yare Ingrid Cunha

Muito se era especulado sobre vida alienígena, embora ninguém esperasse que o contato com a raça acontecesse tão rápido e fosse marcado pelo ataque devastador que incapacitou a superfície terrestre de sustentar qualquer ser vivo. A Grande Guerra que ceifou diversas vidas, obrigando os sobreviventes a se deslocarem para cidades subterrâneas, que foram construídas pelos países como recurso de ultima hora. Anos se passaram, a paz acompanhava os humanos que pouco a pouco se adaptavam as novas tecnologias desenvolvidas. Porém, em meio ao receio de serem atacados novamente, uma organização governamental usou recursos para desenvolver armas para proteger os sobreviventes e uso dessas armas começava a ser frequente, em prol do bem maior.


Fanfiction Anime/Mangá Todo o público.

#naruto #sasusaku #sarada
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Prólogo

Era possível ouvir várias vozes falando ao mesmo tempo. Umas eram vozes mais agudas, demonstravam apreensão e outra com tons mais autoritários que ditavam as ordens, enquanto podiam ouvir claramente tudo a sua volta, eles ainda mantinham o olhar sobre o outro. Estavam... paralisados.

Ela simplesmente balançou a cabeça perante a situação, porque ele tinha que ser tão teimoso? Porque não poderia fazer o que ela pedia ao menos uma vez?

— Por favor... Vá — ela suplicou.

— Eu não vou, não sem você. — ele retrucou, no mesmo tom.

— Mas você precisa e você sabe disso. — tentou argumentar e pela primeira vez ela viu a clareza aparecer em seus olhos, entendendo porque ele precisava ir. Alguém dependia dele.

De repente, tudo ficou silencioso. Era possível ouvir apenas o barulho do ar condicionado do ambiente funcionando e a respiração apressada dos dois que ainda estavam no laboratório.

O que chamou a atenção de ambos foram as pequenas chapas metálicas descendo onde se encontravam as janelas do ambiente, assim, impossibilitando uma fuga. Ao final desse primeiro som, foi ouvido um estrondo vindo da porta dupla que havia sido trancada minutos antes. A poeira do concreto junto com estilhaços da bomba invadiu o local, junto com passos apressados.

— Espera... Eu tenho um plano. — falou, olhando fixamente para que aos poucos começava a chorar.

***

Tokyo, 2035.

Apoiava a cabeça em uma das mãos, enquanto ouvia atrás de si os dois adultos discutindo novamente. Comia seu cereal de maneira tranquila, até que uma das cadeiras a sua frente foi arrastada e o homem de cabelo azul, quase branco, se sentou.

— Caramba, Karin é louca. — comentou, coçando a testa que continha uma marca vermelha, provavelmente devido a um tapa.

— Você que provoca ela, sabe disso não é? — respondeu, colocando mais uma colher cheia na boca.

— É bom... Gosto desse jeito louco dela. — disse, pausando no momento em que ouviu a mulher gritar da cozinha que havia escutado. Ele simplesmente deu de ombros com um pequeno sorriso no rosto. — O que você tem pra mim?

— Cereal. — empurrou a caixa ao seu lado em direção ao homem que prontamente a pegou, levantando-se para buscar uma tigela para se servir.

— Suigetsu, pare de falar mal de mim pelas costas para a Sarada. — retrucou a mulher ruiva, finalmente aparecendo na mesa e se sentando na cadeira ao lado de Suigetsu, que já estava comendo.

— Você sabe que não preciso disso, aliás, Sarada tem quatorze anos, já consegue deduzir as coisas sozinha. — rebateu com a boca cheia, enquanto a mulher o olhava por cima dos óculos, o que ele entendeu ser uma advertência para ficar quieto.

— Tudo bem, vou para meu quarto para vocês continuarem se amando. — avisou a menina, já se levantando e subindo as escadas.

Dentro do seu quarto pôde finalmente respirar com clareza. Olhou para seu relógio digital sobre o criado mudo, que marcava sete e vinte da manhã. Estava quase no horário de pegar o transporte até a escola. Conseguiu se arrumar rapidamente e enquanto estava sentada arrumando suas coisas, viu uma luz piscando na parede acima de sua cama.

Pegou o tablet que estava em um suporte no seu criado mudo e o ligou. Com movimentos rápidos, apareceu um holograma representando a tela em sua frente. Jogou algumas páginas e arquivos no lixeiro que ficava no canto do holograma, e entrou em seu e-mail encontrando em seu lixeiro eletrônico um e-mail sem remetente.

Abriu o arquivo despreocupada e quando leu a mensagem “Vaga aberta para novo piloto da Akatsu. Inscrições abertas por tempo limitado...”, bufou não se dando o trabalho de ler o resto. Passou a palma da mão em frente ao holograma que logo desapareceu e desligou o tablete em seguida.

Pegou sua bolsa perto da porta e enquanto estava saindo, lembrou-se de algo que a faz voltar para o quarto e pegar o mp3 portátil que estava embaixo de seu travesseiro.

— Estou saindo, até mais. — despediu-se, vendo a cena de Karin e Suigetsu sorrindo um para o outro. Sem esperar por uma resposta, passou pela porta rumo à estação.

Já estava há quinze minutos no trem que levava as pessoas do seu distrito até o centro. Lá se encontrava quase toda a vida de Sidonia. Algumas pessoas andavam pelas calçadas despreocupadas, alguns carros que eram movidos à luz solar — proveniente da atmosfera terrestre acima — transitavam pelas ruas.

Muitas delas usavam roupas executivas, pois o prédio mais alto do centro era do Centro de Inteligência e Tecnologia chamado Akatsu. O prédio era cercado por vários outros prédios pequenos que eram apenas fachadas. Todo mundo sabia a utilidade daqueles prédios, mas ninguém tinha coragem de se opor. E por motivo de segurança um bom perímetro do prédio central era cercado por muros altos com vigilância de vinte quatro horas.

Olhava despreocupada para o prédio em questão e de repente o trem parou, à medida que uma luz vermelha era acionada. Todas as pessoas se levantaram para olhar pela janela, uma voz no alto falante do trem os informavam para sentarem em seus respectivos lugares que o trem seria levado para um dos esconderijos de proteção. Ao termino da mensagem de voz, uma sirene foi ouvida por toda a cidade. Todo mundo conhecia aquela sirene. Todo mundo sabia o que significava.

A superfície estava sento atacada.

Todos os tripulantes se sentaram e colocaram os cintos. Sidonia estava a alguns quilômetros abaixo da superfície terrestre, mas vez ou outra era possível ouvir os estrondos que vinha de cima, junto com o medo que todos compartilhavam que era: E se eles conseguissem descer novamente?

Ignorando a mulher ao seu lado, que segurava o choro, olhou novamente para a torre. Conseguiu ver um dos prédios em volta se abrir ao meio, revelando parte de uma armadura gigantesca de cor laranja, ao mesmo tempo em que uma parte do céu artificial era aberto, mostrando uma passagem junto com uma liga de metal que se conectou junto com as outras do prédio formando um elevador, assim impulsionando a armadura para cima.

O esconderijo em que estava era um dos pequenos. Não tinha uma tv e nenhum meio de comunicação para informar as pessoas o que estava acontecendo lá em cima.

A única certeza que tudo acabou bem foi quando as luzes dos esconderijos foram acionadas e a porta liberada, enquanto alguns homens fardados ajudavam as pessoas a saírem sem muita dificuldade.

— Sarada! — Karin gritou, abraçando-a assim que chegou, no meio da tarde. Não havia conseguido ir para o colégio e só se deu conta que horas eram quando foi liberada do esconderijo. O relógio digital embutido na parte superior do seu pulso havia parado, assim como todos os outros. — Você está bem? — perguntou, revistando-a procura de algo anormal.

— Eu estou bem, foi só um susto. — respondeu, quase que automaticamente. Ouviu vozes vindas da sala e conseguiu fugir do agarre da mulher, direcionando-se para o cômodo e encontrando Suigetsu em pé de braços cruzados, analisando as matérias e reportagens do ataque.

Em frente às pequenas telas que estavam fixadas na parede. Todas mostravam vídeos diferentes. Um deles mostrava o robô lutando contra o humanoide com certa dificuldade. O humanoide provavelmente tinha em torno de 10 metros, tinha cores brancas e verdes, dois braços de um lado do corpo e do outro apenas um e em seu rosto era possível ver apenas os olhos de cores vermelhas. Em outra tela, mostrava o robô sendo levado para baixo, junto com o braço amputado, o qual o humanoide havia conseguido acertar.

— Ah Sarada, não vi você. — comentou Suigetsu, depois de perceber sua presença atrás de si. — Curioso não? Esse é o primeiro ataque depois de quase dois anos. Parece que vieram mais resistentes, afinal, conseguiram amputar um dos braços da Unidade. Provavelmente os reforços metálicos não foram bem posicionados e... — voltou a si, lembrando-se de alguma advertência. — Bom, ainda bem que tudo ocorreu bem. — terminou, fazendo a mesma coisa que ela fez com o holograma mais cedo. — Vamos incomodar a Karin um pouco.

Horas mais tarde, jantaram em silêncio. O silêncio vinha mais da garota do que dos dois adultos, que conversavam normalmente como um casal. Ainda ajudou Karin a lavar e guardar as louças e se despediu dos dois, alegando que estava cansada e que iria dormir cedo.

Tomou um banho demorado e agora estava deitada em sua cama. Olhou para o seu pulso esquerdo, onde havia alguns números digitais abaixo da sua pele que indicavam seus batimentos cardíacos e a sua temperatura corporal. Estava tudo normal, mas algo a estava incomodando.

Pegou novamente o tablete em mãos, sem ativar o holograma, para vasculhar direto na tela a sua caixa de e-mail novamente. Abriu a mensagem sobre a seleção para Akatsu e ao correr os olhos por cada linha, se atentou especialmente a um parágrafo “... serão escolhidos apenas vinte participantes do total de inscritos. Os participantes selecionados passarão por uma prova de aptidão onde serão analisados e avaliados individualmente. E dos vinte apenas cinco serão escolhidos para o teste de sincronização, no qual será analisado o desempenho de homem/máquina. Apenas uma pessoa dessas cinco será nomeada piloto da nova unidade desenvolvida.”

Respirou fundo, pensando seriamente sobre qual a necessidade de passar por tantos testes.

Chegou ao final e encontrou o link para fazer a inscrição e leu novamente o trecho onde informava a data para expiração do cadastro. Aquele era o último dia, e o prazo era até a meia noite.

Fitou o relógio que marcava 23:42 pm, respirou novamente e clicou no link para realizar seu cadastrar, afinal, não custava nada.

28 de Abril de 2018 às 00:42 0 Denunciar Insira Seguir história
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