tiatatu Tatu Albuquerque

Do pai biológico, Hinata tinha apenas uma lembrança: um anel com uma pedra da lua fabricado em "Lunar", uma cidade com ares de vale encantado onde ela crê que encontrará um recomeço e respostas para todas as suas perguntas. Acontece que ela não é a única na Cidade Lunar com mistérios pra solucionar e não é do agrado de todos que ela o faça.


Fanfiction Anime/Mangá Para maiores de 18 apenas.

#nejihina #fns #gaalee #konohana #shiba
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Prólogo - Além do Arco-Íris

Até pensou em perguntar mais sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.

As mãos que já mostravam sinais da idade fechavam rápido a pasta com o último contrato assinado, revelando a vontade de terminar de vez aquela reunião interminável, ainda que bastante produtiva.

Não aguentava mais o peso de toda aquela responsabilidade, lhe sendo um alívio o apertar das mãos que simbolizava o findar daquela situação tediosa.

“Há coisas que o tempo não é capaz de mudar”, já dizia o ditado, e Hiashi e sua eterna falta de gosto pelos compromissos que desde sempre lhe foram incumbidos pela família eram a prova cabal de que ele era verdadeiro. Continuava com a alma de Bon-vivant de sua juventude, mesmo que a vida a tivesse aprisionado sob aquele terno de boa qualidade.

— Inferno! - reclamou mantendo a mesma pose séria e até enigmática de sempre.

Era quase genético dos Hyuuga manter aquela cara de paisagem, sem emoções que fossem, mas os anos amargurados acentuaram ainda mais a característica que o fazia famoso, com os boatos de que era um “eterno viúvo”, mesmo que fosse cômico pensar que a má fama era espalhada por pessoas que sequer conheciam sua face, ou ao menos pensavam isso.

Respirou mais leve. A sala da presidência da Kaiten, joalheria responsável por grande parte da receita e da fama da pequena Lunar, estava bastante iluminada, até demais para o gosto de seu dono, mas eles não queria se incomodar em fechar as persianas, já pensando no quanto não teria de usar as pernas mais tarde, tendo como único esforço apertar o controle que ligava o home theater.

Um quase imperceptível sorriso foi dado, com ele suspirando aliviado, recostando o corpo na cadeira, pensando que finalmente poderia aproveitar sua amada melodia.

“Além do arco-íris
Pode ser
Que alguém
Veja em meus olhos
O que eu não posso ver
Além do arco-íris
Só eu sei
Que o amor
Poderá me dar tudo o que eu sonhei”

Suspirou saudoso, até mesmo emocionado. A versão aportuguesada de “Over The Rainbow” lhe era tão significante ao ponto de ter feito com que ele acompanhasse até mesmo uma novela por ela, mas nada se comparava àquela gravação de qualidade duvidosa.

Ah, Tsuki*… Se fechasse bem os olhos, Hiashi conseguia até mesmo vê-la, tão bela naquelas roupas simples, dispensando a extravagância com seu charme enquanto cantava no palco montado por sua trupe itinerante naquele festival de bairro que alegrava a turística porém pequena Lunar.

Era difícil acreditar que algo tão pequeno lhe seria inesquecível. Podia não lembrar mais de forma vívida dos detalhes da cena, tal como sua memória já falhava ao pensar no rosto daquela cantora, mas a voz, ah, mesmo que não fosse o áudio que guardava ao longo daqueles mais de 20 anos, recordaria para sempre.

“Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Outro suspiro, esse agora pesado, o fazia lembrar tanto do dia em que se conheceram quanto dos dias em que ela cantava só para ele, nos “shows exclusivos”, como ela gostava de chamar, mas também dos planos que fizeram para viver juntos, longe dali, e que ela mesmo havia frustrado, partindo sem lhe esperar no amanhecer marcado, levando todo seu amor embora.

Ah, Tsuki… Era tão difícil entendê-la como era lhe esquecer – se bem que, pelo tempo, já julgava a última opção impossível.

Restava a ele ficar ali, na mesma cidade, sem direito à esperança de voltar a vê-la, continuando no culto às memórias de tempos que nunca mais voltariam.

“Além do arco-íris
Um lugar
Que eu guardo em segredo
E só eu sei chegar
Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Pesadamente negou com a cabeça, olhando para o único retrato de Tsuki que tinha, esse maltratado, envelhecido pelos anos, incapaz de acreditar que o tempo lhe faria reaver a felicidade levada na mesma caravana que a trouxe.

×


A recém chegada tirava o capacete, sacudindo os cabelos preto-azulados bagunçados por conta do item de segurança com um sorriso de vitória no rosto.

Tinha vencido a aposta feita com sua irmã mais nova de que chegaria bem mais rápido em sua moto que ela no motor-home que, literalmente, era tudo o que tinham após vender a pequena casa em uma cidade bem distante dali para recomeçar a vida na quase mítica “cidade da lua” que com tão bons olhos admirava.

Respirou fundo, sentindo o ar puro. Era tudo bonitinho, com flores e árvores bem cuidados. Mesmo que o centro tivesse ares de cidade grande, com seu desenvolvimento e alguns poucos prédios, o cair da noite fazia deixava Lunar ainda mais charmosa, com sua iluminação que dava ares de vilarejo ao lugar.

Se guiando pelos restaurantes, bares e o que parecia ser uma casa noturna ao longe, devia ser movimentado mais tarde também, até porque se tratava de um lugar turístico, mas o que mais lhe interessava era a joalheria na qual tinha marcada uma entrevista de emprego na próxima segunda e a cachoeira que diziam haver na mata da serra que ficava por ali.

Lunar tinha cheiro de vida nova para Hinata, que sentia uma energia muita boa. Riu pensando que devia ser coisa do meteorito “da lua” e das muitas pedras da lua vendidas ali, nas bijuterias de barraquinha ou nas jóias da loja da Kaiten, negando com a cabeça e, já que tinha que esperar Hanabi de qualquer jeito, decidiu passar mais tempo ali.

Como toda praça de cidade pequena, a praça do Meteorito, que abrigava uma réplica do meteorito negro com buracos semelhantes aos que eram observados na lua e era responsável pelo batismo do município, estava bastante movimentada, sendo animada pelo simpático senhorzinho que cantava enquanto oferecia flores e balinhas para quem passava.

“A luz do arco-íris
Me fez ver
Que o amor
Dos meus sonhos
Tinha que ser você”

Ele não era um exímio cantor, mas chegava a ser fofinho, principalmente com aquele suéter cheio de bolinhas de lavagem e engomadinho, assim como o cabelo mais longo com relances embranquecidos coberto pelo chapéu Panamá, tal como o bigode que parecia pintado para manter a cor, coisas que o deixavam com uma aparência mais envelhecida.

Provavelmente ele estava tentando complementar a renda de casa, por isso, bondosa, procurou os poucos trocados que havia sobrado dos custos de gasolina e pedágio, acenando para ele.

— Moço! - chamou com um sorriso e ele veio.

— Jujuba, rosa vermelha e balinha. Tudo pra moça bonita! - disse em um tom simpático de um experiente marqueteiro, conquistando de cara mais essa cliente que riu em troca.

— Me vê um pacotinho dessas jujubas de eucalipto! - disse alegre apesar de cansada e ele, com a mão livre, ergueu o chapéu em saudação.

— É pra já! - perguntou estranhando nunca tê-la visto antes por ali.

Até pensou em perguntar mais sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.





































As mãos que já mostravam sinais da idade fechavam rápido a pasta com o último contrato assinado, revelando a vontade de terminar de vez aquela reunião interminável, ainda que bastante produtiva.

Não aguentava mais o peso de toda aquela responsabilidade, lhe sendo um alívio o apertar das mãos que simbolizava o findar daquela situação tediosa.

“Há coisas que o tempo não é capaz de mudar”, já dizia o ditado, e Hiashi e sua eterna falta de gosto pelos compromissos que desde sempre lhe foram incumbidos pela família eram a prova cabal de que ele era verdadeiro. Continuava com a alma de Bon-vivant de sua juventude, mesmo que a vida a tivesse aprisionado sob aquele terno de boa qualidade.

— Inferno! - reclamou mantendo a mesma pose séria e até enigmática de sempre.

Era quase genético dos Hyuuga manter aquela cara de paisagem, sem emoções que fossem, mas os anos amargurados acentuaram ainda mais a característica que o fazia famoso, com os boatos de que era um “eterno viúvo”, mesmo que fosse cômico pensar que a má fama era espalhada por pessoas que sequer conheciam sua face, ou ao menos pensavam isso.

Respirou mais leve. A sala da presidência da Kaiten, joalheria responsável por grande parte da receita e da fama da pequena Lunar, estava bastante iluminada, até demais para o gosto de seu dono, mas eles não queria se incomodar em fechar as persianas, já pensando no quanto não teria de usar as pernas mais tarde, tendo como único esforço apertar o controle que ligava o home theater.

Um quase imperceptível sorriso foi dado, com ele suspirando aliviado, recostando o corpo na cadeira, pensando que finalmente poderia aproveitar sua amada melodia.

“Além do arco-íris
Pode ser
Que alguém
Veja em meus olhos
O que eu não posso ver
Além do arco-íris
Só eu sei
Que o amor
Poderá me dar tudo o que eu sonhei”

Suspirou saudoso, até mesmo emocionado. A versão aportuguesada de “Over The Rainbow” lhe era tão significante ao ponto de ter feito com que ele acompanhasse até mesmo uma novela por ela, mas nada se comparava àquela gravação de qualidade duvidosa.

Ah, Tsuki*… Se fechasse bem os olhos, Hiashi conseguia até mesmo vê-la, tão bela naquelas roupas simples, dispensando a extravagância com seu charme enquanto cantava no palco montado por sua trupe itinerante naquele festival de bairro que alegrava a turística porém pequena Lunar.

Era difícil acreditar que algo tão pequeno lhe seria inesquecível. Podia não lembrar mais de forma vívida dos detalhes da cena, tal como sua memória já falhava ao pensar no rosto daquela cantora, mas a voz, ah, mesmo que não fosse o áudio que guardava ao longo daqueles mais de 20 anos, recordaria para sempre.

“Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Outro suspiro, esse agora pesado, o fazia lembrar tanto do dia em que se conheceram quanto dos dias em que ela cantava só para ele, nos “shows exclusivos”, como ela gostava de chamar, mas também dos planos que fizeram para viver juntos, longe dali, e que ela mesmo havia frustrado, partindo sem lhe esperar no amanhecer marcado, levando todo seu amor embora.

Ah, Tsuki… Era tão difícil entendê-la como era lhe esquecer – se bem que, pelo tempo, já julgava a última opção impossível.

Restava a ele ficar ali, na mesma cidade, sem direito à esperança de voltar a vê-la, continuando no culto às memórias de tempos que nunca mais voltariam.

“Além do arco-íris
Um lugar
Que eu guardo em segredo
E só eu sei chegar
Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Pesadamente negou com a cabeça, olhando para o único retrato de Tsuki que tinha, esse maltratado, envelhecido pelos anos, incapaz de acreditar que o tempo lhe faria reaver a felicidade levada na mesma caravana que a trouxe.

×


A recém chegada tirava o capacete, sacudindo os cabelos preto-azulados bagunçados por conta do item de segurança com um sorriso de vitória no rosto.

Tinha vencido a aposta feita com sua irmã mais nova de que chegaria bem mais rápido em sua moto que ela no motor-home que, literalmente, era tudo o que tinham após vender a pequena casa em uma cidade bem distante dali para recomeçar a vida na quase mítica “cidade da lua” que com tão bons olhos admirava.

Respirou fundo, sentindo o ar puro. Era tudo bonitinho, com flores e árvores bem cuidados. Mesmo que o centro tivesse ares de cidade grande, com seu desenvolvimento e alguns poucos prédios, o cair da noite fazia deixava Lunar ainda mais charmosa, com sua iluminação que dava ares de vilarejo ao lugar.

Se guiando pelos restaurantes, bares e o que parecia ser uma casa noturna ao longe, devia ser movimentado mais tarde também, até porque se tratava de um lugar turístico, mas o que mais lhe interessava era a joalheria na qual tinha marcada uma entrevista de emprego na próxima segunda e a cachoeira que diziam haver na mata da serra que ficava por ali.

Lunar tinha cheiro de vida nova para Hinata, que sentia uma energia muita boa. Riu pensando que devia ser coisa do meteorito “da lua” e das muitas pedras da lua vendidas ali, nas bijuterias de barraquinha ou nas jóias da loja da Kaiten, negando com a cabeça e, já que tinha que esperar Hanabi de qualquer jeito, decidiu passar mais tempo ali.

Como toda praça de cidade pequena, a praça do Meteorito, que abrigava uma réplica do meteorito negro com buracos semelhantes aos que eram observados na lua e era responsável pelo batismo do município, estava bastante movimentada, sendo animada pelo simpático senhorzinho que cantava enquanto oferecia flores e balinhas para quem passava.

“A luz do arco-íris
Me fez ver
Que o amor
Dos meus sonhos
Tinha que ser você”

Ele não era um exímio cantor, mas chegava a ser fofinho, principalmente com aquele suéter cheio de bolinhas de lavagem e engomadinho, assim como o cabelo mais longo com relances embranquecidos coberto pelo chapéu Panamá, tal como o bigode que parecia pintado para manter a cor, coisas que o deixavam com uma aparência mais envelhecida.

Provavelmente ele estava tentando complementar a renda de casa, por isso, bondosa, procurou os poucos trocados que havia sobrado dos custos de gasolina e pedágio, acenando para ele.

— Moço! - chamou com um sorriso e ele veio.

— Jujuba, rosa vermelha e balinha. Tudo pra moça bonita! - disse em um tom simpático de um experiente marqueteiro, conquistando de cara mais essa cliente que riu em troca.

— Me vê um pacotinho dessas jujubas de eucalipto! - disse alegre apesar de cansada e ele, com a mão livre, ergueu o chapéu em saudação.

— É pra já! - perguntou estranhando nunca tê-la visto antes por ali.

Até pensou em perguntar mais sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.

















As mãos que já mostravam sinais da idade fechavam rápido a pasta com o último contrato assinado, revelando a vontade de terminar de vez aquela reunião interminável, ainda que bastante produtiva.

Não aguentava mais o peso de toda aquela responsabilidade, lhe sendo um alívio o apertar das mãos que simbolizava o findar daquela situação tediosa.

“Há coisas que o tempo não é capaz de mudar”, já dizia o ditado, e Hiashi e sua eterna falta de gosto pelos compromissos que desde sempre lhe foram incumbidos pela família eram a prova cabal de que ele era verdadeiro. Continuava com a alma de Bon-vivant de sua juventude, mesmo que a vida a tivesse aprisionado sob aquele terno de boa qualidade.

— Inferno! - reclamou mantendo a mesma pose séria e até enigmática de sempre.

Era quase genético dos Hyuuga manter aquela cara de paisagem, sem emoções que fossem, mas os anos amargurados acentuaram ainda mais a característica que o fazia famoso, com os boatos de que era um “eterno viúvo”, mesmo que fosse cômico pensar que a má fama era espalhada por pessoas que sequer conheciam sua face, ou ao menos pensavam isso.

Respirou mais leve. A sala da presidência da Kaiten, joalheria responsável por grande parte da receita e da fama da pequena Lunar, estava bastante iluminada, até demais para o gosto de seu dono, mas eles não queria se incomodar em fechar as persianas, já pensando no quanto não teria de usar as pernas mais tarde, tendo como único esforço apertar o controle que ligava o home theater.

Um quase imperceptível sorriso foi dado, com ele suspirando aliviado, recostando o corpo na cadeira, pensando que finalmente poderia aproveitar sua amada melodia.

“Além do arco-íris
Pode ser
Que alguém
Veja em meus olhos
O que eu não posso ver
Além do arco-íris
Só eu sei
Que o amor
Poderá me dar tudo o que eu sonhei”

Suspirou saudoso, até mesmo emocionado. A versão aportuguesada de “Over The Rainbow” lhe era tão significante ao ponto de ter feito com que ele acompanhasse até mesmo uma novela por ela, mas nada se comparava àquela gravação de qualidade duvidosa.

Ah, Tsuki*… Se fechasse bem os olhos, Hiashi conseguia até mesmo vê-la, tão bela naquelas roupas simples, dispensando a extravagância com seu charme enquanto cantava no palco montado por sua trupe itinerante naquele festival de bairro que alegrava a turística porém pequena Lunar.

Era difícil acreditar que algo tão pequeno lhe seria inesquecível. Podia não lembrar mais de forma vívida dos detalhes da cena, tal como sua memória já falhava ao pensar no rosto daquela cantora, mas a voz, ah, mesmo que não fosse o áudio que guardava ao longo daqueles mais de 20 anos, recordaria para sempre.

“Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Outro suspiro, esse agora pesado, o fazia lembrar tanto do dia em que se conheceram quanto dos dias em que ela cantava só para ele, nos “shows exclusivos”, como ela gostava de chamar, mas também dos planos que fizeram para viver juntos, longe dali, e que ela mesmo havia frustrado, partindo sem lhe esperar no amanhecer marcado, levando todo seu amor embora.

Ah, Tsuki… Era tão difícil entendê-la como era lhe esquecer – se bem que, pelo tempo, já julgava a última opção impossível.

Restava a ele ficar ali, na mesma cidade, sem direito à esperança de voltar a vê-la, continuando no culto às memórias de tempos que nunca mais voltariam.

“Além do arco-íris
Um lugar
Que eu guardo em segredo
E só eu sei chegar
Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Pesadamente negou com a cabeça, olhando para o único retrato de Tsuki que tinha, esse maltratado, envelhecido pelos anos, incapaz de acreditar que o tempo lhe faria reaver a felicidade levada na mesma caravana que a trouxe.

×


A recém chegada tirava o capacete, sacudindo os cabelos preto-azulados bagunçados por conta do item de segurança com um sorriso de vitória no rosto.

Tinha vencido a aposta feita com sua irmã mais nova de que chegaria bem mais rápido em sua moto que ela no motor-home que, literalmente, era tudo o que tinham após vender a pequena casa em uma cidade bem distante dali para recomeçar a vida na quase mítica “cidade da lua” que com tão bons olhos admirava.

Respirou fundo, sentindo o ar puro. Era tudo bonitinho, com flores e árvores bem cuidados. Mesmo que o centro tivesse ares de cidade grande, com seu desenvolvimento e alguns poucos prédios, o cair da noite fazia deixava Lunar ainda mais charmosa, com sua iluminação que dava ares de vilarejo ao lugar.

Se guiando pelos restaurantes, bares e o que parecia ser uma casa noturna ao longe, devia ser movimentado mais tarde também, até porque se tratava de um lugar turístico, mas o que mais lhe interessava era a joalheria na qual tinha marcada uma entrevista de emprego na próxima segunda e a cachoeira que diziam haver na mata da serra que ficava por ali.

Lunar tinha cheiro de vida nova para Hinata, que sentia uma energia muita boa. Riu pensando que devia ser coisa do meteorito “da lua” e das muitas pedras da lua vendidas ali, nas bijuterias de barraquinha ou nas jóias da loja da Kaiten, negando com a cabeça e, já que tinha que esperar Hanabi de qualquer jeito, decidiu passar mais tempo ali.

Como toda praça de cidade pequena, a praça do Meteorito, que abrigava uma réplica do meteorito negro com buracos semelhantes aos que eram observados na lua e era responsável pelo batismo do município, estava bastante movimentada, sendo animada pelo simpático senhorzinho que cantava enquanto oferecia flores e balinhas para quem passava.

“A luz do arco-íris
Me fez ver
Que o amor
Dos meus sonhos
Tinha que ser você”

Ele não era um exímio cantor, mas chegava a ser fofinho, principalmente com aquele suéter cheio de bolinhas de lavagem e engomadinho, assim como o cabelo mais longo com relances embranquecidos coberto pelo chapéu Panamá, tal como o bigode que parecia pintado para manter a cor, coisas que o deixavam com uma aparência mais envelhecida.

Provavelmente ele estava tentando complementar a renda de casa, por isso, bondosa, procurou os poucos trocados que havia sobrado dos custos de gasolina e pedágio, acenando para ele.

— Moço! - chamou com um sorriso e ele veio.

— Jujuba, rosa vermelha e balinha. Tudo pra moça bonita! - disse em um tom simpático de um experiente marqueteiro, conquistando de cara mais essa cliente que riu em troca.

— Me vê um pacotinho dessas jujubas de eucalipto! - disse alegre apesar de cansada e ele, com a mão livre, ergueu o chapéu em saudação.

— É pra já! - perguntou estranhando nunca tê-la visto antes por ali.

Até pensou em perguntar mais sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.




























As mãos que já mostravam sinais da idade fechavam rápido a pasta com o último contrato assinado, revelando a vontade de terminar de vez aquela reunião interminável, ainda que bastante produtiva.

Não aguentava mais o peso de toda aquela responsabilidade, lhe sendo um alívio o apertar das mãos que simbolizava o findar daquela situação tediosa.

“Há coisas que o tempo não é capaz de mudar”, já dizia o ditado, e Hiashi e sua eterna falta de gosto pelos compromissos que desde sempre lhe foram incumbidos pela família eram a prova cabal de que ele era verdadeiro. Continuava com a alma de Bon-vivant de sua juventude, mesmo que a vida a tivesse aprisionado sob aquele terno de boa qualidade.

— Inferno! - reclamou mantendo a mesma pose séria e até enigmática de sempre.

Era quase genético dos Hyuuga manter aquela cara de paisagem, sem emoções que fossem, mas os anos amargurados acentuaram ainda mais a característica que o fazia famoso, com os boatos de que era um “eterno viúvo”, mesmo que fosse cômico pensar que a má fama era espalhada por pessoas que sequer conheciam sua face, ou ao menos pensavam isso.

Respirou mais leve. A sala da presidência da Kaiten, joalheria responsável por grande parte da receita e da fama da pequena Lunar, estava bastante iluminada, até demais para o gosto de seu dono, mas eles não queria se incomodar em fechar as persianas, já pensando no quanto não teria de usar as pernas mais tarde, tendo como único esforço apertar o controle que ligava o home theater.

Um quase imperceptível sorriso foi dado, com ele suspirando aliviado, recostando o corpo na cadeira, pensando que finalmente poderia aproveitar sua amada melodia.

“Além do arco-íris
Pode ser
Que alguém
Veja em meus olhos
O que eu não posso ver
Além do arco-íris
Só eu sei
Que o amor
Poderá me dar tudo o que eu sonhei”

Suspirou saudoso, até mesmo emocionado. A versão aportuguesada de “Over The Rainbow” lhe era tão significante ao ponto de ter feito com que ele acompanhasse até mesmo uma novela por ela, mas nada se comparava àquela gravação de qualidade duvidosa.

Ah, Tsuki*… Se fechasse bem os olhos, Hiashi conseguia até mesmo vê-la, tão bela naquelas roupas simples, dispensando a extravagância com seu charme enquanto cantava no palco montado por sua trupe itinerante naquele festival de bairro que alegrava a turística porém pequena Lunar.

Era difícil acreditar que algo tão pequeno lhe seria inesquecível. Podia não lembrar mais de forma vívida dos detalhes da cena, tal como sua memória já falhava ao pensar no rosto daquela cantora, mas a voz, ah, mesmo que não fosse o áudio que guardava ao longo daqueles mais de 20 anos, recordaria para sempre.

“Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Outro suspiro, esse agora pesado, o fazia lembrar tanto do dia em que se conheceram quanto dos dias em que ela cantava só para ele, nos “shows exclusivos”, como ela gostava de chamar, mas também dos planos que fizeram para viver juntos, longe dali, e que ela mesmo havia frustrado, partindo sem lhe esperar no amanhecer marcado, levando todo seu amor embora.

Ah, Tsuki… Era tão difícil entendê-la como era lhe esquecer – se bem que, pelo tempo, já julgava a última opção impossível.

Restava a ele ficar ali, na mesma cidade, sem direito à esperança de voltar a vê-la, continuando no culto às memórias de tempos que nunca mais voltariam.

“Além do arco-íris
Um lugar
Que eu guardo em segredo
E só eu sei chegar
Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Pesadamente negou com a cabeça, olhando para o único retrato de Tsuki que tinha, esse maltratado, envelhecido pelos anos, incapaz de acreditar que o tempo lhe faria reaver a felicidade levada na mesma caravana que a trouxe.

×


A recém chegada tirava o capacete, sacudindo os cabelos preto-azulados bagunçados por conta do item de segurança com um sorriso de vitória no rosto.

Tinha vencido a aposta feita com sua irmã mais nova de que chegaria bem mais rápido em sua moto que ela no motor-home que, literalmente, era tudo o que tinham após vender a pequena casa em uma cidade bem distante dali para recomeçar a vida na quase mítica “cidade da lua” que com tão bons olhos admirava.

Respirou fundo, sentindo o ar puro. Era tudo bonitinho, com flores e árvores bem cuidados. Mesmo que o centro tivesse ares de cidade grande, com seu desenvolvimento e alguns poucos prédios, o cair da noite fazia deixava Lunar ainda mais charmosa, com sua iluminação que dava ares de vilarejo ao lugar.

Se guiando pelos restaurantes, bares e o que parecia ser uma casa noturna ao longe, devia ser movimentado mais tarde também, até porque se tratava de um lugar turístico, mas o que mais lhe interessava era a joalheria na qual tinha marcada uma entrevista de emprego na próxima segunda e a cachoeira que diziam haver na mata da serra que ficava por ali.

Lunar tinha cheiro de vida nova para Hinata, que sentia uma energia muita boa. Riu pensando que devia ser coisa do meteorito “da lua” e das muitas pedras da lua vendidas ali, nas bijuterias de barraquinha ou nas jóias da loja da Kaiten, negando com a cabeça e, já que tinha que esperar Hanabi de qualquer jeito, decidiu passar mais tempo ali.

Como toda praça de cidade pequena, a praça do Meteorito, que abrigava uma réplica do meteorito negro com buracos semelhantes aos que eram observados na lua e era responsável pelo batismo do município, estava bastante movimentada, sendo animada pelo simpático senhorzinho que cantava enquanto oferecia flores e balinhas para quem passava.

“A luz do arco-íris
Me fez ver
Que o amor
Dos meus sonhos
Tinha que ser você”

Ele não era um exímio cantor, mas chegava a ser fofinho, principalmente com aquele suéter cheio de bolinhas de lavagem e engomadinho, assim como o cabelo mais longo com relances embranquecidos coberto pelo chapéu Panamá, tal como o bigode que parecia pintado para manter a cor, coisas que o deixavam com uma aparência mais envelhecida.

Provavelmente ele estava tentando complementar a renda de casa, por isso, bondosa, procurou os poucos trocados que havia sobrado dos custos de gasolina e pedágio, acenando para ele.

— Moço! - chamou com um sorriso e ele veio.

— Jujuba, rosa vermelha e balinha. Tudo pra moça bonita! - disse em um tom simpático de um experiente marqueteiro, conquistando de cara mais essa cliente que riu em troca.

— Me vê um pacotinho dessas jujubas de eucalipto! - disse alegre apesar de cansada e ele, com a mão livre, ergueu o chapéu em saudação.

— É pra já! - perguntou estranhando nunca tê-la visto antes por ali.

Até pensou em perguntar mais sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.




























As mãos que já mostravam sinais da idade fechavam rápido a pasta com o último contrato assinado, revelando a vontade de terminar de vez aquela reunião interminável, ainda que bastante produtiva.

Não aguentava mais o peso de toda aquela responsabilidade, lhe sendo um alívio o apertar das mãos que simbolizava o findar daquela situação tediosa.

“Há coisas que o tempo não é capaz de mudar”, já dizia o ditado, e Hiashi e sua eterna falta de gosto pelos compromissos que desde sempre lhe foram incumbidos pela família eram a prova cabal de que ele era verdadeiro. Continuava com a alma de Bon-vivant de sua juventude, mesmo que a vida a tivesse aprisionado sob aquele terno de boa qualidade.

— Inferno! - reclamou mantendo a mesma pose séria e até enigmática de sempre.

Era quase genético dos Hyuuga manter aquela cara de paisagem, sem emoções que fossem, mas os anos amargurados acentuaram ainda mais a característica que o fazia famoso, com os boatos de que era um “eterno viúvo”, mesmo que fosse cômico pensar que a má fama era espalhada por pessoas que sequer conheciam sua face, ou ao menos pensavam isso.

Respirou mais leve. A sala da presidência da Kaiten, joalheria responsável por grande parte da receita e da fama da pequena Lunar, estava bastante iluminada, até demais para o gosto de seu dono, mas eles não queria se incomodar em fechar as persianas, já pensando no quanto não teria de usar as pernas mais tarde, tendo como único esforço apertar o controle que ligava o home theater.

Um quase imperceptível sorriso foi dado, com ele suspirando aliviado, recostando o corpo na cadeira, pensando que finalmente poderia aproveitar sua amada melodia.

“Além do arco-íris
Pode ser
Que alguém
Veja em meus olhos
O que eu não posso ver
Além do arco-íris
Só eu sei
Que o amor
Poderá me dar tudo o que eu sonhei”

Suspirou saudoso, até mesmo emocionado. A versão aportuguesada de “Over The Rainbow” lhe era tão significante ao ponto de ter feito com que ele acompanhasse até mesmo uma novela por ela, mas nada se comparava àquela gravação de qualidade duvidosa.

Ah, Tsuki*… Se fechasse bem os olhos, Hiashi conseguia até mesmo vê-la, tão bela naquelas roupas simples, dispensando a extravagância com seu charme enquanto cantava no palco montado por sua trupe itinerante naquele festival de bairro que alegrava a turística porém pequena Lunar.

Era difícil acreditar que algo tão pequeno lhe seria inesquecível. Podia não lembrar mais de forma vívida dos detalhes da cena, tal como sua memória já falhava ao pensar no rosto daquela cantora, mas a voz, ah, mesmo que não fosse o áudio que guardava ao longo daqueles mais de 20 anos, recordaria para sempre.

“Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Outro suspiro, esse agora pesado, o fazia lembrar tanto do dia em que se conheceram quanto dos dias em que ela cantava só para ele, nos “shows exclusivos”, como ela gostava de chamar, mas também dos planos que fizeram para viver juntos, longe dali, e que ela mesmo havia frustrado, partindo sem lhe esperar no amanhecer marcado, levando todo seu amor embora.

Ah, Tsuki… Era tão difícil entendê-la como era lhe esquecer – se bem que, pelo tempo, já julgava a última opção impossível.

Restava a ele ficar ali, na mesma cidade, sem direito à esperança de voltar a vê-la, continuando no culto às memórias de tempos que nunca mais voltariam.

“Além do arco-íris
Um lugar
Que eu guardo em segredo
E só eu sei chegar
Um dia a estrela vai brilhar
E o sonho vai virar realidade
E leve o tempo que levar
Eu sei que eu encontrarei a felicidade”

Pesadamente negou com a cabeça, olhando para o único retrato de Tsuki que tinha, esse maltratado, envelhecido pelos anos, incapaz de acreditar que o tempo lhe faria reaver a felicidade levada na mesma caravana que a trouxe.

×


A recém chegada tirava o capacete, sacudindo os cabelos preto-azulados bagunçados por conta do item de segurança com um sorriso de vitória no rosto.

Tinha vencido a aposta feita com sua irmã mais nova de que chegaria bem mais rápido em sua moto que ela no motor-home que, literalmente, era tudo o que tinham após vender a pequena casa em uma cidade bem distante dali para recomeçar a vida na quase mítica “cidade da lua” que com tão bons olhos admirava.

Respirou fundo, sentindo o ar puro. Era tudo bonitinho, com flores e árvores bem cuidados. Mesmo que o centro tivesse ares de cidade grande, com seu desenvolvimento e alguns poucos prédios, o cair da noite fazia deixava Lunar ainda mais charmosa, com sua iluminação que dava ares de vilarejo ao lugar.

Se guiando pelos restaurantes, bares e o que parecia ser uma casa noturna ao longe, devia ser movimentado mais tarde também, até porque se tratava de um lugar turístico, mas o que mais lhe interessava era a joalheria na qual tinha marcada uma entrevista de emprego na próxima segunda e a cachoeira que diziam haver na mata da serra que ficava por ali.

Lunar tinha cheiro de vida nova para Hinata, que sentia uma energia muita boa. Riu pensando que devia ser coisa do meteorito “da lua” e das muitas pedras da lua vendidas ali, nas bijuterias de barraquinha ou nas jóias da loja da Kaiten, negando com a cabeça e, já que tinha que esperar Hanabi de qualquer jeito, decidiu passar mais tempo ali.

Como toda praça de cidade pequena, a praça do Meteorito, que abrigava uma réplica do meteorito negro com buracos semelhantes aos que eram observados na lua e era responsável pelo batismo do município, estava bastante movimentada, sendo animada pelo simpático senhorzinho que cantava enquanto oferecia flores e balinhas para quem passava.

“A luz do arco-íris
Me fez ver
Que o amor
Dos meus sonhos
Tinha que ser você”

Ele não era um exímio cantor, mas chegava a ser fofinho, principalmente com aquele suéter cheio de bolinhas de lavagem e engomadinho, assim como o cabelo mais longo com relances embranquecidos coberto pelo chapéu Panamá, tal como o bigode que parecia pintado para manter a cor, coisas que o deixavam com uma aparência mais envelhecida.

Provavelmente ele estava tentando complementar a renda de casa, por isso, bondosa, procurou os poucos trocados que havia sobrado dos custos de gasolina e pedágio, acenando para ele.

— Moço! - chamou com um sorriso e ele veio.

— Jujuba, rosa vermelha e balinha. Tudo pra moça bonita! - disse em um tom simpático de um experiente marqueteiro, conquistando de cara mais essa cliente que riu em troca.

— Me vê um pacotinho dessas jujubas de eucalipto! - disse alegre apesar de cansada e ele, com a mão livre, ergueu o chapéu em saudação.

— É pra já! - perguntou estranhando nunca tê-la visto antes por ali.

sobre ela, mas, visto que ela mal abriu as jujubas recém entregues junto do troco e já saiu correndo em direção ao trailer dirigido por uma moça mais robusta, que buzinava sem parar, era melhor deixar para um outra oportunidade, sentindo que elas não faltariam.

15 de Novembro de 2018 às 22:51 3 Denunciar Insira Seguir história
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Azarashi Onna Azarashi Onna
CARALHO TATUANEEEEEEE EU JA TO COM GOSTINHO DE QUERO MAIS! VAMOS, HANABI, CHEGA LOGO NA CIDADEEEEEE AGUARDANDO DEMAIS OS PRÓXIMOS AAAAAA
November 15, 2018, 23:33

  • Tatu Albuquerque Tatu Albuquerque
    RAYZAH SEGURA A MINHA MÃO E VAMO VOAR PRA ALÉM DO ARCO-ÍRIS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA November 20, 2018, 00:53
~

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