fabi_faverani Fabí Faverani

Quando o mundo desaba em sua cabeça, seu futuro parece incerto e nada parece ter solução, um grande amor pode ser a salvação. Jeon Jungkook completaria dezoito anos em breve e tudo parecia um inferno, até que a necessidade de se esconder o fez encontrar o que tanto procurava, mas como ele reagirá quando descobrir que nem tudo é tão simples como amar e ser amado


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 21 anos apenas (adultos).

#Desafio2018 #yoongi #jungkook #paranormal #drama #yoonkook #bts #hallowink
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Discovery



Autor da foto: flotsom


Capitulo 1 - Discovery




Uma das piores coisas de ser gay em uma cidade minúscula é não conseguir se relacionar com outro cara por não saber se tem outros gays na cidade, não que não tenha, mas a tendência é que quanto menor a cidade mais preconceituosa ela seja, e por medo de virar a chacota local a maioria prefere esconder-se ou mudar-se, antes de se assumir. Eu mesmo pretendo fazer faculdade fora daqui por muitos motivos, e esse é um dos mais importantes.


Pra não dizer que não conheço outro gay, há meu melhor amigo (e único na real). Quando nos conhecemos, tive um crush nele e ficava vermelho toda vez que ele se aproximava. Eu tinha 13 anos e ele 14. Ele repetiu um ano, pois o pai foi transferido de cidade quatro vezes em um ano, e ele acabou não conseguindo acompanhar o ano letivo corretamente, então ele caiu na minha sala.

Sempre achei que era diferente, mas não sabia o motivo, até aquele ser baixinho - tenho tara em baixinhos - entrar na minha sala e se apresentar dando um sorriso que fazia seus olhos se fecharem parecendo duas luazinhas, só ai eu entendi o porquê de as conversas dos meninos da sala sobre garotas nunca me terem sido interessante.

Ele sentou atrás de mim e perguntou meu nome; e nunca na vida achei que falar Jeon Jungkook fosse tão difícil, eu tremi gaguejei, fiquei vermelho, mas ele me chamou de fofo e eu senti um quentinho no meu coração.


Mas, por incrível que pareça, nos tornamos amigos e só um ano depois ele me confessou ser gay e saber que eu era. Fiquei muito chocado, não sabia que dava tanto na cara. Ele disse que eu até era discreto normalmente, mas que o jeito no qual eu o olhava era diferente do jeito que os garotos costumam olhar; e me deu um selinho. Na minha inocência e ilusão, me senti o cara mais feliz desse mundo e já comecei à imaginar até o nosso casamento. Meses depois quando o questionei por nada mais ter ocorrido ele me disse que eu não fazia o tipo dele, que ele gostava de caras mais brutos e nada tímidos e que me via como um irmão mais novo; fiquei frustrado, mas pelo menos ele tinha carinho por mim e era o único que me entedia, então continuamos com a amizade.


Como disse antes, cidade pequena sem opções. Acabou que eu já iria fazer dezoito anos e nem um beijo decente tinha dado, e Jimin também não, ele sempre quis ir à uma boate na cidade grande resolver esse problema, mas eu fazia manha pra ele me esperar fazer 18, assim iríamos juntos, e como eu sou o bebê dele, e não tem quem diga não pro meu biquinho e carinha de doguinho que caiu da mudança, Jimin foi adiando a ida até que eu completasse a maioridade.


Um dia de domingo, após ficarmos horas no meu quarto terminando um trabalho chatíssimo de história, deitamos na minha cama planejando como seria nossa ida a boate em apenas dois meses.


- Sério Kookie, não vejo à hora de você sair das fraldas e irmos nos divertir finalmente. – disse rindo e me deixando bicudo.


- Não exagera, você não é tão mais velho assim. – ele apertou meu bico enquanto ria de mim.


- Oh meu bebê não fica chateado.


- Aishi Hyung não me chama assim, sabe o que me deixa preocupado?


- Hum – resmungou sem nem me olhar.


- Pensou eu encontro meu príncipe encantado, aí quando for beijá-lo bato meu dente no dele e ele foge de mim?! – Jimin me olhou preocupado.


- Eu não tinha pensado nisso Kookie, eu sempre imagino que vai ser fantástico e esqueço que essa merda de falta de experiência pode fuder tudo, e agora?


- Acho que seria bom se treinassemos, sei lá... - falei já fazendo cosplay de pimentão.


- Kookie, você ainda gosta de mim? – Jimin me olhava assustado.


- Omo Jiminie, claro que não, só acho que nós somos melhores amigos, então não vejo problema de treinar com você.


- Ok.


- Ok?


- Virou “A Culpa é das Estrela” isso agora – Jimin cai na gargalhada enquanto ainda me sinto chocado.


- Só não esperava você aceitar tão facilmente pabo.


- Olha o respeito com seu Hyung moleque! – fala me dando um soquinho na cabeça.


- Doeu viu - não foi tão dolorido, mas faço drama passando a mão na cabeça só pra ganhar carinho.


- Oh tadinho do meu bebê, hyung malvado - fala dando um tapinha na própria mão e depois dando um beijinho na minha cabeça me fazendo rir.


- Mas porque você aceitou tão rápido minha proposta Jiminie?


- Porque você me fez ficar preocupado com esse negócio de experiência e também porquê você é gostoso pra caralho, não perco nada te dando uns pegas!


- Aigoo Hyung safado. – eu já parecia um moranguinho e só fique pior quando Jimin subiu sobre mim ficando entre minhas pernas.


- Podemos começar ou você vai desistir ? – me olhou bem de perto erguendo sua sobrancelha esquerda com cara de safado.


Eu nunca achei que teria coragem, mas tomei a iniciativa. Levantei meu rosto e apenas toquei meus lábios no dele e me deitei novamente. Ele me olhou chocado, boquiaberto, o que me fez dar uma gargalhada que ecoou pelo quarto fazendo-o rir comigo também. Em seguida se abaixando e tocando novamente nossos lábios; era estranho por ser meu melhor amigo ali, mas ao mesmo tempo era gosto por seus lábios carnudos e macios. Senti sua língua passar em meu lábio inferior e percebi que era minha deixa para abrir os lábios e deixar o beijo se aprofundar, mas ele veio com muita sede e acabou acontecendo o que eu tinha medo, nossos dentes se bateram, paramos o beijo pra rir e também porquê doeu um pouco. Nos beijamos novamente, dessa vez sem dentes batendo e entendi a razão de falarem tanto de beijo, dane-se que não sou mais apaixonado pelo Jimin, mesmo assim beijá-lo era bom demais, comecei a sentir um calor imenso e um formigar pelo corpo. Tomei um susto e mordi seu lábio quando ele segurou minha coxa a erguendo pra acomodar se melhor entre minhas pernas, e assustei mais ainda em sentir seu membro duro pressionando minha bunda, achei que iria soltar um grito de susto, mas acabei soltando um gemido vergonhoso, e ele ao invés de parar começou a beijar meu pescoço e mover o quadril como se estivesse me penetrando, como ainda estávamos com uniforme de educação física da escola o que era um short bem fininho e os dois não estavam de cueca por baixo, a sensação era quase como se não tivesse panos entre nós, antes de hoje eu super achava que era ativo, agora pelo tanto que eu estou gemendo e gostando posso ser no mínimo flex, mas estou me sentindo bastante à vontade em ser passivo, se só essa esfregação já tá me deixando louco pra sentar em um pau imagina que delicia seria sentar mesmo, e o que eu estou esperando pra sentar?!


Joguei Jimin pro lado na cama e sentei em seu colo o fazendo gemer gosto. Comecei a rebolar, arranquei minha camiseta e quase rasguei a dele, estava com calor, mas também queria sentir nossas peles juntas. Rebolei com mais vontade, se isso é possível, novamente nossos lábios estavam unidos, suas mãos estavam apertando minha bunda e as separando pra se enfiar melhor entre ela, mesmo com o pano atrapalhando, eu já não me importava se ele rasgasse aquele pano e me fudesse fundo e forte. De repente, sinto um forte puxão de cabelo e fui jogado ao chão e só então ouço o grito.


-Sua Vadia!


- Pai? – falei já me tremendo todo.


- Você acha que minha casa é motel de aberrações? – disse isso ao mesmo tempo em que senti o primeiro tapa.


- Pai não é bem assim


- Eu não sou pai de uma bichinha arrombada – e dessa vez veio um soco.


Jimin entrou no meio e acabou levando um soco que cortou sua boca antes mesmo dele falar algo.


- Vem Kookie, você não precisa passar por isso! – disse o Jimin me ajudando a levantar.


-Isso mesmo, vá embora com seu cafetão sua puta, porquê meu filho você não é mais! - todo choro que eu tinha segurado começou a sair em soluços desesperados, sabia que meu pai era preconceituoso mais achei que por ser filho dele ele me aceitaria ou ao menos me toleraria e não me atacaria dessa maneira.


Meu maior pesadelo estava acontecendo e no desespero abracei meu pai implorando perdão e dizendo que o amava e em troca recebia socos, tapas, chutes e xingamentos.


Jimin me puxou dos braços daquele homem que me olhava com ódio, pegou nossas coisas e me puxou pra sair dali, ainda não sentia as dores no meu corpo machucado porquê o desespero era maior e a dor no meu coração superava qualquer dor física.


Quando saímos da casa eu caí de joelhos na entrada, chorando copiosamente, e o que já parecia péssimo piorou; meu pai começou jogar todas as minhas coisas pela janela do quarto gritando que não queria nada meu lá, que uma bicha, uma puta como eu deveria ter um monte de doenças e ele não queria nada meu na casa dele porque ele não tinha filho aberração. Em minutos a rua encheu pra ver o show. Jimin pegou uma mala grande que meu pai jogou e começou enfiar desesperado minhas coisas, minha tristeza era tão grande e eu estava tão quebrado que não percebia que algumas pessoas riam e outras olhavam com nojo, mas nenhuma nos ajudava e Jimin sabia que isso pioraria, uma vez que agora toda cidade saberia da nossa sexualidade e não tinha como isso ser bom.


Não percebi quando fui erguido do chão e puxado pelo meio da multidão e nem ao menos percebi que chegara a casa do meu amigo, quando me deu conta já me encontrava deitado em sua cama enquanto era abraçado por ele para que eu parasse de chorar, acabei por dormir em seus braços. Eu achei que aquele era o pior dia da minha vida, mas não tinha noção de tudo que ainda me esperava. A partir daquele momento, viveria um completo inferno.

6 de Novembro de 2018 às 22:14 4 Denunciar Insira Seguir história
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Inativo Inativo
Olá, eu sou a MRz e venho pelo Sistema de Verificação do Inkspired. Sua história está “em revisão”, porque o texto apresenta alguns erros de vírgula, de “porquês” errados, hífen no lugar do travessão e faltam algumas palavras de ligação, que deixam o texto um pouco confuso. São erros bem pequenos que acredito que uma revisão já ajuda. Depois de corrigido esses erros, é só responder esse comentário para que eu faça uma nova verificação. De resto, a história está muito boa, parabéns! :)
March 10, 2019, 21:22
 Camilly Camilly Camilly Camilly
Minina do ceu continuaa
November 07, 2018, 00:44

  • Fabí Faverani Fabí Faverani
    Continuo sim, o segundo capitulo só falta as correções e o terceiro ja comecei a escrever November 07, 2018, 02:41
~

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