Grécia, antes de Cristo
A jovem ateniense andava em direção aos campos levemente afastados da cidade. Sua atual irritação era devido seus pais a obrigarem a casar-se com um homem mais velho que ela nem sequer conhecia, a não ser de vista no mercado. Ela entendia que era tradição esse tipo de casamento, era uma imposição social corriqueira, mas isso não queria dizer que ela aceitava. Agathé acreditava em amor recíproco e verdadeiro.
Rezou à Afrodite, deusa do amor, implorou por sua ajuda; fez inúmeras oferendas em seu templo, porém nada veio em seu auxílio, nem uma iluminação ou algo do tipo.
Ajustou a cesta com as ferramentas para colher plantas e ervas. Precisava de distração ou ficaria louca por seus infortúnios. Ao chegar a um prado onde corria um rio com correnteza fraca, começou a descer a colina, costurando seu caminho entre os ásperos arbustos e a vegetação rasteira até chegar aos brejos planos das margens meridionais do rio. O tecido de sua saia encharcada colava-se à parte de trás de suas pernas, a irritando e fazendo-a tropeçar de vez em quando. Sentia-se pouco à vontade, e percebeu que caminhava mais depressa que o habitual. Era uma sensação estranha, algo como se estivesse prestes a acontecer alguma cena ou situação. Neste dia em questão, ela sentia-se isolada e vulnerável.
Trêmula, a mão moveu-se até a adaga presa em sua cintura, queria se certificar que não a havia esquecido. Virou para trás uma ou duas vezes, espantada por sons próximos que se revelavam nada mais do que o bater de asas de pássaros ou o deslizar e mergulhar de uma enguia amarela de rio nas águas rasas. Sentia-se tentada a dar meia-volta, porém continuou com a pouca coragem que tinha. Aos poucos, conforme ia seguindo às margens do curso de água, sentiu seus nervos se acalmando. O rio era largo e raso, com vários afluentes que saiam da floresta e desaguavam sobre ele. Uma bruma de aurora tremeluzia acima da superfície, impossibilitando de ver o fundo.
Para a sorte da moça, era cedo demais para as moscas e mosquitos que formariam nuvens escuras sobre as poças à medida que o calor aumentasse. Seguiu com cuidado até chegar à orla da floresta, onde vislumbrou a clareira pequena e desconhecida pela maioria dos moradores locais; ali habitavam as melhores plantas que cresciam na parte rasa e semi sombreada do rio. Ao chegar no abrigo das árvores, deixou sua cesta perto das raízes velhas e inalou o aroma forte e terroso de folhas e musgos.
A floresta estava repleta de cores e sons, o ar enchia-se dos gorjeios e trinados de pássaros e animais que andavam por toda a floresta. Para a sua sorte, isso não a assustava mais e a antiga sensação ruim se desfez. Estava imersa em um encanto bucólico. Retirou um velho pano de sua cesta e estendeu sob a sombra da velha árvore, sentou-se e separou o que era necessário. Sua adaga, uma pazinha e velhos retalhos de tecido com os quais enrolaria as ervas. Deixou um cantil de vinho na terra fria e conferiu se havia lembrado de trazer um pedaço de pão e uvas.
Tirou sua sandália de tiras de um couro desgastado, sentindo a grama ainda encharcada e quente pelo sol da manhã em contato com as solas dos pés. Levou suas ferramentas e os retalhos até a beira d'água. Um pé de Angélica crescia na parte rasa da margem do rio. Seus caules se estendiam até o chão lamacento, as folhas verde-oliva chegavam até a ser maiores que a pequena e delicada mão; essa planta ajudaria contra infecções. Prendeu a saia do vestido em seu corpete e adentrou o rio, o frio em seus tornozelos lhe arrepiou a pele e a fez ofegar.
Agathé molhou as tiras de pano e as deixou esticadas na margem do rio. Em seguida começou a cavar as raízes com sua pazinha, usou a adaga para separar a planta em várias partes e as distribuiu sobre os retalhos. Logo suas mãos estavam completamente sujas pelo trabalho manual e pela lama do rio. Pequenos cortes pelo manuseio rupestre deixavam uma ardência, mas nada diferente do habitual.
Ao terminar de colher a planta, olhou em volta em busca de outras espécies e ramos que pudesse usar. Achou outras ervas que tratavam e diminuiam hematomas, cortes e dores. Terminando, limpou-se e seguiu em direção à árvore. Guardou tudo em sua cesta, deixando apenas o pão, o qual comeu junto das uvas e bebericou o vinho. Repousou as costas contra o tronco gélido e umedecido e resolveu descansar um pouco, acabando por adormecer.
Acordou no final da tarde, quando Apolo levava hélio do céu, mas não foi isso que prendeu sua atenção. Ouviu um grito ensurdecedor vindo de dentro da floresta que fez seu coração acelerar. O ambiente que emanava sons calmos, agora prevalecia o silêncio. Nem o bater de asas nas sombras era ouvido.
Levantou com a adrenalina correndo pelas veias. Desequilibrou-se, caindo por cima das raízes maciças. Uma luz se seguiu à queda, lhe cegando por algum tempo e fazendo com que perdesse os sentidos. A respiração agitada tomou um ritmo calmo.
Um jovem moreno observava a mulher caída ao pé da grande árvore. Sua garganta doía, o forçando a arranhar a pele pálida do local, e seus olhos lacrimejavam.
A sede era descomunal.
Ele não compreendia certamente o que estava acontecendo com seu corpo, muito menos com sua mente. Ele não tinha nome, era um ‘ninguém’, escravo de um mercador que passava por Atenas a negócios. Orochimaru havia o encontrado ainda em seus sete anos, jogado na sarjeta e sem nem saber de onde veio ou por que fora abandonado ali.
Em seus nove anos de idade, tudo o que ele conhecia era pútrido e quebrado, o mundo aos seus olhos era corrompido e abominável. Mesmo em pouca, idade ele conhecia o pior do ser humano, e isso o enojava. A atual situação jogava sua mente em picos de sanidade, o que o deixava mais ansioso.
O garoto viu o dia ganhar tons avermelhados, cor sépia. A única coisa que permanecia com a cor intocada era a moça desfalecida logo adiante; suas vestes em tons de azul claro reluziam na pouca luz que ali adentrava. Sem que tomasse consciência, aproximou-se do corpo desacordado de respiração constante, em uma busca pelo resto de vida que ainda tinha no seu quase coma. O de tez pálida, que alguns liam como doença, sentiu sangue na sua boca quando passou a língua pelos dentes, sendo levado ao êxtase pelo doce néctar.
Em fração de segundos, sentiu o líquido quente descer pela garganta. Experimentou em primeira mão o maior prazer de sua vida, tamanho arrebatamento nunca antes vivenciado. Sentia o líquido de gosto maravilhoso molhar suas vestes e lhe aquecer enquanto abraçava o corpo provedor de seu prazer. Respirava fundo, de olhos fechados, sentindo o cheiro ferroso lhe acalmar.
Minutos depois, estava calmo. Plácido, em paz. Sentia-se letárgico e vivo; sentia seus próprios batimentos cardíacos, e sua pele, que era sempre tão gélida, se arrepiou com a sensação. Abriu os olhos escuros para o mundo novamente, agora eles brilhavam. Estava vivo, completo. Vivo. Respirava e seus sentidos estavam aguçados.
Após o momento de gozo intenso, ele tomou para si a consciência antes perdida. O pavor se apossou de cada pedaço seu. A moça de vestes azuis estava sobre seu corpo, com o pescoço retorcido de forma que não batia com a anatomia que tanto estudara em livros roubados. Tirou o cadáver leve de cima de si e o jogou ao lado, vendo a parte frontal da veste anil inteiramente coberta do tom escarlate.
As cordas vocais vibraram; o grito foi agudo e longo. Se aproximou do corpo estático e o balançou algumas vezes, vendo o pescoço se mover como uma pele solta. Sentiu o estômago retorcer. Ele tinha… matado ela? Ele tinha matado aquela senhorita? Olhou para as próprias mãos e viu o que antes era negro. Sangue. Sangue fresco. Escarlate. Passou as palmas pelas vestes, tentando limpar-se, porém apenas espalhava ainda mais o tom. Pela gravidade, estava envolto no líquido marsala mais que a própria vítima. Ou presa?
Começou a rasgar o tecido de linho sujo e o jogar no chão enquanto dava passadas para trás, abandonando o cenário mórbido. Deixava gritos angustiados abandonarem sua garganta, enquanto sentia a pele arder e queimar em contato com o composto de plasma, hemoglobinas e mais algo que não se recordava. Tropeçava nos ramos caídos e raízes, sujando a terra de sangue. Já estava nu, porém não aparentava; sua túnica agora era feita de vermelho. Os fios negros estavam cobertos por sujeira e pelo líquido carmim. Estava aterrorizado e gritando em busca de ajuda que não viria. Nunca.
Era o que pensava.
A ajuda veio. Não muito longe dali, onde passara com o mercador algum tempo atrás, um casal pálido cavalgava em direção a uma reunião. O japonês foi o primeiro a sentir o odor ferroso, já que estava no mundo a mais tempo. A chinesa de olhos negros ao seu lado percebeu a movimentação, se atentando aos gritos e à respiração descompassada ao longe. Ambos se entreolharam, compreendendo a situação. O filho mais novo do casal tinha apenas 12 anos, não conseguindo evitar o olhar confuso para os pais. No entanto, ainda podia ouvir o que eles ouviam.
Seria filhote de alguma família da região? Não, não poderia ser. Isso só acontecia com os mais puros. A mulher desceu do animal, prendendo a rédea que o controlava em uma árvore, e foi imitada pelo mais velho; duzentos anos mais velho. Entraram na selva com dificuldade, porém o cheiro os guiava, e o menino seguia o grito.
Andaram rápido. Correram, para ser realístico. Encontraram um corpo com o pescoço quebrado e esvaído de sangue. O herdeiro do casal dirigiu um olhar repleto de repulsa à cena brutal, entretanto, acompanhou a mãe.
Começaram a seguir a trilha marcada por pedaços de linho ensanguentado, lama e sangue. O cheiro ficava cada vez mais forte; podre, alguns diriam. Os gritos eram secos. O japonês avistou um corpo jogado na lama às margens do rio; os fios negros estavam sujos e a pequena figura contorcia-se em angústia. Olhou para a esposa, que tinha os olhos brilhando por lágrimas não derramadas, talvez presa em uma memória que nunca compreenderia. Observou Mikoto e Itachi se aproximarem do corpo em sofrimento e o puxarem para a água.
A chinesa jogava água sobre o rosto da criatura, limpando a pele e abrindo caminho para que respirasse. Sentando-se em alguns pedregulhos e colocando o corpo pequeno entre as pernas, Mikoto pôs-se a esfregar a pele avermelhada, seu filho a ajudava o máximo que podia. As orbes negras apareceram e a fitaram, aliviadas. Ela sorriu, e sentiu os músculos apoiados em seu corpo relaxarem. O leito do riacho estava tonalizado de vermelho, porém o menino recostado contra si respirava mais calmamente. Passava a água fresca em cada centímetro de pele clara. Os fios, antes acobreados, agora voltavam a refletir à luz acinzentada do sol, o máximo que o tom escuro poderia fazer.
O escravo sentia as gotículas de água no corpo, como se tivesse sido batizado. Era um renascimento. Um renascimento em sua nova família, o nascimento de um novo ser. Respirava aliviado, mas só por causa das mãos que o afagavam.
— Feche os olhos, eu vou cuidar de você. – Mikoto sussurrou de forma branda para a criança em seus braços. Os olhos escuros e perdidos focalizaram a mulher, mas logo em seguida obedeceram, fechando-se. De uma forma que ele não sabia colocar em palavras, a voz gentil daquela senhora o confortava, acalmava sua dor.
Fugaku pareceu sair do transe após observar a cena; aquilo de certa forma enchia sua cabeça de lembranças com gosto amargo. Aproximou-se da esposa e chamou o filho para perto de si. Itachi segurou suas vestes e caminhou para o lado do pai, mas sem tirar os olhos das ações de sua mãe.
— Assim como eu... – o japonês olhou a esposa, melancólico. – Porém não tive ninguém para me ajudar.
— Imaginei pela sua reação, meu senhor. – o mais velho estendeu a mão seca e passou pelo rosto úmido da mulher.
— Não me chame de senhor, Mikoto. Não estamos em público. – olhou para a esposa e levantou-se. – Irei buscar algumas roupas para ele, vamos levá-lo daqui. – concluiu, antes de adentrar novamente a floresta por onde tinham vindo.
— Ele está em choque. – Itachi analisou o garoto semiconsciente nos braços de sua mãe.
Mikoto apenas acenou positivamente enquanto penteava os fios negros na água corrente. As orbes negras derramavam lágrimas silenciosas, mas incessantes. A Uchiha aconchegou mais o corpo em si e começou a balançar, cantarolando e pedindo para que o menino se acalmasse em seu silêncio. Abraçou-o de leve, da mesma forma que se fazia com uma criança muito nova e passou a cantar um mantra em seu idioma natal, sua voz suave e melodiosa pedindo para que o pequeno deixasse a água levar a angústia embora.
— Eu não queria... – Rompeu as lágrimas e encarou aquela que parecia ser a mãe que nunca teve. A mulher fitou o outro, que parecia enfim ter saído de seu transe.
— Não há problema, pequeno de porcelana, a situação já passou. Está tudo bem agora, estamos aqui. – sorriu calorosamente e viu o par de olhos se encherem d'água novamente. Aproximou seu rosto do outro, colocando a boca próxima ao seu ouvido e voltou a cantarolar.
Sentiu as mãos trêmulas agarrarem suas vestes e o corpo se encolher em seu abraço, pedindo proteção. Envolveu-o mais forte, sentindo os soluços do choro desconsolado irem cessando com o tempo. Respirou aliviada. Itachi aproximou-se novamente, começando a derramar água fresca nos pés pequenos, olhando curioso para o menor.
— Aqui estão as vestes. – Fugaku se fez presente, se aproximando com uma bolsa de couro e um tecido grosso de tom azul sobre o ombro esquerdo.
A esposa sorriu levemente e acenou a cabeça. Fez sinal para que o filho saísse do riacho e afastou o menino de si.
— Vamos? – Mikoto encorajou. O corpo pequeno respirou fundo, deixando o ar sair totalmente.
A criança levantou-se com dificuldade, precisando da ajuda de Itachi para se sentar. Não teve vergonha de sua nudez; aquilo não o incomodava naquele momento, pois sentia-se em família. Era inexplicável, confuso, mas a única forma que ele encontrava de qualificar o que sentia, era que finalmente havia ganhado um lar nos braços daquela senhora.
Teve o corpo coberto pelo tecido que não reconhecia e que exalava um cheiro forte, mas que o aqueceu rapidamente. Viu aquela que lhe acalmou levantando do rio com as vestes encharcadas e sentiu-se envergonhado por causar tamanha comoção. Porém a mãe sorriu carinhosa para si e para o marido, recebendo o mesmo tecido grosso sobre os ombros.
— Desculpe-me. – a voz em tom choroso do menino atraiu a atenção de Fugaku, que lhe dirigiu um olhar carinhoso.
— Não há problema, está tudo bem. – estendeu a bolsa para o menor do grupo. – Talvez fiquem grandes por serem de Itachi, mas vista-se. – o pequeno acenou positivamente, abraçando o que lhe foi entregue. Recebeu um olhar atento do senhor enquanto se enfiava nas vestes limpas e perfumadas. – Me diga o seu nome, criança.
— Eu não tenho nome, sou apenas um servo sem valor, senhor. – disse o garoto depois de pensar um pouco, abaixando a cabeça de forma envergonhada e apertando os braços ao redor de si mesmo em sinal de ansiedade. Aqueles senhores e seu filho haviam visto seu crime, seu pecado.
O casal se entreolhou. O filho deles se aproximou da outra criança e o ajudou a fechar os os botões da camisa, terminando de acomodar a roupa larga.
A mente do mais velho estava totalmente focada nas crianças, apenas voltando a si quando o menor olhou em direção à outra margem do rio.
— Está tudo bem? – Itachi olhou na mesma direção que o menino encarava assustado.
— O que são esses gritos? E por que estão vindo para cá, senhor? – Olhou para mais velho do grupo, que em um salto puxou a mulher para junto de si e deu ordens para que seguissem para os cavalos.
— Como pode ouvir algo? – Fugaku questionou ao sem nome, enquanto embrenhavam-se na floresta em direção à estrada.
— Não sei, senhor. Tudo está causando incômodo aos meus ouvidos. – respondeu, coçando a cabeça com a mão livre, já que a outra era firmemente segurada por Itachi, que o guiava na direção certa.
— Meu esposo, são eles? – Mikoto seguia atrás das crianças, os forçando a acelerar os passos.
O mais velho acenou positivamente, fazendo uma expressão fechada surgir no rosto do filho. Encaminharam-se rapidamente até os cavalos, preparando-se para partir.
— Essa criança foi a nossa salvação, Mikoto. – comentou o mais velho, segurando o corpo pequeno do menino e colocando-o na cabeça da sela de seu próprio animal.
— Sa...Suke – Itachi pronunciou, segurando as rédeas de seu cavalo e então olhando para o pai. – Aquele que traz socorro, ajuda.
A chinesa sorriu e se acomodou em seu transporte, Fugaku gargalhou. Subiu junto à criança e passou a mão nos fios negros, afastando-os da face pequena.
— Então deixe-me lhe dar esse nome, criança. – semicerrou os olhos e sorriu.
Não era possível que houvesse alguma família de sangue puro na região, mas aquela criança não era um qualquer, ele podia dizer isso apenas observando-lhe e pela situação que acabara de passar. Era costumeiro que crias de raça pura aparentassem fragilidade como humanos até certa idade, que era quando a sede desenfreada pelo sangue surgia e seu corpo começava a se preparar para a maturidade.
— Por favor. – Mikoto sentiu-se aquecer. Olhou para o marido e para o filho com compaixão.
— A partir desta data, você será conhecido como Uchiha Sasuke, aquele que traz o socorro, segundo filho do clã Uchiha. – Fugaku determinou, olhando de forma altiva para criança que o observava com emoções diversas.
— O-obrigado. – o garoto encarou as mãos que seguravam firmemente a sela preta. Nunca estivera em cima de um cavalo, sempre era arrastado por correntes e cordas que lhe cortavam a pele.
— Você está sozinho? Há mais alguém para salvar? – Mikoto questionou.
— Sempre estive sozinho, minha senhora. Não sei de onde vim ou quem me deu a vida. Apenas fui achado por um mercador e estive sendo um servo fiel pelas últimas três primaveras. – a mulher ignorou o vocabulário rebuscado da criança, já que tinha o um exemplar disso saído do seu próprio ventre.
— Você não está mais sozinho. – apontou para si e para os outros.
O momento foi interrompido por um uivo horripilante não muito longe dali. Sasuke sentiu seu corpo arrepiar-se e um choque passar por sua coluna. Acomodou-se contra o peito de Fugaku, olhando assustado para a direção de onde vinha o som.
— Nosso tempo acabou, precisamos ir. – O mais velho esporou seu cavalo e afastaram-se do perigo iminente à galope.
Sasuke foi a salvação dos Uchihas, os últimos Uchihas.
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