Paralisia do Inferno Seguir história

Allan era um menino de 12 anos que sofria de paralisia do sono desde pequeno. Ele tinha medo de dormir, pois nunca sabia quando iria acordar sem poder se mexer ou falar, sentindo uma presença maligna no quarto. Ele tentava evitar os episódios dormindo de lado, evitando bebidas alcoólicas e mantendo uma rotina regular de sono, mas nem sempre funcionava.

Uma noite, ele teve um pesadelo terrível em que estava sendo perseguido por uma criatura horrenda, com garras, dentes afiados e olhos vermelhos. Ele corria desesperado, mas a criatura era mais rápida e o alcançava. Ele sentia as garras rasgando sua carne, os dentes mordendo seu pescoço, o sangue escorrendo pelo seu corpo. Ele gritava, mas ninguém o ouvia.

Ele acordou assustado, mas logo percebeu que não podia se mover. Ele estava deitado de costas, com os olhos abertos, mas paralisado. Ele tentou falar, mas nenhum som saía de sua boca. Ele olhou para o lado e viu a mesma criatura do pesadelo, parada ao lado de sua cama, olhando para ele com um sorriso macabro. Ele sentiu um arrepio na espinha, um frio na barriga, um pavor sem fim. Ele pensou que era uma alucinação, que era apenas um efeito da paralisia do sono, que logo iria passar. Mas a criatura se aproximou dele, colocou uma das garras sobre seu peito e disse com uma voz rouca e sibilante:

- Eu estive esperando por você, Allan. Você é meu agora. Você nunca vai escapar de mim. Eu vou te torturar todas as noites, até você implorar pela morte. E então eu vou te matar, devagar e dolorosamente. E você vai saber que tudo isso é real. Muito real.

Allan sentiu uma dor aguda no peito, como se a garra estivesse perfurando seu coração. Ele tentou gritar, mas só conseguiu emitir um gemido abafado. Ele viu a criatura se inclinar sobre ele, abrindo a boca para morder seu rosto. Ele fechou os olhos, esperando o fim. Mas o fim não veio. Ele continuou sentindo a dor, o medo, a angústia. Ele abriu os olhos novamente e viu a criatura ainda ali, rindo de sua agonia. Ele percebeu que não estava sonhando, que não estava alucinando, que não estava paralisado. Ele estava acordado, ele estava consciente, ele estava vivo. E ele estava no inferno.