Fala um "a" pra você ver (min+sung) Seguir história

   — Meu Deus, Sung-ah. Para de ser tão lindo!

   Ah, não!

   Lá vinha Minho e sua sessão conhecida como “vou te enaltecer, sim senhor”.

   O citado revirou os olhos, forjando uma expressão tediosa enquanto suas bochechas queimavam. Seu olhar foi direcionado a qualquer lugar onde o mais velho não estava mas, não conseguiu conter o sorriso quando o namorado sentou em seu colo, segurando seu rosto com as duas mãos e obrigando a encará-lo.

   — Iti malia, que coisinha mais linda. — O outro ficou um tempo parado, analisando a expressão envergonhada do mais novo, soltando um suspiro em seguida e sorrindo meio abobalhado. — Nossa! Com toda a certeza, você é dólar, porque real não pode ser.

   Jisung gargalhou, sendo acompanhado por Minho.

   — Essa foi péssima, hyung.

   — Não tenho culpa se você tem tanta beleza à ponto de não me deixar pensar direito.

   Era a mais pura verdade. Chegava a ser injusto a forma que Jisung conseguia ser maravilhoso de qualquer forma.

   Talvez, fosse o coraçãozinho apaixonado de Minho mas, para ele, a explicação mais coerente era que Afrodite existia, sim.

   E Han Jisung era filho dela.

   Ou a encarnação da própria.

   — Ah, hyung. Eu não sou tão bonito assim. — Falou, meio cabisbaixo. — Você exagera.

   Lee Minho se tornou a personificação da palavra “indignação” ao ouvir tamanho absurdo.

   — Amor da minha vida — Disse em uma tranquilidade que até assustou o namorado, já que sua expressão mudou radicalmente de uma hora para a outra. — Você não tem espelho em casa? — Berrou — Não, não deve ter. Porque é impossível um homão da porra como você se ver toda manhã e não se achar incrível.

   — Eu não sou um ho-

   — Acho bom não terminar essa frase, Han Jisung! — Rebateu, já com um bico nos lábios bonitos. Odiava quando ele se diminuía. — Fala mais um “a” pra você ver se eu não beijo essa tua boca maravilhosa! — O tom bravo contrastava com a fala, fazendo Han soltar um riso nasalado.

   “Se Lee Minho disse, então é verdade.”

   Enfim cedeu, abraçando o Lee pela cintura e o puxando para mais perto, esfregando os narizes um no outro e o encarando de uma forma que, se Minho não estivesse sentado, cairia.

   Não conseguiu deixar de sorrir.

   Eram nesses momentos, vendo a forma como seu hyung agia consigo, que começava a acreditar que realmente era o que o outro afirmava.

   Se sentia grato por isso mas, como o bom aproveitador (de carinhos do namorado) que era, apesar de todo esses segundos de reflexão, não havia esquecido, em momento algum, do aviso que recebera.

   E estava louco para que a promessa nele se concretizasse.

   — MinMin? — Sussurrou pela proximidade, vendo este ficar bobo com o apelido carinhoso.

   — Hm? — Respondeu no mesmo tom, mordendo os lábios ao ver que outro os encarava.

   Um riso arteiro foi dado, antes de Sung murmurar a bendita letra:

   — A.