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A antiga lenda do arqueiro trajado de roupas negras circula pelo mundo inteiro, mas as vezes, uma lenda pode ser real... só que de uma maneira diferente


Aventura Todo o público.
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OURO...

Um bloco de ouro. 3 metros de altura por 2 de comprimento. Sobre sua superfície, o contorno levemente humano se desenha sobre ele. Ao seu lado, dois grandes Trolls estão parados pacientemente por algo...ou apenas vigiando. 

O bloco está levemente rachado nas extremidades, como se algo o pressionasse...algo de dentro. Uma voz é ouvida no corredor. As duas grandes criaturas se entreolham e uma delas saiu para ver o que era. Poucos segundos se passaram até que um estrondo soasse e sua grande silhueta aparecesse caída perto a abertura que levava ao corredor.

- Quem está aí?

Não houve resposta...

- Sem brincadeiras...Quem está aí?!

Dessa vez a resposta veio em forma de flecha que acertou o ombro do Troll, gritando de dor.Ele sabia o que era aquilo, uma flecha negra, só feita pelos Arkimathianos. Seria possível que o arqueiro negro tivesse fugido do bloco de ouro e recuperado seu arco? Não! Isso era impossível, ele continuava lá: parado.

Uma figura escura e encapuzada veio correndo na direção do Troll, já ajoelhado por conta dos ferimentos. A sombra deu um mortal por cima dele e atingiu seu rosto com a bota. O Troll bateu a face no chão e não se mexeu mais. O invasor misterioso então tirou seu capuz com a mão que estava livre. Era uma garota, com os cabelos negros chegando à altura dos ombros, olhos verdes que transmitiam ferocidade.

- Fácil! - Ela se aproximou do grande bloco de ouro - Agora já posso lucrar com isso. 

Ao encostar na superfície brilhante,ela sentiu o calor que percorria o metal, soltando um pequeno grito e encolhendo sua mão junto ao corpo. Logo, a sala inteira estava quente, o suor escorria em seu rosto.

- O que está acontecendo?

O bloco começou a ter um brilho num tom de magma, que iluminou mais rachaduras do que se viam antes, até que num grande estrondo se despedaçou, com uma figura (assim como ela) encapuzada e sombria saltando em sua direção.

- Quem é você?! - Ele segurou a garota pela capa

- Acho que eu posso fazer a mesma pergunta - Ela puxou o capuz de seu rosto revelando um garoto de mais ou menos sua idade, com uma barba rala e olhos negros penetrantes

- Não..não pode - Ele segurou seu braço direito - Ainda mais quando está usando meu arco!

-Pode ficar - Ela disse largando a arma no chão, sendo assim solta - Ele funciona mal de todo jeito!

-Usando errado vai funcionar mesmo. É um arco para canhotos - Ele manuseou o arco com madeira escura e cravado de prata com a mão esquerda, disparando uma flecha atingindo um goblin que vinha silenciosamente pelo corredor - Melhor continuarmos a conversar lá fora. Onde estão os outros?

- Que outros?

- Como assim? você veio sozinha?! Qual seu problema?

- Ei! Eu só não preciso de ninguém!

- Conheci alguém que pensava exatamente desse jeito.

- E o que aconteceu com ele?

O Arqueiro exitou, tentando falar alguma coisa mas desistindo no meio.

-Meu nome é Edwin, o arqueiro! - Ele estendeu a mão gentilmente

- Eu sou Artana - Ela apertou sua mão. Mas ao contrário do que esperava ele não a soltou... - O que você...

- Nesse caso, me desculpe Artana - Ele a arremessou por uma das janelas que la haviam, pulando logo atrás, manejando o arco com uma velocidade que a jovem nunca havia visto e atirando uma flecha amarrada a uma corda numa torre do castelo do rei Troll (lugar de seu cárcere). Logo, ele a segurou e os dois caíram em segurança - Peço desculpas, mas não havia tempo para explic...- uma lança quase atingiu sua cabeça - Corrigindo...Não temos tempo para explicações!

Os dois correram pelo portão quase fechado escapando por pouco entre suas frestas. Contornando o Lago Rockfield e enfim chegando ao bosque de Oakwood:

- Bom - Edwin disse ofegante - Pra onde vamos agora?

- Meu lar fica em Sherland.

- E onde fica isso?

- Como assim?! É simplesmente a maior cidade dos nossos tempos!

- Me desculpe, acho que é PORQUE EU FIQUEI 200 ANOS NUM BLOCO DE OURO!!!

- 200 anos?...Bom, simplificando, é só atravessar as colinas de prata, vamos! - Ela começou a caminhar.

- Colinas de prata? Mas isso fica a 100 milhas daqui!

-Eu sei. - Ela disse sem olhar para trás - E nós não vamos chegar hoje se você continuar reclamando desse jeito!

Edwin olhou para o sol que nascia

- Vai ser um longo dia...

10 de Outubro de 2018 às 20:24 0 Denunciar Insira Seguir história
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