LIFE
PRÓLOGO
POR _Avallon
Hwang Zitao estava deitado naquela maca há horas, as dores das contrações eram lancinantes, sentia como se seu corpo fosse se partir ao meio bem ali, a dor era intensa demais.
Mas em meio àquele hospital lotado na zona pobre da cidade, com profissionais jovens demais e pouco treinados para um momento como aquele, não é como se pudesse imaginar algo diferente, mas não tinha como expelir seu filho, precisava da ajuda de profissionais e ali estava.
Cada médico que entrava naquela sala e olhava o tamanho de sua barriga, pequena para as 37 semanas de gestação, dizia que aquilo era apenas contrações de Braxton Hicks, que ia passar, eram apenas simulações, não havia com o que se preocupar.
Zitao deveria saber que aquelas pessoas não sabiam o que estavam fazendo, deveria saber que aquela dor nem mesmo era mais a dor do parto. Era a dor de seu bebê sufocando, seu bebê, pronto para nascer há horas que não aguentava mais ficar ali.
Seu bebê que foi tirado de si por conta de profissionais incompetentes, de um hospital negligente.
(...)
Wu Yifan estava chorando, não conseguia evitar a emoção ao segurar a mão de seu marido, dando um selinho toda a vez que podia, não era o mais aconselháveis pelos médicos, tinham medo que o corpo de Yixing, mesmo anestesiado, movesse o mínimo que fosse, isso acarretaria em consequências graves.
Não demoraram ao ouvir o chorinho agudo inundar a sala de cirurgia, a enfermeira enrolou o bebê em um pano cirúrgico e entregou aos pais por breves minutos.
— Eu pensei em um nome... — disse Yixing um tanto fraco — Jongdae. Quero que se chame Jongdae.
No momento em que o ômega pronunciou as últimas palavras, Yifan ouviu os aparelhos começaram a bipar rápido, fazendo seu filho chorar alto e ele ficar um tanto desnorteado com médicos que o levaram para um lado e seu filho para outro.
O choro de felicidade logo tornou-se pânico, olhando os médicos tirando panos e panos de sangue do corpo de seu marido.
Sabia o que aquilo poderia significar, mas não queria acreditar que tamanha crueldade estivesse acontecendo consigo, que o dia mais importante seria também o dia mais doloroso da sua vida.
Horas depois, naquele corredor frio, veio a notícia de que seu marido não havia resistido ao parto, sua amiga e obstetra de seu marido, Kim Jisoo, foi que lhe contou o que aconteceu, dando amparo por alguns minutos, até que seu melhor amigo chegasse e lhe ajudasse a tomar as devidas decisões.
(...)
Naquela noite de vinte sete de outubro duas vidas foram perdidas, por pura negligência e falta de compaixão.
Mas há quem diga que o nome disso é destino.
Obrigado pela leitura!
Podemos manter o Inkspired gratuitamente exibindo anúncios para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos colocando na lista de permissões ou desativando o AdBlocker (bloqueador de publicidade).
Depois de fazer isso, recarregue o site para continuar usando o Inkspired normalmente.