lais-paulina1544307472 Lais Paulina

Nicolas é um adolescente de 19 anos que tem a tristeza como moradia dentro de si faz algum tempo. Só um garoto dos olhos azuis que adora diversão e perigo, fará Nicolas ser feliz novamente.


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#yaoi
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Lábios rosados

Oi, me chamo Nicolas, tenho 19 anos e estou no terceiro ano do ensino médio.

Sim, ainda estou na escola porque tive que repetir um ano, o motivo: fiquei cego por sete meses ao sofrer um acidente de carro. Fiquei em choque ao acordar no hospital e não ver nada, me senti perdido, completamente estranho, foi difícil  me acostumar com isso, ainda bem que agora minha visão voltou.

Durante esses sete meses, recebi ajuda das cinco e únicas pessoas que tenho em minha vida: minha mãe, meu pai, minhas duas amigas (Melissa e Juliana) e meu ex-namorado (Christian). 

Agatha também era uma pessoa importante para mim, só que agora, quero distância dessa garota, ela é minha irmã e durante minha cegueira, nunca recebi um abraço, um beijo no rosto, uma ajuda dela, Agatha me desprezou.

Nunca pensei que fosse sentir ódio dela, mas essa cegueira me ajudou a descobrir a verdadeira cobra que ela sempre foi durante esses anos.

Eu imaginei exatamente o contrário, achava que iria ser motivo de piada, zoação para o Christian e Agatha iria me ajudar nesses meses, só que a vida é uma surpresa, e assim, recebi todos os tipos de carinhos dele, e o desprezo dela.

Na época que namorei Christian, eu tinha 14, ele 15 anos, para nós a distância era inimiga, não queriamos ficar longe um do outro por nada desse mundo.

No começo estava tudo bem, todo dia a gente se encontrava, conversava, namorava, todo dia era assim mas um dia ele teve que viajar com a familia.

Ele queria tanto ficar ao meu lado todos os dias, que depois de ficar uma semana sem me ver, acabou surtando, sendo internado numa clínica psiquiátrica e eu tive que terminar nosso namoro, porque os médicos falaram que ele não poderia ter nenhum relacionamento, por causa de sua obcessão e psicopatia.

Depois de muitas consultas em psicólogos e ingestão de comprimidos ele já está curado e nós somos amigos.

Melissa e Juliana são minhas amigas desde o ano retrasado, elas vivem indo para baladas todo final de semana e ficam insistindo sempre para eu ir com elas, beber, dançar, me divertir. As duas sabem que estou muito triste ultimamente e dizem que devo conhecer um garoto bom e malvado para me alegrar.

Hoje é domingo, são 23:15 horas, estou deitado na minha cama ouvindo aquele funk pesadão que minha mãe odeia, quando ouço batidas na porta.

Me levanto cheio de raiva da cama, abro a porta, vejo duas garotas com vestidos brilhantes na minha frente, eram elas, minhas duas amigas lindas e chatas que vivem me dizendo "Vai beijar um god boy e seja feliz!".

Elas me abraçam, sentam na cama e ficam me olhando.

Sento do lado delas e falo "Sei que vocês vão para a balada mas ainda não entendi o que estão fazendo aqui". Melissa abre a bolsa, pega um espelho e fala "Hoje você vai com a gente Ni". Começo a rir mexendo no cabelo e Juliana abre sua boca para falar "Não adianta dizer não, hoje você vai com nós duas e vai dançar até o chão". Paro de rir ao ver Melissa segurando meu trabalho escrito de matemática rasgando a pontinha da folha e disse "Sua louca, não faz isso, tenho que entregar esse trabalho amanhã pro professor!". 

Melissa dá três passos pra trás e fala "Se você não for com a gente, vou rasgar esse trabalho e além de levar bronca do professor, você vai ficar sem nota".

Ela venceu, fui tomar um banho, coloquei minhas melhores roupas, passei perfume e fui com as duas na balada. Elas me abandonaram assim que entrei lá, Mel foi conversar com um cara, Juh foi para a pista dançar, queria ficar em pé mas o lugar estava cheio e não querendo esbarrar em ninguém, resolvi me sentar.

A música que tocava era um funk que nunca tinha ouvido antes, achei que era uma porcaria mas até que gostei de ouvir. 

A tristeza estava fazendo moradia em mim faz um tempo, o motivo: conheci um garoto no meu curso de inglês, nós começamos a conversar, nos damos bem,  um dia ele me beijou, segurou minha mão e se declarou para mim. Começamos a namorar, eu estava feliz em estar ao seu lado, para mim era o relacionamento perfeito, nada e ninguém ia nos atrapalhar, mas aconteceu, ele me contou que só tinha mais nove dias de vida e ao ouvir isso, eu me senti tão mal que desmaiei.

Não tinha como impedir, ele morreu, não consegui nem dar um beijo de despedida nele, fui no enterro dele e até hoje vou no cemitério olhar seu túmulo.

Resolvo balançar a cabeça para tentar esquecer isso, peço um copo de cerveja.

Pego o copo, bebo metade da bebida, vejo um garoto um garoto de cabelos pretos dos olhos azuis sentado do meu lado. 

Seus lábios eram rosados, o cheiro de seu perfume era bom, e sua pele branca.

Ele estava de óculos de grau vermelho, o que dava um charme, ele me olha dos pés a cabeça e seus lábios rosados se movimentam dizendo "Parece que gostamos da mesma bebida". 

Ao ouvir isso é que percebo que ele também estava tomando cerveja.




9 de Dezembro de 2018 às 18:17 0 Denunciar Insira Seguir história
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