taexcuse gabriela cravo

O carnaval é uma festa tradicional que sempre chamou a atenção de muitos estrangeiros e até mesmo dos próprios brasileirinhos que nunca frequentaram a festa. Com o casal de namorados não era diferente, queriam aproveitar o clima festeiro ao máximo. Mas e aquilo do “Cuidado dobrado com o seu namorado no carnaval!”? Os corações carnavalescos apenas sabiam pular a cada batida da música agitada que ouviam passar pelas ruas bonitas. Como Jeongguk colocaria sua euforia sob controle quando a vontade de beijar seu namorado naquela atmosfera quente e envolvente era maior do que curtir as canções dos artistas no bloco?


Fanfiction Para maiores de 18 apenas.

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kiss my lips.


Os corpos rebolavam, cantavam em conjunto, exalavam energia e felicidade, tamanha era a convicção das pessoas em meio às batidas altas e constantes do novo gênero musical que o casal acabara de descobrir: o Funk.

Era um ritmo envolvente com batidas que realmente ficavam na cabeça. Os namorados pareciam magnéticos em meio a todo alvoroço de pessoas ao redor, e Jimin não hesitava nenhum pouco em rebolar seu pomposo corpo coladinho ao seu namorado, enquanto o mesmo, apenas o observava com um sorriso ardiloso em seu rosto.

— Jimin, isso é sexy demais, não acha? — Chegara perto do ouvido de seu namorado — que estava virado de costas para si enquanto dançava com tamanha animação.

— Você acha? — O menor girou seus calcanhares e ficou frente à frente com o maior, sorrindo travesso e recebendo um murmúrio prolongado enquanto o Jeon concentrava-se em fungar o pescoço desprovido de marcas do seu namorado, não oscilando em desferir selinhos pela região. O Park sorriu ainda maior, deixando seus olhos em meia-lua.

Algumas pessoas olhavam torto, outras observavam e sorriam, fora uma mistura de emoções e opiniões que fizera questão de absorver apenas as boas, pois estavam lá para curtir o carnaval, a tão sonhada festa pelo casal, aquela famigerada brasa e euforia dos corpos dançantes logo no começo do ano. Não podiam simplesmente deixar de lado todo o barulho e folia que o clima cálido proporcionava, estavam amando com todas as forças aquilo tudo.

Contemplaram o tão famoso bloco do abadá que haviam comprado com a ajuda de um amigo fascinado pela cultura brasileira, e que cursava um intercâmbio — não muito caro — no país. Min Yoongi havia ficado realmente feliz ao saber que o casal, que havera acompanhado quase toda a trajetória, passaria uma semana no Brasil para festejar o carnaval. Fora muita coragem da parte dos dois, uma vez que literalmente moravam do outro lado do globo, haviam demorado aproximadamente um dia para chegar ao país tropical e mais algumas horas para acharem o hotel com o inglês arrastado que possuíam. Foi uma missão difícil, mas valera muito à pena, pois agora estavam ali, remexendo os corpos numa sincronia tão bonita quanto as batidas da música que parecia ser um hit do momento.

O coração de Jeongguk pulava tanto, mas tanto quando o loirinho à sua frente prendia seu corpo contra o seu, que mal podia dizer se as batidas estavam realmente rítmicas. Estava tão feliz com ele ao seu lado, em razão de que estavam realizando um sonho. Não só dele, não só do seu namorado. Fora algo que haviam planejado juntos e sonhado juntos.

— Vamos pegar algo para beber? — Jimin questionou, envolvendo seus braços no pescoço de Jeongguk, que sorriu bobo. Céus, ele faria tudo, mas tudo que o loirinho pedisse, mesmo que fosse o mais difícil de todas as coisas que já havera visto. Não tivera culpa alguma, pois seu namorado era o único que fazia seu coração aumentar o ritmo e dançar como se estivesse numa festa de carnaval. Era um coração carnavalesco.

— Vamos sim! — proferiu, segurando forte a mão do seu pequeno para que ele não a soltasse em meio a tantas pessoas agitadas por ali.

Caminharam e caminharam, aproveitando e admirando a arquitetura tão diferente e colorida do lugar.

— Tudo aqui é tão diferente… — O moreno não hesitou em dizer ao ver um grupo de pessoas — provavelmente brasileiras —, em uma fila para comprar bebidas em um vendedor ambulante¹. Instintivamente Jeongguk remexeu em seu bolso, procurando alguns trocados para pegar qualquer bebida que seu loirinho quisesse.

— Jeon, não precisa, eu tenho aqui… — A pequena mão foi até seu bolso detrás e logo mostrara algumas notas ao maior. — Não precisa ser um gentleman pra isso — disse e riu um pouco.

— Pra você, eu quero ser um príncipe — falou, sorrindo e esbravejando seus dentinhos salientes, enquanto Jimin apreciava cada detalhe do rosto bonito de seu namorado, apertando mais um pouco as mãos já entrelaçadas. Ah, o amava tanto.

A ideia de vir para o outro lado do mundo primeiramente fora de Jimin, tamanha a empolgação que foi usada para explicar ao Jeon como seria a viagem e como seria bom para que ambos se sentissem mais conectados. Bobinho. Os dois eram a personificação de sincronia.

Gostavam das mesmas coisas, tinham alguns costumes parecidos, manias semelhantes e davam-se muito bem. Talvez fora por isso que resolveram namorar, pois se completavam de uma maneira tão linda e apaixonante que havia sido difícil para Jeongguk não cair de amores por Jimin. Literalmente, Jeon achava que seu namorado era o par perfeito para si.

O Park sorriu bobo e logo continuou a caminhar ao lado do maior em direção ao vendedor ambulante, este que recebia todos que estavam por ali com um grande sorriso no rosto. Chegaram perto do senhor e logo lembraram-se da única coisa que os separavam naquele momento: a barreira entre os idiomas. Era, de fato, uma aventura e tanto, uma vez que mal sabiam falar de maneira fluente a língua portuguesa, apenas algumas palavras simples do cotidiano, como Bom dia, obrigado e pão de queijo, mas Jeongguk não desistiria de comprar alguma bebida para seu anjinho festeiro, não mesmo.

We… wan’t a… — O moreno disse algumas palavras soltas em inglês de forma arrastada, enquanto o loirinho ao seu lado ria de leve da maneira que ele tentava falar e dos gestos que o mesmo fazia, tentando expressar com suas mãos que queria algo para beber.

O vendedor fez um verdadeiro “O” com sua boca, em sinal de entendimento, fazendo com que os olhos de Jimin brilhassem em esperança, logo o senhor de idade remexia dentro da pequena caixa cheia de gelo e bebidas que tinha, logo tirando dali uma garrafinha que aparentava estar bem gelada e então Jeongguk apenas a pegou, sentindo-se vitorioso por ter conseguido. O menor ao seu lado entregou o dinheiro ao vendedor, que agradeceu ao ter seu pagamento em mãos.

Instintivamente os dois fizeram umas rápidas reverências e viraram-se para continuar o caminho. Na verdade, Jimin queria saber o que Jeongguk queria fazer, pois o moreno sempre fora muito atencioso e carinhoso consigo, era de fato um namorado perfeito para si. Lembrava que, na época da faculdade, não hesitava em dizer que Jeongguk era seu estilo ideal quando lhe perguntado qual das pessoas do Campus era seu tipo, e convenhamos, um Campus possuí muitos estudantes, então, Jeongguk sempre havia sido alguém especial. Não que o loirinho não o retribuísse, mas o Jeon conseguira ser o próprio anjo da guarda do Park.

— Amor, você quer fazer o que agora? — perguntou, com uma voz calma e carinhosa, porém um pouco alta, pois o som das músicas ainda atrapalhava a compreensão do que dizia.

Jeongguk espantou-se com tamanha pergunta repentina, Jimin perguntava-lhe isso sempre, porém agora realmente não sabia o que queria, apenas desejava ficar coladinho ao seu namorado enquanto o mesmo continuava a dançar aquelas músicas de forma sensual contra seu corpo.

— Ficar com você, talvez — respondeu.

— Jeongguk, isso você já está fazendo! — Fez um bico em seus lábios. Jimin queria saber a opinião do seu namorado também. — Tô’ te perguntando sobre o que você quer fazer de verdade agora. — Cruzou os braços, olhando seu parceiro abrir sem dificuldades a garrafa.

O que Jeongguk queria de verdade?

O maior riu soprado, achando fofa a atitude do loirinho à sua frente, logo fez um sonoro e prolongado “hum”, ficando pensativo, enquanto preparava-se para dar o primeiro gole de água.

— Bem… — Suspirou e deu um gole na garrafa. — Jimin, eu quero trans…

O menor arregalou os olhos ao perceber que o maior havia feito o mesmo. Jeongguk engoliu o líquido, fazendo uma careta que apenas ele sabia dar (apenas quando estava alterado). O Jeon ainda não estava bêbado, mas ficaria.

— É cerveja. — Passou a mão em seus lábios, ainda com a careta engraçada em seu rosto. Jimin se dispôs a gargalhar alto.

Jeongguk sabia que era cerveja, pois o amigo do casal que já morava no país há algum tempo os forçou a beber assim que haviam chegado ao aeroporto da cidade em que ficariam. Particularmente para Jeongguk que não era acostumado, a bebida não era lá aquelas coisas, mas Jimin não viu problema algum e achou muito boa, por sinal.

— Agora teremos que beber. — O menor proferiu, segurando a risada, com um semblante risonho demais, enquanto o maior analisava a garrafa por inteiro agora, repreendendo-se por não ter percebido que fora uma garrafa de cerveja que o homem havia lhe dado, e não uma garrafa de água. Mas agora não havia mais volta alguma, o casal teria que beber pelo menos umazinha.

Jeongguk era o único inteiramente preocupado com a situação, pois seu anjinho tinha baixa resistência à bebidas alcoólicas. Jimin não ficaria embriagado com tão poucos goles, apenas um pouco alterado.

O mais velho correu com seus mirantes pelo rostinho desenhado do seu namorado e quis beijá-lo ali mesmo, pois não sabia como diabos Jeongguk conseguia ser tão ele mesmo com coisas simples, sendo tão amável, bonito, cavalheiro, sexy e simplesmente Jeon Jeongguk. Céus, a vontade de ser agarrado com vontade era tanta que mal conseguiu se conter ao morder seu lábio inferior que estava bem rosadinho pelo lipbalm, fazendo com que o mais novo não hesitasse nenhum pouco em dar um sorrisinho ladino.

— O que houve? — questionou, pronto para tomar outro gole forçado daquela bebida.

— Ainda não me conformo que namoro alguém como você. — Jimin falou e logo seu sorriso que deixava seus olhinhos em meia-lua tomara forma em seu rosto, enquanto o Jeon à sua frente permitiu-se fazer um semblante confuso.

— Alguém como eu? — perguntou.

— Jeongguk-ah, eu te amo ‘pra caralho. — Abaixou sua cabeça um pouco, sentindo a mesma sensação de timidez que tivera quando começaram a namorar, a mesma sensação do coração que começava a sapatear dentro de si em passos desordenados. Era uma loucura amar Jeon Jeongguk. Jimin, ainda com o olhar baixo, sentia suas maçãs do rosto queimarem, como se todo o sangue de seu corpo tivesse resolvido ir para a região das orelhas, nariz e bochechas. Olhou por um instante os dedos largos do maior que ainda seguravam a garrafa de cerveja, e com uma convicção que nem ele mesmo sabia de onde viera, pegou a garrafa das mãos do seu namorado, tomando um gole bem dado.

O Park apertou seus olhos, sentindo a bebida descer lascando pela garganta e rangeu os dentes de leve, mas logo acostumou-se com o gosto do malte nem tão amargo em seu paladar. Jeongguk revirou os olhos, quis apertar Jimin com todas as suas forças.

Droga. — O moreno revirou os olhos. — Você é fofo demais, como eu consigo continuar lidando com você, garoto? — Jeongguk ergueu uma de suas sobrancelhas e cruzou os braços, observando o olhar do loirinho falhar ao encontrar com o seu. — Hey, olhe pra’ mim enquanto eu estiver falando com você, Jimin-ah — repreendeu-o. Naquele meio tempo, Jeongguk já havera tomado alguns goles daquela garrafa de 500ml de cerveja.

Jimin ergueu seu olhar e passou a destra em seu cabelo enquanto dava outro gole, apenas para disfarçar seu nervosismo aparente. O moreno suspirou fundo e riu soprado ao perceber os olhinhos atentos ao redor, menos em contato com os seus. Aproximou-se o bastante para que a distância dos corpos diminuísse consideravelmente, assim, o loirinho não teria para onde correr com suas orbes. Jeongguk levou suas mãos de encontro as bochechas de Jimin, apertando-as e fazendo com que os lábios inchadinhos fizessem um bico ao mesmo que aproximava seu rosto até ser o bastante para que os lábios se tocassem.

O moreno deixou um selar carinhoso. Não importava se outras pessoas estivessem olhando feio, não importava se outras não gostassem, nem as que passavam e sorriam importavam. No momento, eram apenas dois corações, estes agora dançantes, eufóricos e completamente carnavalescos.

O Park adorava os beijinhos singelos, amava a simplicidade carregada de amor naquele beijo terno, gostava quando as batidas dos corações pareciam estar mais sincronizadas do que nunca, simplesmente amava namorar Jeon Jeongguk. Era uma festa todas as vezes que se viam, uma folia tamanha, repleta de apreço por parte dos dois ou, até mesmo uma dança combinada.

O moreno analisou a recaída que causara em seu namorado. Ele achava o menor tão lindinho com aquela cara de apaixonado acompanhada do sorriso deslumbrador, que deixava seus olhos em risquinhos. Céus, Park Jimin era uma preciosidade. Afastou-se, na intenção de segurá-lo pela cintura para que simplesmente pudessem continuar com o destino incerto que tinham, porém o Jeon fora surpreendido por um rapaz alto, moreno, vestindo uma regata amarela e uma bermuda jeans.

— Olha só… — O rapaz proferiu em português. O casal não entendera palavra alguma após a primeira frase formada pelo desconhecido, pois, além de não entenderem a língua falada, ele também aparentava estar bêbado.

Jimin decidiu percorrer com seus mirantes pelo local rapidamente, apenas para checar se o rapaz estava acompanhado, e ficou tão distraído que mal percebeu quando o mesmo começara a literalmente atirar-se para cima de si. Ele jogava seus cabelos (nem um pouco longos) para lá e para cá com a mão livre (pois a outra estava ocupada pela latinha de cerveja que segurava), fazendo algumas caras e bocas na tentativa de parecer sensual — falhando miseravelmente — enquanto dançava na frente do casal.

Jeongguk pôde sentir seu pescoço queimar em incômodo, tamanha era a vergonha alheia que estava sentindo daquele homem, por mais que também estivesse um pouco alterado, estava longe de chegar àquele ponto.

Revirou seus olhos, não aguentando mais a cena e percebendo o claro desconforto do seu namorado para com a cena, este que franzia o cenho e tentava não fazer uma careta. O maior se dispôs a tomar a frente do menor, numa forma de proteção.

No, no! — Jeongguk proferiu enquanto fazia alguns gestos indicando negação com sua mão, para que o jovem tivesse pelo menos uma ideia do que se tratava. — He’s mine — disse por fim, apontando rapidamente para Jimin que estava rindo um pouco atrás de si e logo para si mesmo.

O rapaz observou-o com uma cara confusa, não demorando para, surpreendentemente, fazer um semblante de quem havia entendido, saindo dali saltitante e sorrindo. Nenhum dos dois havia entendido muito bem, mas relevaram, uma vez que ele estava bêbado.

•••

O casal sabia que perto dali estava rolando a maior festa no trio que planejaram ir, pois a tal cantora famosa Pabllo Vittar estava lá. Jimin havia pesquisado bastante sobre a cultura do país antes de tomar a decisão oficial com o seu namorado e, quem diria! Nunca tinham visto tanta diversidade em um só lugar.

Ouviram falar da Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Léo Santana e diversos outros artistas que, segundo Jeongguk, eram muito bons quando o negócio era música e, numa definição mais “abrasileirada”: rebolar a raba.

Jeongguk hospedava suas mãos — uma de cada lado — na cintura do menor que caminhava à sua frente, assim, não se separariam tão facilmente, pois uma multidão considerável cantava junto com a cantora em cima do bloco. Curtiram a boa batida e sintonia da música, sentindo o clima caloroso que se formava enquanto não hesitavam em trocar carícias, pois sabiam que estavam vivendo aquilo ali juntos, uma experiência única e inesquecível.

— Hey, amor. — Jeongguk disse pertinho do ouvido do loiro, fazendo com que o mesmo virasse seu rosto um pouco, visto que ainda estava de costas para o Jeon, dançando coladinho. — Eu realmente estou muito feliz de estar aqui com você — completou, sorrindo grande, esbanjando a arcada dentária bonita e saliente.

Jimin girou os calcanhares, ficando em frente ao namorado, passando a também sorrir com o mesmo.

— Eu realmente desejo muito que você me beije agora, Jeongguk-ah.

— Seu desejo é uma ordem.

O maior puxou o corpinho para si e sorriu casto antes de iniciar o ato, juntando as duas bocas em um beijo molhado e necessitado, onde as duas línguas começaram uma briga por espaço. O Jeon sabia, mais do que ninguém, que beijar Jimin era o mesmo que apaixonar-se novamente, ele nunca se cansaria.

E céus, os dois sabiam que sempre que fizessem algo juntos, nunca ficariam insatisfeitos, pois os corações batiam em tamanha sincronia que nunca saberiam como explicar o porquê de tanta paixão envolvida numa relação.

Jeongguk sabia que, sempre que beijasse seu namorado, os corações carnavalescos iriam bater tão forte quanto antes.

28 de Junho de 2018 às 00:52 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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gabriela cravo  [smoking cigarettes on balconies] Escrevo para me livrar do stress acumulado. [jikook] Nas escrita, encontro um lugar pelo qual vale a pena lutar.

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