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Yuri e Otabek tinham menos tempo do que gostariam para aproveitar a companhia um do outro. Assim, naquela tarde, o loiro não hesitou em eternizar o momento. Porém, os sentimentos e sensações que experimentavam juntos podiam não ser concretos como uma fotografia, mas não eram menos reais.


Fanfiction Anime/Mangá Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#yurionice #Otabek-Yuri #otayuri
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Saindo com Beka


— Aargh. — Protestava o loiro arrastando Otabek para outro corredor do supermercado — Esse velhos nojentos tem que ficar se agarrando o tempo todo?

O cazaque apenas sorria acompanhado os passos apressados do mais novo. Yuri sempre se mostrava irritado e incomodado na presença de Viktor e Yuuri, mas a verdade era que os adorava. Disfarçava bem, na opinião do moreno.

— Por que exatamente tivemos que vir ao supermercado? — Perguntou guiando o carrinho que já estava cheio de besteiras.

— Porque o Porco vai fazer Piroshki de Katsudon pra você experimentar. — Respondeu loiro enquanto revirava um cesto cheio de balas de gelatina. — E eu definitivamente não confio naqueles dois sozinhos comprando nossa comida.

— Podíamos ter ficado em casa — Otabek o abraçou por trás, esfregando propositalmente seu membro no bumbum empinado do russo — Aproveitando que os dois estão fazendo compras…

— Você é um maldito pervertido, não é? — Respondeu num tom divertido, virando-se para encarar a face corada do cazaque.

— Depois que sairmos daqui, nós vamos voltar para o apartamento sozinhos. — Yuri voltava a revirar os doces — O Porco e o Velho vão comprar roupas ou sei lá. Será que você pode me ajudar a achar as malditas Gummy Bears?

— Tem várias gelatinas aí, isso não tem tudo o mesmo gosto? — o patinador procurava em uma prateleira que tinha acima do cesto.

— Claro que não. As de ursinhos são muito mais saborosas, não são tão ácidas…

— Então você sempre gostou de ursos? — o tom do moreno era malicioso, mas Yuri não percebeu de imediato.

— Sim, mas é porque… — levantou os olhos encarando o pequeno sorriso de lado do namorado — Caralho, você é mesmo um idiota.

Otabek dava uma de suas raras gargalhadas e o russo não pode deixar de acompanhá-lo.

***

Tinham acabado de sair do supermercado, levavam as compras até o carro de Viktor e Yuuri, onde Otabek deixara os capacetes.

— Tudo bem, velhos — Yuri disse após terminar de guardar as compras no porta-malas e pegar um dos capacetes — Vejo vocês em casa. Não se incomodem em ser rápidos — lançou um olhar cúmplice para Otabek — Levem o tempo que precisar.

— Yuri Plisetsky! — gritou Viktor — Eu vi esse olhar, e não gostei nem um pouco, mocinho.

— Que ótimo, pena que eu não dou a mínima. — deu de ombros.

— Yuuriiiiiiiii, olha como esse garoto me trata. Eu criei com tanto amor e…

— Você não é meu pai, velho careca.

— Viktor, não é como se não soubessemos que eles já… — o japonês corou dos pés a cabeça — Você sabe…

— Mas será que vocês podem parar de falar da vida sexual dos outros na porra de um estacionamento? — o tigre russo também tinha a face vermelha, embora não gostasse de demonstrar, aquele assunto em particular o deixava embaraçado.

— Muito bem — Otabek quis dar fim naquela discussão — Então, vamos?

— Tem certeza que não quer que te levamos Yurio? — Yuuri olhava do Russo mais jovem para o capacete em sua mão.

— ‘Tá tudo bem Porco. — respondeu soando pela primeira vez gentil, embora o apelido pudesse parecer ofensivo, era extremamente carinhoso — Otabek vai devagar, né Beka?

— Sim, pode ficar tranquilo Senhor Katsuki.

— Nikiforov — Viktor levantara a mão esquerda, onde adornava uma exageradamente grossa aliança dourada — Katsuki-Nikiforov.

— Que seja — Yuri revirou os olhos — Vamos logo, antes que peguemos o vírus dessa loucura.

Deu as costas e de mãos dadas com o cazaque seguiu até onde o outro deixara estacionada sua moto.

Aproximaram-se do veículo, Otabek vestiu as luvas que tinha no bolso e preparava-se para pôr o capacete, quando virou-se para ajudar o loiro a vestir seu próprio, notou o mesmo riscando com uma pedra o muro de tijolos a vista do estacionamento.

— Isso é crime sabia?! — Perguntou levantando a sobrancelha.

— É culpa do meu namorado — brincou o mais novo — Ele tem fama de delinquente — Aproximou-se dando-lhe um selinho casto — vamos tirar uma selfie, essa parede é legal.

Posicionou-se às costas do cazaque, que ainda estava sentado na moto, retirando o capacete, mirou a câmera de forma que aparecesse ambos e também a parede onde ele havia escrito “Yuri Beka”, e tirou a foto. Assim que ouviu o clique o moreno lhe beijou entre os cabelos, levando os lábios até as bochechas perigosamente perto dos lábios, fazendo com que se arrepiasse.

— Você podia ter dado um sorrisinho né? — Yuri mexia no celular, procurado um filtro no aplicativo de fotos, Otabek deu de ombros — Eu posso postar? — Perguntou mesmo que já estivesse escrevendo “Going out with Beka” na legenda.

O moreno levantou o tronco tentando ver a imagem, ficou satisfeito com a foto, desde que começaram a namorar, sempre acabavam por esquecer de tirar fotos. Ficavam muitos meses separados, já que Otabek treinava no Cazaquistão e Yuri na Russia, então só se viam durante as apresentações, ou quando o Russo o visitava em Almaty. Era a primeira vez que Otabek ia até São Petersburgo a passeio. Yuri morava na casa de Lilia, e a bailarina, assim como o treinador do loiro, Yakov, não eram os maiores fãs de Otabek, desde que o mesmo havia o ajudado a mudar sua coreografia da apresentação de gala e bem… “Desvirtuado o bebê inocente”- palavras de Viktor, ao saber que Yuri tinha perdido a virgindade sobre o gelo. Felizmente, Yuuri era muito compreensivo, e sempre que podia ajudava o jovem casal a se encontrar. Como agora, Lilia e Yakov tinham viajado para o interior, buscando por jovens talentos, e Yuri estava hospedado em seu apartamento e de Viktor, o japonês não hesitou em chamar o cazaque para visitá-los.

— Claro que pode gatinho — Otabek desvencilhou-se dos pensamentos — Me envia também. Quase não temos fotos juntos.

Yuri concordou e lhe enviou a foto, antes de vestir o capacete e subir na moto, abraçando a cintura do cazaque, que guardava o celular, para então, dar a partida.

Assim que chegaram ao apartamento de VIktor, Otabek foi tomar banho, já que não o tinha feito desde que chegara a Rússia. Yuri jogou-se sobre a grande cama de casal, estava com sono, mas queria aproveitar ao máximo o pouco tempo que tinha com o namorado. Aproveitou para olhar os comentários na foto que havia postado. Esperava por mensagens maliciosas por parte de alguns patinadores que sabiam que ambos namoravam, e não se chocou quando Chris Giacometti perguntou quando era o casamento. Yuri rolou os olhos quando viu que JJ tinha acabado de comentar um “ Nas fotos comigo ele sorri”, o canadense não perdia a oportunidade de provocá-lo, fazendo ciúmes sobre Otabek. O russo já o detestava antes por sempre ser chamado de donzela, e quando soube das “aventuras” que Otabek tivera com o Leroy durante o tempo que treinou no Canadá, só sentia mais asco. Por que ele não ia cuidar dos preparativos do maldito casamento dele?

O celular do cazaque começou a tocar, fazendo o loiro dar um pulo de susto, e xingar algo em russo.

— Beka, seu celular ‘tá tocando! — Gritou.

— Atende pra mim, eu já estou saindo…

Esticou-se até o criado mudo, pegando o aparelho que já não tocava mais, sentiu toda a face corar ao ver que Otabek havia colocado a foto de instantes atrás como proteção de tela.

— Quem era? — o cazaque apareceu, saindo do banheiro acoplado ao quarto, tinha uma toalha sobre os ombros e outra na cintura.

— Eu… — Yuri desviou os olhos, — Eu não vi… — Otabek tinha colocado a foto deles como proteção, oh meu Deus. Sentia borboletas em seu estômago, e um frio lhe correr a espinha.

— Ei, o que aconteceu? — Otabek aproximou-se, pegando ambas as mãos do loiro, uma delas ainda segurava seu celular, foi sua vez de ficar rubro. — Eu… É… Quer tirar um cochilo? — Desviou o assunto — Você disse que estava cansado.

Yuri o encarou incrédulo, soltou as mãos que seguravam as suas, entregou o celular do cazaque para o mesmo, e buscou por seu próprio sobre a cama. Quando Otabek pensou em explicar o porque de ter posto a foto como bloqueio, sentiu o flash vindo do aparelho do loiro lhe cegar.

— Ei, não se mexe porra — Protestou o russo — Tremeu, fica parado caralho.

— O que está fazendo?

— Eu também quero uma nova foto de bloqueio oras. Não é óbvio?!

— Mas eu estou sem roupas.

— Mas é assim que eu gosto — Yuri aproximou-se novamente do moreno, puxando-o para perto pelas pontas da toalha em seu pescoço, e mordiscando-lhe os lábios.

— Quem era o pervertido mesmo?

Logo Yuri tinha as costas sobre a cama e Otabek sob si, intercalando-se entre beijos e cócegas. Era bom tê-lo assim perto, fazendo coisas comuns de casais.

Era bom estar Saindo com seu Beka.

31 de Março de 2018 às 22:46 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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