aquelesousa Weslley De Sousa

Seus olhos recebiam uma fresta de suavidade que assim o necessitava. Seu redor cansativo não o prestigiava, ascendia o interior e acalmava os seus tremores como a chegada desta figura que se tornaria o seu novo guia, seu novo riso e o seu novo ruir.


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Capítulo Único

Um olhar mais forte, digno de um predador que cuida da sua região e a protege com as forças descomunais que sua imponência lhe convém, ali estava a frente de mim. Seus lábios molhados e a sua língua domada, sua cintura colada contra a rígida membrana ereta que raspava suas nuas nádegas enquanto seus braços laçava seu pescoço, aquele mesmo pescoço que antes meus beijos a geraram os mais singelos, instigantes, tóxicos, viciosos gemidos, agora eram de domínio dos braços fortes e salivas de outro garoto.


— Prazer. Você é amiga da Delania, ? - A Paisagem corroída e suja do mofo mais horripilante que seus olhos poderiam voltar a testemunhar ali se encontrava, pintada com o mais colorido das cores que as luzes deste nublado dia poderia tingir. Seu corpo agora trajando apenas um sutiã pequeno, incapaz de segurar o que quer que aquela pré-adolescente pudesse ser capaz de dizer que estivesse mantendo firme, mas que nos olhos do jovem a sua desconhecida frente, era o representativo literal da perda de sua inocência nos braços de outro homem que não fosse ele.


Prazê. Sim, me mudei ‘tácums três dia, . ‘tu é daqui, é? - Apenas ouvido falar não era o bastante para compreender a seriedade do que estava se ocorrendo diante de seus olhos, sequer da seriedade que tornava a composição dos eventos em algo horripilante, arrepiando sua pele e deixando sugestivo a aparição de uma lágrima em seu olho esquerdo, enquanto o direito estava colado do lado fechado da janela, acumulando a poeira deixada pela falta de cuidados uma vez prometidos há minutos atrás pela própria garota que a usou como desculpa para sua ausência.


— Sim, sou daqui. Não moro aqui, moro em uma cidade ‘pra lá. - Suas roupas eram tiradas lentamente, despreocupados com quaisquer que pudesse entrar pela porta na extremidade esquerda da casa, lado contrário do quarto que se encontravam e da janela que de seu lado contrário se encontrava o apaixonado caído. A Troca de beijos se esquentava, seus corpos ainda virados para a mesma parede que se encontrava a janela entreaberta pelas cortinas.


— Daqui a pouco já tenho que entra, minha mãe ‘tá chegano. ‘cê parece legal. - Suas mãos lisas de pele achocolatadas percorrem o braço daquele que a segurava, entrelaçando seus dedos da mão esquerda desta que o encaminhou de encontro à seu membro supostamente já banhado nas águas do desejo que clama pelo intoxicante desejo de ser correspondido. — A Genti se vê por ai?


— Sim, todo fim de semana eu ‘tô aqui. - “Talvez não fosse o bastante” e a peça começava a ser pregada pela própria imaginação incrédula que se recusava a acreditar no que via. Não acreditava em ilusões e o seu Deus não permitiria que sua mulher deitasse-se com outro homem. “Eu devia ter vindo mais com a minha mãe.” justificava. — ‘té mais.


Conhecer aquela figura havia sido uma respiração para o ambiente do qual aquele garoto estava tão familiarizado. Não devido seu coração ainda estar manchado pelas dúvidas e mágoas do anterior ‘relacionamento’, afinal de contas crianças esquecem rápido e o peso verdadeiro daquilo podia ser apagado pelas resoluções que podemos chegar diante de nossas perspectivas infantis, que são: a falta de conhecimento do peso das nossas ações. O Motivo do ar parecer diferente se devia explicitamente e unicamente a inserção de duas novas pessoas na região: Taliana e sua mãe, advindas das extremidades do norte do país, agraciaram a região que se residia o trabalho da mãe do pré-adolescente Neo.


A Amizade surgiu através do intermédio sendo realizado por uma outra figura como assunto utilizado, mas os olhares já eram trocados quando encontrados no mesmo lugar, compartilhando as mesmas risadas e as mesmas companhias. O Tiro saiu de ambos os lados, e quando menos esperado os lábios se encontraram em uma brincadeira infantil durante um aniversário de criança. As luzes se apagaram durante a canção de parabenização dos mais novos seis anos de idade da irmã de algum amigo dos dois presentes. As palmas de ambos puderam ser ouvidas, mas logo silenciadas e seus silêncios muito bem cobertos pelas demais palmas. Seus lábios se tocaram. Um beijo rápido mas que durou minutos na percepção do pequeno Neo, encantado e mais uma vez cedido o seu coração para a chama insaciável do prazer.


Repentinamente as luzes se ascendem e os aplausos mudam o seu foco e atenção para o surgimento de um novo casal, que cobertos pela timidez e a vontade de manter o anonimato desta relação, se angariam para o meio da multidão, um para cada lado. Uma semana se passa e a reunião acontece mais uma vez, agora para selar o compromisso. Sentados em uma escada coberta, os pequenos se entregam ao verdadeiro beijo que sela destinos, fixa relacionamentos e amarra laços de sentimentos maiores do que eles poderiam compreender.


— Isso foi… - Sem palavras. Indescritível. Intenso. Revelador. Ominoso. Descomunalmente pecador.


— Alguma coisa, né não? - Alguma coisa impensável. Alguma coisa irracional. Alguma coisa movido a sede. Alguma coisa tóxica. Alguma coisa imunda.


— Eu gostei. - Eu não estou gostando. Meu peito está doendo. Minha respiração está dura e travada.


— Eu tamém. - Você está gostando. As mãos dele estão em volta do seu peito. Sua respiração está ofegante e arrastada.


— Ana, eu queria… - No momento que aquelas palavras foram desferidas de sua boca, o garoto não pôde me conter. Alguma coisa começou a agir dentro dele, algo que ele nunca antes viu diante de tamanho sentimento. Seu sangue subia lentamente para a cabeça, o corpo tremia e seus dentes rangiam. Pela primeira vez em nossas vidas, iniciava-se a minha vinda ao mundo. A Fúria, o ódio, a desconsideração, a falta de sentimentos, a fragilidade transformada em uma pura construção imaterial do que viria a se tornar o seu maior medo: o irreconhecível. O Não Lembrado. O Esquecido. O Nunca antes visto.


Qué’ namora comigo?

“Qué’ coloca isso logo?”


A Noite havia chegado. Ninguém conseguia encontrar o jovem que não aparecia desde as duas e quarenta e dois da tarde. A Mãe, finalizando suas últimas roupas no trabalho, encerrava seu dia preocupada por não ter conseguido receber uma notícia de por onde seu filho andava ou possibilidades de onde começar a procurar, nem mesmo o último lugar que foi visto.


A Porta, no entanto, se abria quando não se esperava mais ninguém a passar por estas além de sua cria, a própria que aparecia diante da mulher preocupada que agora respirava mais calma.


— Filho de deus, você ‘tá com metade da cara suja, o que aconteceu com você? - Sua voz indicava uma preocupação não com a saúde ou ferimentos, mas um pouco rigorosa, questionando as localidades possíveis que poderiam ter feito a criatura se sujar. Infelizmente, a resposta não era tão simples. Mas foi entregue com o devido peso que as sujeiras carregavam.


— Foi só uma parte, a outra eu não quis sujar. Vamo embora logo.


— A Sua amiguinha veio atrás de hoje, perguntando onde você estava. Você viu ela? - O olhar foi apenas um. A Reação foi apenas uma. A Feição já estava moldada na mesma que se fechava mais cedo. O Silêncio permaneceu por uma fração de segundos. Para a mãe, duros segundos de estranheza e leve indignação. Mas para o garoto…


— Não. - … passaram-se uma semana.

17 de Setembro de 2019 às 18:45 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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