txemin mandy

''Lembro-me de ontem quando me encontrou. Eu estava em um estado deplorável, assustado, com uma marca recém feita, e todo machucado, enquanto ele estava muito bem vestido e portando um carro de luxo. A primeira vista, pensei que seria mais um alfa mimado filho de empresário e que faria algo para me ferir. Porém, quando ouvi sua voz aveludada me oferecendo ajuda meu coração aqueceu instantaneamente.''


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Capítulo 1

Depois de rever os dados no computador sobre os lucros da empresa, fecho sua tela e deito sobre o mesmo, apenas para relaxar um pouco. Fazia horas que estava na frente do computador, o que me deixou com um pouco de dor de cabeça.

Faz cinco anos que tomo conta da parte administrativa da empresa de meu pai; eu sendo seu único filho, tive que começar a aprender cedo como administrá-la, pois a herdaria no momento certo.

Fico mais alguns minutos na mesma posição até escutar uma leve batidinha na porta.

– Senhor Park? – É a voz da minha secretária.

– Pode entrar. – Endireito minha postura lentamente, levando minha destra para ajeitar meus cabelos.

– Licença... – Abre a porta com cuidado. – Seu pai me mandou lhe avisar que hoje à noite terá um jantar na casa da família para receber alguns parentes que vieram de longe, o senhor saiu já faz uns – faz uma pausa verificando seu relógio – 8 minutos, para ser mais exata, e disse que o senhor deve ir embora mais cedo também.

– Por favor, me chame de Jimin, eu lá tenho cara de senhor? – Sorrio de canto, deixando a beta envergonhada.

– Não, senh... er... Jimin.

Solto uma gargalhada. Às vezes não compreendo o receio que algumas pessoas possuem ao se reportarem a mim. Mesmo com o cargo que possuo, sei que não sou aquele chefe alfa carrasco de colocar medo nos empregados.

– Obrigado por me avisar, aproveita e saia antes também.

Ela se curvou e saiu de minha sala.

Soltei um longo suspiro, quem será que viria nos visitar? Provavelmente são os Kim's. Terminei de arrumar alguns papéis, coloquei-os em uma pasta e guardei-os em minha gaveta. Peguei minha carteira, meu celular e a chave do meu carro, saí de minha sala a trancando em seguida.

– Não fique aí trabalhando até tarde. – Aviso minha secretária assim que passo por ela indo em direção ao elevador.

– Tchau, Jimin. – Diz com as bochechas coradas.

– Até amanhã. – Aceno brevemente.

O elevador chega antes que a conversa se prolongue, onde entro e verifico as notificações acumuladas do meu celular, notando ter entre elas uma mensagem do meu primo.

“Hey, baixinho, adivinha quem vai passar um mês na casa dos seus pais?”

Rio com o apelido e logo respondo:

“Então é você que está vindo?”

Não demorou a uma resposta chegar.

“Eu e meus pais, que estão com saudades dos seus. Vai ter que me aturar, até depois baixinho”

“Até”

Fazia uns dois anos que eu não via meus tios e meu primo, sentia falta deles. Ainda mais pelo fato de eles serem nossos parentes mais próximos, mesmo morando a milhares de quilômetros de distância, principalmente meu primo que possui a mesma idade que eu. Conversas por telefone ou por vídeo são bem diferentes de um contato direto.

Perdido em pensamentos, mal havia percebido que o elevador estava parado com as portas abertas para o estacionamento. Bloqueei o celular guardando-o no bolso e peguei minha chave para destravar o carro, o qual entrei e pluguei meu celular para escutar uma de minhas playlists.

Dirigir ouvindo musica é uma das melhores coisas que se tem para fazer. Por isso, fui distraído pelo caminho até meu apartamento cantando uma das minhas músicas favoritas até escutar um barulho vindo da parte da frente do carro. Abaixo o vidro e olho para o pneu. Mas que azar! Ainda bem que não estou muito longe de casa e possuo um pneu de reserva. Xingo baixinho vendo o pneu murcho enquanto estaciono o carro em uma rua sem saída e sem movimento para trocá-lo.

Desço do veículo e dou meia volta até o porta-malas, antes de abri-lo, graças mais uma vez a minha audição de alfa, escuto um barulho de choro vindo de trás de uma lata de lixo no final da rua. Um choro sofrido, que faz meu corpo inteiro ficar em alerta.

Ando devagar em direção à lixeira e o som fica cada vez mais alto. Apresso mais os passos até estar de frente para um rapaz de cabelos castanhos encolhido no chão com os braços envolta dos joelhos e a cabeça abaixada e com as roupas rasgadas.

Toco em seu braço e o mesmo recua levantando sua cabeça para me olhar.

A cena é de cortar o coração.

Além das roupas rasgadas, seu olho direito está inchado e há vários cortes e vermelhos pelo seu rosto e pelos seus braços. Apesar de seu estado, seu corpo emana um cheiro doce de morango, sem dúvida que é um ômega. Pelo estado que aparenta, deve ter sofrido algum tipo de agressão o que, infelizmente, acontece e muito com ômegas em nossa sociedade. O cheiro deles é atrativo de mais, tanto que o número de casos de ômegas abusados é absurdo. No entanto, agressões dentro de casa também são um problema bem grave.

– Ei, tudo bem, eu não vou te machucar.

– Nã-ão en-encosta em mim. – Ele diz se afastando ainda mais com a voz embargada pelo choro.

– Você mora por aqui? – Questiono, mesmo que eu já tenha uma ideia de sua resposta.

Ele apenas nega, confirmando minhas suposições e olha-me com uma feição assustada.

– Você está muito machucado, me deixe ajudá-lo? Posso ligar para o hospital. – Jamais me perdoaria em deixar um ômega indefeso e machucado assim. As chances de alfas e até betas mal intencionados fazerem algo com ele são grandes demais.

– Não, por fa-favor, não ligue para o hospital. – Percebo o tom de desespero em sua voz, o que me deixa preocupado. Será possível que algo pior tenha acontecido?

– Não vou te deixar aqui nesse frio e nesse estado! Deixe-me te ajudar, por favor? – Pergunto mais uma vez e a única reação que tem, é se encolher ainda mais. – Juro que não irei fazer nada além de tomar conta dos seus machucados. – Tento passar confiança de alguma forma. Não tenho ideia do que pode estar passando em sua mente. É compreensível que esteja com medo de aceitar ajuda.

O ômega me encara por um momento, seus olhos cravados nos meus parecendo analisar minha alma e, por fim, assente concordando.

Aproximo-me dele e delicadamente ajudo-o a se levantar, auxiliando-o até o banco de trás do carro e mantendo certa distância, deixando claro que farei nada para machucá-lo.

– Como se chama?

– Jeon... Jeon Jungkook. – Responde baixinho sem me olhar.

– Me chamo Park Jimin, só espere um pouquinho aqui que eu preciso trocar o pneu do meu carro.

Apressei-me em fazer a troca do pneu para voltar rapidamente para o meu lugar em meu assento. Por sorte, o local onde moro não estava muito distante, logo, faltava pouco para chegar ao meu apartamento e durante todo o percurso fiquei olhando Jungkook pelo retrovisor enquanto ele mantinha seus olhos fixos na janela. Não trocamos uma única palavra.

Decido quebrar o silêncio desconfortável.

– Quantos anos você tem?

Ele se assusta com minha pergunta repentina e arregala levemente os olhos, mas continua olhando pela janela. Penso que não responderia, mas sou surpreendido pela sua voz baixinha.

– Tenho 20.

– Ei, sou seu hyung! – Abro um sorriso e pela primeira vez, vejo-o corar timidamente. Adorável.

Ele não fala mais nada durante o restante do caminho e decido não fazer mais perguntas. Ligo a música de volta em um volume baixo e deixo que envolva o ambiente.

Não muito tempo depois, chegamos ao meu apartamento. Auxilio mais uma vez Jungkook até a entrada a espera de um elevador. Agradeço aos deuses silenciosamente por não precisar ir pela escada.

Assim que o elevador chega, entramos e pressiono o botão do oitavo e último andar. Percebo o corpo do mais novo ficar tenso, como se tivesse prendido a respiração. Opto por me manter em silêncio, enquanto observo seus traços disfarçadamente. Mesmo com os machucados, sua beleza é notável e minha mente não para um segundo com a curiosidade em saber o que exatamente aconteceu para que até mesmo se recusasse ir a um hospital.

Desperto de meus devaneios quando as portas se abrem direto para o corredor que leva à sala. Guio Jungkook até o sofá e assim que me afasto, escuto sua voz baixinha.

– Obrigado.

Olho para ele e vejo um sorriso sincero moldar seus lábios finos e bem desenhados.

– Não há de quê. – Sorrio de volta. – Quer tomar um banho? Posso te emprestar algumas roupas e depois cuido dos seus ferimentos.

– Quero sim e obrigado mais uma vez.

– Consegue andar sozinho?

Devagar, e com uma careta de dor, fica de pé.

– Acho que sim. – Tenta dar um passo e acaba perdendo o equilíbrio. Por estar perto, alcanço-o e passo o braço por sua cintura.

– Eu te ajudo a ir ao banheiro.

Devagar, guio-o ao cômodo e enquanto toma banho no banheiro do quarto de hóspedes, vou ao meu quarto a procura de roupas que possam servir nele, visto que é alguns centímetros mais alto. Deixo separado uma cueca e meias, e por sorte, encontro uma blusa branca folgada de mangas compridas e uma calça de moletom, que devem servir. Levo as roupas ao quarto de hóspedes deixando em cima da cama, para em seguida, sair e fechar a porta do quarto para lhe dar privacidade e ir à despensa para pegar a caixinha de primeiros socorros e depois à cozinha, para preparar um copo de leite quente. Com o leite pronto e tudo arrumado, volto para a sala encontrando o Jeon sentado no sofá com as pernas encolhidas e o queixo pousado em cima dos joelhos.

– Está melhor? – Ele assente e lhe entrego o copo de leite quentinho, o qual bebe quase que em um gole. Solto uma risada notando o bigode branco. – Sei que deve estar com fome e logo irei preparar algo, mas antes cuidarei de seus ferimentos, tudo bem?

– Tudo bem. – Responde simplista, com os lábios pressionados.

Sento-me ao seu lado, colocando a caixinha em meu colo. Seus olhos escuros permaneceram presos em mim como se calculassem todas as minhas ações; desde retirar o antisséptico, comprimidos para dor e algodões.

Ajeitei os pertences na mesinha da sala e me aproximei do moreno que se encostou ainda mais no sofá com os braços em volta das pernas.

– Está tudo bem, só quero te ajudar.

Aos poucos, Jungkook relaxa sua postura e se aproxima para que eu possa, finalmente, cuidar de seus machucados.

– Co-começa pelo meu rosto... – Suas bochechas coram quando pede em um sussurro.

Como pedido, pego um pouco do algodão e molho no antisséptico para poder passar em alguns cortes de sua face. Começo passando por sua testa que, ao primeiro toque, o ômega faz um bico involuntário com os lábios. Tão beijáveis.

Isso é hora para pensar em algo desse tipo?

Balanço a cabeça me concentrando no que tenho que fazer. Troco os algodões por limpos e passo mais antisséptico para limpar a região das bochechas que ganham um tom escarlate devido à ardência, e por fim, passo em seu lábio inferior onde há um pequeno corte, tendo como consequência um muxoxo do mais novo.

– Sei que está ardendo agora, mas é importante passar para não correr o risco de infeccionar. – Aviso em tom sério. – Jungkook. – Chamo-o fazendo com que olhe para mim. – Tudo bem para você tirar a camisa? – Ele arregala os olhos e suas bochechas ficam em um vermelho vivo me fazendo rir de sua reação. – Aish, vocês ômegas coram o tempo todo. Eu sei que também tem machucados debaixo dessa camisa, vamos, só quero lhe ajudar.

– Nã-ão sei se é uma boa ideia... – Jungkook fixa os olhos na caixinha de primeiros socorros.

Solto um longo suspiro.

– Vamos fazer assim, tire a camisa e fique de costas aí...

– Tudo bem. – Ele me interrompe e em um movimento rápido retira a camisa.

Fico chocado com o que vejo. Não por sua beleza e pela pele levemente morena onde não há machucados, mas sim por uma marca recém-feita e muito vermelha. Uma marca em cima de seu peito direito.

– Por isso qu-que eu não queria tirar a camisa... – O moreno começa a chorar me trazendo de volta para a realidade – Eu sinto tanta vergonha.

Coloco os utensílios de lado e aguardo ele se acalmar, dando-o seu devido espaço.

Depois de um tempo, seus soluços cessam e ele levanta o olhar até encontrar o meu.

– Você não sente repulsa?

– Por que eu sentiria? – É notável a dor em suas palavras.

– Eu fui estuprado. – Diz de uma vez, colocando suas mãos em sua face, como se pudesse esconder seu choro através delas.

– Shh... Não precisa contar se não quiser. – Com receio, coloco a canhota em seu ombro, onde aperto levemente.

– Não, eu preciso desabafar com alguém. – Ele enxuga as lágrimas e se afasta de mim focando em um ponto qualquer da sala. – Eu tinha saído de casa brigado com minha omma por ela ter me arranjado um casamento com um estranho completo e sem eu saber. Fugi para um parquinho que costumava ir quando criança e fiquei perdido em meus pensamentos mal notando o tempo passar. Quando vi que estava sozinho e que tinha começado a escurecer, decidi voltar para casa. O caminho não é muito longo, mas assim que comecei a andar tive a sensação de estar sendo seguido. Andei mais depressa até sentir uma mão forte segurando meu braço e outra mão com um pano com um cheiro forte contra o meu rosto.

Jungkook para por um momento e deixa que mais algumas lágrimas rolem, fazendo meu coração apertar. Posso até imaginar o que vem a seguir.

– Eu perdi a consciência e quando a recobrei, estava despido e deitado sobre uma cama em um quarto com pouca iluminação. Senti uma queimação em meu peito e quando olhei melhor, vi a marca. – Agora o moreno voltara a chorar copiosamente, mas continuou com suas palavras. – Eu senti a cama balançar e quando olhei para o lado vi um homem completamente nu com uma garrafa vazia nas mãos. Por sorte ele estava desacordado e tudo o que pensei na hora, além do nojo, foi em sair dali. Vesti minhas roupas o mais rápido possível e saí daquele lugar. Eu corri tanto, Jimin! – O ômega não controlava mais o choro. Puxei-o para um abraço enquanto fazia um carinho em suas costas. – E-eu me sinto um li-x-x-xo...

– Não se sinta assim, você não é! É um ômega forte! – A cada soluço de Jungkook minha raiva crescia. Como podem existir pessoas assim? Capazes de doparem alguém para benefício próprio; é desumano. – Vou terminar de cuidar de seus ferimentos, tudo bem?

– Como você não sente nojo? – Fito seus olhos, deixando um afago em seus cabelos sedosos.

– Não foi culpa sua.

– Mas agora eu estou ligado àquele alfa! – O ômega volta a chorar, agarrando cada vez mais forte minha camisa.

Deixei que chorasse suas mágoas e aflições, perdendo-me em pensamentos por um momento até que um estalo veio à minha mente. Como não pensei nisso antes?

– Hyung?

Olho para a face confusa e triste de Jungkook.

– Sua mordida foi no peito do lado contrário ao coração... E não foi no pescoço... – Divago em voz alta.

– O que isso quer dizer?

Pondero antes de responder, não quero dar falsas esperanças já que são apenas hipóteses que terei que pesquisar melhor.

– Primeiro eu vou terminar de passar o antisséptico e fazer os curativos, depois vou fazer uma comida deliciosa para você e por último falamos sobre isso.

Jungkook, confuso, avalia minha proposta, mas não demora a concordar.

Termino de cuidar de seus ferimentos e após isso fomos para a cozinha onde ele sentou em uma cadeira perto da bancada para me observar cozinhar.

– O que você está preparando, hyung? – Sorrio concentrado para as panelas.

– Sopa. – Escuto um resmungo – Será a melhor sopa que irá provar. – Digo convencido.

– Duvido. – Olho para ele e vejo um olhar de desafio.

Antes que eu possa responder, meu celular começa a tocar e corro para atendê-lo.

– Alô?

– Meu filho, você não vem para o jantar?

– Os Kim’s já chegaram? Que horas são, appa? – Xingo mentalmente por ter esquecido o jantar.

– Eles chegam daqui a meia hora, já é passado das 18:00. Você não é de esquecer as coisas, tem algo acontecendo que eu deva saber?

Olho para Jungkook que está me esperando na cozinha.

– Appa, um amigo meu está precisando de ajuda, outra hora eu te explico melhor. – Ouço um suspiro do outro lado da linha.

– Tudo bem. Então você não vem para o jantar? Não tem como vir mais tarde, pelo menos?

– Eu vou mais tarde, preciso ir pegar um livro emprestado. – Tomara que eu esteja certo. Tomara.

– Que livro?

– Depois te conto tudo. Appa, eu preciso desligar.

– Não se esqueça de vir.

– Até, appa. – Encerro a ligação.

Bloqueio o celular e deixo em cima do sofá. Volto para a cozinha para terminar de preparar a sopa.

– Hyung?

– Oh, Jungkook! Disse algo? Estava tão distraído.

O moreno solta uma risada.

– Você disse que é meu hyung, quantos anos tem?

– 24. – Respondo enquanto mexo na sopa mais uma vez para ter certeza de que está pronta.

– Mora sozinho?

– Sim, prefiro ter minhas coisas do meu jeito sem ter minha omma pegando no pé. – Desligo o fogão e pego os pratos e talheres colocando-os em cima da bancada – Está pronto.

– O cheiro está bom.

– Isso que ainda não provou. – Dou uma piscadela para o moreno fazendo-o corar.

Coloco a panela quente na bancada e sirvo um pouco de sopa no meu prato e no do maior.

Jungkook leva uma colher cheia à boca e quando prova, fecha os olhos.

– Bom? – Pergunto ansioso.

– Delicioso. – Diz ainda de olhos fechados – Como faz para manter o apartamento organizado?

Provo um pouco da sopa antes de responder. Não sou de me gabar, mas tenho que admitir que está uma delícia.

– Eu tenho empregados, mas hoje estão de folga. Organizaram uma viagem para fazer e como não preciso deles o tempo todo, deixei que fossem.

– Hyung, você é rico? – Jungkook abre os olhos e tomba a cabeça para o lado. Tão fofo.

– Pode-se dizer que sim. E você, estuda? – É provável que esteja cursando alguma coisa.

– Faço faculdade de música, mas acho que vou trancá-la este ano... Não tenho coragem para voltar ainda. Com o que trabalha?

– Meu pai é dono de uma empresa e eu a administro. – Respondo simplista, imaginando se Jungkook canta ou toca algum instrumento. Resolvo por perguntar. – Sabe tocar algum instrumento?

– Alguns. Sei tocar bem piano porque minha omma me ensinou desde pequeno e outros eu ainda estou pegando a prática.

– Tenho um aqui em casa se quiser tocar.

Mais uma vez suas bochechas ganham um vermelho adorável.

– Eu não poderia.

– E por que não? – Sorrio ladino, acham graça de sua timidez.

– Ah, porque... – Não consigo segurar o riso. – Aigo, hyung! – Ele coloca as mãos no rosto.

Terminamos de comer a sopa enquanto conversávamos sobre música. Jungkook tem gostos parecidos com o meu, logo, o que pareceu ter passado alguns minutos, na verdade durou mais de uma hora de conversa a fio.

– Me deixa te ajudar com a louça, hyung.

– Não precisa. – A única coisa que o ômega precisa é de uma boa noite de sono.

– Só quero retribuir o favor já que cuidou de mim e fez a sopa.

– Estava gostosa, né? A melhor que já comeu, aposto. – Digo convencido arrancando uma risada do maior.

– Estava. Deixe-me te ajudar. – Arqueio uma sobrancelha fingindo seriedade.

– Tem um pano na segunda gaveta – Aponto.

E ao passar por mim, seu cheiro forte e delicioso de morangos me deixa completamente estático. Fecho os olhos por reflexo e balanço a cabeça para me concentrar.

Depois de organizar a cozinha, o que foi divertido por ter companhia, ofereço um copo de água e um comprimido para dor, dando-os a Jungkook.

– Tome e vá descansar. – O ômega aceita prontamente, colocando o comprimido na boca e bebendo um gole de água em seguida.

– Obrigado mais uma vez. Pelo visto, irei te agradecer mais vezes. – Entrega-me o copo e fica brincando com a manga da camisa.

– Você é muito fofo. – Não consigo me segurar. Suas bochechas ficam coradas e sinto as minhas esquentarem também. – Vem, vou te mostrar onde é o quarto.

– Não vou ficar no de hóspedes? – Pergunta confuso.

– Não, tem outro quarto que meu melhor amigo sempre usa. O colchão dele é mais confortável. – E fica perto do meu quarto, caso precise de alguma coisa.

Coloco o copo na pia e guio o Jeon até o quarto. Abro a porta e faço um sinal para que entre.

– Fique à vontade.

Jungkook entra no quarto e olha maravilhado para a decoração.

– É tão grande.

– Experimente a cama, é muito fofa.

– Vai sair? Desculpa, eu escutei uma parte da sua conversa com seu appa... – Ele senta na cama e encara seus pés.

– Não precisa se desculpar. – Tranquilizo-o. – Vou à casa dos meus pais, não demoro. Aproveite para dormir.

Aproximo-me de Jungkook deixando um beijinho em seus cabelos e aspirando seu cheiro inebriante.

– Jiminie... – O moreno olha em meus olhos, fazendo meu coração bater um pouquinho mais acelerado. – Como faço pra te agradecer?

Acaricio seu rosto sem quebrar o contato visual.

– Só fique bem e descanse, é tudo o que peço.

– Você existe? – Dou risada.

– Me pergunto o mesmo desde que te encontrei. – Afago seus cabelos antes de sair do quarto.

1 de Julho de 2018 às 00:36 0 Denunciar Insira Seguir história
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