txemin mandy

Lembranças e um presente que aquecerá o coração de Oh Sehun na véspera do natal.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#exo #sekai #kai #jongin #sehun #natal #fluffy #presente #lgbt
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Jamais irei me cansar de ver a imensidão branca como a que está do lado de fora.

Os pequenos flocos gélidos continuam caindo e acariciando as pétalas de algumas flores do jardim, deixando o ambiente de tirar o fôlego.

Com um sorriso brincando nos lábios, retiro meu celular do bolso da calça para enviar uma foto ao meu namorado, que logo deve chegar com o nosso jantar.

Engraçado como a neve aparenta ser macia e acolhedora, apesar de poder causar alguns estragos e acidentes.

Sem o aquecedor ligado, estaria tremendo de frio dos pés à cabeça, podendo pegar um resfriado.

Contudo, não deixa de ser fascinante e, escolher a Irlanda para passar as férias, foi uma das melhores decisões que já tomei.

Após enviar a foto, espero só alguns instantes para receber uma resposta:

"Que lindo! Daqui uns 20min chego aí."

Bloqueio a tela do celular e escoro-me ainda mais no batente da janela da casa que alugamos.

Ela é simples e pequena, o suficiente para apenas duas pessoas.

Feita completamente de madeira, com um quarto de casal, além de possuir os cômodos necessários e também uma lareira na sala.

Decidimos comemorar nosso terceiro ano de namoro — que por coincidência comemoramos hoje, véspera de Natal — em um lugar completamente diferente e, a oportunidade de vir para cá foi graças ao bom salário que ambos ganhamos e economizamos.

É tudo tão lindo aqui e com algumas construções antigas, repletas de histórias. Há tanto para aprender sobre o Ocidente! Tanto eu quanto meu parceiro somos completamente apaixonados por história.

Acho que dá para entender nossa fascinação com este lugar, mesmo que esteja cheio de neve.

Com a bela vista que cerca a casa aconchegante do lado de fora, sou inundado por uma lembrança gostosa de quando conheci meu namorado — tínhamos apenas seis anos!

“Eu estava no jardim da frente de minha casa, brincando com alguns brinquedos de modelar massinha, até o barulho alto de um caminhão chegar, parar na casa em frente e roubar toda a minha atenção. Um veículo parou logo atrás e da porta de trás saiu um garotinho que aparentava ter a minha idade e, talvez, ser um pouco mais alto que eu.

Seu cabelos castanhos estavam bagunçados e parecia estar sonolento. Provavelmente deve ter dormido no carro, visto o ursinho de pelúcia que carregava apertado nos braços finos.

Fiquei olhando curioso para meu mais novo vizinho e feliz também, já que eu era o único menino da minha idade ali na rua, logo, não tinha companhia para brincar.

Quase o chamei para brincar, mas logo que desceu do carro e abraçou ainda mais a pelúcia nos braços, um homem alto usando terno (seu pai) pegou-o no colo e levou-o para dentro de casa.

Teria que esperar mais um pouco e, por isso, quando escutei minha mãe me chamando para almoçar, corri para dentro de casa, comendo a comida mais rápido que o normal para, em seguida, voltar ao jardim esperar qualquer sinal do garoto.

Por sorte, não demorou muito para ele aparecer.

Estava com outra roupa e os cabelos molhados, tinha em mãos um carrinho de controle remoto.

Ele ficou no jardim da casa, segurando o brinquedo no colo e olhando entretido para as pessoas que entravam e saiam de sua casa. Era minha deixa para chamá-lo.

— Ei, vizinho! — Seus olhos vieram rápidos em minha direção. — Podemos brincar? — perguntei ansioso. — Seria tão legal ter um amigo morando perto de mim, todos os meus amigos de escola moravam longe. — Ele virou para trás, como se tivesse buscando por alguém, até eu ver uma mulher não muito alta se aproximando dele.

Vi que ele fez uma pergunta para ela e olhou em minha direção.

A mulher apenas sorriu, acompanhando o olhar do mais novo e assentiu.

Lembro que fiquei muito contente naquele momento e um pouco nervoso quando o vi andando em minha direção.

Torcia as mãos nervosamente uma na outra, queria — e muito — brincar.

— Oi, sou Kim Jongin — cumprimentou-me quase sussurrando, assim que nos aproximamos.

Ele era um pouco mais alto que eu, sua pele tinha um tom moreno bonito e era muito tímido também.

— Oi, me chamo Oh Sehun — sorri abertamente e apontei para o seu carrinho. — Vamos brincar?

Recordo que, desde aquele dia, nos tornamos amigos inseparáveis e claro, tínhamos nossas brigas de criança, como quando pegávamos a sobremesa do prato do outro.”

Jongin nasceu no Japão, apesar de saber falar coreano fluente, pois seus pais são coreanos, apenas moraram por um tempo lá.

Fiquei muito contente quando soube que ele estudaria na mesma escola que eu.

Só que, por causa disso, quando os anos foram passando, perdemos um pouco o contato, ainda mais por ele ser um ano mais velho que eu e estudar com gente da sua idade.

Quando a adolescência chegou, voltamos a nos aproximar e, no último ano, acabamos descobrindo que havíamos nos apaixonado.

Mas, como o destino parece gostar de brincar com as pessoas, ambos fomos aceitos em faculdades de outras cidades.

Tivemos que nos despedir. Os anos foram passando e o contato foi se perdendo mais uma vez.

Retornei para a capital para começar a trabalhar em uma empresa e, coincidentemente ou não, teria que dividir o escritório com Kim Jongin.

Uma enxurrada de sentimentos voltou com tudo naquele ano.

Mas, apenas na véspera de Natal, demos nosso primeiro beijo depois de tanto tempo.

Aquele dia ficou marcado em nossas vidas e, por isso, o pedi — no ano seguinte e na mesma data — em namoro.

Meus pensamentos foram interrompidos quando percebi um carro sendo estacionado do lado de fora.

O antigo garotinho abraçado em uma pelúcia tornou-se em um homem alto e de físico forte.

Kim Jongin é simplesmente lindo.

Ele trazia algumas sacolas em mãos e, obviamente, fui ajudá-lo, colocando um casaco bem quente.

Assim que abri a porta de casa, fui em passos lentos até ele, o cumprimentando com um simples selar.

— Leve essas sacolas para dentro que eu levo o restante — franzi o cenho, estranhando o pedido, enquanto pegava as sacolas de suas mãos e levava para dentro de casa, colocando-as em cima da mesa e olhando seu conteúdo, que já deixava um cheirinho gostoso.

— Meu bem? — Virei para onde sua voz me chamava e não pude segurar um sorriso de orelha a orelha. — O que é isso? — apontei para a caixa não muito grande, dourada e com um laço vermelho bem bonito.

— Papai Noel me pediu para te entregar — sorriu divertido, o que me fez revirar meus olhos sem tirar o sorriso gigante estampado em minha face.

Aproximei-me dele e peguei a caixa que, estranhamente, se mexeu.

— Não me diga que Papai Noel me deu um anão! — brinquei, fazendo-o rir e me olhar ansioso.

— Abra, acho que vai gostar. — Jongin me ajudou a tirar o laço e, quando abri a caixa, encantei-me com o serzinho embolado.

— É um Shih-tzu e já tem uma coleira.

Coloquei a caixa no chão e, com todo o cuidado, tirei o filhote e coloquei-o em meus braços.

— É lindo! — olhei maravilhado para o Kim, que abraçou minha cintura.

— Olhe a coleira — arrepiei-me com o beijo estalado em meu pescoço e fiz o que instruiu.

Levantei sua cabecinha o suficiente para encontrar uma coleira vermelha e nela, duas alianças douradas, que fizeram meu coração bater como um louco.

— Então, Oh Sehun, aceita casar-se comigo? — Jongin me encarou, fazendo carinho em meu braço.

— É claro que aceito!

É o melhor presente de Natal que eu poderia ganhar: uma vida ao seu lado. 

1 de Julho de 2018 às 00:25 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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