agomechan Thais M

Wade e Peter não se parecem só nos uniformes e no senso de humor com piadas constantes. Ambos não estavam acostumados a depender de alguém, a fazer uma parceria e ainda pior, a notar interesse genuino que alguém tem por eles, ou melhor, que um tem pelo outro. Por isso é melhor deixar que seus atos falarem mais do que palavras, como um singelo beijo.


Fanfiction Comics Para maiores de 18 apenas.

#spideypool #homem-aranha #deadpool
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Eu te protejo

Notas:

• Essa fanfic faz parte do: DESAFIO MÊS DOS NAMORADOS - TIPOS DE BEIJOS, que está no grupo do facebook do Nyah!

• Baseada mais nas HQs, então não é o Peter do MCU (a não ser que você imagine o Peter do MCU mais velho... bem mais velho, no minimo uns 28).

• Esse capítulo é muito baseado na comic do Deadpool Anual issue #2, acho que de 2013. Mas não importa se não leu, porquê tudo que precisa saber de contexto está no capítulo, ja que imagino que a maioria não tenha lido.


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Peter não imaginava que seria salvo pelo mercenário tagarela. Nem o mesmo esperava, só tinha ido visitar sua aranha favorita e simplesmente a oportunidade caiu no seu colo. E Wade pegou.

Estava sendo uma semana difícil para o Homem-Aranha. Camaleão, um vilão ardiloso, naquela semana não lhe deixava em paz assumindo a aparência de qualquer civil. Ao ponto que até mesmo aqueles que o herói salvava, se revelavam sendo Camaleão disfarçado, tentando lhe esfaquear e sumindo em seguida num piscar de olhos, até mesmo para Peter que possuía reflexos muito rápidos.

Seu sentido aranha estava o enlouquecendo. Não podia ir para casa, só Deus sabe quem poderia ser o Camaleão em cada rua ou esquina e não poderia correr o risco dele descobrir sua localização, isso revelaria sua identidade. Nem poderia retirar sua máscara. Era impossível prosseguir daquela maneira. Viver se sentindo constantemente cercado. Nem dormia para não deixa sua guarda baixa.

Chegou ao ponto de só acreditar que Deadpool era ele mesmo quando o mercenário sem pestanejar, quando Spider lhe pediu uma prova, atirou no próprio peito provando sua identidade.

Peter suspirou aliviado.

— Webs, você está me parecendo doido e sou eu quem está falando.

— Eu sei. — Suspirou, massageando suas têmporas. — Me sinto doido mesmo.

Ao Wade se sentia a vontade para desabafar o que tinha passado ao longo dos dias na mão do Camaleão. Era irônico estar falando sem parar de seus problemas com seu colega de telhado, só tendo pequenas interrupções ao longo da conversa, sendo que o conhecido por ser tagarela não era justamente o Wade quieto. Mas lá estava o mercenário prestando atenção, fazendo algumas piadas para diminuir a tensão:

— Então… você empurrou mesmo uma mulher grávida num beco…?

— Eu sei…

— E eu achando que não podia te amar mais.

— Ela era o Camaleão! Tentou me esfaquear e desapareceu do nada sem deixar rastros!

— Eu acredito em você, cabeça de teia. Mas isso vem do cara que tinha duas vozes na cabeça, e uma dela era o MadCap. Então… não sei se é lá muito significativo meu apoio.

Peter riu entristecido, porém riu, naquele telhado de um edifício. Era bom ter uma companhia, que assim como ele, usava do humor para aliviar o clima e suas próprias frustrações.

— Para mim é bem significativo, Pool.

Deadpool levou as mãos ao rosto mascarado em entusiasmo e surpresa ao ouvir aquelas palavras, só que parou para pensar estreitando os olhos brancos:

— Puta merda, você está muito fudido então pra ‘tá feliz só com isso.

— Estou. — confirmou o Homem-Aranha com o riso que Wade estava com saudades de ouvir. — Não que geralmente eu esteja “bem”, mas enfim, só prova que sempre tudo pode piorar.

— A história da minha vida, baby boy.

— Engraçado, é da minha vida tamb… — Peter enrugou a testa. — Do que você me chamou? — Não obteve resposta. Só fez o aranha cruzar os braços e arquear a sobrancelha em desconfiança. — Pool?

— O que? Não disse nada.

Não era a primeira vez que ouvia Deadpool o chamando dessa forma, mas estava começando a achar que poderia se tornar o hábito. Seria melhor chamar a atenção do tagarela pra isso o quanto antes, entretanto não houve tempo para discutirem.

Os seguranças do prédio derreteram as teias de Peter na porta com um maçarico. O homem só queria ficar só ou com alguém de confiança tendo certeza que não se tratava do vilão que lhe atormentava. Ironicamente esse “alguém” era o cara que matava por dinheiro e pulou pra esse telhado só pra dizer “olá”, mas… Parker não iria reclamar disso, estava irritado pelos dois serem interrompidos no seu único tempo de descanso.

Frustrado, o aranha saiu empurrando os seguranças, entrando no prédio e pulando no vão do elevador. Queria ficar longe das pessoas comuns.

Ao descer num corredor viu algo que lhe chamou a atenção.

Spidey tinha dito na conversa sobre seu medo de não conseguiu mais diferenciar inocentes do Camaleão. para Wade Wilson parecia ser uma daquelas situações; as pessoas do escritório olhavam apavoradas para o Homem-Aranha, enquanto ele segurava uma mulher pelo pescoço, convicto de ter pego o vilão dessa vez e estava disposto a tirar a máscara dele puxando os cabelos dela.

Não fazia o estilo do Deadpool ser a voz da razão, porém teve de ser, ninguém entendia melhor o que a paranoia era capaz de fazer na cabeça de alguém do que ele. O Homem-Aranha não era do tipo de sair da linha da bondade e da “luz” pra arrancar o couro cabelo da mulher.

E Peter acabou por dar ouvidos ao Wade, a soltando.

Achavam que tudo estava resolvido, mas:

— Que?! Camaleão?! — Foi o que deu tempo do Pool dizer, vendo aquela mesma mulher espertar o spidey com uma agulha infectada.

Irritado, afinal o seu melhor amigo estava mesmo certo, jogou o Camaleão contra a janela de vidro pra fora daquele andar alto do prédio.

— Vai beijar o asfalto, seu esquisito filho da puta!

Obviamente o aranha lançou a teia salvando o Camaleão da morte, mesmo sentindo seu corpo mole, anestesiado, por culpa dele, mal conseguindo falar.

As pernas amoleceram, quase foi ao chão se não fosse pelo seu colega lhe pegar antes.

Era estranho estar sendo cuidado daquela forma.

Peter é sempre o herói. O que resgata a todos e nem sempre é reconhecido por isso, mas não importava já que ser herói é também não ter tais expectativas.

Porém lá estava ele sendo carregado pelo Deadpool. Como sempre não parava de falar, mesmo sabendo que o Aranha não tinha condições de responder. Mas tentava prestar atenção no que Wade dizia. Ele lhe contava seu plano, a forma que fingiria ser o Homem-Aranha para o Camaleão vir atrás dele em vez do verdadeiro, o Peter, que estaria naquele cômodo pequeno seguro.

Achava graça nas piadas daquele homem fora da lei fazia reclamando das calças apertadas.

Super-bro-codes, não olhar a identidade do amigo.

Sentia o Pool tirando sua máscara com uma mão, já que a outra ele cobria os próprios olhos.

Peter sabia o tamanho da vontade daquele mercenário de saber sua identidade, de ser mais próximo de si, ganhar sua amizade e lhe conhecer melhor. Ou que pelo menos ele fazia parecer, o Aranha sempre tem suas desconfianças quanto a isso. Só que lá estava Wilson, plenamente capaz de ver quem ele era, com uma oportunidade enorme como aquela e ele nem aproveita?

Tinha que admitir que estava admirado com as atitudes dele.

Mas não eram amigos.

Não… não eram.

Não eram?

— Oh, migo! Você pode ter seu sonho de beleza a vontade, vou tirar o Camaleão da jogada. — Ouvia Deadpool acompanhado dos sons dos tecidos de spandex. — E vou matar ele.

Se pudesse o Aranha teria engolido seco naquele momento.

“Não, não fala isso! Nada de matar! Nada de ‘desviver’ ninguém! Ainda mais usando meu uniforme! Meu nome!”.

Como se lesse seus pensamentos o musculoso canadense olhava carinhoso o homem novaiorquino sentado, largado, usando seu uniforme, sua máscara e sorrido lhe disse:

— Não se preocupe, eu vou tirar a máscara quando atirar nele, então ninguém vai achar que foi você.

“Agradeço, mas nada de matar! Já falamos sobre isso, mesmo feliz pela sua ajuda e por estar fazendo tudo isso em favor da minha imagem, não se podemos decidir quem vive e quem…” — O caminhos de seus pensamentos foram cortados quando sentiu os lábios dele por cima da máscara.

O Deadpool tinha lhe dado um beijo estalado na testa.

Na testa.

Não diretamente, mas ainda assim…

Era como os que recebia de sua tia May antes de dormir, quando ainda era uma criança.

Ouviu Wade indo embora e fechando a porta.

Aquele sentimento… era a droga fazendo efeito? Levou um tempo por não ser um humano comum geneticamente. Mas sentia que finalmente naquela semana poderia descansar.

Alguém estava ali para ele poder se desligar por um momento.

Estranho estar contado tanto com um mercenário e se sentir protegido, como ter recebido um beijo de boa noite. Tão estranho DP ser tão carinhoso com ele e como veio lhe segurando como se fosse de vidro.

Peter só não estava acostumado… a ser tratado daquela maneira, de ser protegido custe o que custar.

Ao acordar atordoando se lembrou da situação anterior e ficou sem jeito, agradecendo por estar ali sozinho para clarear as ideias.

Tinha ficado aliviado em passar um tempo com o Deadpool e de ganhar um beijo dele?

Ainda mais um na testa!

Quem espera receber beijo de um homem daquele tamanho, que fala tantas vulgaridades, com trabalho sujo, na testa?

Chegava ser simbólico, um beijo na testa, aquele que não espera ser correspondido como um na bochecha, é só sinal de carinho e cuidado, naquela situação.

— Deadpool está certo, eu estou parecendo louco.

Era o mesmo homem que irritava todo mundo, mas Peter tinha ficado lá prestando atenção no som de sua voz, como se fosse uma história antes de dormir.

De repente se lembrou do resto do plano que o canadense tinha. Não poderia deixar Deadpool matar o Camaleão e… o mercenário até podia não morrer, mas podia se machucar se metendo em sua confusão, ou ficar mais despirocado sendo perseguido por ai de homem-aranha.

Decidido, saiu da sala de impressões daquele escritório vestido de deadpool e foi pela cidade entrando na ativa de seu trabalho como vigilante.

Um dos seus trabalhos ao menos. Sua secretária iria lhe matar por deixar os negócios da empresa por uma semana, e seus estudos da tese de doutorado?

Eram tantas coisas.

Contudo, salvar um amigo era o mais importante. Prender Camaleão era primordial. Quem sabe um dia recompensaria o seu amigo por isso?

— Acabei de chamar Deadpool de amigo em pensamentos? O que está acontecendo? Mas ele é… praticamente um bom amigo, um incrível amigo até? … por que estou discutindo comigo mesmo em voz alta? Deve ser porque estou usando o uniforme dele. A loucura deve ser contagiosa.

Enquanto corria Parker ficou constrangido ao pensar que mesmo não sendo baixinho e tendo até mais massa muscular do que na sua época de escola, as roupas do seu “herói anti-herói” ficavam meio largas.

Deadpool passou perfume para ir lhe encontrar na cidade?

“Tem um cheiro até bom…” — pensando usando o uniforme dele. — “…ok, eu estou perdendo os poucos parafusos que me resta agora. FOCA PARKER!”.

E o dia foi salvo por esses dois que usam roupas combinando e trocam como gêmeos querendo confundir a mãe.


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Notas finais:

Espero que tenham gostado

Se chegou até aqui me deixa um comentário, sim?

Ajuda muito.

15 de Setembro de 2019 às 17:16 0 Denunciar Insira Seguir história
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