alicealamo Alice Alamo

A morte, diferente do que muitos dizem, é uma sensação quente. O corpo esfria, é certo, mas, ainda assim, o coração parece morno pela forma como as pessoas te olham. Há carinho, há amor, há medo de que você as deixe, e tudo isso transborda em suas atitudes, falas, atos sem sentido. Sentado na imensidão da própria mente, Neji se perguntava porque ainda não havia fechado os olhos e deixado a consciência se esvair como tanto sentia que logo mais ela iria fazer...


Fanfiction Anime/Mangá Todo o público.

#nejihina #nejivivo #un #nejihyuga #hinata #romance #pósguerra
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Capítulo Único


Foi o modo como ele a olhou que fez Hinata entender o que tinha acontecido. Era estranha a sensação de que seu mundo de repente ruía, como um castelo de cartas que uma criança assopra por brincadeira para ver uma carta após a outra desabar. E então, quando tudo desmorona, lá está ele, olhando-a daquela forma doce e sofrida, o sangue escorrendo pela boca enquanto o selo que o aprisionava fica visível pela falta da bandana. Não foi susto que a tomou, não foi choque, foi terror, a sensação aterrorizante do sangue se tornando gelo em suas veias, do coração se partindo em tantos pedaço que ela não teve como sufocar o grito que cortou o campo de batalha.

O corpo dele repousava sobre o de Naruto, sem forças, e Hinata nem mesmo percebeu quando tomou Neji nos próprios braços e o deitou no chão com ajuda de Sakura. Não era hora para cuidar dos feridos, ouvia alguém gritar, não era hora para ela estar de costas ao inimigo, debruçada com o Byakugan ativado sobre Neji para tentar achar uma forma de salvá-lo. Não era hora de salvá-lo, era o que tentavam dizer, mas depois seria tarde demais! Ele morreria! Todos sabiam disso e queriam que ela o deixasse morrer ali? Morrer por salvá-la?

Sakura engolia em seco, não precisava de Byakugan algum para ver nos olhos da ninja médica a angústia com que ela concentrava o chakra nas mãos e tentava conter a hemorragia enquanto retirava os dois ramos que o haviam atingido. A respiração de Neji estava lenta, demais, e, mesmo deitado de bruços enquanto Sakura e um outro médico tentavam estabilizá-lo, Hinata sentia o olhar dele sobre ela.

Conseguia ver o chakra dele falhando, as linhas comprometidas, os danos nas artérias, nas veias, nos órgãos dilacerados. Mas o que mais a aterrorizava era enxergar que Neji havia aceitado morrer ali.

— Não se atreva — ela disse entredentes, as mãos trêmulas enquanto se sentia impotente. — Por favor, não desista... por favor...

— Hinata — Sakura chamou, o cenho franzido, a voz incerta.

— Tente — respondeu depressa.

— Estamos expostos! — o outro ninja gritou, os gemidos dos feridos arrepiando a alma, a sensação da morte próxima os abraçando enquanto Hinata segurava com força as lágrimas.

— Eu consigo proteger vocês enquanto isso! Sakura, você não desistiria se fosse Naruto, se fosse Sasuke! Você não os deixaria para trás! — gritou. — Por favor...

Sakura mordeu o lábio com força, o suor escorrendo pelo rosto. Hinata estava certa, ela não deixaria nenhum dos amigos para trás, nem que isso valesse a própria vida. Tinha estudado para situações como aquela, tinha crescido e se tornado forte para ser útil na guerra, para salvar vidas! Respirou fundo, precisava de cada gota de esperança que o ar pudesse ter, e encarou Hinata ao assentir.

— O que você vê? — questionou com urgência, e Hinata escaneou o corpo de Neji com rapidez.

— Os dois ramos que o atingiram fizeram cinco perfurações de saída. O baço dele foi perfurado, as costelas flutuantes à esquerda estão quebradas, o lobo inferior do pulmão esquerdo, lobo médio do pulmão direito, intestino delgado. Hemorragia no hemitórax esquerdo e no abdômen inferior.

— Aorta?

— Intacta.

— Veia cava?

— Intacta.

— Coluna?

— Intacta.

Sakura respirou fundo ao arrumar a postura. Não tinham equipamento ali para uma cirurgia, não tinham nem mesmo as condições adequadas para realizar qualquer procedimento, mas as chances eram pequenas, e seria pior se ela não arriscasse. Não havia ainda tirado de fato os ramos, a hemorragia seria intensa quando o fizesse, mas tinha que começar logo, precisava remover o baço, os dois lobos do pulmão, tentar reconstruir o intestino, tudo isso antes do choque matar Neji. Era loucura... era loucura demais... mas ela faria por Naruto, ela faria por Sasuke, ela faria por qualquer um que fosse importante porque não podia desistir porque, enquanto Neji respirasse, ainda havia uma chance!

— Nos proteja — falou para Hinata. — Neji, resista, tente respirar devagar, precisamos conter a perda de sangue.

Hinata percebeu a falta de cor nos lábios de Neji, ele a olhava quase sem foco, e ela se abaixou por um instante para mais perto dele. O som da luta havia voltado, conseguia sentir o chakra de Naruto envolver um a um no campo, e ela tentou sorrir.

— Nii-san... você ainda vai tomar chá comigo, lembra? — sussurrou, a lágrima rolando pelo rosto sem que ela pudesse conter quando Neji sorriu fraco. — Não me abandone... por favor... eu preciso de você comigo...

Uma última troca de olhares foi feita entre Hinata e Sakura. O chakra de Naruto poderia ajudar, certamente ajudaria. Ela se abaixou à altura de Neji, os olhos perolados a observavam com a calma e tranquilidade por que eram conhecidos, e ela soube que ele a ouvia atentamente.

— Eu vou começar pelos pulmões — falou.

— Ele vai morrer pela dor — o outro médico sussurrou, mas Sakura o ignorou por completo.

— Vai doer, muito, Neji, mas preciso que você tente concentrar o chakra do Naruto nessas áreas comigo. O chakra dele deve me ajudar a conter a hemorragia. Precisamos sintonizar o chakra dele com o seu.

Era fácil falar, era fácil demais traçar um plano em sua cabeça, mas executar... era outra história. Notou uma terceira pessoa a sentar do lado oposto, o Byakugan ativado a fez respirar aliviada quando reparou que era um Hyuuga, tão aflito quanto Hinata, tão desesperado quanto ela em ajudar de alguma forma.

— Não posso errar a localização — Sakura explicou.

Eles se olharam. O outro médico segurou um dos ramos, esperando o sinal. Era improvável, quase impossível demais, mas Hinata estava de pé, à frente deles, a postura de combate Hyuga pronta, decidida, e não seria Sakura a dar pra trás. Se havia uma chance, uma fina teia de esperança, faria Neji se agarrar a ela, faria seu treinamento ter valido a pena.

* * *

A morte, diferente do que muitos dizem, é uma sensação quente. O corpo esfria, é certo, mas, ainda assim, o coração parece morno pela forma como as pessoas te olham. Há carinho, há amor, há medo de que você as deixe, e tudo isso transborda em suas atitudes, falas, atos sem sentido.

Sentado na imensidão da própria mente, Neji se perguntava porque ainda não havia fechado os olhos e deixado a consciência se esvair como tanto sentia que logo mais ela iria.

Estava assustado. A figura infantil segurava uma linha laranja de chakra que ele reconhecia como de Naruto. Os dedos tocaram a testa, livre de selo, e ele contemplou a imensidão branca da própria mente. Não havia nada ali, nada a não ser sua versão infantil e o fio de chakra que apertava entre os dedos. Era um fio que se estendia pelo local, e ele se levantou, curioso, enquanto a seguia. Enrolava a linha de chakra como faria com um novelo de lã, ouvia as vozes dos médicos e queria ter voz para pedir que eles parassem, que se protegessem! Não havia dado sua vida para que Hinata e mais outras três pessoas morressem consigo!

— Nii-san!

Arregalou os olhos. A voz de Hinata ecoou em sua cabeça, e ele franziu o cenho. Aquele tom era antigo, a voz doce que Hinata possuía quando criança, na idade que ele havia recebido o selo dos Hyuugas. Tocou a testa mais uma vez, sentiu as faixas que escondiam o selo, tossiu ao cair de joelhos no chão.

Uma dor o invadia de repente, uma queimação que se alastrava pelos dois lados do peito como se alguém arrancasse um pedaço dele! Apertou o novelo de chakra contra o peito e puxou o ar com força, as lágrimas se acumularam, o grito ficou preso na garganta enquanto se contorcia no chão e tentava concentrar suas forças no foco da dor para aliviá-la. Não conseguia respirar, queimava, cada inspiração era uma tortura, o ar carregava brasa que iniciava um incêndio por seus brônquios, e o sangue manchava o chão cada vez que tossia.

Permaneceu no chão por tanto tempo que as vozes pareciam sussurros ao longe. O novelo quase escorria por suas mãos, a visão falhava, e havia um atípico aroma de grama fresca o invadindo.

— Nii-san, acorda... temos que ir pra casa.

Piscou, sonolento, deitado sobre a grama enquanto Hinata o acordava com cuidado. Ela sorriu e se aproximou, os dedos dela tocaram seu rosto, quente, e arrumaram a bandana sobre sua testa antes de Neji piscar mais uma vez e perceber-se sozinho de novo.

Uma lembrança…

Esforçou-se para sentar, doía tanto... Tocou a bandana sobre a testa, reconheceu as faixas nas pernas e braços que usava quando genin e encarou o chakra de Naruto em suas mãos. A linha ainda era longa, se estendia muito mais à frente, e ele queria ver o que tinha no final, queria descobrir o que aconteceria ao segui-la até o fim.

Ficar de pé doeu tanto quanto em sua luta com Naruto no exame Chunin, ouvia pássaros, o som deles cantando o acalmava de um jeito peculiar, numa ironia cruel, mas na qual ele já tinha aprendido a achar certa beleza. Deixou o fio correr entre seus dedos enquanto o enrolava. Era quente, e a dor desaparecia se pressionasse um pouco contra o corpo.

Perdeu o ar de repente. Sentiu como se um golpe o atingisse na cintura do lado esquerdo e se curvou em dor. Dessa vez, gritou, tão alto que o choro veio. Caído de joelhos no chão, não se questionou ao sentir-se abraçado. Reconhecia o perfume doce, a forma carinhosa como seus cabelos eram acariciados, o cantarolar gentil de Hinata na adolescência. Ela havia desenvolvido aquele hábito após passarem a treinar juntos com maior frequência, pouco depois de dominar a técnica do passo gentil dos punhos de leões gêmeos, quando descobriu que nem mesmo ele estava livre dos pesadelos que as missões perigosas podiam trazer.

— Está tudo bem, Neji... respire... é só respirar... — ela sussurrou, tão calma, sempre tão calma. Quantas vezes já não havia sido abraçado daquele jeito quando Hinata o pegava treinando de madrugada por não saber outra forma de lidar com a insônia? — Isso mesmo, Neji, respire fundo, está acabando...

Assentiu, a dor se alastrando e o fazendo perder o ar. As mãos delas seguraram seu rosto, os dedos removeram a bandana e a deixaram cair no chão antes de ela se aproximar e deixar os lábios tocarem o selo.

— De pé...

Sim, de pé. A imagem de Hinata a sumir o fez se levantar na tentativa vã de segurá-la, de mantê-la por pelo menos mais alguns segundos, de sentir o conforto e o carinho de seus braços um pouco mais. No entanto, ela já não estava ali...

Os passos que se seguiram foram ébrios, o novelo crescia em sua mão, o gosto de sangue tomava sua boca, as lembranças de seu momento final voltavam com força, uma cena após a outra, como flashes em sequência.

Desde sempre, a ideia de morrer protegendo Hinata havia sido romantizada em sua mente. Quando criança, achava heroico, iria cumprir seu dever, dar orgulho ao clã. Depois do selo, era apenas uma obrigação, um castigo injusto, como se sua vida não valesse de nada, como se lhe dissessem que ele não possuía serventia alguma a não ser morrer pelo bem da linhagem principal. De castigo, voltou a dever, e era compreensível, era sua forma de se redimir com Hinata (e só com ela) pelo sofrimento que havia lhe causado, era sua forma de obter o perdão dela... Mas quando havia passado de dever à escolha? Quando tinha percebido que se sacrificar por Hinata era algo que faria sem pensar duas vezes porque não só precisava, como queria que ela vivesse, que ela fosse feliz? Quando tinha posto seu coração nas mãos dela?

— Nii-san, aguente! Por favor! Neji!!

Ergueu o rosto. Estava de pé, sentia os ramos perfurando seu corpo e podia vê-los o atravessado, o sangue escorria por sua boca, as mãos seguravam trêmulas o chakra de Naruto, brincando com o fim da linha entre os dedos.

Queria aguentar, por ela... haviam feito tantas promessas antes da guerra, planos e sonhos que se entrelaçavam e que agora escorriam por entre os dedos. Queria conseguir manter os olhos abertos para vê-la por mais um segundo só... Mas a imagem em sua mente se desfazia como papel sendo consumido por uma forte chama. Piscou, sonolento, ouvia Sakura sem conseguir distinguir as palavras, via Hinata lutando à frente, sentia o chakra de Naruto queimando, a vida percorrendo suas células do pé à cabeça antes de fechar os olhos uma última vez.

* * *

Se havia uma coisa em que ninjas eram bons era em reconhecer ambientes e se localizar depressa, suas vidas dependiam disso. Apesar da habilidade cultivada há anos, Neji não conseguiu mesmo entender e acreditar nos sinais à sua volta. O barulho do marcador cardíaco apitava, um ritmo regular e monótono, o cheiro de álcool era forte, as luzes brancas cegavam, sua boca seca dificultava a fala e fazia a garganta doer ao engolir a saliva. A janela estava aberta, o sol nascia, e um pássaro havia acabado de pousar no parapeito.

Seu corpo estava dormente, pesado, os músculos doloridos como se estivesse muito tempo na mesma posição. Sentia algo gelado em sua veia esquerda, e os olhos seguiram da agulha em sua pele até o soro pendurado ao lado da cama.

Estava vivo? Não... sem chances. Olhou ao redor sem se mover muito. Doía, tudo doía. Do outro lado do cômodo, sentada no chão, estava Sakura. Ela dormia, o sol invadindo o quarto e a iluminando, o jaleco amassado, a prancheta sobre o colo. O peso em sua cama o fez mover o pescoço devagar, os lábios rachados ardiam, e ele suspirou num alívio que nem mesmo esperava que fosse ter ao encontrar Hinata sentada na cadeira próxima à cama, os braços cruzados sobre o colchão, a cabeça repousando neles enquanto dormia.

Ela estava viva. Viva. Viva e aparentemente bem. E isso o fez sorrir, um peso saindo de seu peito, o riso suave se transformando em uma tosse que não conseguiu refrear ou conter pelos segundos que se seguiram.

As mulheres acordaram, de sobressalto, e Neji sentiu o chakra de Sakura contra seu peito enquanto Hinata pressionava um algodão molhado em seus lábios.

— Está tudo bem, está tudo bem, Neji — Sakura disse, o tom calmo e treinado, profissional.

— Respire, Neji, só respire — Hinata sussurrou, a mão segurando a sua e fazendo-o assentir.

Os olhos buscaram os dela, as lágrimas que corriam pela face delicada da prima fizeram as suas enfim aparecerem. Era como desabar, de uma forma boa, como sentir as correntes soltarem seu corpo e finalmente voar livre para longe da morte.

— Dois minutos, Hinata — Sakura falou, e Hinata concordou antes de a médica sair.

Neji fechou os olhos sob o toque quente de Hinata em seu rosto. Ela limpava suas lágrimas com paciência, os olhos nos seus, os lábios trêmulos, as mãos delicadas como se temessem machucá-lo.

— Eu... — ela sussurrou, sem conseguir terminar.

Havia muito o que dizer, uma confusão de sentimentos antigos que atropelavam a euforia ao vê-lo finalmente desperto, vivo, olhando para ela com tanto carinho... Ele ergueu a mão, lento, os dedos deslizando pelos seus contra o rosto dele, segurando a mão dela ali enquanto fechava os olhos e suspirava.

— Você está bem. — Ele sorriu, sincero, os olhos se abrindo para encará-la com carinho genuíno.

Você está bem — ela corrigiu, enfática. — E é só isso que importa... pra mim, você vivo, é só isso que importa...

A voz dela não vacilou, o olhar não desviou do seu, a mão não fugiu do seu toque. Hinata estava firme, mesmo entre lágrimas e respiração acelerada, mesmo entre batidas irregulares e afobadas do próprio coração, ela estava firme como poucas vezes ele a via e como poucas vezes ela própria se sentia. E não tinha como ser diferente! Assistir Neji entre a vida e a morte havia sido o clarão de que ela precisava, o momento nem tão sutil em que a vida finalmente lhe cobrava uma atitude.

Quem ela era? O que ela queria? O que de fato ela queria? Ela era filha de Hiashi, mas só isso? Ela era uma Hyuga, mas e o que mais? Há quanto tempo Hinata apenas vinha deixando os outros decidirem por ela quem seria, quem poderia ser, que caminho devia trilhar? Não esperavam que ela fosse forte o suficiente para defender Neji enquanto os médicos tentavam salvá-lo, e ela foi. Não esperavam que ela fosse se manter de pé, luta após luta, ferimento após ferimento, para defendê-lo, e ela aguentou. Ninguém nunca nem mesmo imaginou que ela fosse ir até Hiashi depois de tudo para confessar seus sentimentos e comunicar sua decisão de ficar ao lado de Neji se ele a quisesse, ainda assim, ela fez… com uma coragem que nem sabia que possuía. Na verdade, quando foi falar com o pai, não tinha medo… não estava nervosa ou apreensiva… nada na vida seria mais assustador do que a imagem de Neji morrendo sem que ela pudesse salvá-lo. E foi isso que ela tentou passar ao se inclinar, graciosa, sobre ele e tocar os lábios com os seus com carinho e cuidado.

Não demorou, não foi mais do que um toque singelo, breve o bastante para Neji até mesmo duvidar que tinha acontecido, mas o suficiente para que um sorriso apaixonado ser trocado pelos dois no breve intervalo de uma respiração.

— Hinata? — Ouviram Sakura à porta, e Hinata suspirou.

— Sakura precisa fazer exames... — explicou, e Neji assentiu.

— Você precisa descansar...

— Não vou sair daqui. — Ela sorriu, meiga, e se afastou ao ouvir os passos de Sakura próximos. — Ainda me deve uma xícara de chá, Neji.

Ele riu, breve e rouco, os olhos perolados captando o voo do pássaro e vendo-o ganhar os céus. A imagem de Hinata de pé na guerra o protegendo parou ao lado da mulher que agora lhe sorria de forma tímida, os olhos perolados estavam longe do desespero de antes, banhados na felicidade de quem sente o coração bater de novo no peito. Suspirou, as defesas todas no chão, as correntes todas quebradas, apenas a paz o invadindo a cada nova batida do coração. E era uma sensação tão boa...

Sorriu, entregue, completamente entregue...

— Quantas você quiser, Hinata… quantas você quiser.




Gostaram?

Então, para quem não sabe, eu não aceitei nada bem a morte do Neji no mangá (hahahaha nada bem mesmo), então aqui tá uma versão para mim de como podia ter sido <3

Posso respirar aliviada com dever cumprido por assim dizer hahahaha

Espero que tenham curtido ;)

28 de Novembro de 2019 às 01:57 3 Denunciar Insira Seguir história
6
Fim

Conheça o autor

Alice Alamo 24 anos, escritora de tudo aquilo em que puder me arriscar <3

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pure ether pure ether
Alice, eu to feliz e triste. Como faz? Kishimoto já pode pegar o mangá e começar a corrigir. Você deixa ele olhar da sua fic? Hahaha Eu amei muito esta one. Gostei muito de como você mesclou os acontecimentos e essa experiência de quase morte do Neji, relembrando de momentos da vida dele e Hinata neles. E a Hinata? Maravilhosa, com atitude, com garra, sem perder a delicadeza que lhe é peculiar. Valeu muito a pena ler essa fic. Obrigada por compartilhá-la conosco ❤️
November 29, 2019, 01:50
Políbio Manieri Políbio Manieri
Aaah meu deus, era pra eu ficar feliz e fiquei foi numa bad desgraçada. É tão simples, tão fácil. O Neji não merece o tipo de roteiro fajuto em que só o Lee chora a morte dele e é isto cabou o tempo, a vida continua segue a guerra, nao só pelo tanto q eu gosto do personagem mas pelo sentido em cima do desenvolvimento q foi praticamente zero. Sempre pensei q estava no destino e nos desejos dele realmente morrer se sacrificando pelo bem estar da hinata mas não assim, não desse jeito tão quebra-galho... Ver a hinata lutar por ele, exigir q ele se levante e que cumpra suas promessas realmente aqueceu meu coração. Por mais que ele talvez não se salvasse, ver q pelo menos alguem tentou - e tentou muito - ja me deixa feliz, porem triste ao mesmo tempo (caralho alice). Adorei ainda a maneira simples de abordar os sentimentos dele, como em um beijo sem muita explicação ou reações absurdas a respeito, tudo muito natural como eu penso q o relacionamento deles é (ou deveria ser). Obrigado por essa historia linda <3
November 28, 2019, 17:22
Lilith Uchiha Lilith Uchiha
Oii! Ahhh como eu amei essa versão da história! Bem que podia ter sido assim no anime... foi tão lindo a Hinata fazendo de tudo pra salvar o Neji, tentando convencer a Sakura a ajudar, sem nunca desistir dele.. gostei demais <3 E esse final foi um amor com os dois juntos! Adorei a história, parabéns! Kissus^^
November 28, 2019, 03:40
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