lieblos Lieblos 89

Lu Han já não aguentava mais ficar dia após dia preso àquele hospital, definhando em sua tristeza. Seu único desejo a cada minuto era voltar para os braços de Minseok e para a Rota 66. [XIUHAN] [ROAD TRIP]



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Capítulo I

Quando Lu Han abriu os olhos naquela manhã, encontrou-se de novo rodeado por branco.

O branco dos lençóis, o branco das paredes, o branco da porta do quarto, o branco das suas roupas.

Depois de um certo tempo, aquela cor que antes não lhe significa nada tornou-se a que mais odiava, tão feia e desprezível. Não aguentava mais ver algo tão simples e sem graça depois de tudo que já viu, desde as cores vivas do pôr-do-sol em um campo de flores ao refrescante escuro da noite em uma praia deserta. Contudo não tinha outra escolha; teria que permanecer ali até que seu médico lhe desse alta e assim pudesse retornar para casa depois de tanto tempo.

Não é como se quisesse retornar também.

O que adiantava voltar agora? Lá não teria mais a presença dele, ficaria apenas com as imagens em sua cabeça e nada mais. Se no fim teria que voltar para aquele apartamento vazio e grande sem mais aquele que amava ao seu lado, preferia continuar ali no hospital e nunca receber alta.

Às vezes o branco não é tão ruim assim.

[...]

Santa Mônica, Califórnia, EUA.

Já era a terceira vez que Minseok virava o mapa de cabeça para baixo e para o lado, tentando de uma forma estranha entender o caminho que eles percorreriam até San Bernadino. Estava tão concentrado no que fazia, o rosto em pura seriedade e apreensivo, que fez Lu Han encará-lo com a sobrancelha franzida em estranhamento, rindo internamente dele.

― Seok, você sabe que a rota é praticamente toda reta, né? ― Questionou após dar um trago em seu cigarro, soltando a fumaça para o lado oposto onde o namorado estava, não querendo incomodá-lo com isso por saber que ele odiava o cheiro e também porque teria o risco dele, caso ficasse irritado, apagar-lhe o cigarro que acabara de acender ― Não há cruzamentos para ter escolhas.

― Mesmo que seja praticamente reto, há muitas cidades ao redor e eu não quero acabar entrando em uma sem querer e fazer a gente se perder ― Respondeu, passando a mão pelo cabelo negro e o colocando todo para trás, só para ele escorregar de tão liso que era e voltar a ficar sobre sua testa e olhos, ajudando com o calor a criar uma camada fina de suor sobre seu rosto levemente vermelho.

― Não se preocupe com isso ― Lu Han tentou tranquilizá-lo, ele mesmo não completamente relaxado sobre tudo. Desceu do capô do carro e jogou a bituca de seu cigarro no asfalto quente, apagando com a sola de seu tênis ao esfregá-lo algumas vezes no chão ― Se a gente se perder não vai ser tão ruim assim ― Brincou, vendo o mais velho rolar os olhos.

Estavam parados no começo da rodovia há algum tempo, o sol escaldante sobre suas cabeças e um tempo de trinta e sete graus Celsius os rodeando, e ainda era só nove e meia da manhã. Apesar disso, não ficaram desanimados ou quiseram desistir antes mesmo de se colocarem de vez dentro da Rota 66; pelo contrário, o clima escaldante era horrível, mas encaravam como uma experiência única que talvez não pudessem desfrutar quando fossem embora.

― Bem, acho que já podemos ir. ― Anunciou Minseok após desistir de decorar cada desvio que teria no caminho, por enquanto, e finalmente fechar o mapa ― Não está esquecendo de nada, né? Mala, água, comida? ― Indagou, abrindo a porta do carro do lado do motorista e jogando o mapa para dentro, esse batendo no câmbio e caindo no chão do lado do passageiro.

― Não. Conferi duas vezes só para ter certeza ― Lu Han respondeu, ficando atrás do amante e envolvendo-lhe a cintura com os braços, seu rosto indo parar na curvatura do pescoço dele para se esfregar ali, sentindo o cheiro do perfume que ele tinha passado antes de saírem do hotel que aos poucos se esvaía devido ao suor.

― Ótimo! ― Disse, a animação totalmente visível em sua voz ― Então acho que a gente pode meter o pé na estrada de uma vez ― Virou-se para o mais novo com um grande sorriso gengival e beijou-lhe os lábios rapidamente antes de virar-se de novo e colocar-se dentro do automóvel. Assim que Lu Han atravessou a parte da frente do veículo para ir para o seu lado e entrou no carro, Minseok ligou o motor e deu partida, finalmente saindo para a grande viagem de Santa Mônica até Chicago.

Não sabia o porquê de subitamente o amante ter tido essa ideia. Minseok apenas chegou para Lu Han um dia e disse que achava que seria uma grande experiência para os dois, que poderiam se descobrir melhor e passariam um tempo juntos; só os dois, o deserto e as aventuras.

Seria uma longa viagem, mas Minseok queria muito isso e o que ele queria, Lu Han queria também — sem contar que ele adorava a ideia de que ficariam juntos por dias, a sós e apreciando a paisagem desértica da rota que tanto ouvia falar em filmes hollywoodianos na infância.

Então logo estavam fazendo os preparativos para a jornada e pouco tempo depois chegou o grande dia. Compraram comida para comer quando não encontrassem lanchonete de beira de estrada e encheram o tanque para aguentar até o primeiro posto de gasolina, afinal havia muitos que não funcionavam mais e não queriam ser pegos de surpresa.

Não demorou muito para Lu Han ver o visual da cidade ser deixado para trás e a paisagem de montes e vegetação rasteira rodeá-los. Vez ou outra passavam por pequenas cidades pelo caminho, mas não ficavam por tanto tempo para olharem bem para elas, a concentração totalmente à frente.

O calor era um incômodo deixado para trás quando o vento batia de encontro ao carro e adentrava as janelas abertas, bagunçando os cabelos castanhos de Lu Han e os negros de Minseok. A sensação não era refrescante exatamente, logo que ainda estava muito quente; mas era de uma certa forma revigorante, relaxante e libertadora, tudo ao mesmo tempo de uma forma inexplicável.

Se sentia livre enfim e não se arrependia de nada.

Talvez no final da viagem eles tivessem algumas multas para pagar, visto que o carro ia vez ou outra acima da velocidade permitida. Mas pouco se importavam com os radares espalhados, animados demais para se preocuparem com pequenos detalhes sem relevância naquele momento.

O rádio ligado tocava as músicas perfeitas para viagem de carro, desde The Yawpers a Bob Dylan, especialmente preparadas por Lu Han para deixar tudo mais como a cara dos filmes hollywoodianos ― “Para ser melhor só se estivéssemos de moto”, comentou Minseok quando avistaram um grupo de quatro Harley Davidson passando. E realmente Lu Han sentia como se estivesse sido levado para dentro de um filme e I Am The Highway era a trilha sonora tocando ao fundo, compondo as letras de sua vida.

Como era do costume do casal, eles não ficaram de papo furado, apenas aproveitaram a companhia um do outro, brincaram sobre algumas coisas que viam na rodovia ou sobre a paisagem. Lu Han deixou de lado a timidez e colocou-se a cantar as músicas que conhecia já que era o único dos dois que sabia inglês. Tinha entrado tanto nessa sensação, que ele quase colocou parte do corpo para fora da janela e tentou sentir mais o vento de encontro à sua cara enquanto abria os braços para cima como se estivesse em um filme, mas Minseok evitou que o namorado cometesse tal idiotice, sempre sendo o mais sensato dos dois.

Quase uma hora e meia depois, chegaram em San Bernadino, sua primeira parada na grande viagem.

O aplicativo de celular que mostrava em tempo real a temperatura dizia que já estava em quarenta e um grau Celsius. E agora que saíram da rodovia, não tinham mais o vento para ajudar a amenizar a situação, sendo obrigados a suarem de forma incomum para o lugar de onde vieram ― só não ligaram o ar-condicionado porque logo sairiam do carro e não queriam sofrer choque térmico.

― Eu ainda não sei qual o grande barato disso ― Disse Lu Han, enchendo o saco do namorado visivelmente bem animado encarando o outdoor pelo pára-brisa ― Por que aqui?

― Deixa de ser chato, Han ― Reclamou Minseok, o cenho franzido em chateação ― Vai dizer que não é super legal isso? Eu sempre quis conhecer aqui ― Comentou conforme tirava o cinto de segurança e a chave da ignição, sua mão indo automaticamente no câmbio para ver se estava mesmo em ponto-morto sem precisar tirar o olhar de onde estava.

― Pra quê? ― Questionou também, se livrando do seu cinto e virando-se para trás para pegar sua mochila que continha sua carteira e a de Minseok, garrafa d´água e qualquer outra coisa que pudessem precisar numa saída rápida do carro. ― O que tem demais nisso? Nem sequer é considerado o oficial! ― Contrapôs.

Não estava falando de verdade, só queria mexer com o namorado já que adorava como esse ficava irritado de uma forma engraçada, quase que fofa. No fundo, ele mesmo estava querendo ver tudo aquilo; no entanto não iria admitir ainda.

― E daí? ― Retrucou, direcionando o olhar ao namorado, o rosto ainda fechado em aborrecimento ― Foi o primeiro e isso não pode ser apagado nunca. Que se foda o outro! Esse sim é o início da história toda ― Abriu a porta do carro e saiu, um pé ainda dentro do veículo enquanto ele se apoiava na porta, o aviso sonoro de alguma forma chamando a atenção de Lu Han para a cena, achando um pouco engraçado o outro ter que ficar um pouco na ponta do pé para ver já que a porta do TrailBlazer passava da cabeça dele.

― Meu Deus… ― Suspirou alto para que o namorado ouvisse ― Como eu fui gostar de um cara que é fã disso? ― Riu internamente quando Minseok colocou uma mão para dentro do carro e mostrou-lhe o dedo do meio devido ao que acabara de dizer.

― Cala a boca e vamos logo — Quando todas as portas foram fechadas, Minseok acionou o alarme e os dois foram em direção ao museu do McDonald's do outro lado da rua.

A animação de Minseok lembrava o de uma criança em um parque de diversões. Assim que saíram do estacionamento, ele correu para o seu objetivo sem nem ao menos olhar para os lados da rua antes de atravessar, correndo o risco de um carro atropelá-lo, fazendo Lu Han balançar a cabeça em negação por tal atitude.

A primeira coisa que tomava a visão era o outdoor grande sobre duas colunas de parede bem ao lado da entrada, atrás de uma mesa solitária no meio do pátio pequeno e um Hamburglar Jail.

HISTORIC SITE OF THE ORIGINAL MCDONALD’S

15¢ SELF SERVICE SYSTEM 15¢

HAMBURGERS

We have sold OVER 1 MILLION

À medida que se aproximavam, Lu Han conseguiu ver mais ao fundo um pequeno palco com o chão verde; a pintura dos irmãos McDonalds na parede toda desenhada com um mural mostrando um pouco da história do local — tendo até mesmo o desenho das palmeiras das proximidades e alguns carros ao redor do estabelecimento ― ao lado da porta com adesivos de letras dizendo “Free!” e quais eram as admissões; um M maior que ele em frente as duas janelas ao lado da entrada, uma placa vermelha com letras em branco dizendo: “Welcome to the Original McDonald's. We don't sell any 15¢ Hamburgers, but We serve plenty of FREE memories!”

― Agora estou com muita vontade de comer um Big Mac ― Comentou Lu Han ao tempo que olhava mais de perto o grande hambúrguer com grades de cadeia — Imagina comprar um lanche por quinze centavos? Felicidade define.

― Colesterol alto e risco de ataque cardíaco também ― Observou Minseok, não parecendo estar muito interessado no que o outro dizia, encantado demais em ver cada pedaço do lugar desde o pátio em si ao grande mural ao redor da casa, murmurando vez ou outra sobre como estava tudo tão bem conservado, ainda que não fosse nada do McDonald’s original.

― Eu quem deveria dizer isso. Você só come besteira, enquanto eu me alimento tão bem quanto um paciente de hospital ― Retrucou colocando-se na entrada do museu, só esperando o namorado sair de perto do outdoor e ir até ele para entrarem.

Assim que colocaram o pé dentro do local, de imediato foram recebidos pela estátua de Ronald McDonald a sorrir feliz por eles estarem ali, o rosto um pouco esquisito se comparado com a imagem que estava acostumado do palhaço, o que o tornou meio assustador na visão de Lu Han. Minseok correu até o boneco maior que eles e avaliou cada mísero detalhe, arrancando uma risada nasal do namorado quando soltou um: “Wow! Com certeza isso é novo”.

O local inteiro estava repleto de estantes com portas de vidro lotadas de objetos dos mais variados possíveis, desde antigas embalagens de batata frita até os brinquedos que a companhia de restaurante fast food dava com o lanche infantil; e as paredes quase não tinham espaços vazios, várias molduras penduradas com fotos datando o anos que foram tiradas, artigos sobre o McDonald's e qualquer outra coisa que tivesse ligação com a companhia. Estava completamente lotado com coisas de todo o mundo, que eram mandadas para mostrar parte da história de tudo aquilo. Porém, ainda assim era tudo bem organizado, não deixando tanta poluição visual quanto pensaram que teria.

Lu Han foi para um lado e Minseok para o outro, ambos com a cara quase grudada no vidro das estantes a fim de ver melhor o que ali tinha.

― Pra que exatamente essa coisa está aqui? ― Questionou o Lu Han, encarando com o cenho franzido o grande e grosso tronco de madeira com um rosto feliz colocado bem no meio do lugar ― O que essa coisa esquisita tem a ver com o tudo isso? ― Virou a cabeça bem devagar na direção que julgava que o outro estava, os olhos nunca deixando o sorriso inanimado da estátua à sua frente até que tirou rapidamente, vendo Minseok ir em sua direção e rodear sua cintura com um braço.

― Não tenho ideia, mas deve ter alguma ligação ou não estaria aqui. ― Afirmou, aproximando o rosto do tronco de árvore feito de plástico para observar melhor os detalhes, sempre querendo ver cada pedaço de cada coisa e achando tudo fascinante, igualzinho a uma criança ― Acho que ele é da história infantil do Ronald ou algo assim ― Comentou mais para si mesmo que para Lu Han, retirando sua mão dele para tocar o nariz grande do tronco de árvore, tomando cuidado de não fazer alguma besteira e acabar quebrando.

― E aquelas placas de “pare”? Também tem a ver com a história?

― Com certeza! ― Disse com tom de sarcasmo, deixando Lu Han de lado e voltando para próximo das estantes ― Era um aviso de Deus para que as pessoas parassem e não fossem comer o lanche do Mc, ou nunca mais conseguiriam parar ― Falou da boca para fora, sua total atenção em um avental pendurado atrás do vidro ― Eu achei que teria uma pessoa aqui para fazer o tour no museu ― Comentou Minseok após algum tempo, depois que o namorado já tinha dado de ombros e agora lia o antigo menu emoldurado posto sobre um altar vermelho como se fosse uma joia rara ― Como a gente vai saber a história se ninguém nos guiar?

― Bem, a gente pode ver a história por nós mesmos ― Respondeu Lu Han, indo mais para o fundo do museu e se deparando com uma antiga máquina da Coca-Cola em estado precário e, ainda assim, bem resistente.

― Fala isso porque você sabe inglês e está entendendo tudo o que está escrito nessas coisas ― Resmungou para si mesmo, mas o local estava tão silencioso só com os dois ali, que o Lu Han conseguiu ouvir tudo, sorrindo de canto com isso ― Ei, Han. Você pode traduzir o que está escrito aqui? ― Pediu, agachando-se para ver melhor uma suposta máquina em baixo do avental que antes observava com tanta atenção.

Lu Han se encaminhou para onde o namorado estava e se agachou ao seu lado, seu braço automaticamente fazendo seu caminho para os ombros dele.

― Só diz que tudo nessa estante são as coisas que foram usadas no filme contando a história do McDonald's ― Contou, se levantando novamente e observando as coisas ali ele mesmo ― É a máquina de milk-shake que o Ray Kroc fez e tentou vender para os irmãos McDonald’s.

― Decepção! ― Exclamou Minseok, também se levantando e logo virando as costas para o que tinha acabado de perder alguns minutos observando ― Achei que era algo real.

― É real, só não é uma relíquia histórica sobre a história da empresa… ― Lu Han atazanou, não precisando ver para saber que o outro rolou os olhos ao ouvir aquilo.

De onde estava, Lu Han viu uma estante repleta de molduras com artigos de jornais e alguns livros e resolveu ir até lá para dar uma olhada. Aproximou o rosto do vidro ao máximo que conseguia para tentar ler as letras pequenas de alguns artigos de revistas, mas mesmo assim as palavras estavam um pouco embaralhadas e não faziam muito sentido.

Subitamente sentiu dois braços envolverem sua cintura e se sobressaltou com isso, rapidamente tirando sua atenção das coisas atrás do vidro e virando o rosto para olhar, dando de cara com a face de Minseok se esgueirando por sobre seu ombro e ele repousando o queixo ali. Mesmo com o clima quente que fazia, tinha algo reconfortante em sentir o calor do outro, o peito dele grudado em suas costas ao tempo que o abraçava carinhosamente.

― Você vai me contar? ― Minseok perguntou seriamente, sua voz saindo quase como um sussurro.

― O quê? ― Questionou em retorno, seu rosto totalmente em branco sobre o que o outro estava a falar, até mesmo fazendo uma expressão bem idiota que era possível ser vista no reflexo do vidro perfeitamente limpo.

― O passado… ― Apontou para os artigos na estante, seu dedo tocando o vidro e deixando sua digital bem de leve.

― Eu não consigo ver, Seok ― Explicou com um sorriso, envolvendo seus braços por sobre os dele.

― Não consegue ou não quer?

― O que há com você? ― Franziu o cenho confuso, estranhando a forma muito séria que Minseok começou a falar subitamente, ainda mantendo a voz baixa e calma de antes.

― Eu quero saber a história.

― Você já não viu o filme? ― Retrucou, virando-se para o namorado e o encarando atônico.

― Você é bem chato, hein, Han! ― Birrou, abanando a mão na cara de Lu Han antes de ir para o fundo do museu, para próximo das máquinas de Coca-Cola que o outro estava antes, deixando esse totalmente confuso lá rindo da estranheza dele.

Os dois continuaram no museu por quase vinte minutos.

Não era um lugar tão grande quando pensaram que seria, mas havia muitas coisas para serem vistas ― desde os objetos que as pessoas ao redor do mundo enviavam para o museu, como brinquedos e itens considerados de coleção, até as antigas placas da rodovia que indicavam o local ―, e mesmo depois de acharem que era o bastante, ainda não tinham visto tudo.

A estante destinada à Coreia do Sul era o único lugar que possuía alguma coisa que Minseok podia ler, mas infelizmente eram só dois artigos não muito interessantes; então praticamente Lu Han foi obrigado a traduzir tudo aquilo que conseguia, acabando por brincar que precisava de óculos urgente, pois não era capaz ver direito aquelas letras pequenas.

Antes de saírem do museu, compraram a única coisa que ali havia para ser consumido ― como o museu não era considerado oficial, não tinha nem mesmo hambúrgueres à moda antiga para que as pessoas pudessem experimentar ―, sendo isso uma falsa cerveja com o nome de “Rota 66”, que na verdade estava mais para um refrigerante logo que não possuía nenhum teor alcoólico.

— Você quer passar a noite aqui na cidade e acordamos de madrugada para pegar a estrada? ― Sugeriu Lu Han após Minseok tomar um gole da bebida e fazer uma careta para o gosto, resmungando que aquilo era uma das piores coisas que já tomou na vida ― Tem um motel bem ali ― Apontou para os singelos prédios do outro lado da rua e em frente ao estacionamento que deixaram o carro.

― Não, não. Vamos voltar para a rodovia e depois escolhemos o primeiro motel que acharmos por lá ― Definiu, ainda contorcendo o rosto devido ao gosto ruim em sua boca e entregando a garrafa à Lu Han, que experimentou a bebida e também reclamou.

Por fim, deram mais uma volta ao redor do museu para ver melhor o mural belamente pintado, encontrando outras criaturas na parte traseira do antigo estabelecimento, e depois jogaram o “refrigerante” já totalmente quente na lixeira antes de voltarem para o carro e depois para a rodovia, botando o pé na estrada para sua jornada até a próxima parada na lista de “Atrações de estrada que não podemos perder”.


Notas do autor: 

Eu só queria dizer que todos os lugares que estão na história realmente existem e alguns são considerados atrações de beira de estrada, como, por exemplo, o museu não oficial do McDonald's.
O museu não é oficial, porém realmente foi o primeiro McDonald's de todos e era dos irmãos McDonald's.

Muito obrigada por lerem e até o próximo capítulo.

1 de Julho de 2018 às 02:08 2 Denunciar Insira Seguir história
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Leia o próximo capítulo Capítulo II

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𝒇𝓪𝓫'𝓼 ✯ 𝒇𝓪𝓫'𝓼 ✯
Como fã de carteirinha de XiuHan tive que aparecer por aqui. Olha, ainda não estou entendendo muito mas... Eu gostei essa ideia de viagens de carro por lugares inusitados então já com isso me pegou. Espero ansiosa os seguintes capítulos~ se cuida escritora n.n
July 02, 2018, 17:55

  • Lieblos 89 Lieblos 89
    Como escrava de Xiuhan, eu agradeço muito por você dar uma chance a minha história. Muito obrigada de verdade por ler e comentar, é muito importante para mim saber a sua opinião. Espero que aproveite a leitura até o final e que não se arrependa por ter começado a ler! Muito obrigada <3 July 05, 2018, 03:44
~

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