesa e uma supostamente loja de parafusos, e seus tímpanos já começavam a vibrar mais fortemente porque, pelos seus cálculos, aquela frequência era bem mais do que o normal. Leu a fachada do estabelecimento e uma placa em neon com o nome “Tattoo” brilhava em azul, engoliu em seco. E hesitou uns instantes antes de tirar o capacete. Jinyoung sabia que ele não gostava de lugares com muitas pessoas, nem com muito barulho, gostava mesmo era de ir com o mais velho para uma lanchonete com cabines privadas para que pudessem ter um momento só deles mesmo que soubesse que ele enchia o saco com tanto dever da escola, era bom resolvê-los enquanto estava nos braços de Jinyoung.

O Park, no entanto, estava sempre empurrando Yugyeom para o seu “habitat”. Apaixonara-se pelo jeito único, desengonçado e fofo que o mais novo tinha, era verdade, mas não podia deixar de querer conciliar seu mundo com seu amor, só que mesmo depois de insistência e insistência, o Kim não encostara um cigarro na boca, uma gotinha só de álcool, nada de piercing e Jinyoung nem se atrevia a propor uma tatuagem. Ainda assim, aquele jeito determinado a permanecer na linha, encantava o moreno e fazia cada vez mais apaixonado e amarrado em Yugyeom, em um estágio que chegava a excitá-lo. Fazia tudo e mais um pouco do que o mais novo o pedia, e fazia até o que ele não pedia mas sabia que queria, conhecia muito bem seu namorado, não que fosse previsível, mas era seu e Jinyoung entendia de suas coisas.

— Não gosto desse tipo de música.

Era difícil para ele, no entanto, quando Yugyeom já começava reclamando. Respirou fundo e estampou um sorriso leve nos lábios, segurando a mão do maior.

— Não quer nem tentar, pelo seu hyung? — completou com um bico, tendo o dongsaeng bufando em desistência e acompanhando-o silenciosamente.

Mark, Bambam e Jaebum já haviam reclamado consigo, viviam repetindo que depois do garoto, Jinyoung não vivia mais a vida, não saía mais, não se divertia como antes, mas os três solteirões só não entendiam que agora ele se divertia de uma forma melhor ainda. Quando não estava com o Kim, se divertia passando as fotos dos dois pelo celular ou o irritando por SMS, adorando ganhar a atenção que o namorado o dava. Assim, achou que, de uma vez por todas, não precisaria escolher entre um cinema com os amigos ou um encontro com o namorado, podia conciliar ambos — estava mais do que na cara que Yugyeom não era o tipo de pessoa para aquele tipo de lugar, mas Jinyoung também não era antes de se infiltrar no meio, só precisava deixar o mais novo confortável.

Estavam na Tattoo, boate e estúdio de tatuagem de Mark, o mais velho dos amigos, e aquele lugar era simplesmente insano. Música alta, gente suada, bebida descontrolada, um cenário quase apocalíptico para um menino de ensino médio que preferia estar conseguindo seu ouro V no LOL. Agarrou no braço do mais velho e foi no seu encalço, mergulhando nas luzes neon e no cheiro quase insuportável de álcool.

— Eu não sei dançar — gritou, no ouvido do namorado para que pudesse ouvi-lo com clareza. Foi surpreendido, no entanto, quando o Park parou na pista, puxando-o para beijo inesperado e profundo, roubando um arfar impressionado do Kim que demorou para corresponder àquela urgência de desejo, mas colou as mãos na nuca do mais velho, mordendo-o quase que inconscientemente porque já era seu instinto puxá-lo para si. — Jinyoungie...

— A gente não vai dançar — sorriu, abobalhado, continuando a puxar o mais novo mais para si, mirando os lábios convidativos deste. — Ei, por favor.

O garçom informal que passava por ali estendeu uma bebida para Jinyoung quando este chamou sua atenção, mas ao mesmo tempo que o Park agarrava o copo, Yugyeom o tirava se sua mão para devolver ao homem, sorrindo, arteiro.

— Não pode beber, tem que me deixar em casa — avisou, com razão.

— Não se você passar a noite comigo — piscou, charmoso para o namorado, vendo o outro sorrir e mal se aguentando ao selar os lábios nos dele.

Gostava da língua sensual e ao mesmo tempo inocente do Kim, gostava das mãos deste o agarrando ao passo que deixava mordidas pela pele imaculada do mais novo, gostava de ser xingado por este e sorria contra sua tez, arrepiando os pelos de Yugyeom que se amaldiçoava por gostar do que, mais tarde, teria que explicar (mentir) para a mãe. Jinyoung segurou o moreno pela cintura e o encostou na parede mais próxima, brincando com o lóbulo da orelha deste, tendo o corpo trêmulo do mais novo em suas mãos, aproveitando disso para descer com seus beijos para o pescoço ainda sem marca nenhuma do garoto.

— Podemos ir para um lugar mais calmo? — perguntou, desviando da suavidade labial do namorado e se esforçando muito para isso.

Como um alarme despertador, Jinyoung livrou o Kim de suas investidas, lembrando do motivo por tê-lo levado ali.

— Na verdade, quero que conheça alguém. Já te falei sobre o Mark, lembra?

Yugyeom lembrava, muito bem. E lembrava muito amargamente porque mesmo que nunca houvesse dito isso em voz alta, ele sentia um ciúme do caralho da relação do Park com esse tal de Mark; estava cansado de ouvir o mais velho tagarelar sobre o melhor amigo, das tatuagens que ele fazia, das coisas engraçadas que ele dizia, das festas que ia, do que comia. Grr, o mais novo podia ser um namorado exemplar, mas não era de ferro e o irritava porque nunca poderia ameaçar a Jinyoung com Jackson ou Youngjae os idiotas que chamava de amigos, eles não chegavam a ser o mindinho do Park.

Agora fazia até sentido — bem que o Park tinha mencionado uma boate.

— Mudei de ideia, posso ir trocar de roupa agora?

Jinyoung riu, dando pouca atenção ao nervosismo do mais novo, arrastando-o pela mão pelos corpos próximos, suados e cheios de energia da boate. Levou-o até o corredor iluminado em neon vermelho que dava para o estúdio de tatuagem que Mark Tuan tinha, onde provavelmente estava já que o mais velho era cheio de clientes. Yugyeom queria mesmo era sussurrar baixinho no pé do ouvido de Jinyoung para eles irem até uma praça qualquer passarem um minutinhos só se beijando carinhosamente e passando um pouquinho — só um pouquinho — do limite, pois tinha horário para voltar para casa e, ainda por cima, teria que acordar cedo para deixar a irmã na escola de balé; contudo, sabia que aquilo significava bastante para o Park, afinal era ele mesmo que vivia reclamando sobre não conhecer os amigos do namorado.

O problema era que agora, de frente à porta de vidro que embaçava a visão do interior do estúdio, sentia-se meio coisado. Era só um CDF, perdido entre as luzes, bebidas e tatuagens, não ia se encaixar ali e a única coisa a qual pertencia era Jinyoung. Mesmo assim, sorriu para o namorado quando esse empurrou a portinha, dando de cara com um ambiente que lhe era familiar, mas com um ruivinho bonito que o fez engolir em seco. Mark era um homão da porra, com ainda mais piercings que Jinyoung, e, além deles, brincos, cordões e anéis. Seus braços eram cobertos de tatuagens que, de tantas, nem dava para identificar sobre o que eram. Yugyeom só sabia que não era nem um pouco parecido com ele.

— E aí, Pepi? — sorriu, olhando para os dois recém chegados, desviando sua atenção do desenho que pintava nas costas de alguém. Yugyeom franziu os lábios. “Pepi”? E, caralho, aquilo era um sorriso charmoso pra porra! — Ah, esse deve ser o nerdzinho, né?

— Yugyeom — Jinyoung disse, sorrindo para o melhor amigo.

— Oi, Yugyeom, tá gostando do lugar? — perguntou, obtendo apenas o olhar concentrado do mais novo sobre si. — Ele é tímido, é? Não se preocupe, o Pepi sabe como tirar a timidez de alguém

Foi o sorriso malicioso, misturado com aquela língua esperta entre os dentes e o olhar suspeito e cúmplice que dera na direção do Park que fizera com que Yugyeom estreitasse os olhos e cruzasse os braços, sério, encarando o namorado. Ou ex.

— Como assim?

— Menos, Markie — Jinyoung avisou, rindo com humor.

“Markie”?

— Tudo bem, não quero assustar o garotinho. Quer uma tatuagem? — Lobo em pele de cordeiro, isso sim! — Posso fazer de graça para você e te colocar como próximo da fila.

— Yugyeom não gosta desse tipo de coisa — o Park respondeu antes que o moreno pudesse abrir a boca.

— Ah, qual é? Eu faço algo legal, um tribal!

— Acho melhor não.

— Porra, Pepi, deixe o garoto falar, ele sabe fazer isso, não sabe?

Jinyoung calou-se por ora, virando-se para ver a reação nada boa de Yugyeom ao ser desafiado, como um bom jogador de LOL, o mais novo odiava ser desafiado e era muito competitivo também, o Park sabia, por isso mesmo ficou tenso com o clima de duelo no cômodo. Até mesmo Mark havia cessado a máquina de tatuagem para poder ouvir claramente a voz do mais novo ao dizer:

— É que já tenho uma tatuagem, hyung.

— Tem? — Mark levantou a sobrancelha, impressionado, encarando o Park que estava igualmente surpreso. — Tem, Jinyoung?

— Sim, ele tem — suportou a mentirinha branca do mais novo, fingindo muito naturalmente já saber daquele fato desde sempre, entrelaçando as mãos geladas do Kim entre as suas. — Quer comer alguma coisa, Gyeomie?

Sem esperar resposta, acenou com uma reverência militar de dois dedos para o melhor amigo, abrindo a porta e empurrando com suavidade para que Yugyeom passasse por ela. Parte de sua mente entendia a investida perigosa e radical do mais novo: claro que era chocante para ele ver o universo totalmente diferente do seu em que o Park vivia, ver que ele também se relacionava com pessoas semelhantes a si, que tinha amigos e não vivia vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, como fazia parecer, a mercê de seus desejos; mas mentir para impressionar era um pouco infantil, até mesmo para Yugyeom. Mark não iria mordê-lo, não faria diferença da ruma boa impressão nele ou não, e o Kim deveria saber disso, então por que havia sido tão imprudente?

A resposta vinha quando aquele moreno alto sacudia a mão para fora do alcance de Jinyoung, murmurando:

— Você tirou a timidez do Mark, foi?

Ciúme. Uma onda repentina de ciúme, quase fez o tatuado querer rir até chorar, mas segurou-se. Aparentemente, Yugyeom estava decidido a ignorar o namorado, andando na frente, pisando com força para demonstrar sua frustração, mas Jinyoung tinha ideias mais interessantes na mente, apressando seus passos para puxar o mais novo na sua direção, pelo braço.

— Não é isso que está pensando — sorriu, mordendo o piercing no canto da boca, esperando que isso derretesse o mais novo. No entanto, o garoto só revirou os olhos. — Posso te mostrar outra coisa?

— Nem vem, hyung — fez bico.

— É sério, você vai gostar — insistiu.

Não esperou mais do que um segundo de desistência para voltar alguns passos no corredor, mexendo com a mão no fundo do bolso da calça jeans rasgada e apertada, buscando o molho para abrir a fechadura daquela porta a qual se encontravam em frente. Outro passo novo que pretendia dar no relacionamento dos dois: assim como nunca tinha sequer pisado no tapete que fica na soleira da porta do lado de fora da casa de Yugyeom, o Kim também não sabia a cor das paredes de onde ele morava, mas pretendia mudar isso.

Não tinha muito luxo, morava em um único cômodo porque quase nunca estava lá. Havia alugado o quarto a Mark, dono do estabelecimento e não acumulava tantas coisas assim, a TV estava sempre desligada já que o dono nunca parava quieto para assistir programas. O frigobar e a cama eram as únicas coisas que precisava de verdade.

— Você mora aqui? É tão bagunçado.

— Você odeia isso, não é?

— Eu meio que gosto de tudo em relação a você — sorriu, charmoso, tendo um beijo suave roubado pelo mais velho, levando-o até a borda da cama.

— Por que mentiu, hein? — perguntou em um tom acusador, reprimindo um sorrisinho convencido por já constatar a cara emburrada de Yugyeom.

— Eu disse a verdade — o mais novo garantiu, cruzando os braços. — Por que eu mentiria?

— Porque o Mark te intimidou e te deixou com ciúmes, talvez até mesmo inseguro — explicou como se fosse óbvio, não colocando tanta força ao puxar o menino pela cintura para perto. — Mas você sabe que não precisar se preocupar com ele, não é?

— Por que não? — Yugyeom fez bico, não querendo soar tão interessado assim.

— Porque além de eu ser completamente apaixonado por você, o Mark gosta de garotas.

O Kim não desfez os braços cruzados nem o bico emburrado e continuou sem olhar nos olhos do moreno, estava decidido a continuar seu draminha pelo tempo que achasse necessário. Entendia que seu ciúme por Mark não tinha eira nem beira, ainda mais agora que sabia que o mais velho era hétero, mas sentia-se irritado pelo modo como o Tuan havia o desafiado, até parecia que ele não tinha a patente necessária para namorar o badboy. Não era porque era um CDF que era um medroso bobão e infantil. Já era um homem, e parecia que até mesmo Jinyoung não acreditava nisso.

— Você é tão convencido, aigoo. Mas eu tenho uma tatuagem, bem aqui — apontou para o ílio por cima da camiseta que vestia. — Quer ver?

Jinyoung deu de ombros, desafiando o maior. Para a sua surpresa, no entanto, Yugyeom deu um passo para trás, se livrando de suas mãos e tirou os óculos de grau para, depois, poder tirar a camisa que vestia, ficando apenas com a regata branca que usava por debaixo. Sentiu o vento gelado em contato com a pele exposta e olhou para o namorado, mesmo que agora ele estivesse um pouco borrado apenas, mordendo os lábios por acabar de perceber o que havia feito: estava tão constrangido e nem sabia para onde olhar. Ia mesmo ficar desnudo, mesmo que da cintura para cima, na frente do Park. Arregalou os olhos, mirando o chão e corou tão fortemente que parecia um pimentão, mas não queria sair como mentiroso, então só respirou fundo e levantou a regata, enfim mostrando seu abdômen. Segurou o fôlego ao, após alguns segundos, levantar o rosto para encarar seu hyung com a boca entreaberta olhando, fortemente, a sua tatuagem: um dente-de-leão com uma estrela no meio.

Queria falar algo, mas sabia que só pioaria sua situação, vendo pela forma sedenta como Jinyoung o encarava, preferiu ficar calado. Porra, se sentia quente apenas por ser observado daquela maneira tão íntima. Nunca tinha ficado nem de regata na frente do mais velho, era a primeira vez que deixava vê-lo seu corpo. Era também a primeira vez que ia em uma boate e mostrava sua tatuagem secreta para alguém. Estava nervoso — podia ter dito, segundos atrás, que um CDF não devia ser tão rotulado, mas o que será que o Park pensava ao ver a tatuagem, nada habitual para o mais novo?

Pensava que havia perdido muito, muito tempo não tentando explorar aquele abdômen bonito antes. A pele de Yugyeom parecia ainda mais deliciosa quando mostrada inteiramente e a boca de Jinyoung salivava para prová-lo de todas as formas que o moreno o deixasse tentar, mas os olhos paralisaram especialmente no desenho original pintado na pele do mais novo, tornando-a imensuravelmente mais atrativa e sua figura mil vezes mais sexy. Ideias nada inocentes invadiam a mente adulta do Park, o que o impulsionou a puxar Yugyeom aquele um passo que o Kim tinha se afastado, mantendo-o entre suas pernas outra vez. Passou os indicadores pelos bíceps do namorado, vendo-o arfar pelo toque delicado demais.

— Antes ou depois?

— Antes — respondeu, se referindo ao período em que tinha feito a tatuagem. Antes de se conhecerem.

Jinyoung continuou sua missão de exploração pelo corpo virgem de Yugyeom, vendo que o outro não ousaria se mexer um centímetro sobre seu toque. Segurou sua mão como costumava fazer, apertando os dedos entre os seus e, com a destra, foi desde o peitoral até a cintura, lentamente, fazendo questão de passar arranhando a pele sensível do Kim, não perdendo nenhuma reação em resposta ao seu contato. Yugyeom ficava lindo todo vermelho, ofegante e excitado pela antecipação. O mais velho decidiu cruzar mais uma linha, dando um beijo demorado acima da barra de sua calça, tendo o corpo do menino tremendo de surpresa. Continuou a beijar aquela região até sentir as mãos do outro se enfiarem em seu cabelo — ah, ele adorava quando o namorado fazia aquilo, era tão excitante. Exatamente por isso, subiu com sua língua para um pouco mais acima do umbigo do outro, desta vez ganhando um gemido receoso e uma puxada forte no couro cabeludo. Não obstante, Jinyoung ainda se atreveu a mordiscar a pele do mais novo, puxando-o tão forte contra si que a qualquer momento podiam se repelir tamanha a atração que sentiam um pelo outro. Ele mesmo sabia que isso não fazia sentido, e adoraria que o nerdzinho o explicasse isso enquanto rebolava para si.

— Como? — perguntou ao alcançar, outra vez o pescoço do Kim.

— Hyung... — gemeu, o corpo já acumulava suor pela força que colocava ao tentar respirar ritmicamente. Nunca achou que sentiria mais prazer do que Jinyoung já o dava, mas aquele era um patamar bem mais acima. Apenas o contato da pele com a pele já o aquecia em um nível enlouquecedor. — Amor...

— Por que nunca me contou?

Yugyeom perdeu a fala e o fôlego quando abaixou o olhar e encontrou seu namorado tirando a própria jaqueta de couro que o deixava extremamente sexy. Passou a língua nos lábios para umedecê-los já que, de repente, a falta dos lábios de Jinyoung ali os deixara secos. Os olhos grudaram-se nos músculos tatuados, em cada detalhe da tinta permanente que tornava o namorado ainda mais bonito e atraente; queria passear por ali, se afundar e marcar a si mesmo na pele alva do Park.

— Foi coisa de adolescente rebelde — murmurou, a voz alterada pela rouquidão que a falta de ar o proporcionava.

— Você já foi um adolescente rebelde? Posso tentar resgatá-lo?

Segurou-lhe pelo punho, forte e apertado e com a língua sensual, contornou a boca entreaberta do Kim, olhando diretamente no fundo os olhos para que visse as lágrimas de excitação se juntando nos cantos ao passo que o outro judiava de sua sensibilidade com toques sutis e violentos aos mesmo tempo, tendo o mais novo arfando na sua frente. Nunca achou que Yugyeom ficaria mais bonito do que já era, mas com a pouca luz e os contornos neon cobrindo sua pele e músculos e ainda com aquele detalhe bonito desenhado sobre sua cintura, ele ficava maravilhoso. A única coisa que Jinyoung conseguia pensar em fazer era deitá-lo na sua cama e aproveitar a noite inteira para fazer novas tatuagens no corpo do mais novo com sua própria boca e dedos. Por isso mesmo, puxou-o para o colo, virando-o em um movimento rápido para que tivesse a figura masculina esbelta embaixo de si. Os cabelos lisos desgrenhados por terem sido bagunçados sem dó pelos dedos finos do mais novo caiam sobre a testa do mesmo, dificultando ainda mais a visão do Kim, mas ele pouco se importava com os olhos quando conseguia enxergar cada centímetro de pele de Jinyoung que encostava na sua; queria tirar a camisa dele, deixá-lo nu, finalmente descobrir até onde iam as tatuagens.

Beijou-o com volúpia, segurando-se nas suas costas para aguentar toda a tensão que o fazia ficar ansioso. O jeito que o mais velho se movia sobre si, tão bem e experiente, parecia querer quebrar seu corpo ao investir tão ritmicamente contra ele. Jinyoung segurou Yugyeom pela nuca, mordendo seus lábios para impedir que o mais novo avançasse ainda mais.

— Você quer?

— Quero.

Impressionado com a certeza que o Kim transmitiu em sua fala imediata, o moreno ficou de joelhos no colchão para finalmente tirar a camisa, exibindo o peitoral tatuado para o namorado com aquele sorriso que ele sabia que afetava Yugyeom, o que só piorou a situação dentro da cueca do mais novo, que salivou ao ter aquela visão. De repente, parecia tudo tão quente, abafado, calorento e a vontade de tirar a roupa só aumentava. Nunca tinha tido aquele tipo de contato com mais ninguém sem ser o Park e adorava isso, queria que ele fosse seu primeiro — mesmo que soasse antiquado dizer isso, a maneira como Jinyoung voltara para cima de si o enlouquecia e Yugyeom queria ir até o final com aquilo para saber que sabor tinha, como iria se sentir, se tinha como melhorar.

Tinha.

Jinyoung postou as mãos pesadas na cintura fina do namorado, para prendê-lo firme no lugar entre os lençóis da cama enquanto começava a marcá-lo distribuindo mordidas e chupões pelos lugares que achava que a vermelhidão combinaria, sabia que o mais novo, naquele momento, não estava nadinha preocupado com quanto teria que gastar para cobrir as marcas porque gemia de uma forma tão entregue que era impossível imaginar outra coisa que se passasse na sua cabeça que não fosse a boca molhada do moreno subindo e descendo pelo seu abdômen. Porra, aquilo era bom para cacete! E por mais que tentasse se segurar no namorado, acabava por arranhar com força suas costas enquanto este capturava seu mamilo endurecido entre os dentes, fazendo com que Yugyeom choramingasse, frustrado.

Sabia que Jinyoung era um problema assim que o viu naquela esquina, cheirando pura encrenca, mas não sabia que ia valer tanto a pena. Aquilo, com certeza, era melhor do que LOL. Teve suas coxas apertadas e, por instinto, tentou fechá-las, o que foi o fim para si, pois Jinyoung acertou um tapa forte que ardeu na mesma hora ao mesmo tempo que mordia o seu mamilo esquerdo. Yugyeom jogou a cabeça para trás e respirou fundo, revirando os olhos. Estava duro já, não podia negar.

Tirou as mãos das costas do namorado para levá-las até o membro coberto pelo jeans, massageando-o e sentindo-se cada vez mais excitado.

— Não te trouxe aqui para se divertir sozinho — o Park sussurrou em seu ouvido, arrepiando todos os pelos do garoto.

— Se eu quisesse jogos, estaria na casa do Jackson — intimou o moreno mais novo, ofegando. — Sem brincadeiras, hyung, eu quero sexo. Com você.

Deixou o fôlego que estava segurando sair, entrecortado, pelos seus lábios; só tinha olhos para o tatuado na sua frente, passeando pelo seu corpo como se fosse uma estrada exótica e Yugyeom havia acabado de descobrir que amava — amava a forma como Jinyoung liderava as preliminares, tocando-os de todas as maneiras possíveis e as mais excitantes também, mas o garoto não conseguia se controlar. Não entendia muito bem sobre como aquelas coisas funcionavam, o mais velho devia ser bem experiente, mas para ele, tudo era tão mais arrepiante e gostoso e seu pênis já pulsava tão fortemente dentro da cueca que não achava que iria aguentar tanta provocação assim (porque sabia o quanto o namorado gostava de provocar), necessitava ir mais rápido, mais fundo, mais desesperadamente.

E Jinyoung havia entendido seu recado, pois desafivelara o cinto do mais novo, fazendo com que este ofegasse ainda mais pesadamente, ansioso pelo momento em que ficasse livre daquele pano apertado que o prendia, mesmo assim, nervoso por ficar nu na frente do Park e, além disso, extremamente excitado pelo que imaginava acontecer após aquilo.

Segurou a mão do moreno entre as suas, sentindo os beijos molhados em sua pélvis ao irem, juntos, abaixando a calça jeans do Kim, deixando-o à mercê da boxer branca e volumosa que vestia.

— Ah, hyung — gemeu, puxando os cabelos do Park ao sentir a língua deste passar pelo tecido fino de sua cueca, em contato com sua falo endurecido. Porra, aquela sensação era tão deliciosa, não podia se reprimir ao morder os lábios com tanta força. Os lábios do mais velho rodearam o contorno de sua glande, deixando a peça molhada do líquido pré-seminal misturado com a saliva do Park. Extasiado, Yugyeom levantou os quadris, buscando mais atrito com a boca do seu hyung.

— Sei exatamente o que fazer com você — revelou, segurando Yugyeom pelas coxas para enlaçar a si próprio com elas. Capturou o lábio inferior do Kim com seus dentes, puxando-o enquanto colava-se no corpo do menino mais novo, suado e lindamente ofegante.

— O quê? — perguntou, ansioso.

— Sempre quis deixar sua pele totalmente marcada, mas eu hesitava porque você parecia tão puro e intocado. Sabe o que vai acontecer agora que me mostrou essa sua tatuagem, não sabe?

— Você sempre teve o poder de me marcar, Jinyoungie, da forma que preferir.

O mais velho esperou dois segundos ou mais, encarando o fundo dos olhos do Kim para ver se eles diziam a verdade. Fazia algum tempo que desejava tomar o menino para si, exatamente como fazia naquele momento, só não esperava que a vontade fosse recíproca na mesma intensidade, e nem na mesma hora. Mas, sem desconfiar da esmola, tomou-lhe em um beijo caloroso, aproveitando as mãos do seu pequeno explorador arranhando o seu abdômen e o rendendo leves arrepios, para retirar também seu jeans.

Trouxe o maior para seu colo com facilidade, unindo os troncos para poderem se beijar com mais vontade e desejo. Suas mãos agarraram a cintura de Yugyeom com força, assim como o mais novo fazia com seus cabelos, ombros, boca e todas as partes do corpo de Jinyoung a que tinha acesso, mas o mais velho não estava reclamando, adorava o toque do Kim em si, desejoso e apressado, gemendo e rebolando para ele, fazendo com que seus membros duros atritassem. Ousado e rebelde, assim como o Yugyeom que tinha tido a coragem de fazer aquela tatuagem, ondulou o quadril, conseguindo sentir o pênis do Park embaixo de si. Olhou para o namorado, receoso, mas perdeu qualquer prudência na hora em que viu o hyung com os olhinhos fechados, cabeça arqueada e mordendo os lábios em deleite, ao contrário de prudência, havia descoberto estar cheio de indecência no momento em que quicou sobre o pau do moreno, sentindo as mãos dele espalmadas em sua bunda.

— Você é tão bonito — sorriu, encostando sua testa na testa de Jinyoung e bagunçado os fios suados do hyung. — Todo meu.

O tatuado corou, mas retribuiu o sorriso, puxando Yugyeom para mais perto de si (como se fosse possível). Aquela dança estava acabando consigo, cada rebolada do Kim era mais um gemido que saía de sua garganta, mais uma pontada dolorosa no seu pênis, mais uma forte agarrada nas nádegas do seu garoto. E apenas dessa forma, ele poderia gozar. Yugyeom era excitante para um caralho, a forma tímida, mas certeira como ele se movia, a maneira que era sexy nem sabendo disso, como seduziu Jinyoung apenas com um olhar inocente.

Se bem que rebolar sedento por uma foda em cima do pau do Park não era lá atitude de gente inocente.

Voltou a dar atenção aos mamilos rosados do mais novo, prendendo-o entre o polegar e o indicador e brincando com eles, tirando completamente o fôlego de Yugyeom que rebolava tão intensamente no colo do namorado que podia jurar que nenhum pano mais estava os separando. Queria mesmo era se livrar deles; as mãos de Jinyoung, já dentro da boxer do Kim, passou para o membro teso deste, pegando-o de surpresa ao começar uma masturbação rápida.

— Porra — xingou, arqueando as costas e se sustentando nas coxas torneadas do hyung.

Jinyoung mordeu o pescoço de sua presa indefesa, fazendo-o tremer ainda mais e segurar-se, desta vez, em seus ombros ao deitá-lo novamente na cama. Beijou o tronco inteiro do mais novo ao ir retirando sua boxer cuidadosamente, mas Yugyeom não notaria — já fazia algum tempo que a única coisa que o cobria era o desejo que estava sentindo. A única coisa que foi capaz de sentir foi o momento em que os lábios do mais velho abocanharam seu falo inteiramente de uma vez só; caralho, como aquilo era bom.

Agarrou os lençóis e arqueou o corpo ao sentir os calafrios e arrepios se espalharem, todo o quarto estava tão quente quanto ele e sua respiração pesada apenas deixava o clima ainda mais intenso. Aqueles barulhos eram novos para si, mas já faziam parte de sua mais nova sinfonia favorita: fazer sexo com o hyung. Os estalos produzidos pela boca de Jinyoung no pau de Yugyeom o excitavam muito, mas nada era melhor do que a sensação molhada da língua do Park deslizando de cima a baixo e sugando sua cabecinha.

Yugyeom prendeu os pés na cintura do namorado, em uma tática inteligente, arrastando o tecido da boxer dele pelas pernas fortes. Queria vê-lo nu, queria também o dar prazer e fazer com que ele enlouquecesse na mesma medida, só não sabia como, era novo nesses assuntos sexuais, mas ali, naquele momento, não tinha vergonha de pedir uma ajuda, ainda mais quando percebeu Jinyoung se masturbando ao mesmo tempo que dava um boquete nele.

A cena mais linda que já tinha visto em toda a vida.

— Hyung — gemeu, falar mais do que duas palavras era impossível para si que estava só nos murmúrios e ofegos. — O que eu devo fazer?

O moreno parou seu oral para olhá-lo de baixo, com um sorriso perverso em seu rosto e olhos ainda mais caçadores que transmitiam todas as ideias malucas e sensuais que tinha na cabeça. Yugyeom esquentou sob aquele olhar lascivo, era submisso pelos desejos do namorado, faria o que lhe era dito sem nem hesitar, estava totalmente imerso naquele desejo irracional e carnal. Visualizou o tronco de Jinyoung se erguendo no colchão, indo até si como um predador vai até sua presa. Yugyeom estava longe de ser o ativo da relação, mas ao sentir seus membros atritando quando o mais velho subiu no seu colo, ele jurou que iria morrer, porra, Jinyoung não tinha dó dele, não?

— Desce e me chupa — rugiu como se fosse uma ordem.

— Mas, amor, eu nunca — tentou dizer, mas foi calado por um beijo afoito, a língua que minutos antes estava na sua glande, adentrando sua boca. Yugyeom não tinha saída a não ser corresponder, e, na realidade, ele adorava estar encurralado. — Jinyoungie...

— Vai, Yugy.

Mesmo que hesitante, o Kim assentiu, engolindo em seco. Queria muito, muito colocar na boca, sentir o gosto, lamber, tocar, mas queria fazer isso como alguém que descobre algo novo, não queria Jinyoung rindo de sua inexperiência ou impaciente com sua demora, mas nem conseguiu impedir — o pau do Park era tão bonito. Parecia tão duro e cheio, o pré-gozo escorria pela glande amarronzada, deixando-a brilhante e tão atrativa para si, como um brinquedo de natal. E era tão grande, quer dizer, Yugyeom não era um especialista, mas aquele tamanho todo não iria caber na sua boca. Por isso mesmo resolveu testar: passou a língua, segurando-o pela base, na fenda, provando o gosto do líquido lubrificante ali e achou uma delícia, por isso mesmo circundou a cabecinha com a boca toda, sugando tudo para si e babando o pau do outro com sua saliva acumulada. Tentaria colocar tudo, por isso respirou fundo e se ajeitou no colchão, empinando-se todo pra que o mais velho visse todo o seu corpo e foi, aos poucos, engolindo o pênis do namorado. Forçou até a garganta, e quando seus olhos lacrimejaram, tirou tudo. Não iria chorar, né? Mesmo assim, ouviu o elogio vindo do moreno e fez de novo, relaxando a garganta para caber tudo, assim que conseguiu, gemeu e escutou, outra vez, um gemido arrastado vindo do Park.

A partir daí pôde fazer o que quiser, lambuzou o pau do outro o quanto pôde, lambendo e chupando, deixando beijos por todo o comprimento, massageando as bolas sensíveis do moreno.

— Porra, Gyeomie, você é bom nisso — gemeu, segurando o cabelo dele e estocando para dentro da boca do mais novo. Este que foi pego de surpresa, engasgando. — Ah, merda.

Mas Jinyoung não parou, e nem poderia. Yugyeom segurou seus quadris com força, o que fez o mais velho sorrir em deleite e prazer, fodendo a boca do namorado, sentindo-se enlouquecer por isso. Não obstante, encheu os próprios dedos de saliva e inclinou-se, colocando os dígitos na entrada do mais novo que tencionou ao toque íntimo. O moreno procurou deixá-lo mais calmo, massageando sua pele inteira enquanto rodeava seu ânus com o lubrificante improvisado. Pelo fato de quase nunca estar naquele cômodo, não tinham itens básicos de sobrevivência como lubrificante e camisinha, mas se ao menos lembrasse de onde tinha jogado a calça jeans, poderia conferir os bolsos. No entanto, o boquete de Yugyeom era tão extasiante, Jinyoung não lembrava nem seu sobrenome.

Continuou estocando a boca do menor, colocando o primeiro dedo dentro dele. O aperto ansioso de Yugyeom fez o Park arregalar os olhos, como seria quando seu pau entrasse ali? Só o pensamento da entrada se contraindo ao redor dele já o fazia pulsar. O mais novo grunhiu pela invasão repentina, deixando o membro do outro com um fio de saliva ainda ligando-o a ele, gemeu com a dor e o incômodo. Não devia ser mais prazeroso do que aquilo? As mãos de Jinyoung subiram e desceram pela sua pele, tentando o deixar mais confortável, mas a mente dele estava naquele localzinho que ardia como o inferno. Fora surpreendido, no entanto, ao sentir o falo agarrado pelas mãos ásperas do mais velho, estimulando-o.

— H-hyun-gg, ahh! — gemeu, mexendo os quadris para se livrar da dor.

— Vai passar, amor, prometo — o Park disse, se posicionando atrás do menino e deixando beijos e mordidas pelas costas do mesmo ao colocar o segundo dedo.

— Caralho — xingou, sentindo a mordida nada fraca em sua carne. Jinyoung realmente não pegava leve, e por mais que o Kim quisesse (e muito!) foder com seu hyung, concordava que devia ir com calma; era sua primeira vez, afinal. — Jinyoungie.

Segurou as mãos deste em sua bunda e o namorado, por si só, bateu em uma delas que fez um ardência nova e gostosa se intensificar naquela região. Agarrou as nádegas do menino e mordeu-as, beijando uma de cada vez, ainda com os dedos em seu interior, mexendo-os lentamente. Ele teria paciência, se não fosse o rebolado tímido de Yugyeom para si, ofegando e suando como nunca antes.

— Pode ir — murmurou, pedindo por mais. — Forte.

— A camisinha, amor — disse, fazendo menção para sair da cama.

— Não — o menino o impediu, segurando sua mão e empinando mais em sua direção. — Eu quero sentir você todo em mim.

Os olhos do Park brilharam, ele adorava aquela indecência toda vinda dos lábios inocentes de seu menino, sentia-se cada vez mais duro só por isso. Posicionou uma das pernas ao lado do corpo do Kim, encaixando o membro no meio das nádegas do mais novo, fazendo-o sentir bem seu falo. Yugyeom gemeu em resposta, adorando a sensação de saber que logo o outro se enterraria dentro de si, e não demorou muito para que Jinyoung forçasse a cabeça do seu membro na entrada apertada do Kim. O moreninho agarrou com toda a força que tinha os lençóis ao redor de si, caralho, doía demais.

— Não tem graça se você não gritar meu nome — o mais velho avisou, divertido.

E aquilo excitava Yugyeom pra porra!

— Jinyoung hyung! — fez como praxe, a garganta reclamou pelo boquete de minutos antes, mas a dor vocal foi mascarada pela dor da penetração. O mais velho se colocou todo de uma vez, indo o mais fundo que conseguia de forma devagar e paciente, suando pela força com que a entrada do menino lhe apertava. Era indescritivelmente bom. — Hyung.

A mão de Yugyeom encontrou a do Park indo de encontro ao seu pênis — ele, em desespero para fazer o incômodo passar, o namorado com a intenção de dá-lo prazer, os dois juntos em uma masturbação rápida. Jinyoung se curvou e depositou beijos, assim como chupões, desde o ombros até a lateral do corpo de Yugyeom. O mais novo sentiu o corpo inteiro tremer e suas pernas fraquejarem, não podia gozar agora, mesmo assim, eram tantas coisas para ministrar. Arqueou as costas, tendo mais do hyung dentro de si pelo movimento, e quando ele se aprofundou, encontrando a próstata do Kim, este jurou ter ido no céu e voltado. Por mais que doesse e ardesse para um caralho, a glande de Jinyoung acertando aquele lugar sensível o fez rolar os olhos e perder a voz.

Sedento por mais daquilo, movimentou os quadris, rebolando para o namorado.

— Mais, amor?

Sem poder falar muito, Yugyeom apenas assentiu, meio sem jeito, esperando a próxima estocada. Jinyoung segurou seus cabelos com uma brutalidade que naquele momento pareceu convencional, além de deixar o maior ainda mais excitado do que já estava, pingando entre os lençóis alheios. Tudo tão quente, rápido, afobado e incrivelmente delicioso. Quando Jinyoung começou a estocar em um ritmo constante, achou que nunca seria capaz de parar, a bunda redondinha do Kim chocando-se contra seu quadril era um pecado. Naquela posição ele ficava ainda mais bonito, inacreditável. E aquele corpo, tão suavemente casto e limpo, com marcas vermelhas e roxas se espalhando em alguns lugares que o mais velho podia visualizar, e ainda com uns traços da flor tatuada na cintura aparecendo para si, o incentivava a concluir sua própria pintura nem tão permanente assim no Kim. Estapeou a bunda do moreno, tendo-o gemendo tão alto e necessitado que achava quase impossível vir um pedido para parar daqueles lábios entreabertos implorando para ele ir mais rápido, fundo e forte.

Antes poderia dizer que Yugyeom iria quebrar se fosse tocado com bruteza, na verdade, ele aguentava muito bem as mãos do Park marcando suas nádegas, a boca violenta o chupando e mordendo, os cabelos sendo puxados, a entrada sendo alargada, a próstata judiada diversas vezes seguidas, fazendo o Kim pensar que desmaiaria de tanto prazer.

Jinyoung ergueu o tronco deste, trazendo para si enquanto, agora mais devagar, o penetrava, aproveitando a proximidade para brincar, com a destra no pênis pulsante do menino, e com a canhota nos mamilos chamativos; marcando um traço de saliva pela mandíbula do mais alto. Segurou-o fortemente, trazendo-o para seu colo ao sentar-se no colhão, seria um pecado deixar aquele local quente e apertado tão prazeroso para si. Já tinha fodido algumas vezes, mas aquele tipo de prazer extasiante era a primeira vez que sentia. Talvez porque Yugyeom não perdia a oportunidade de tocá-lo, ou porque dizia sempre o quão bom aquilo era, como Jinyoung fodia bem, e também porque cada sentença vinda dele tinha um cunho sexual e inocente que fazia o mais velho querer ir cada vez mais rápido, forte e fundo.

Sentado no colo do Park, Yugyeom se sentia ainda mais preenchido e era bom para um caralho — ele pensava se os amigos estavam mesmo comemorando por ganhar um elo no LOL, mas porra, aquilo era melhor do que qualquer coisa no mundo. O cheiro, o som, o suor, os toques, a boca. Virou-se para o namorado, colocando cada perna de um lado do corpo deste, segurando o rosto dele para beijá-lo com veemência, grudando cada parte do seu abdômen no abdômen do outro, sentindo seu pênis entre o aperto, melecando ambos com o pré-gozo. Dentro daquele beijo desengonçado, onde as línguas brincavam de se provocar, Yugyeom se moveu, roubando um gemido inesperado do namorado que perpassou por seus lábios, levando-o a repetir o ato, rebolando para Jinyoung.

— Não me torture, moleque — ditou, agarrando com força a cintura do outro.

Yugyeom adorava ser chamado de moleque por ele.

— Não gosta assim?

— Eu adoro — sorriu, gracioso e, porra, aquilo acabou com a sanidade escassa do Kim. — Faça outra vez, por favor.

Não foi preciso outro pedido para ter o mais novo dançando sobre o pênis alheio, estabelecendo um ritmo que fazia-o suar ainda mais e tinha Jinyoung revirando os olhos, deixando marcas profundas de seus dedos na bunda do mais novo. Conectaram os olhares no mesmo passo que o Kim começou a quicar, sorrindo por ter a próstata acertada em cheio. Jinyoung sorriu também, o namorado conseguia ser adorável até quando perdia a noção do que fazer com as mãos. Entrelaçou, então, os dedos nos dele, impulsionando o quadril para cima, ajudando o mais novo com os movimentos.

— Eu acho que-

O Park afundou o rosto na curvatura do pescoço de Yugyeom, encantando pela maestria com que ele se movia, preocupado apenas em terminar aquela tatuagem sensual a tempo. O gemido que o Kim deixou escapar foi alto e manhoso, assim que o pênis do moreno saiu de si. Empurrou-o contra a cabeceira da cama, virando a cabeça para sentar mais uma vez, voltando aos movimento frenéticos e alucinantes.

— Jinyoungie, eu quero gozar — disse, apoiando-se no peitoral do namorado, as mãos sobre o tigre e as rosas coloridas que pintavam o tórax alheio.

— Tenho uma coisa pra você — avisou, invertendo as posições e ficando por cima do menino. Colocou as pernas do Kim por cima dos ombros, vendo a pele toda se arrepiar e o rostinho angelical corar. Encarou a entrada do mais novo, aproximando o rosto dela.

— O que vai fazer, hyung?

— Você vai gostar.

O corpo de Yugyeom reagiu imediatamente assim que Jinyoung de um beijo estalado em si, penetrando-o com a própria língua; o mais novo segurou com força os cabelos negros do badboy, perdendo o fôlego com facilidade e remexendo as pernas. Era gostoso, ia fundo e fazia um certo tipo de cócega que o Kim quase não suportava de tão bom; e Jinyoung apenas tornava aquilo melhor, ele lambia, beijava e a melhor parte era quando brincava com a língua lá dentro, fazendo o menino gemer cada vez mais incoerentemente. No entanto, acabou com a diversão do Kim quando parou a provocação, voltando a estar em cima do menino, prendendo seus pulsos acima de sua cabeça e aproveitando para beijar cada parte de seu tronco que lhe era disponível, até mesmo a região da curiosa tatuagem.

Yugyeom esquentou e esfriou ao mesmo tempo, sabia o que aconteceria agora e estava realmente muito ansioso para chegar ao ápice, o que não demoraria muito a julgar pelo modo como seu corpo reagia a apenas observar o corpo musculoso e bonito de Jinyoung. Chamou por ele, recebendo um beijo nada calmo que o fez arfar, prendendo a cintura do hyung para baixo, sentindo o membro deste entre as nádegas novamente.

— Por favor, Jinyoungie — suplicou.

Determinado a livrar o corpo daquela sensação apertada de se segurar, Jinyoung penetrou o mais novo na busca de outra sensação apertava que amava. Posicionou-se no colchão de forma que pudesse ir fundo no ânus do namorado, conseguindo acertar o próstata do moreninho suado diversas vezes seguidas. Porra, adorava como o Kim gemia para si, como os olhinhos dele estavam, por vezes, fechados e sua cabeça arqueada o que dava a Jinyoung a total liberdade de beijar seu queixo e mandíbula; e por outras, bem abertos, excitando o hyung com seu olhar profundo.

Estava perto do seu limite, gemeu no pé do ouvido do mais novo, indo mais rápido. A sensação era tão boa... Quando as veias de seu membro se tornaram mais saltadas, Yugyeom prendeu-o, contraindo a entrada para mantê-lo ali dentro e antes que Jinyoung pudesse dizer algo, o mais novo vem com uma dessas:

— Goza dentro, hyung, por favor.

Como alguém poderia negar um pedido como aquele? Apenas isso foi o impulso final para a porra do Park escorrer dentro do menino, preenchendo-o com o prazer todo que Jinyoung tinha. O mais velho sorriu, estocando-o mais vezes ao ver seu corpo tremer, dando indício de que também já iria alcançar seu limite. Logo após isso, o gozo sujou ambos os abdomens, o Park atreveu-se a passar o dedo na fenda do namorado, vendo-o, sensível, se remexer todo de forma adorável. Uniu a testa com a do outro, respirando pesadamente e, finalmente, saindo de dentro dele, não demorando muito para que o garoto levasse os dedos até a entrada, melando com a porra de Jinyoung que escorria do buraco e levá-los até a boca, se deliciando com o gosto do outro. O Park não aguentou a visão erótica e beijou-o com imprudência, sentindo o seu gosto entre o beijo.

Yugyeom deixou o sorriso satisfeito escapar, tinha sido muito melhor do que uma partida de LOL com os amigos, e eles nem desconfiavam disso; entrelaçou o namorado com os braços e o puxando para o seu lado. Jinyoung riu da bobagem do namorado, cobrindo-o com o lençol que eles mesmo haviam sujado. O quadril do Kim doía, mas ele ignorou a sensação dolorida para se aninhar para mais perto do peito do moreno.

— Foi no ano passado — disse baixinho, brincando de beijar as tatuagens no tórax do Park. — Eu me zanguei com minha mãe no dia do meu aniversário, sai e me peguei desenhando flores em guardanapos de bares, logo depois fui parar em um estúdio e o cara nem perguntou minha idade, só começou a riscar minha pele. Doeu.

— É muito bonita — o outro elogiou.

— Se eu soubesse que você ia reagir tão bem assim, tinha mostrado antes — articulou, manhoso.

— Se eu soubesse que para passar a noite comigo, tinha que te trazer aqui, tinha trazido antes — riu o mais velho, tendo o mais novo desesperado ao lembrar que tinha que voltar para casa. E aquelas marcas? E a dor no traseiro? Porra, Jinyoung tinha o deixado acabado. A mãe iria matá-lo. — Calma, moleque, não precisa se preocupar, diz que cê vai dormir na casa do Jackson e fica por aqui mesmo, eu posso fazer mais tatuagens em você.

Yugyeom não era nem louco de negar um pedido daqueles a um Park Jinyoung lhe dando um cheiro gostoso no pescoço. O que ele poderia fazer, afinal? Nunca foi muito fã de tatuagens, mas aquele badboy mexia consigo mais do que o normal e queria cobrir o seu corpo com elas se todas fossem feitas por ele.

16 de Dezembro de 2019 às 01:02 0 Denunciar Insira Seguir história
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uanine oliveira i was a little bit lost, but i'm not anymore

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