Quando Rafael acordou naquela manhã, ele sabia que algo estava errado. A luz do sol que entrava pela janela parecia diferente, e o som dos pássaros lá fora era estranhamente desconhecido. Lentamente, ele se sentou na cama, olhando em volta. Foi então que ele notou algo assustador: o quarto em que estava não era o seu.
Rafael trabalhou-se abruptamente e examinou o ambiente com os olhos arregalados e boquiaberto. A mobília era antiga, com uma pátina de décadas de uso. Os quadros nas paredes mostravam paisagens de uma época que ele não reconhecia,e a parede que parecia ser branca já estava amarelada. Ele saiu da cama e foi até a porta do quarto a abrindo, ele saiu do quarto e caminhou pelo corredor, encontrando uma pessoa desconhecida parada ali.
"Ah, finalmente acordou, querido, já está se sentindo melhor?", disse a pessoa com um sorriso caloroso. Era um homem de meia-idade com cabelos grisalhos, olhos de cor escura e pele clara, e um olhar um pouco familiar. "Você dormiu muito hoje!"
Rafael ficou perplexo. Ele nunca tinha visto aquele homem antes, mas a familiaridade com que ele o tratava era desconcertante. "Desculpe, mas quem é você? E onde estou?"
O homem franziu a testa, aparentemente confuso pela reação de Rafael. "Você está em casa, e como assim 'quem é você?' Sou seu querido Enzo. Está tudo bem? Você parece um pouco perturbado."
Rafael passou a mão pelo rosto, tentando entender o que estava acontecendo. "Enzo... eu não me lembro de você. E este lugar... não é o meu lar, eu não lembro de estar aqui antes. Eu não sei como cheguei aqui."
Enzo olhou preocupado para Rafael. "Isso não faz sentido. Você bateu na minha porta ontem à noite, dizendo que estava se sentindo mal, e que estava brigado com a sua mãe, e me pediu para descansar um pouco. Eu o trouxe para cá, e você acabou adormecendo. Você não se lembra disso?"
Rafael balançou a cabeça em sinal de negação, sua mente girando com confusão e medo. Ele não tinha ideia de como tinha parado naquele lugar estranho e como essa pessoa parecia conhecê-lo tão bem. Uma onda de pânico começou a se instalar dentro dele.
"Eu... Eu preciso descobrir o que está acontecendo", murmurou Rafael, sua voz trêmula. "Eu não pertenço a este lugar. Eu preciso voltar para a minha casa e para os meus familiares."
Enzo olhou para Rafael, sua expressão misturando compaixão e descrença. "Meu amigo, você está falando coisas estranhas. Como assim 'voltar para casa e para os seus familiares'? Isso não faz sentido. Aqui é sua casa, e seus familiares estão todos aqui.Você está aqui, agora. Por que não relaxa e deixa as coisas se acalmarem um pouco? você pode voltar a dormir se quiser, só deve estar cansado"
Mas Rafael não conseguiu relaxar. Ele sabia que alguma coisa não estava certa, mas o que seria? Será só que ele esqueceu das coisas?. Ele se esforçou para lembrar das memórias antigas, mas tudo o que encontrou foram fragmentos desconexos de memórias e uma sensação de desorientação.
Determinado a descobrir a verdade, Rafael começou a explorar a cidade. Ele ficou chocado ao descobrir que tudo era completamente diferente. As ruas estavam repletas de carros antigos, as lojas exibiam produtos que ele nunca tinha visto antes, e as roupas das pessoas eram completamente distintas das que ele conhecia. Era como se ele tivesse sido transportado para uma época passada. Já que ele não se lembrava daquele lugar, e nem se lembrava que as pessoas se vestiam daquele jeito.
Enquanto Rafael lutava para se adaptar as coisas, ele continuou se deparando com pessoas que o conheciam, mas ele não fazia ideia de quem eram. Ele viu rostos que pareciam familiares, mas seus nomes e conexões permaneciam um mistério. Todos pareciam ignorar sua angústia, tratando-o como se tudo estivesse perfeitamente normal.
Rafael se sentia cada vez mais isolado e desesperado. Ele tentou encontrar respostas em livros antigos, procurou por alguma explicação científica ou histórica que pudesse justificar sua situação, ele procurava as informações em diversas bibliotecas da cidade, e até mesmo em 'sua casa'. No entanto, tudo o que encontrou foi um vazio de informações.
Então, um dia, quando Rafael estava prestes a desistir, ele entrou em um cômodo da casa que ainda não tinha visto, após ele entrar no cômodo, ele viu c um diário escondido perto de uma pilha de caixas, o cômodo parecia um velho sótão. Ele logo se aproxima e pega o diário.Era o diário do Enzo, ele sabia pós estava escrito o nome dele na capa do livro, na parte de baixo, então Rafael logo decidiu ler. À medida que ele lia as páginas amareladas, a verdade finalmente se revelou.
Enzo era seu avô, ele era um cientista brilhante, obcecado com as viagens no tempo. Ele havia inventado uma máquina do tempo e feito experimentos arriscados. No entanto, algo deu errado, e Rafael foi acidentalmente enviado para o passado.
Com o conhecimento adquirido, Rafael se desenvolveu a encontrar um meio de voltar para o seu tempo. Ele estudou os projetos de seu avô e trabalhou incansavelmente para recriar a máquina do tempo. E, depois de muitas tentativas e erros, ele finalmente teve sucesso.
Com o coração cheio de esperança, Rafael ativou a máquina do tempo, entrando dentro dela, ele fechou os olhos. Quando os abriu novamente, estava de volta ao seu próprio tempo, na sua própria casa. O alívio invadiu-o, e ele se prometeu nunca mais subestimar o valor de cada momento presente.
Embora a experiência de Rafael tenha sido apavorante e desconcertante, ela o ensinou a apreciar o presente e a valorizar as conexões que ele tem em sua vida. Ele sabia que nunca mais esqueceria o tempo em que acordou em um lugar estranho e em uma época diferente, mas também nunca esqueceria a força que encontrou dentro de si para superar os desafios e voltar ao seu lar.
A partir desse dia, Rafael valorizou cada segundo e aprendeu a aproveitar o tempo como nunca antes. E quando a saudade batia, ele pensava com carinho em Enzo, o avô que parecia conhecê-lo tão bem.
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