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Em uma tarde fria de inverno, se conheceram. Em uma tarde fria de inverno, se amaram. Em uma tarde fria de inverno, se completaram.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos. © Todos os direitos reservados a LollipopMars

#fanfic #exo #oh-sehun #hunhan #lu-han #gay #lgbt+
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memórias

[depois do fim]

Era uma tarde fria de inverno e Sehun estava sentado sozinho na praia. Tinha um cobertor colorido em seus ombros. À sua frente o sol se encontrava com o mar.

[antes do começo]

— Olá. — Disse um garoto pequeno de feições delicadas.

— Posso ajudar? — Sehun respondeu analisando o garoto do outro lado do balcão.

— Você tem o Pequeno Príncipe?

Sehun pensou por um tempo e então lembrou-se que havia alguns exemplares do livro na parte de trás da livraria.

— Vou pegar lá atrás e já volto.

Sehun deu as costas e foi na parte de trás da loja buscar o livro. Voltou poucos minutos depois, porém o garoto havia ido embora. Sehun suspirou tristemente, precisava se lembrar de ser mais rápido da próxima vez e colocou o livro embaixo do balcão.

[um caminho a seguir]

Sehun levantou e a areia que havia grudado em sua calça começou a se desprender conforme ele ia andando em direção a estrada. Estava descalço e suas pegadas ficariam marcadas na areia até a próxima ventania. O jipe azul estava à poucos metros dali, estacionado na margem entre o acostamento e o início da areia.

[no princípio de tudo]

Alguns dias se passaram e o exemplar do Pequeno Príncipe continuava embaixo do balcão.

Então, o sino em cima da porta soou. Sehun tirou os olhos do livro que lia, um dos romances do Dan Brown e voltou-se para a porta. Seus olhos foram de encontro com o rosto angelical do garoto do outro dia.

— Oi. — Falou enquanto se aproximava do balcão. — Desculpe pelo outro dia, recebi uma ligação e precisei ir…

— Tudo bem. — Sehun falou sorrindo cordialmente. — Eu guardei ele aqui pra você.

O garoto sorriu gentilmente e Sehun retribuiu o sorriso. Depois de pagar pelo livro, ele agradeceu e ia saindo quando Sehun disse:

— Sehun.

O garoto virou-se sem entender.

— Meu nome... É Sehun. — Disse um pouco envergonhado.

— LuHan. — Falou com um pequeno sorriso entre os lábios.

Dito isso, ele abriu a porta e saiu, logo saindo do campo de vista de Sehun.

[depois da partida]

Sehun entrou no jipe azul e girou a chave na ignição e logo o motor começou a funcionar e ele partiu. Ligou o rádio e então uma melodia começou a tocar. Ele não conhecia a música, mas ela era calma e a letra o fazia lembrar dele.

"Se eu pudesse voar, eu estaria voltando diretamente para você em casa

"Eu acho que posso desistir de tudo, é só me pedir

"Preste atenção, eu espero que você escute por que eu abaixei a guarda

"Agora eu estou completamente indefeso

"Para seus olhos apenas

"Eu vou mostrar meu coração."

[antes que o sol se ponha]

Passaram-se mais alguns dias até que LuHan voltasse a aparecer.

— Oi. — Falou quando entrou, depois de o já familiar sininho indicar a sua chegada.

— Oi.

Os dois passaram alguns instantes em silêncio, apenas olhando um para o outro. E por mais que parecesse constrangedor, as palavras não pareciam realmente serem necessárias naquele momento, como se tudo estivesse como realmente deveria estar.

Entretanto, foi LuHan quem, por fim, quebrou o silêncio.

— Talvez não seja a melhor pergunta a ser feita nesse momento... — falou colocando as mãos nos bolsos. — Mas eu irei fazer mesmo assim…

— Ok... – Sehun deu de ombros, embora estivesse um tanto ansioso.

— A que horas você sai?

A pergunta pegou Sehun de surpresa.

— Às cinco. Por quê?

— Nos vemos às cinco então.

Dito isso LuHan saiu da livraria quase saltitando deixando um Sehun completamente confuso.

[no meio do caminho]

O vento batia em seus cabelos e os deixavam bagunçados, porém, Sehun não se importava com aquilo, lembrava que ele dizia que ficava charmoso e que cabelos bagunçados combinavam com Sehun. E além disso, gostava de sentir a brisa do fim da tarde transpassar seu rosto enquanto dirigia, era, de certa forma, tranquilizante, como se nada de ruim pudesse acontecer enquanto estivesse ali. Não era à toa que ainda dirigia aquele jipe e, também, tinha ele. Ele dizia que no fim da tarde, a brisa da estrada à beira do mar fazia cócegas em suas bochechas e ele amava aquela sensação.

[a estrada]

Sehun fechou a livraria e ao se virar para a calçada, avistou um jipe de praia azul estacionado do outro lado da rua. LuHan estava no lugar do motorista e buzinou para chamar a atenção do outro. Sehun atravessou a rua e parou ao lado de LuHan, à espera de alguma explicação.

— Oi! – LuHan falou sorrindo. — Vamos, pode entrar!

Sehun hesitou por alguns segundos se deveria ir com LuHan ou não. Por um lado, ele era um completo desconhecido, por outro, Sehun queria saber mais sobre o jovem de feições delicadas que havia entrado em sua livraria em busca do Pequeno Príncipe.

— Vamos logo! — Falou LuHan cortando a linha de pensamento de Sehun.

Ele balançou a cabeça, olhou para LuHan, sorriu, e então entrou no carro e fosse o que fosse.

— Onde você vai me levar? — Perguntou depois de algum tempo, quando percebeu que LuHan estava saindo da cidade.

— Para a praia. — Disse o garoto sem desviar os olhos da estrada.

— A essa hora? Em plena segunda-feira?

— Por que não? Eu gosto de ir à praia a essa hora em segundas-feiras.

Sehun não disse mais nada. Manteve-se em silêncio o restante do percurso, enquanto LuHan cantarolava alguma música vez ou outra.

Quando por fim chegaram à praia, o mar estava calmo, o sol estava começando a se pôr, o vento soprava frio, era início de inverno e Sehun havia deixado o seu casaco na livraria.

— Tá muito frio aqui. — Falou Sehun quando desceram do carro.

LuHan foi até o jipe e tirou um cobertor colorido do banco de trás. Tirou os sapatos e os jogou dentro do carro, olhou para Sehun e ele entendeu que deveria fazer o mesmo.

— Vem. — LuHan falou estendendo a mão para Sehun.

A mão de LuHan estava quente, ao contrário da de Sehun que parecia ter saído do congelador. Os dedos finos do jovem se entrelaçaram aos compridos dedos de Sehun.

De mãos dadas seguiram andando pela praia, até chegar bem perto da água, quando LuHan parou e sentou-se na areia branca. Sehun então fez o mesmo, ficando um pouco afastado de LuHan.

Colocou o cobertor sobre os ombros, e se aproximou de Sehun o cobrindo também. A ponta do cobertor colorido de LuHan roçava a areia conforme o vento e fazia cócegas em Sehun.

— Eu encontrei esse lugar um tempo atrás. — Falou LuHan chamando a atenção de Sehun. — Eu estava um pouco triste e simplesmente sai dirigindo sem rumo. Então encontrei esse lugar. Era fim de tarde, numa segunda-feira. E de alguma forma esse lugar fez eu me sentir melhor.

— E você então passou a vir aqui sempre?

LuHan assentiu com a cabeça.

— Se tornou uma espécie de ritual pra mim sabe? E sempre que eu me sentia triste, eu vinha aqui.

Sehun não o respondeu, à sua frente, o sol começava a baixar, indo de encontro com o mar. Ele ergueu seu braço e rodeou a cintura de LuHan, puxando-o para mais perto de si. LuHan por sua vez, deixou a cabeça repousar no ombro de Sehun.

[a casa]

Sehun deixou o carro em frente à garagem e entrou dentro de casa. Aquele lugar nunca parecera tão escuro e vazio. Uma grande casa vazia, sem o riso dele, sem seu calor. Sem ele.

[amigos]

— Sabe, você é a primeira pessoa que eu trago aqui. — Falou LuHan depois que o sol já havia sumido abaixo da linha do horizonte e a lua começava a iluminar as águas.

— Devo me sentir honrado? — Perguntou Sehun virando o rosto para olhar para LuHan.

— Talvez... Não sei... Se quiser…

— Você parece confuso…

— Por que eu estou.

— Posso tentar ajudar... Se você quiser...

LuHan virou-se um pouco e então abraçou Sehun. Ele não entendeu o motivo do abraço entretanto, o retribuiu.

[o vazio infinito]

Sehun jogou-se no sofá da sala, na mesa de centro havia uma foto dele e de LuHan. Estavam sentados em um sofá, talvez fosse uma cama, Sehun não se lembrava ao certo. LuHan estava deitado sobre seu peito, e tinha um pequeno sorriso nos lábios, e olhava diretamente para a câmera, Sehun estava abraçado a LuHan e mantinha seus olhos no namorado. Não se lembrava quem a havia tirado, mas ele sempre havia gostado daquela foto. Embora aquela tivesse sido a última foto que tinha tirado com LuHan.

[a (primeira) despedida]

LuHan afastou-se de Sehun e uniu sua mão com a dele e voltaram para o Jipe. Nenhum dos dois disse uma única palavra durante todo o caminho de volta. LuHan parou em frente à livraria e Sehun desceu.

— Tchau... — Disse olhando para Sehun, com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

— Tchau... — Sehun falou e permaneceu em pé ali.

LuHan então deu a partida do carro e foi embora. Já era noite e Sehun caminhou até sua casa, que ficava a poucas ruas da livraria.

[só]

Depois de ter se acostumado a ter LuHan ao seu lado, era difícil não tê-lo mais ali. Era uma sensação estranha de vazio. Como se faltasse algo. E saber que ele não voltaria era ainda pior.

[lábios]

Durante toda a semana LuHan não apareceu. Sehun ficou um pouco preocupado, porém, na segunda-feira seguinte, ao fechar a livraria, deparou-se com o jipe de praia azul parado do outro lado da rua. Atravessou a rua e entrou no jipe, dessa vez sem hesitar.

— Oi. — Cumprimentou-o LuHan, assim que Sehun se sentou.

— Oi.

Assim como na semana anterior, o percurso até a praia foi em silêncio. Sentaram-se na areia branca e ficaram observando o pôr do sol.

Quando a lua começou a surgir em todo o seu esplendor no céu, os dois voltaram ao jipe e LuHan deixou Sehun em frente à livraria. E assim foi por várias semanas. Não precisam de palavras, apenas a companhia um do outro.

Num fim de tarde de outono, os dois estavam sentados na areia branca da praia, a lua já havia surgido havia bastante tempo, mas os dois permaneceram ali. LuHan sempre era o primeiro a se levantar, então segurava a mão de Sehun e os dois iam de mãos dadas até o carro. Porém nesse dia LuHan não se levantou.
Sehun não disse nada. Apenas estava esperando que LuHan dissesse ou fizesse alguma coisa.

— Sabe... — Começou LuHan de repente. — Você é o único amigo que eu tenho.

Sehun não soube o que responder.

— E o pior de tudo... — Continuou LuHan depois de alguns instantes. — É que eu me sinto culpado...

— Pelo que?

— Por esse sentimento. — LuHan desviou o olhar. — Por gostar tanto de você... Por querer ser mais do que amigo…

Sehun manteve-se impassível. A declaração de LuHan o pegou completamente de surpresa. Não sabia o que dizer a LuHan e nem como dizer que aquele sentimento era recíproco.

LuHan levantou os olhos, buscando os de Sehun. Os olhos negros de LuHan estavam quase implorando por uma resposta, enquanto o medo começava a tomar conta do seu corpo. Sehun então recorreu a única resposta possível.

Juntou seus lábios aos de LuHan. Um beijo calmo, lento. Sem língua nem nada, apenas um selar de lábios. Então separou seus lábios. Em seus olhos haviam um leve brilho. LuHan o olhava um tanto confuso.

— Só... Prometa que não vai me deixar. — Falou Sehun por fim.

— Eu não vou.

[mudanças]

Sehun sempre fiz o tipo de cara certinho. Aquele cara que é sempre organizado e mantinha toda a sua vida em ordem. Nunca se atrasava ou fazia coisas que poderia ser considerado errado ou rude. Havia construído a livraria com o dinheiro da herança dos pais e ela era o seu maior bem. Não era do tipo que ia a igreja, porém sempre evitava falar palavrões por achar ser algo impróprio. Não tomava nenhum tipo de bebida alcoólica e jamais colocou um cigarro em sua boca. Era o típico cara certinho e perfeito. Aqueles que só se vê em filmes. Importava-se, e muito, com a imagem que devia passar para as pessoas ao seu redor e o que elas iriam pensar a seu respeito. Sua vida sempre havia sido muito bem calculada e planejada, desde o nascimento até o dia em que morreria.

Então ele conheceu LuHan. E tudo mudou.

LuHan era o total oposto de Sehun. Não era nada “certinho” ou politicamente correto. Falava palavrões e bebia muito, mesmo que Sehun achasse aquele um costume deplorável. Apesar do rostinho angelical, não era nenhum anjo, passava bem longe. LuHan não se importava em parecer legal ou educado. Não se importava com a opinião de ninguém. A única coisa com que LuHan se importava era consigo mesmo e fazendo o que achava que alguém da sua idade deveria fazer para “curtir a vida”.

Então ele conheceu Sehun. E tudo mudou.

[um amor para recordar]

Dessa vez, quando LuHan parou em frente à livraria para deixar Sehun, eles se beijaram. Não era nenhum beijo mega apaixonado. Era só um beijinho, um tanto envergonhado, de quem sente saudade antes mesmo de partir.

Ainda assim, durante a semana, LuHan não apareceu na livraria, e foi somente na segunda-feira seguinte que Sehun o avistou do outro lado da rua ao fechar a livraria.

As idas à praia às segundas-feiras eram mais do que esperadas por Sehun. O dono da livraria ansiava para que as segundas chegassem e ele pudesse ver LuHan novamente. E quando estavam na praia, eles se beijavam, no início bastante envergonhados, como dois adolescentes temendo serem pegos, mas logo a vergonha deu espaço a intimidade. Embora nunca passasse de beijos, nenhum dos dois parecia se importar. A presença um do outro era suficiente. Sempre fora suficiente.

Numa tarde de segunda, o inverno havia chegado novamente, Sehun fechou a livraria e entrou no jipe de LuHan do outro lado da rua. Quando chegaram à praia foi que Sehun notou um cobertor a mais no banco de trás. LuHan pegou os dois cobertores e entrelaçou seus dedos aos de Sehun e caminharam para o mesmo lugar de sempre.

Então LuHan estendeu um dos cobertores no chão e se sentou no mesmo, ao passo que Sehun se sentou ao seu lado. Naquele fim de tarde, o vento soprava frio, porém não era mais que uma leve brisa.

LuHan envolveu seus braços finos no abdômen de Sehun, uma de suas pernas estavam em cima das de Sehun e a outra nas costas de mesmo. Ele envolveu o corpo de LuHan com seus braços e o outro repousou sua cabeça no ombro de Sehun. O cobertor colorido de LuHan protegia seus corpos da brisa fria.

Ficaram no mesmo silêncio de sempre, porém, quando o sol começara a sumir no horizonte, LuHan ergueu uma de suas mãos e puxou o queixo de Sehun e o beijou.

Pouco a pouco, quase sem perceber, o beijo foi se tornando mais e mais intenso. Ele levou suas mãos até a cintura de LuHan, que se ergueu um pouco e sentou no colo de Sehun, sem separar seus lábios. As mãos de LuHan agarravam os cabelos de Sehun enquanto o beijo ia se aprofundando.

Fizeram amor sob a luz da lua, com apenas as estrelas de testemunha. Seus corpos unidos, dançado, seguindo passos que somente eles eram capazes de executar. No vai e vem constante de seus corpos, seus gemidos eram abafados pelo som do mar quebrando na costa. E então, ao fim, apenas ficaram abraçados, seus corpos ainda unidos.

— Sehun... — LuHan o chamou. — Eu te amo.

Sehun olhou para LuHan e então o beijou mais uma vez, antes de finalmente dizer:

— Eu te amo, LuHan.

[memórias]

Sehun se lembrava com perfeição da noite em que fez amor com LuHan pela primeira vez. Aquela foi a primeira vez que declararam o amor um pelo outro. Lembrava-se de como fazer amor na praia pareceu um tanto insano algum tempo depois, e de como LuHan dizia, rindo, que eram dois tarados. E lembrou-se também de que alguns dias depois, LuHan passou a morar na casa de Sehun e aquela, na opinião de Sehun, foi a melhor decisão que já haviam tomado.

Sehun ainda se lembrava da risada de LuHan. Era melodiosa na maioria das vezes, e traziam uma sensação de conforto a ele. Amava ouvir a voz de LuHan sussurrando em seu ouvido. Amava quando LuHan gemia seu nome enquanto faziam amor. Amava quando LuHan ria de coisas estúpidas na tv. Amava tudo em LuHan. Amava LuHan.

Sehun se lembrava também do que viera alguns meses depois daquele dia na praia. Naquela noite LuHan dissera se sentir um pouco enjoado, Sehun lembrava de ter brincado dizendo que ele deveria estar grávido. LuHan sorriu e então saiu correndo para o banheiro vomitar todo o jantar. Sehun foi atrás do namorado, e ao invés de reclamar ou algo do tipo, LuHan apenas se virou para Sehun e riu, dizendo que era bom Sehun ajudá-lo a cuidar do bebê.

De início nenhum dos dois se preocupou, fora apenas um enjoo sem importância, devia ter sido alguma comida que não havia caído bem. Então eles começaram a vir com mais frequência. E com eles vieram as tonturas, e depois os desmaios.

Contra a vontade de LuHan, Sehun o levou ao hospital. Depois de algumas horas e de vários e vários exames, veio a resposta. LuHan estava com um estágio muito avançado de leucemia. Avançado demais para que os médicos pudessem fazer alguma coisa. Sehun lembrava que ele tentava manter a calma, se entrasse em desespero, iria ser pior.

O médico havia dado duas opções a LuHan: ele poderia começar uma quimioterapia e poderia conseguir viver por mais algum tempo, ou poderia simplesmente ir embora e esperar que o câncer o levasse por inteiro. Não precisava que LuHan dissesse nada para que Sehun soubesse qual seria a resposta dele. O médico prescreveu alguns remédios que iriam ajudar com os enjoos e os desmaios, mas nada além disso.

Quando voltaram para casa, fizeram amor como nunca antes. Embora LuHan teve quase que implorar por aquilo. Sehun tinha medo de machucá-lo de alguma forma, mas LuHan só queria tê-lo enquanto ainda podia. O medo de perder um ao outro era grande, uma possibilidade muito real e que se tornava mais e mais próxima conforme os dias iam passando e LuHan ficava mais fraco. Eles já não iam mais a praia toda segunda-feira como antes. LuHan não suportaria a viagem, seria um esforço grande demais.

Num fim de tarde de inverno, os dois estavam sentados no fundo da casa de Sehun, LuHan estava sentado entre as pernas do namorado, o cobertor colorido de sempre protegia seu corpo do vento frio. O sol começara a se pôr no horizonte.

— Sehun... — Chamou LuHan, sua voz fraca. — Eu nunca irei te deixar.

— Eu sei que não.

LuHan se curvou um pouco e selou seu lábios com os de Sehun.

Então, enquanto o sol descia, LuHan subia para junto das estrelas.

[às vezes o fim pode ser um começo]

Já fazia um ano desde que LuHan se fora. O jipe azul de LuHan continuava na garagem. Sehun entrou no carro, o cobertor colorido estava no banco do passageiro. Aquela seria a primeira vez que Sehun iria ir à praia desde que LuHan se fora.

Ao sentar na areia branca, Sehun sentiu um vazio tomar conta de si. O mesmo que sentia ao chegar em casa. Quando anoiteceu, Sehun voltou para casa. Era estranho não ouvir a risada de LuHan. E então pela primeira vez desde a morte de LuHan, Sehun chorou. Não havia se permitido aquilo até então.

Naquela tarde fria de inverno, Sehun foi até a praia. Faziam exatamente três anos desde que fora ali com LuHan pela primeira vez. Depois que o sol sumiu no horizonte, Sehun deitou-se na areia branca, e olhou para o céu.

Então, olhando as estrelas, Sehun notou que uma em particular parecia brilhar mais que as outras. E Sehun lembrou-se do que LuHan havia dito que jamais o deixaria.

Um vento frio percorreu a praia bagunçando os cabelos de Sehun. Então ele se levantou, e por uma fração de segundo, teve a impressão que LuHan estava ao seu lado, segurando em sua mão, como sempre faziam. E depois daquele dia, Sehun não se sentia mais completamente vazio, sabia que LuHan estava ali e que sempre iria estar.

Enquanto voltava para casa, Sehun começou a pensar no passado. E de como parecia estranho. Que a melhor coisa que havia acontecido em toda a sua vida, que ele levaria para sempre, havia começado numa simples livraria.

3 de Março de 2018 às 14:59 0 Denunciar Insira Seguir história
7
Fim

Conheça o autor

Lolli s Desde 2012 escrevendo umas fanfics aleatórias por aí! Se achar livros da Mademoiselle Bilqis na Amazon, compra que a qualidade é garantida hehe Ajude essa autora aqui a se manter: https://picpay.me/unikols

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