mitaki Mimi Senpai

"Não sei exatamente como aconteceu, mas foi lá para o período que entramos no colegial. Eu vivia enfurnado na casa dele, o que já havia passado de ser novidade para seus pais já que passava 24/7 do tempo ali. Mas nesse dia, estava esperando Jongin se arrumar para irmos ao colégio, eu havia cansado de esperar na sala e fui até seu quarto. Ele se olhava no espelho, arrumando as lentes de contato. Havia finalmente se livrado dos óculos de grau e estava feliz por isso. Porém, foi quando ele se virou e olhou para mim que tudo mudou. Nunca havia acreditado nisso de primeiro amor, mas ali olhando para Jongin, eu sabia que ele havia se tornado o meu primeiro."


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#exo #jongin #kyungsoo #kaisoo
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And all he dreams about is you. (Único)

Era um dia como qualquer outro que envolvia aquelas típicas aulas chatas de matérias que eu particularmente odiava assistir. A expressão de tédio em meu rosto era tão visível quanto a vontade do meu professor de história de ministrar aquela aula sobre a segunda guerra mundial. Não era como se eu odiasse matérias teóricas, era só porque eu me dava melhor com números. Me dava muito bem com eles, do que até mesmo com pessoas.

E talvez, mas só talvez por isso não tenha tantos amigos e leve a adorável fama de anti-social. Não é minha culpa de não saber me relacionar bem com as pessoas, na verdade, é só questão de timidez. Eu era tímido demais, fechado demais. Minha mãe até mesmo tinha a mania de dizer que eu acabaria morrendo por essa timidez e que teria ser igual a Jongin.

Ela sempre usava Jongin para referência de tudo.

Jongin nada mais era que meu melhor amigo. Nós íamos a todos os lugares juntos, fosse fliperama, fosse ao cinema, fosse a pracinha que havia no centro da cidade onde morávamos. A questão era que ele sempre foi melhor do que eu na maioria das coisas. Jongin era alto, todo definido por causa da dança, era bom em lidar com as pessoas, cativava todo mundo com sua personalidade amável e amigável. Ele era simplesmente perfeito aos olhos de todo mundo. E para mim, ele só passava do meu melhor amigo idiota que me superava na maioria das coisas.

E não. Eu não sentia inveja dele. Era mais como uma pontadinha de ciúmes por ele ser o queridinho de todo mundo. Por ele ser o mencionado em qualquer comentário, por até não estar fazendo nada e ser adorado pelas pessoas. Ele era malditamente perfeito e às vezes tinha vontade de socá-lo só por ter nascido. Mas se ele não existisse eu não passaria de apenas um garotinho solitário naquela enorme escola.

Nem havia me dado ao luxo de perceber que a aula havia acabado de tão imerso em pensamentos que estava. Só o percebi quando ouvi o arrastar da cadeira ao meu lado indicando que uma certa pessoa havia se sentado ao meu lado.

“Kyungsoo!” Era Jongin com aquele sorriso ridiculamente bonito. “Você ouviu o que o professor falou?”

“Sabe que eu não presto atenção na aula, Jongin.” Disse ao fazer uma careta e estalar a língua no céu da boca.

“O que é errado sabia?” Rolei os olhos. Odiava quando ele bancava o aluno aplicado. “Mas como você não gosta de história, eu vou deixar passar!”

“Você sempre deixa passar!”

Ele fez uma careta de quem havia se ofendido por tão pouco e só me limitei a rir.

“Para, hyung!” E com aquilo ele me deu um tapa na testa e quando pensei em revidar, ele segurou meu pulso. “Sabe que sou mais forte que você. E dá pra me escutar?”

“Tem outro jeito?”

“Hm... Não!” Jongin riu antes de me soltar. “Professor passou trabalho pra gente fazer. E como sempre você é minha dupla. Ou seja, mais tarde na minha casa e não esqueça de levar roupa pra dormir!”

“Jongin!”

Apenas tive tempo de chamá-lo para ele se virar quando havia chegado próximo a porta para sair da sala. Desde quando ele havia ficado tão rápido? Ou seria eu que estava distraído demais?

“Não esqueça hyung!”

Odiava quando ele saía sem me deixar falar nada. Odiava por não poder retrucar nada do que aquele pirralho falava. Odiava aquele poder de persuasão que ele tinha sobre mim.

Odiava Jongin por ele simplesmente me fazer gostar dele.


                                                                           ✖✖✖


Não sei exatamente como aconteceu, mas foi lá para o período que entramos no colegial. Eu vivia enfurnado na casa dele, o que já havia passado de ser novidade para seus pais já que passava 24/7 do tempo ali. Mas nesse dia, estava esperando Jongin se arrumar para irmos ao colégio, eu havia cansado de esperar na sala e fui até seu quarto. Ele se olhava no espelho, arrumando as lentes de contato. Havia finalmente se livrado dos óculos de grau e estava feliz por isso. Porém, foi quando ele se virou e olhou para mim que tudo mudou.

Sem óculos dava para perceber aqueles castanhos profundos de seus olhos que eram tão iluminados quanto aquele sorriso que eu amava. Os cabelos da cor de naquim em um leve topete que deixava que seus olhos ficassem ainda mais visíveis e me deixasse ainda mais absorto com o mundo ao meu redor e focasse só nele. Ali era como se só eu e Jongin existíssemos.

Nunca havia acreditado nisso de primeiro amor, mas ali olhando para Jongin, eu sabia que ele havia se tornado o meu primeiro.

Desde aquele episódio, ele parecia não perceber nada de diferente em nossa relação. Continuava exatamente a mesma coisa. Ele me persuadindo e eu encrencando com ele. Qualquer um que observasse a nós dois diria que nada havia acontecido. Que não havia um sentimento meu em relação a ele. Que tudo estava em seus conformes. Mas às vezes ficava difícil conter quando ele estava cercado de garotas por aí. Eu sempre acabava com a cara emburrada ou brigava com Jongin sem um motivo realmente plausível, porque às vezes minha vontade era simplesmente esfregar na cara dele que eu gostava dele. Que era por isso que odiava ele rodeado de outras pessoas.

Infelizmente, eu havia aprendido a dividir a atenção de Jongin com outras pessoas.

Sabia que não deveria me conformar facilmente em deixá-lo perto de outro alguém que não fosse eu, mas aí ele acabaria percebendo de vez o mal que me assombrava e tudo que havia sido criado e enraizado ao longo dos anos sumiria. Aceitaria tudo, menos perdê-lo por causa de sentimentos que jamais deveriam existir. Eu era medroso demais para perder a pessoa que mais importava pra mim. Tê-lo longe de mim, seria a pior coisa a existir.

Suspirei baixinho enquanto apertava as alças da mochila com um pouco de força. Era estranho ter que estar perto dele e simplesmente fingir todo e qualquer sentimento, no colégio era fácil fazê-lo, em sua casa já se tratava de um momento de aulas de teatro que nunca tive. O que implicava em dizer que eu tinha que ser um ótimo ator a sua frente. Que teria que me conter para não fazer nada que fosse particularmente suspeito.

Com toda a calma do mundo, ou não, segui até aquela enorme porta da frente de sua casa e bati nela três vezes, sendo demorada a primeira e rápida as outras. Era como uma espécie de código nosso para dizer que era eu quem havia chegado ali. Velhos costumes que nunca mudaram. Era verídico que quem muda são as pessoas e não os velhos hábitos.

Agora sou a prova viva disso.

Quando a porta se abriu foi à senhora Kim quem atendeu com aquele sorriso que parecia que nunca sumia do seu rosto, mas que parecia aumentar toda vez que me via, porque eu acredito que já era o segundo filho dela. Não sei se porque vivo tanto lá, ou se porque sou o melhor amigo de seu filho, aquilo ainda me era uma incógnita difícil de ser explicada. Assim que entrei, ela me mandou subir, disse que Jongin estava terminando o banho e que esperasse no quarto. Não era como se ela precisasse dizer isso, mas como sempre agradeci e subi.

Parecia que a cada degrau que subia, meu coração falhava uma batida e suava frio. Estava parecendo demais uma garotinha que estava indo ter um encontro com seu amor platônico pela primeira vez e me odiava por isso. Odiava ser um garoto que nunca contaria ao seu melhor amigo que ele era seu primeiro amor. Às vezes me parecia que estava traindo a confiança de Jongin sobre mim, pois nós nunca tivemos segredos um com o outro, mas desta vez, eu tinha que ser assim, tinha que aguardar aquilo as sete chaves, sem nunca deixar sair.

Assim que entrei em seu quarto, pus a mochila sobre a cama de casal que ele tinha. Qualquer um poderia considerar aquilo engraçado, mas Jongin se mexia tanto enquanto dormia que se tivesse uma cama de solteiro teria caído a cada vez que mudava de lado e só sabia disso porque algumas vezes acordava no meio da noite com o barulho da cama rangendo quando ele se mexia. Ele era um caso sério nessas horas. Retirando os livros que eram necessários, os coloquei na escrivaninha (que fui eu que pedi para mãe dele comprar, se não ele estudaria jogado na cama) que tinha ao lado da porta de seu banheiro e os arrumei, na maneira certa de planejamento para fazermos o trabalho.

Sentado ali na cadeira rente aquele móvel, fiquei encarando o livro de história sem saber o que fazer e por onde começar, afinal, quem havia prestado atenção direito na aula havia sido ele, não eu. Podia ouvir o barulho da água do chuveiro caindo e Jongin cantarolando qualquer música com aquele seu inglês todo errado, e me peguei pensando em como seria se eu lhe contasse o que tanto me deixava incomodado, o que tanto me deixava deitado na cama olhando para o teto, não buscando nenhuma solução plausível para aquilo tudo.

“Essa seria a minha pior idéia!” Comentei baixinho enquanto passava as mãos nos cabelos.

“Pior idéia do que?” A voz de Jongin me invadiu a audição e tomei um susto, pulando na cadeira. “Ow, calma, hyung, não quer ter um infarto né?!”

Com as sobrancelhas arqueadas e com um certo ódio, virei a face para ele. “Aposto que entre nós dois você vai ser o primeiro a morrer!”

Ele riu. Aquela risada gostosa que tanto me deixava mais animado para qualquer coisa que fosse e foi naquele momento que me permiti observá-lo direito. Os cabelos úmidos deixavam que algumas gotículas de água descessem por seu tronco desnudo até a barra da calça de moletom que vestia. Por Deus, ele não deveria andar daquele jeito. Automaticamente eu virei o rosto pro livro de história, fingindo estar interessado nele para tentar evitar que ele visse minhas bochechas avermelhadas.

“Mas então hyung, qual a péssima idéia?” Tive que engolir em seco antes de pensar em responder qualquer coisa. Até porque eu não estava em condições muito favoráveis naquele momento.

“Eu só não consigo pensar em nada para fazer nesse trabalho.” E de novo ele riu enquanto ia em direção a cama, pegando uma regata que estava jogada ali em cima. “Por que ta rindo?”

“Por ser bonitinho ver você perdido nos estudos.” Tornou a rir e um bico involuntário me adornou os lábios.

“Você é um idiota, Jongin!” Rolei os olhos antes de tornar a virar para os livros e deixar que ele finalmente terminasse de se vestir e puxasse a cadeira para sentar-se ao meu lado. “Por onde a gente começa isso aqui?”

“Pela parte que você mais adora...” Ele riu antes de continuar. “Pesquisaaaaar!”

E com aquele maldito canto dele, sabia que seria uma longa tarde.


                                                                       ✖✖✖


Praticamente gritei graças aos céus quando terminamos aquele trabalho, ainda era para a semana que vem, mas nós dois tínhamos a suave e adorada mania de deixar tudo pronto para que ficássemos livres por mais tempo. E particularmente adorava aquilo. Porque assim, implicava em dizer que tínhamos mais tempo para aproveitar e quando digo isso é pelo fato de ter mais dias para aproveitar na semana. Porque ali já era noite, e só iríamos ter tempo para jantar, tomar banho e simplesmente ir dormir.

E foi o que fizemos. Descemos para jantar e comer aquela fartura toda que sua mãe tinha mania de fazer para quando eu ia para lá, e sentia que voltava para casa com algumas gramas a mais ou como Jongin tinha mania de dizer: com mais beiças. Eu não gostava muito quando ele falava isso, até porque não era o único ali que tinha lábios fartos e aquele mentecapto bem que sabia daquilo. E sabia que eu não seria capaz de revidar aqueles malditos comentários.

Era um idiota.

Depois do jantar veio o banho e logo em seguida algumas pouquinhas horas de jogatina no vídeo-game, onde como sempre, eu estava perdendo para ele. Mas assim como a hora foi embora rapidamente, o sono veio com ela. E em pouco tempo já estava quase babando sobre o ombro de Jongin. Ele ria toda vez que me via cansado daquela forma. Eu particularmente odiava aquilo, mas era o jeito.

Desligamos o vídeo-game e me ergui do chão apenas esperando que ele fosse buscar o colchão que normalmente dormia quando ficava lá até tarde. Era sempre assim: Jongin ficava na cama e eu ficava lá jogado no chão. Em nenhum desses anos todos, ele nunca me ofereceu a cama, só teve uma vez que me vi obrigado a empurrá-lo da sua cama para dormir nela uma noite. Depois disso nunca mais.

Estava com os pés balançando no ar enquanto estava sentado em sua cama esperando que ele viesse com o meu tão adorado colchão. Mas o invés disso, para não dizer que voltou de mãos vazias, me trouxe um lençol.

“E o colchão?”

“Eu não sabia, mas meu pai deu um fim a ele. Emprestou a alguém ou algo do tipo. Só sei que hoje você vai ter que dormir na cama comigo!”

“O que? Jongin, não! Não vou dormir na cama com você!” Não porque não fosse fácil dormir com ele, mas era pelo simples fato de que não queria correr o risco de acontecer algo estranho entre nós.

“Mas por que? Tá com medo de cair da cama no meio da noite?”

“Sim!” Não, é claro que não. Era medo de ficar perto dele sem poder lhe tocar. “Porque você se mexe como se não houvesse amanhã!” E também porque ele normalmente dormia nu e isso eu não queria pra mim. “E além do que você dorme pelado! Eish!”

“Pra não dizer eu sou ruim, vou dormir de roupa hoje e vou tentar não me mexer, tá bem?” Ele riu antes de bagunçar meu cabelo quando me entregou o lençol. “Mas não vou tá de boxer debaixo da calça, então cuidado!”

“Você é um idiota!” Murmurei antes de me ajeitar no meu lado da cama e me deitar. Mas já tinha a plena certeza de que não conseguiria dormir de jeito nenhum.


                                                              ✖✖✖


Não conseguia dormir direito. Pra qualquer lado que me mexesse eu iria sentir o corpo de Jongin, e aquilo me deixava agoniado a cada minuto. Então eu simplesmente não conseguia dormir, só ficava num conflito interno entre ficar acordado ou encontrar uma posição boa o suficiente para que conseguisse dormir. Se é que realmente iria conseguir. Quando me mexi, para achar a melhor posição, tive a certeza de que acabei acordando Jongin. Se é que já não estava acordado.

Porque logo sua voz se fez presente e começamos a conversar sobre coisas aleatórias já que o sono parecia que nunca chegaria até nós. Mas o que mais me deixou apreensivo foi a pergunta estranha que logo veio dos lábios de Jongin.

“Hyung, você já teve seu primeiro beijo?” Me surpreendi com a pergunta repentina e automaticamente me encolhi na cama.

“Que pergunta é essa agora Jongin?” Questionei sem querer olhar até para ele e senti-o mexer-se no colchão, virando-se de lado e olhando para mim.

“É só curiosidade, Kyung!” Assim como ele, me deitei de lado para poder observá-lo enquanto colocava as mãos entre minha cabeça e o travesseiro. “Me diz!”

“Mas por que essa curiosidade tão repentina?” Jongin se remexeu inquieto e eu não pude evitar de perceber a sua hesitação quando lhe perguntei. Ele me conhecia bem o suficiente para saber que eu iria insistir e talvez por isso, ele se remexeu mais uma vez e se aproximou de mim. “Por que, Jongin?”

Sentia uma taquicardia impossível de explicar, Jongin estava tão próximo que eu podia escutar e sentir a respiração quente dele bater contra minha face. Eu remexia as mãos por sobre o travesseiro, entregando o meu nervosismo. Ele não estar falando nada, acabava comigo, sentir o calor que emanava de si e o toque quente de sua mão sobre o meu queixo, me deixaram absorto, ainda mais quando ele resolveu tornar a falar. “Porque eu quero o seu primeiro beijo!”

Foi questão de segundos entre minha mente processar o que ele havia dito e sentir seus lábios sobre os meus. Senti como se o meu mundo tivesse desabado sobre mim e tivesse sido recriado quando me permiti cerrar os olhos e aproveitar daquela sensação de ter o mais novo agindo daquela forma. Era engraçada toda aquela situação. Tanto tempo que passei imaginando como seria se algum dia eu chegasse a beijar Jongin, que aquilo ali acontecendo havia me deixado paralisado.

Era mais do que óbvio que sentir os lábios dele era como estar no paraíso. Eram tão doces e macios quanto os toques de sua mão que havia passado para minha face, acariciando-a com tanto cuidado que senti como se fosse o bem mais precioso que ele tinha. E talvez eu fosse, assim como ele era para mim. Ele era meu pedaço do paraíso.

Jongin movimentava brevemente seus lábios sobre os meus. Não tinha experiência quanto aquilo e foi por isso que permaneci quieto por todo o tempo, apenas aproveitando da sensação de saber que ele estava me beijando, ou que pelo menos havia me beijado. Ele havia se afastado e só me dei conta realmente quando escutei um riso soprado vindo de si.

“Hyung, só precisa se deixar levar!”

“M-mas eu não sei como posso fazer isso.” Disse sincero, afinal dentre nós dois, era claro que o Jongin era o mais experiente.

Ele se afastou de mim e sentou-se na cama. O encarava sem entender bem. Eu havia feito algo errado e sequer havia percebido? O havia chateado a tal ponto dele simplesmente querer ir embora? Engoli em seco e encolhi-me na cama com medo de todos os questionamentos que haviam surgido em minha mente se tornassem realidade. Podia sentir os olhos marejarem e fiz o possível para controlar o choro e não encará-lo, já estava sem coragem para fazê-lo até sentir sua mão de volta ao meu rosto, acariciando-o mais uma vez.

“Senta, hyung!” Ergui-me ainda sem intenção nenhuma de encará-lo e deixei as mãos dispostas ao lado do meu corpo. As mãos quentes de Jongin mais uma vez vieram de encontro ao meu rosto, segurando-o e enxugando algumas lágrimas que escaparam sem que percebesse. “Sem chorar, Kyungie, você não fez nada de errado!”

“Mas voc---”

“Shhh!” Com isso seu dedo foi de encontro aos meus lábios, me fazendo sentir-me quase como uma criança que foi repreendida e aquela era sua maneira de fazer-me ficar quieto. “Eu quero que isso seja bom para nós dois e quero te mostrar o quanto foi bom ter esperado até agora para ter você!”

Minha mente não processou exatamente o que ele quis dizer. Esperado para me ter? Queria dizer então que Jongin sentia o mesmo por mim? Meu coração falhou uma batida só de pensar naquela possibilidade que de repente soou tão plausível ao meu ver. Não podia acreditar que ele simplesmente havia se declarado, mas aquilo deveria ser alguma peça muito bem pregada de minha mente que tinha a péssima mania de me fazer discernir a realidade da imaginação. Mas ali, com ele a minha frente, tudo parecia tão real, parecia tão vívido.

Ainda mais quando me puxou pelas minhas pernas e me fez sentar em seu colo. Senti as bochechas esquentarem mais do que o normal e dei graças que a única iluminação ali dentro era dos raios lunares que nos dava uma visão parcial de tudo e no meu caso, a visão de um Jongin me admirando com aquele sorriso ridiculamente bonito dele. Suas mãos se dirigiram até as minhas, segurando-as de leve até colocá-las sobre seus ombros.

“Só relaxe e se deixe levar por seus instintos, ou tente imitar o que faço ta bem?!” Apenas assenti lentamente enquanto sentia que meu coração iria saltar pela boca a qualquer momento. “Acima de tudo... Relaxe!”

E dito aquilo, ele me beijou novamente, mas diferente da primeira vez, foi com mais vontade e eu particularmente não sabia o que fazer. Apertei os dedos contra seus ombros, de certa forma, lembrando a nós dois o quanto aquela situação ainda me deixava tenso. Me deixava sem saber o que fazer, foi aí que ele passou a exercer carícias em minha cintura, como se dissesse que estava tudo bem, que era ele quem estava ali comigo e não qualquer pessoa. Mas como eu poderia relaxar se era meu melhor amigo e meu primeiro amor ali, me beijando?

Me permiti suspirar antes de tentar relaxar de verdade.

Tombei a cabeça para o lado e melhorei – mesmo sem saber – o encaixe de nossos lábios. Aquela sensação de beijar Jongin era boa e ao mesmo tempo excitante, eu podia dizer isso facilmente só de sentir suas mãos passeando por meu corpo como sequer o conhecesse e bom, ele o conhecia de vista, tocar-me daquela forma era algo novo demais para nós dois. Ainda mais para mim que era a primeira vez para tudo ali. Para os toques de Jongin, para seus beijos, para entregar-me aos sentimentos que há muito fiz questão de deixar guardados dentro de mim. E quem diria que logo eu, estaria daquela forma com meu melhor amigo.

Deixei um ofego escapar quando senti suas mãos adentrarem minha camisa. O claro que emanava delas me fazendo sentir arrepios que por conseqüência me fizeram remexer sobre seu colo e ouvir um gemido com aquilo. Senti as bochechas esquentarem por escutar aquilo e inconscientemente passei a movimentar um pouco mais sobre ele, como se buscasse saber se aquilo realmente lhe dava prazer como parecia estar dando.

Jongin subitamente parou com beijo que me dava para descer os lábios até meu pescoço e desferir selares ali, antes de passar a mordê-lo. Era sua tentativa de se controlar? Ri baixinho, parando o que fazia antes de levar as mãos até seu rosto e afastá-lo do meu pescoço para que pudesse olhá-lo.

“Jongin-ah, isso é bom de sentir?” Ele apenas assentiu e sorri de leve. Aproximei nossos rostos e beijei-lhe os lábios demoradamente enquanto tornava a remexer sobre seu colo. Eu sorria internamente por saber que ali nós partilhávamos do mesmo prazer, do fato de querermos um ao outro e aquilo me deixava cada vez mais feliz. Parei os movimentos de súbito quando suas mãos cravaram em minha cintura, me obrigando a ficar quieto. Na minha face havia uma expressão de interrogação enquanto Kai passava a me deitar aos poucos no colchão enquanto ia se encaixando por entre minhas pernas. Aquela sensação de borboletas no estômago surgiu quando ele apoiou as mãos – uma de cada lado da minha cabeça – no colchão e ficou a me observar. De repente, a vergonha do que havia feito instantes atrás caiu sobre mim e senti o rosto esquentar.

De tudo o que Jongin poderia fazer, me encarar era a coisa que mais me deixava tenso, pois era um dos poucos momentos em que eu ficava sem jeito. Seu rosto se aproximou do meu, suas respiração quente batendo sobre minha pele, me deixando ainda mais sem graças. Os lábios cheios se recostaram nos meus de leve quando ele passou a falar.

“Se você soubesse o quanto me deixa insano, não faria uma coisa daquelas hyung!”

“O-o que?” Pisquei lentamente tentando associar o significado daquelas palavras com o qual eu havia dado a elas. Então Jongin na verdade...

“Eu quero ter você, Kyungsoo!” Senti o coração falhar uma batida para voltar a bombear o sangue todo com velocidade o suficiente para que houvesse uma descarga de adrenalina que quase me fez perder o ar.

“J-Jongin...”

“Me deixa hyung… Me deixa ser teu primeiro e…” Ele parou, mordeu o lábio inferior e respirou fundo antes de completar a frase e me fazer perder o ar. “... se puder... o último!”

Não sabia como aceitar aquela... Declaração, talvez? Era informação e acontecimentos demais para uma única noite para que eu pudesse assimilar tudo tão rapidamente. Encarava Jongin sem encontrar um ponto certo em sua face para olhar e simplesmente dizer: “Sim, me deixe ser seu! Me deixe ser o que ninguém nunca foi para você!”, mas minha capacidade de falar parecia ter sumido, meus pensamentos não se transformavam em fonemas que minhas cordas vocais seriam capazes de transmitir até minha boca. Estava impossível formular algo. Meus lábios se partiam constantemente, mas nada saía deles. Absolutamente nada.

E Jongin encarou aquilo como um sim, eu tive plena certeza quando ele tornou a me beijar e com aquilo senti que não precisaria mais me conter, agora poderia simplesmente deixar que meus sentimentos saíssem sem que me preocupasse. Sem que temesse as conseqüências.

Minha mãos seguiram em direção ao pescoço de Jongin, buscando uma espécie de apoio ali quando tratei de corresponder com volúpia aquele ósculo. Senti que ele sorriu e foi automático quando sorri junto a ele. Admitia que ainda não acreditava em metade do que acontecia ali, no calor das mãos dele passeando em meu corpo, na sua vontade de querer sentir cada pedacinho.

O beijo foi apartado sem mais nem menos. Um fio de saliva ainda nos conectava e selei os lábios de Jongin uma última vez, antes que pudesse passar os beijos desde minha bochecha até meu pescoço. Não queria deixar que ele fosse o único a aproveitar ali. Sendo assim, minhas mãos saíram de seu pescoço e desceram por sua fronte, até chegar na barra de sua regata e adentrar a mesma.

Céus, uma coisa era observá-lo trocar de roupa e ver cada músculo seu ao longe, outra era estar ali sentindo cada músculo definido se tensionar com o toque gélido das pontinhas dos meus dedos. Não pude deixar de rir soprado com aquilo e receber em troca uma mordida no pescoço.

“Eish! Vai deixar marca!” Não contive em reclamar e arranhar-lhe o abdomen em reprovação. Sua face veio ficar rente a minha mais uma vez.

“Sabe hyung, depois de hoje você vai ter que viver cobrindo marcas!”

“Jong---“ E antes que eu pudesse chegar a reclamar mais uma vez, ele me selou os lábios enquanto prendia a barra da minha camisa com os dedos e erguia o suficiente para mostrar que queria arrancá-la. Com certa dificuldade, afastei-me o suficiente para que ele arrancasse minha camisa e jogasse-a em um canto qualquer de seu quarto e logo fez o mesmo com sua regata, dando um fim que nem me importei de observar. A não ser pelo seu tronco agora desnudo.

Parei por alguns segundos me permitindo observá-lo como se nunca tivesse feito. Minhas mãos se espalmaram em seu abdômen, sentindo-o e acariciando-o lentamente. Jongin me olhava com um sorriso leve nos lábios antes de segurar meu braço direito e erguê-lo o suficiente para que deixasse o pulso rente a sua face. Passou a distribuir selares desde o pulso até chegar em meu ombro e em seguida distribuir alguns outros selares até chegar aos meus lábios. Os quais havia feito questão de selar ternamente enquanto sua mão descia até minha coxa, apertando-a com vontade e fazendo com que acabasse flexionando a perna e induzisse um encaixe melhor de nossos corpos. E aquilo implicava em seu quadril roçando no meu e me fazendo gemer contra seus lábios.

Pude sentir que ele havia sorrido com meu feito e quando sorria só podia significar duas coisas: ou iria apenas guardar na memória o que havia feito, ou repetiria aquele ato. E a segunda opção sempre lhe era mais viável. Ao que apertava minha coxa, Jongin passava a ondular seu quadril contra o meu, eu tentava conter meus gemidos descontando com mordidas em seus lábios. Se havia uma coisa que ele particularmente odiava era quando eu arranjava uma forma de descontar o que ele fazia em mim.

E ali, naquele instante não estava nada diferente do normal.

Minha canhota passou de seu abdômen as suas costas, acariciando-a antes de descer até suas nádegas juntamente com a destra, passando a pressionar ali, incentivando-o a continuar ou aumentar aquele ritmo simplório. Porém, Jongin parou com aquilo, assim como parou de me beijar. Eu havia errado em fazer aquilo? Estava sendo tão desesperado para tê-lo para agir daquela forma? Eram tantas perguntas me rondando a mente que sentia que poderia tornar a deixar os olhos marejarem.

E como se entendesse a confusão que se passava em minha mente, ele levou a mão até meu rosto, murmurou algo como um “tudo bem” e me selou os lábios brevemente antes de passar a descer os beijos para meu queixo até chegar no pescoço, onde passou a distribuir selares úmidos. Mas não era como se Jongin fosse parar ali, tão breves quanto o beijo que recebi na boca, foram os beijos no pescoço, pois logo ele estava descendo o suficiente para que eu pudesse sentir sua respiração em meu mamilo.

A sensação de sua respiração quente ali era tão boa quanto à de finalmente poder sentir sua língua passar sobre meu mamilo e logo dar lugar aos seus lábios que de maneira quase automática me faziam impulsionar o quadril contra ele. Céus, como estava necessitado. Meu membro latejava cada vez mais por qualquer espécie de contato e não era novidade nenhuma me ver ali querendo mais. Afinal, foi o que eu tinha feito a noite toda.

Ansiado cada vez mais por seus toques.

Como se entendesse isso, ele passara a descer seus lábios cada vez mais, porém, deixava que a língua fizesse um pequeno rastro desde o meu peitoral até meu umbigo, onde chegou a demorar um pouco para morder e chupar. Algo que eu particularmente apreciei e que me deixou ainda mais exasperado pelo que poderia vir a acontecer. Engoli em seco quando Jongin ficou com a face rente a minha boxer que evidenciava cada vez mais a minha ereção. Percebi que ele passou a língua sobre os lábios antes de passar sobre o tecido fino e úmido, me fazendo gemer baixinho só de pensar quando ele pusesse dentro de sua boca.

Estava me sentindo a pessoa mais impura do mundo.

Suspirei baixinho com aquela cena antes de deixar que ele retirasse calmamente a boxer e me deixasse completamente despido. Com o olhar devorador que Jongin lançou para mim, foi automática a vergonha que senti e a maneira a qual fechei as pernas, tentando esconder minha intimidade. Jongin riu baixinho antes de levar as mãos aos meus joelhos, separando minhas pernas e tornando a se encaixar dentre elas, a fricção de sua calça contra minha ereção me fez soltar um gemido baixo.

Aproximou o rosto do meu e sorriu. “Você é lindo, hyung... E eu queria muito poder saber que gosto você tem. Você deixaria?”

Senti o ar faltar por breve instantes com aquela frase que ao mesmo tempo que tinha seu lado inocente trazia consigo toda aquela malícia do momento. E pelo que já havia sentido da boca de Jongin, com certeza eu queria poder deixa-lo aproveitar. Mas temia um pouco, o que era fato. Suspirei baixo antes de assentir e ele me selar os lábios, voltando para a posição que outrora se encontrava.

Quase como em câmera lenta a mão de Jongin foi de encontro ao meu membro. Primeiro segurando-o devagar antes de passar o polegar sobre a glande e me fazer arfar com o simples ato. Ele sorriu antes de deslizar com a mão até a base e começar um vai-e-vem lento, que me fazia estremecer ao mesmo tempo que me fazia querer mais e por isso, acabei arqueando as costas no mesmo tempo que arqueei o quadril, pedindo por mais. E rindo baixinho de como eu estava, ele aumentou um pouquinho o ritmo da masturbação antes de parar e deixar sua face rente ao meu membro.

O olhar de Jongin que viera em direção a mim era um o qual eu faria questão de guardar na memória.

Ele sorriu de leve antes de entreabrir os lábios, passando a língua sobre seus lábios e por fim direcionando ela a minha glande. Jongin passou a língua sobre minha glande, circundando-a lentamente como se fosse um doce que estava experimentando pela primeira vez. Um gemido arrastado me escapou dos lábios quando ele finalmente o abocanhou. Céus, a sensação de sua boca quente acolhendo meu membro era uma das melhores que já havia sentido. Ele passou a movimentar a cabeça para cima e para baixo, num vai-e-vem e segui com minhas mãos até seus fios escuros, passando a ditar um ritmo ali e conforme o fazia, mordia meu lábio inferior com mais força, impedindo que gemidos mais altos escapassem dos meus lábios e acabassem acordando seus pais.

Jongin lambia, arranhava, chupava com mais voracidade meu membro e foi automático quando meus dedos prenderam seus fios com mais força e acabaram forçando a cabeça dele a descer mais em meu membro e eu podia senti-lo indo mais fundo e me obriguei a arquear o quadril contra sua boca. Sentia espasmos percorrerem todo meu corpo e meu membro formigar cada vez mais.

“J-Jongin, e-eu vou...” Antes que pudesse realmente completar a frase, me desfiz dentro de sua boca e joguei a cabeça para trás, mordendo com força o lábio inferior enquanto tentava puxar o ar que parecia tão impossível de adentrar em meus pulmões. As mãos soltaram seus fios escuros e me permiti ficar ali aproveitando a sensação do melhor orgasmo da minha vida.

Estava tão absorto que nem senti quando ele tornou a ficar por cima de mim. Passou a exercer um carinho em minha face e me obriguei a abrir os olhos, que nem havia notado que havia fechado.

“Você tem um gosto maravilhoso, hyung. E seria um pecado não deixar que você soubesse o quão gostoso você é!” E com aquilo, ele me beijou e pude sentir um gosto agridoce misturado a sua saliva. O língua de Jongin vinha de encontro a minha numa calmaria que pertencia apenas a nós dois e aquela sensação era boa demais.

Antes que pudesse realmente perceber, ele havia descido sua mão até chegar em minha entrada, passando a circundar o pequeno orifício com o dedo indicador e me penetrar, fazendo com que eu soltasse um gemido carregado contra seus lábios. Era uma dor suportável, afinal, era apenas um dígito que se movimentava lentamente e que não faria tamanha diferença assim. Mas a partir do segundo que tudo pareceu piorar. E quando o terceiro veio, senti a dor vir numa pontada lascinante e meu corpo querer expulsar aqueles corpos estranhos, trazendo ainda mais dor.

Movimentava o corpo como se quisesse me distanciar de seus dígitos e aquela altura eu já não conseguia mais corresponder o beijo que Jongin me dava. Ele ficou a me encarar enquanto deixava os dígitos dentro de mim. “Se quiser eu posso parar, Kyungie. Não quero te machucar.”

Meneia cabeça de uma maneira para dizer que estava tudo bem. Respirei fundo enquanto tentava me acostumar com aquela invasão e me permiti pensar em o quanto mais dolorido seria quando seu membro me invadisse. E com tal pensamento engoli em seco. Porém, antes que pudesse notar estava rebolando contra seus dedos. Jongin sorriu de leve com aquilo e passou a fazer movimentos de vai-e-vem dentro de mim, como se terminasse de me preparar para quando viesse seu membro. Por mais que ainda estivesse meio mole por culpa do orgasmo, ainda não queria dizer que não seria capaz de sentir dor.

Retirou os dedos de dentro de mim e se afastou para que pudesse retirar a calça do moletom e mostrar sua ereção que praticamente despontou ao ser liberta. Suspirei baixinho quando ele passou a se masturbar, espalhando o pré gozo por toda sua ereção enquanto me olhava com os olhos famintos e desejosos como nunca havia visto. Quando sentiu que estava devidamente preparado, tornou a se aproximar e pôs as mãos debaixo dos meus joelhos. Puxando-os para cima para que deixasse minhas pernas apoiadas em seus ombros e me deixasse totalmente exposto para si.

“Assim vai ser melhor pra você. E relaxe, hyung!” Engoli em seco e respirei fundo antes de tentar relaxar. Jongin segurou seu membro antes de começar a me penetrar aos poucos. Sentia como se estivesse sendo rasgado ao meio, tamanha era a dor que sentia. Minhas mãos seguiram em direção ao seu abdômen como se conseguisse amenizar a dor. Ou quase.

“J-Jongin... I-isso d-dói!” Ele nada disse e conforme me penetrava mais, mais eu lhe apertava e arranhava o abdômen. Vendo que eu não conseguiria aguentar assim, levou a mão até minha boca tampando-a antes de me penetrar de uma só vez.

As lágrimas vieram tão fortes e doloridas quanto o grito que sua mão viera a abafar. A queimação que sentia era infernal, a dor parecia maior do que eu poderia suportar algum dia. Jongin me encarava com culpa, com medo de realmente ter machucado. E eu apenas me sentia capacitado para tentar controlar a dor que sentia. Num ato impensado, levei as mãos até pescoço de Jongin puxando-o para mim e gemi baixo pela dor que sua movimentação me provocou.

Ele apoiou a canhota do lado do meu rosto, enquanto descia com a adjacente até meu membro, acariciando-o ao compasso que aproximava o rosto do meu, passando a desferir selares sobre minha bochecha, nariz, até parar na minha boca. Me beijando ternamente num pedido de desculpas por ter me machucado daquela forma. Era óbvio que não era sua intenção, nunca seria e nunca foi, porém, ambos sabíamos que eu sofreria com aquilo.

Passaram-se alguns minutos até que comecei a rebolar de leve. A dor ainda não havia se esvaído, mas com certeza estava menor que antes. Ele suspirou baixinho contra meus lábios antes passar a se movimentar de maneira lenta. Gemi baixinho contra seus lábios e ele entendeu como um pedido para que aumentasse os movimentos.

Jongin afastou o rosto do meu só para que pudesse ficar me observando. Igual a mim, ele tinha os fios grudados na testa, do suor que brotava de seus poros. Ele parecia incrivelmente mais sexy daquele jeito. Sorri de leve pouco antes de entreabrir os lábios para puxar mais o ar quando passou a aumentar o ritmo das estocadas. Eu temia que pudesse soltar gemidos totalmente exagerados que pudessem acabar acordando seus pais.

Aquela situação era tão insana. E por mais que fugisse do meu normal, do nosso normal, eu estava simplesmente amando. Jongin me olhando, me fazendo seu e dizendo promessas a cada vez que ia mais fundo em mim.

Minhas mãos seguiram até seu abdômen mais uma vez, arranhando ali como o incitasse a ir mais rápido. E assim ele o fez, mas não só aumentou o ritmo das estocadas, como também da forma como me masturbava, fazendo com que ficasse ereto mais uma vez. Arqueava as costas e levava umas das mãos até minha boca, mordendo-a para evitar gemidos mais altos ainda que ousavam escapar.

Sentia que poderia perder a noção do tempo e espaço ali. Minha mente ficava em branco a cada nova estocada que Jongin dava e principalmente quando me acertou o ponto sensível, que me fez morder a mão com tamanha força que senti um filete de sangue sair. Cerrei os olhos com força tentando me concentrar cada vez mais no prazer que recebia. Por Deus, eu sentia que poderia morrer de tanto prazer naquele momento.

“Jonginie... Mais... Por favor...” Foi quase impossível falar, principalmente porque além dos gemidos, eu ainda mordia minha mão para me conter. Eu pedia por mais, porque sabia que poderia ter mais de Jongin. Porque se o teria aquela noite, queria aproveitar ao máximo, mesmo que fosse contra meus princípios.

E como sempre, ele fez o que eu havia pedido. Aumentou as estocadas - acertando toda vez naquele ponto - assim como o ritmo da masturbação. E antes que pudesse avisar mais uma vez, me desfiz em sua mão. Soltando um último gemido forte para, por fim, cair praticamente desfalecido sobre a cama. Jongin tornou a se aproximar mais uma vez, os lábios resvalando nos meus enquanto aumentava a velocidade das estocadas, se é que ele estava podendo fazer aquilo, pelos espasmos eu sentia que estava pressionando seu membro cada vez mais. E talvez fosse esse o fato dele gemer cada vez mais contra meus lábios.

Suas mãos apertaram o lençol de sua cama com força e logo pude sentir seu líquido quente me preencher, me fazendo soltar um gemido manhoso por isso. Deu algumas outras poucas estocadas, antes de sair de dentro de mim e se jogar ao meu lado. Com cuidado me puxou para si e pegou minha mão machucada, levou para próximo de seus lábios e a selou ternamente.

“Desculpe ter feito você se machucar e ter te machucado!” Disse com olhos tristonhos e soltei minha mão de sua posse antes de levar até seu rosto, acariciando-o.

“Você não tem culpa, e foi a melhor noite da minha vida.” Falei sorrindo antes de lhe selar os lábios.

“A minha também. Mas sabe hyung, depois de hoje nós não podemos mais ser amigos!”

Senti o coração falhar uma batida. Não, não. Ele não podia fazer aquilo comigo, não podia simplesmente ter me usado pra depois simplesmente chegar e dizer que a nossa amizade de anos havia acabado. Eu tinha sido idiota o suficiente para acreditar que alguma coisa mudaria entre nós, mas não daquela forma tão drástica. Havia praticamente jogado em sua cara todos meus sentimentos a partir do momento que havia me deixado levar pelos seus carinhos e beijos.

Eu tinha sido o maior idiota do mundo.

Sentia as lágrimas voltando aos olhos e abaixei o olhar sem querer observar Jongin. Me sentia sujo, me sentia ridículo o suficiente por ter acreditado que tudo poderia voltar a ser normal depois daquilo, mas era óbvio que não voltaria. Eu sequer conseguiria olhar para Jongin novamente.

“Hyung! Hey, hyung!” Nem dei bola para voltar a olhá-lo, eu não queria fazê-lo, não até ele erguer meu queixo. “Olha pra mim!” Muito relutante me deixei observar seu os olhos negros sobre mim. “Sabe por que não podemos ser mais amigos?” Apenas meneei a cabeça em um não significativo. “Porque a partir de hoje você terá de ser meu namorado!”

“O-o que?”

“Quer namorar comigo, Kyungsoo hyung?”

Entreabri os lábios diversas vezes, mas nada parecia sair deles, parecia que nunca sairia palavra nenhuma. Aquilo estava se tornando surreal mais uma vez. Assenti fortemente até chegar e lhe selar os lábios com força, como se firmasse aquele pedido. E assim o fiz.

Sorrindo, Jongin me selou a testa, pedindo que eu me arrumasse para que pudéssemos dormir. Levei os braços a sua cintura, o abraçando de lado e ele levou o próprio para minhas costas. Passando a acaricia-la e conforme o fazia, eu sentia que iria finalmente dormir.

E quando eu caía no sono, tudo o que eu pensava e sonhava era sobre Jongin.

 

29 de Outubro de 2018 às 03:57 2 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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Alana Rosa Alana Rosa
Aiii gente quanto amor kkkk q fofo amo kaisoo Forever. ♡
October 30, 2018, 00:50

  • Mimi Senpai Mimi Senpai
    Ai que bom que você gostou ♥ October 31, 2018, 18:10
~