Essa One é dedicada ao xuxuzinho da Alice Alamo que fez chantagem emocional até que meu coração escolhesse trair a igreja ShiIta e escrevesse uma MadaIta. Não ficou tão boa quanto eu esperava, entretanto, é de coração. Essa história terá mais duas sequências, entretanto, não será necessário ler na ordem para entender, afinal, cada uma tem seu tempo e subgênero diferente da outra. BOA LEITURA, MEUS MARACUJÁS.
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“Era uma vez, num reino muito distante, havia um jovem garoto que muito lhe foi tirado, por essa razão, passava a maior parte de seus dias em seu quarto, de frente para uma grande tela apoiada em um suporte, onde de pouco em pouco ia preenchendo com o colorido das aquarelas.
Em uma paisagem cheia de montanhas, pinheiros verdejantes e um céu acinzentado, bem no centro, um grande dragão vermelho exibia toda sua magnitude…”
— Mada, por que o garoto pintava um dragão? — Madara sorriu para Sasuke, pousando o livro de capa dura no colo.
— Ele pinta o que ele anseia que retorne, Sasuke.
— Por que ele quer que um dragão volte? Dragões não são malvados? — O homem riu, acariciando os cabelos negros do garotinho. Sasuke tinha uma curiosidade implacável.
— Porque ele o ama, Sasuke. Talvez nem todos os dragões sejam malvados e esse dragão podia se transformar em humano. Podemos continuar? — assentiu, puxando ainda mais as cobertas para seu corpo.
“... O jovem garoto possuía uma coleção extensa de quadros feito por ele próprio, de vários tamanhos e estilos de pintura diferente, mas, aquele ao qual coloria naquele momento, certamente era seu favorito.
Certa noite, quando já não podia mais manter-se acordado, aguardando seu dragão, a esperança desvanecendo-se, adormeceu perto da janela, onde uma brisa fresquinha entrava e o envolvia. Em seu sonho, estava em um belo vale florido, o céu azulado e, ao longe, podia escutar o barulho de ondas batendo nas pedras. Sentia-se leve, feito uma pluma…”
— Mada, o que são ‘pulumas’? — franziu a testa confuso.
— Você quis dizer “plumas”, Sasuke? São penas, como as dos pássaros.
— Ah… Igual àquela que colocou no cabelo do Aniki?
— Sim, sim, querido. Igual àquela. — sorriu de forma carinhosa, olhando na direção da cozinha, onde Itachi cantarolava uma canção baixa, em frente ao fogão, a mão pousada na cintura e os cabelos presos de forma frouxa.
“... O jovem já não sentia mais tristeza, o vazio em seu peito, a saudade em seu olhar. Estranhamente, seu coração estava aquecido, como se não estivesse mais sozinho. Braços fortes o envolveram e ele sorriu, tendo a certeza de quem ele amava estaria consigo para sempre, não importava a distância.
Logo de manhã, quando acordou, pôs-se a pintar novamente, pois sabia que, de alguma forma, seu dragão retornaria para casa.”
— E fim. — sorriu para o garoto.
— Qual é a moral da história, Mada? — Os olhos de Sasuke pareceram brilhar, sentando-se e apoiando o queixo nas palmas abertas.
— Sim amor, qual é a moral da história? — Itachi apareceu segurando uma caneca azul, com um líquido dourado dentro. — Aqui seu leite morno com mel, Otouto.
O menino estendeu as mãozinhas, segurando a porcelana fria e bebendo o conteúdo dela com vigor.
— A moral? — passou os olhos pelas páginas amareladas, não encontrando nada; pensou rapidamente em uma saída, sorrindo assim que a ideia se iluminou em sua cabeça. — A moral é: Nunca perca a esperança. Por mais que o caminho seja difícil, há um pote de ouro lhe esperando no final.
— Oh… — devolveu a caneca para Itachi, recebendo uma risada baixa do irmão pelo bigode de leite abaixo do nariz. — Como é o nome da histórinha, Mada?
— O menino e o dragão, Sasuke. É uma lenda muito antiga que vem passando de geração em geração.
— Vou me lembrar. Quero contar pro Naruto amanhã quando eu for lá no castelo brincar com ele. Aquele dobe é como meu dragão, — fez uma carinha pensativa, mas, logo sorriu, mostrando os dentinhos — só que tá mais pra uma raposinha. (Sasuke dessa cena tá na mídia lá em cima)
— Tudo bem, querido. Agora é hora de dormir. — Itachi beijou a testa do irmão, sendo seguido por Madara. — Boa noite Otouto.
Sasuke sorriu, puxando as cobertas e se ajeitando no futon.
— Boa noite Aniki, boa noite Mada.
Os dois levantaram, apagando as luzes e saindo do quarto.
Madara abraçou a cintura do noivo assim que chegaram ao quarto, vendo duas canecas de leite com mel em cima da cômoda.
— Você é tão bom pra mim, querido. — selaram seus lábios de forma singela, sentando no futon acinzentado.
— Como foi no trabalho hoje? Parece mais cansado do que o normal. — ajoelhou-se atrás de Madara, começando uma massagem intensa em seus ombros e pescoço, enquanto o mesmo bebia o líquido.
— Os Uzumaki não conseguem chegar em um acordo com o outro reino. A rainha Kushina quer respeitar a escolha de Naruto em não se casar com a herdeira dos Hyuga assim que completar dezessete. Acharam a decisão uma palhaçada, se exaltaram e ameaçaram declarar uma guerra entre reinos. — suspirou, encostando a nuca na clavícula de Itachi. — Isso é tão ridículo, entende? Nem a própria princesa quer esse casamento arranjado.
— É o orgulho falando mais alto, querido. A soberba atinge a nobreza assim como a brisa suave numa manhã quente à beira da praia. Tivemos sorte de nossa realeza ser tão humilde e complacente. — Madara assentiu, puxando o corpo de Itachi até que ele e estivesse em seu colo.
— Sou um cavaleiro que serve à família real, querido. Nem sempre poderei estar em casa para garantir sua segurança e a de Sasuke, então, prometa-me que, se algo acontecer, irá com ele para o norte, para o reino Suna.
Itachi sorriu de forma calma, acariciando o rosto de Madara. — Não apresse algo que nem é certo, meu amor. Ficaremos bem, okay? Todos nós.
Era tão nítido o amor que um sentia pelo outro, a confiança em cada simples palavra. Ficaram ali por um longo tempo, apenas desfrutando a presença um do outro, da forma mais singela, seus batimentos fundindo-se, como se fossem um só.
— Você só me complica com o Sasuke. — Madara o olhou com as sobrancelhas arqueadas, recebendo uma risada sapeca do outro.
— Ele está numa fase onde morais de histórias são essenciais. E eu gosto de ver você falando palavras bonitas.
— A palavra mais bonita que posso dizer é seu nome, meu doce harumaki. — riu, desconcertado. Os cabelos longos foram soltos pela mão calejada de seu noivo e logo uma trança fora feita nas madeixas negras de Itachi Uchiha.
— Que tal levarmos Sasuke e o príncipe Uzumaki ao parque? Talvez os filhos dos Hatake queiram ir conosco.
— A pequena Ino e o jovem Sasori? É incrível como herdaram a beleza da Sakura e o temperamento também.
— Só a Ino herdou o temperamento da Sakura, amor. Sasori é extremamente calmo, igual o Kakashi.
Madara pousou a mão no queixo, como se estivesse pensando em algo complicado. — Realmente, tão observador, querido. — deixou um beijo na têmpora do homem e se levantou pegando as duas canecas vazias, pois Itachi havia bebido seu leite enquanto o noivo mexia em seu cabelo. — Pela manhã falarei com ele, prepare-se para dormir, sim!?
Itachi assentiu, entrando debaixo dos cobertores e esperando o futuro marido, o qual abraçaria-o como se fosse a última vez, sentiria o calor de seu corpo o envolver e saberia que o homem que o amava tão reciprocamente ao seu amor, estava ali.
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