donnadan Donna Dan

Um deslize, uma boa ação e o nascimento de uma atração inexplicável. Sasuke e Naruto se conhecem através de uma mensagem enviada por engano; e, desde a primeira troca de ofensas, sentem-se cada vez mais ligados. Com o tempo, ambos passam por situações inusitadas e começam a rever seus conceitos... NaruSasuNaru ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- - Primeira fanfic que comecei a escrever na vida! Teve início em 2013 e por várias pausas que eu dei está em andamento até hoje... Mas esse ano eu termino ela x) - Nova capa! - Imagem dentro do Celular da Snow Rainha!


Fanfiction Anime/Mangá Para maiores de 18 apenas.

#lbgt #mensagem #narusasunaru #naruto #sasuke #narusasu #sasunaru #descoberta #comédia
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Engano

Nota de 2013:

"Hey, minna-san!
Estou super ansiosa por estar postando a minha primeira história!
A proposta é que a Fic seja uma comédia romântica, e eu preciso MUITO do retorno de vocês; tanto para aplacar a minha ansiedade e minha insegurança, quanto para melhorar a história! Críticas são muito bem-vindas e, caso não se sinta a vontade para deixá-la nos comentários, é só me mandar in box.
O enredo surgiu na minha cabeça depois de receber uma mensagem no meu celular que eu acreditava ser um engano...(Longa história, rs).
A fic vai ter lemons, e, quando houver, vou colocar um aviso nas notas iniciais do capítulo. Porém, deve demorar um pouco até chegarmos no primeiro lemon, não fiquem chateados, rs.
Falando em limão... antes de começar a história, gostaria de avisar que "picuinhas" sobre quem deveria ser "Uke" e "Seme" serão ignoradas. Eu já vi muitas vezes, enquanto leitora, pessoas e grupos que deixam mensagens acaloradas e ofensivas sobre o tema. Porém, acho que ter preferência é uma coisa, mas acreditar que; por causa disso ou daquilo, um dos personagens é obrigatoriamente passivo ou ativo é imaturidade e reflexo da grande ignorância sobre o que é uma relação homossexual...
Sem mais enrolações, vamos à história! Espero MESMO que gostem!"


Era domingo. O sol entrava pela janela tirando seu sono. Em situações normais, já era capaz de reunir uma boa dose de mau humor sem que muito contribuísse para tal; e estava particularmente irritado ao acordar aquela manhã. Sentia a cabeça latejar pela noite mal dormida e pelos pensamentos incômodos que lhe acompanharam na madrugada, deixando-no com a cara emburrada e um vinco entre as sobrancelhas que muitas garotas do seu fan club considerariam “bonitinho”.

O motivo de tanto mau humor? Seu rompimento escandaloso com Orochimaru. Sasuke sabia dos riscos de se envolver com um homem muito mais velho que ele - ainda por cima um tão estranho - mas julgou que esta seria uma oportunidade única de subir na vida e quis arriscar. Não que os dois fossem próximos ou apaixonados, era uma união conveniente. Sasuke havia conseguido um emprego de produtor na gravadora do ex-namorado, a mais poderosa do país, a fim de provar que, mesmo tendo escolhido a música, poderia conseguir um futuro tão bem sucedido quanto o do irmão, Itachi Uchiha, que assumira a chefia da empresa da família e sempre era elogiado pelo pai, o qual exigia de Sasuke a mesma postura de sucesso.

Porém, a perversão de Orochimaru estava indo longe demais. Fora as inúmeras fantasias ridículas, o mais velho queria incluir outras pessoas nas transas e isso o deixava extremamente irritado. Pouco tempo depois, Sasuke descobriu que o depravado gravava os momentos íntimos dos dois e os postava como um diário em um Blog pornô. Foi humilhação demais. Imediatamente denunciou o site, acionou o advogado para encaminhar o devido processo, anunciou o fim da relação dos dois e pediu demissão antes que o outro pudesse ter o prazer de despedi-lo. Depois de recolher seus pertences, acomodou-se em um hotel e desejou mentalmente não se encontrar mais com o ex, mesmo sabendo que seria necessário devido ao processo que acionara contra ele.

Com seu jeito nada sociável, Sasuke não tinha amigos e os únicos com quem convivia fora do trabalho também eram empregados da gravadora. Juugo, que com seu jeito bondoso aturava os caprichos do chefe; Suigetsu, um tremendo puxa saco, que esperava vantagens por ser amigo do patrão, e que não demorou a desaparecer; e Karin, que nutria grande paixão por si. Movida por esse sentimento e com a esperança de se aproveitar do momento de tristeza, a ruiva havia chamado Sasuke para curtir o dia e se livrar da fossa. Ele aceitou mais pela insistência da “amiga”, que grudara no seu pé desde o término, do que por vontade; mas ao acordar daquela forma, não pensou duas vezes em pegar o celular e desmarcar o encontro.

Ainda perdido na raiva pela humilhação sofrida, Sasuke digitou a mensagem distraidamente e enviou para o número da ruiva, imaginando-a vermelha de raiva, batendo os pés como sempre fazia quando era rejeitada e ajeitando os óculos que sofriam se equilibrando durante o ataque da rapariga. Essa imagem o distraiu e ele se permitiu sorrir minimamente de canto. Mandou uma mensagem curta e grossa e sem assinatura:

Número desconhecido: Não precisa me esperar. Não estou me sentindo bem e vou ficar em casa.

Enquanto isso, esparramado nos lençóis, vestido apenas com sua cueca boxer preta, estava um loiro que dormia de bruços e de boca aberta. Seu celular vibrou embaixo de seu travesseiro e de forma preguiçosa o homem tateou e bateu no aparelho até que este parasse de vibrar. Ele abriu os olhos com preguiça, olhando a manhã bonita pela janela.

“Pelo sol devem ser umas oito horas”, pensou. Chegou a fechar os olhos por mais um instante, mas se levantou afobado, achando que estava muito atrasado para a faculdade. Saiu da cama em um só impulso e tropeçou no jeans jogado no chão, pegou a peça e a vestiu atrapalhado, pulando em uma perna só e amaldiçoando o aparelho celular.

— Por que essa porcaria tocou só AGORA?! – Vociferou, abotoando o jeans surrado e pegando o celular. Se não fosse a afobação teria rido de si, pois se esqueceu totalmente que era domingo e percebeu que a reclamação do celular era, na verdade, devido ao aviso de “Você tem uma nova mensagem” no visor. Sentou na cama mais relaxado e bocejou. Estava nervoso, pensando em quem poderia ter mandado uma mensagem àquela hora; seus amigos sabiam que só uma emergência poderia tirá-lo da cama antes do meio dia em um domingo. Ficou intrigado, pois o número de origem da mensagem não constava em sua agenda. Leu e releu em silêncio a mensagem curta que apareceu, pensando em possíveis compromissos que, em um momento de insanidade, poderia ter marcado para aquele horário e com quem poderia ter marcado.

Número desconhecido: Não precisa me esperar. Não estou me sentindo bem e vou ficar em casa.

— Não acredito que acordei por causa de uma mensagem que chegou por engano! Que droga! – Depois do susto que tinha tomado, duvidava que conseguiria dormir. Reclamou internamente com um bico torcido no rosto por mais alguns segundos, enquanto amontoava com os pés as roupas espalhadas pelo quarto. Naruto não fazia o tipo organizado e tirava sua mãe do sério com isso. Por mais que reclamasse com o filho, ele sempre a olhava com aquela cara sem graça , coçando a nuca e pedindo desculpas com aqueles grandes olhos de neko chorão. Mesmo amolecendo o coração da matriarca, ela fazia com que o loiro arrumasse a bagunça; isso quando não ganhava um belo cascudo da mulher.

Depois de amontoar a roupa suja e roupa limpa no mesmo bolo e levar pra lavar, pensou novamente no SMS que recebeu. Tinha que responder a mensagem, afinal, alguém estaria esperando por alguém e não saberia do bolo que iria tomar. Voltou correndo para o quarto, pegou o celular e pensou um pouco sobre o que iria responder.

Se fosse mais cedo, com certeza teria sido mal educado por ser acordado àquela hora em um domingo; mas, como já estava mais calmo e normalmente se encontrava bem humorado, respondeu:

Número desconhecido: Oi! Você mandou a mensagem para a pessoa errada! Eu não conheço seu número e tenho certeza que não estou te esperando... Rsrs. Naru.

Deu seu sorriso largo e iluminado de “missão cumprida” e desceu as escadas para tomar café da manhã. Tinha sentido cheiro de panquecas quando passou pela lavanderia e a boa ação que havia realizado com certeza merecia uma recompensa.

Enquanto isso, Sasuke estava lendo os papéis enviados por seu advogado, quando recebeu uma mensagem no celular. Naquela hora, ele já estava com o rosto aparentemente mais calmo, com sua constante feição indiferente. Viu que não possuía o número na sua agenda, apesar deste ser familiar. Leu a mensagem sem entender de início, depois a surpresa lhe atingiu. Estava tão distraído de manhã que havia digitado dois, DOIS números errados do telefone da Karin! O moreno sempre se destacou pela sua boa memória e raramente usava a agenda, sempre digitando os números de cabeça. Não acreditou que havia cometido um deslize daqueles - estava realmente abalado com tudo que havia acontecido.

Porém, ficou intrigado com a assinatura da mensagem, não sabia porquê a pessoa desconhecida havia assinado a mensagem já que havia sido um engano e; mesmo não se reconhecendo nessa atitude, ficou curioso em saber se “Naru” era na verdade um homem ou uma mulher e em descobrir quem mandou a SMS. No seu iPhone salvou o número na agenda como “Naru” e abriu o aplicativo do WhatsApp para conferir se havia um perfil com aquele número. Para sua surpresa, a foto mostrava um homem loiro, que devia ter aproximadamente a sua idade, com os olhos apertados em um sorriso imenso e a mão na nuca, meio sem graça. Sasuke se perdeu nos detalhes do rosto do outro, achando aquele ser encantador, e se recriminou por isso; não poderia estar pensando desse jeito quando, a menos de uma semana, tantas coisas constrangedoras aconteceram por causa de um relacionamento. Por que diabos pensava em um relacionamento naquele momento? O homem parado com o celular na mão, encarando a imagem do rapaz loiro, estava totalmente desestabilizado, sem o controle que sempre teve de seus sentimentos. Pensamentos iam e vinham com toda força, sem que ele pudesse se fixar direito em um deles.

Quando sua cabeça começou a doer largou o celular na mesa e foi até a cozinha procurar algum remédio, no meio do caminho lembrou que já havia tomado alguns analgésicos de manhã e não poderia tomar mais. A cabeça ainda doía.

Tentou voltar sua atenção para os papéis do processo, mas já não entendia uma só linha do que lia. Pensava na sua carreira e no que faria a partir de agora, mas não conseguia manter o fio de pensamento. Dando-se por vencido, pegou o celular novamente e pensou em responder a mensagem...

Responder para o loiro, claro!

Nem pensou em Karin, que, nesse momento, cozinhava emburrada no sol do parque, observado casais felizes e crianças se sujando de todas as formas possíveis de sorvete, terra e areia.

De todas as possibilidades, resolveu provocar um pouco o loiro com seu jeito sacana:

Número desconhecido: Hn. Uma pena que não está me esperando, Naru

Como havia acordado muito cedo, Naruto resolveu sair de casa e passar no campo de futebol para espiar se não precisavam de alguém para completar o time. O loiro sempre fazia isso; tirando um curto período da sua adolescência em que fora extremamente rebelde, ele se dava bem com todos e, em pouquíssimo tempo, as pessoas o tinham como um grande amigo.

Às 10:00 da manhã, recebeu outra mensagem do númeroo desconhecido. Estava descansando da última partida encostado a uma árvore, curtindo a sombra e a brisa daquele domingo agradável, quando ouviu o celular tocar na mochila ao seu lado. Pegou o aparelho e sorriu levemente ao "reconhecer" o número no visor. Porém, seu sorriso foi sumindo ao ler o conteúdo do texto, ficando tenso e endireitando o corpo no tronco da árvore.

“Como essa pessoa sabe meu nome?”. Como Naruto havia assinado a mensagem automaticamente, não se lembrava do ato desleixado e ficou olhando em volta a procura de alguém o observando escondido, mas só havia a galera do futebol organizando uma segunda rodada. Respondeu a mensagem sem pensar duas vezes.

Naru: Como você sabe meu nome??? Eu te conheço?

Sasuke estava no banho e não ouviu o celular tocar; porém, conseguiu ouvir a campainha do quarto do hotel. Amaldiçoou a visita inoportuna e pensou em não atender, mas a insistência do visitante fez com que ele se secasse de qualquer jeito, de modo irritado, e amarrasse a toalha na cintura, para rapidamente descobrir quem era e se livrar do intruso.

Abrindo a porta do quarto, o moreno dá de cara com Karin, que tinha o rosto corado de raiva; porém, ao ver o moreno daquele jeito, com os cabelos pingando, o peito desnudo e nada além de uma toalha em volta da cintura, ficou ainda mais vermelha - de excitação e vergonha -, esquecendo-se totalmente do motivo que a levou à duros passos até aquele quarto de hotel.

— Que foi, Karin?

As emoções que surgiram ao ver o moreno naquele estado e as horas a fio sob o sol no parque fizeram com que as pernas da ruiva bambeassem e ela se sentisse tonta, com a certeza de que iria desmaiar. Antes de desabar foi amparada por um par de braços gelados e extremamente cheirosos, devido ao banho e o ar gelado do quarto. A menor sentiu toda sua pele se arrepiar com aquele contato.

Sasuke rolou os olhos entediado e bufou sem paciência, erguendo a moça, apoiando-a contra a parede e fechando a porta, segurou o rosto da ruiva e repetiu a pergunta:

— Que foi, Karin? – como não obteve resposta daquele rosto que lhe olhava com admiração, insistiu. – Você está passando mal?

— Sas... Sasuke. É... eu...

— Está melhor?

“Não acredito que ele está preocupado comigo! Ahhh!”

— Estou sim, Sasuke. – A ruiva respondeu com o peito explodindo em alegria, já imaginando cenas impróprias com o moreno naquele quarto. Porém, o que sucedeu depois, fez suas alegrias sumirem por completo, sem planos para voltar.

— Ok. Já pode ir embora, então?

— Mas... mas, Sasuke, eu vim aqui porque você me deixou plantada naquele parque e, depois disso, você ainda me manda embora assim?

— Eu sei. Eu tentei te mandar uma mensagem, mas tive um imprevisto. – respondeu com descaso frente ao ataque da mulher.

Karin tentava manter-se firme, mas mesmo com toda a indiferença do outro, era impossível administrar uma postura impassível frente àquele corpo tonificado e levemente arrepiado pelo choque térmico entre o banho e o ambiente. Seus olhos se perderam novamente naquele corpo, e ela não conseguia evitar olhar aqueles ombros fortes... o peito liso e arrepiado... o abdômen definido... e...

Percebendo o ataque que a mulher lhe fazia com os olhos, Sasuke mudou o peso do corpo de um pé para o outro e apoiou a mão na cintura, pigarreando para chamar a atenção da mulher. Dando-se por vencida, bateu os pés com força no chão em retirada, da mesma forma que havia chegado. Sem entender, o moreno simplesmente suspirou entediado; "mulheres!".

Fechou a porta e foi rumo ao closet escolher algo para vestir e sair para almoçar. Não tinha fome, pois estava empanturrado de irritação, mas era meticuloso com seus hábitos e estava quase na hora do almoço. Pegou uma cueca boxer cinza, uma calça preta e uma blusa cinza com a gola em V discreto mostrando parcialmente seu peito sem pêlos. Pegou o celular, a carteira e as chaves e deixou o hotel, sem perceber o aviso no visor do aparelho.

Preferiu comer em um restaurante italiano que ficava a duas quadras do hotel, e como o clima estava agradável, resolveu ir andando. Comeu seu Canelone sem vontade, bebericando o vinho às vezes. Tinha que arrumar alguma forma de ocupar seu tempo e sua mente, pois parecia que o tempo se arrastava preguiçosamente. Pegou o celular para conferir se já havia chegado o e-mail que esperava de seu advogado e viu que havia uma mensagem não lida. Já havia se cansado de se recriminar pelas distrações e abriu rapidamente o SMS, sabendo ser do loiro, que agora constava em sua agenda de contatos.

Depois de lê-la, permitiu-se um pequeno momento de riso, que no dicionário de expressões daquele moreno poderia ser traduzido como uma gargalhada de perder o ar.

“Pensando bem, até que combina com aquela cara sem jeito”, finalizou o pensamento com um sorriso e começou a digitar uma resposta. Poderia ter mandado uma mensagem pelo WhatsApp acabando com o mistério, mas a falta de jeito do outro ascendeu em seu interior uma imensa vontade de provocá-lo.

Número desconhecido: Você não me conhece, Dobe. Sempre achei as piadas de loiros puro preconceito, mas estão começando a fazer mais sentido agora.

Naruto havia passado o resto da manhã impaciente, andando desconfiado e olhando para os lados frequentemente, à procura de um possível observador. As horas foram passando e não houve retorno para sua mensagem.

“Será que foi alguma brincadeira da galera? Estão tentando me passar um susto usando um número que eu não conheço?”, traçava mil possibilidades enquanto fazia o caminho de volta para casa. “Será uma Stalker? E se for um cara? Acho melhor parar de pensar nisso, está ficando cada vez mais estranho”, fechou os olhos com força e balançou a cabeça tentando afastar esses pensamentos, esbarrando acidentalmente em alguém que andava apressado no sentido contrário. O baque do corpo magro contra o corpo forte de Naruto fez com que a pessoa caísse de bunda no chão, ajeitando os óculos e perguntando a Kami-sama o que havia feito de errado para merecer um dia assim.

O loiro percebeu que havia trombado com sua prima, Karin, e derrubado a pequena. Desculpou-se sem graça, ajudando-a a se levantar, perguntando o que estava acontecendo para andar tão nervosa.

— Eu até perguntaria o que aconteceu para você ser tão desastrado, Naruto, mas eu sei que isso é normal! – o loiro fez um bico emburrado pela resposta mal criada. Mais recomposta, Karin continuou amena. – Não se preocupe, Naruto, estou tendo um dia daqueles. Levei um bolo hoje de manhã e ainda caio de bunda no chão trombando com você todo suado e nojento.

Gomem, gomem! Eu estou voltando do futebol. Não quer passar lá em casa, Karin? – Naruto iria insistir, mas sua prima o interrompeu, dizendo que estava ocupada com alguns afazeres em casa e que ainda tinha coisas do trabalho por resolver para segunda.

Cada um continuou seguindo seu caminho, consumidos por seus pensamentos. Naruto andava e ria debochado do estado que as mulheres ficavam quando levavam um fora. Com esse pensamento parou por um instante, pensativo, como se lembrasse de algo. Infelizmente esse não era o momento que o nosso loirinho iria juntar os pontos. Sua barriga reclamou alto pela falta de alimento e ele se pôs a ir ligeiro para casa, imaginando o que teriam no almoço.

O loiro entrou correndo em casa e jogou as chuteiras perto da porta, junto com a mochila. Alcançou apressado a entrada da cozinha, mas foi detido pelo par de olhos azuis escuros furiosos da mãe, que detinha os braços cruzados no peito; e não foi preciso uma só palavra para que o homem parasse imediatamente, recolhesse seus pertences cabisbaixo e se dirigisse para o banheiro em seu quarto.

Antes de entrar no chuveiro, escuta seu celular tocando dentro da bolsa, deparando-se com a foto de Sakura e seu cabelo rosa no visor. Eles se conheceram quando crianças na escola e a amizade resistiu ao pequeno distanciamento que sofreram ao escolherem caminhos tão distintos na faculdade. A rosada optara por cursar medicina e estava se destacando como aluna na área, trazendo grande orgulho ao amigo, que quando criança era extremamente apaixonado por ela. Já Naruto, decidiu pela Educação física. Ele adorava esportes, principalmente a luta e o futebol. Sakura há muito havia parado de ligar cedo aos domingos para o loiro. Sabia dos hábitos do amigo e se divertia o tirando da cama e o vendo se controlar para não perder a paciência devido à paixão que sustentava por ela. Atualmente, ela esperava que já fosse tarde caso precisasse ligar.

Conversaram animadamente durante alguns minutos. Naruto não sentia mais a mesma paixão pela garota; havia crescido e conhecido outras pessoas na faculdade, mas ninguém que o fizesse se apaixonar de novo. Sakura havia ligado para convidar o amigo para sua festa de aniversário; pretendia comemorar em uma boate que costumavam ir às vezes. O loiro confirmou presença e se despediu. Quando encerrou a ligação percebeu que havia uma nova mensagem no visor. Sentiu um frio se espalhar pelo peito quando reconheceu o número. Havia se distraído tanto com a amiga que se esquecera da angústia de mais cedo.

Abriu a SMS com certo receio e começou a ler. Antes mesmo de terminar a leitura, já sentiu uma pontada de raiva pelo xingamento usado pelo outro, e o sentimento apenas crescia conforme lia o texto.

Número desconhecido: “Você não me conhece, Dobe. Sempre achei as piadas de loiros puro preconceito, mas estão começando a fazer mais sentido agora.”

— Maldito! – sua cabeça doeu um pouco ao se lembrar que não tinha noção, nem mesmo, se era um homem ou uma mulher que enviava as mensagens. – Maldita... que seja! Quem você pensa que é?

Digitava veloz uma resposta em seu smartphone não tão novo assim, além de maltratado pela falta de jeito do loiro.

Naru: Temeeee! Quem você pensa que é para falar assim?.

Porém, apagou a mensagem imediatamente antes de enviá-la e sentiu um frio na espinha ao se dar conta de algo...

“Piada de loiros? Como sabe que eu sou loiro???”


Nota 2019:
Ei gente! Este é o capítulo 1. O que acharam?
Não estranhem a escolha por SMS nessa fic. Eu comecei a escrever em 2013 e eu não tinha whatsapp nessa época.

Aos poucos vou trazendo minhas fics das outras redes pra cá =)
;*

7 de Agosto de 2019 às 22:13 0 Denunciar Insira Seguir história
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Leia o próximo capítulo Solucionando o mistério

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