Doce e Salgada Seguir história

Você sabe o que é um Fleuve? Apenas um rio que desagua no mar. O que tem de mais nisso? Nada na realidade, ao menos na grande maioria deles, mas existe um fleuve em especial que foi cenário para uma linda história de amor.

Hinata todos os dias percoria as águas de seu lar, até chegar ao mar, ela não entrava em águas salgadas, era uma ninfa de água doce e vivia no rio, ali ela olhava os humanos que tentavam desafiar o proteu Kisame, em busca de respostas sobre o futuro. Ele era justo, só dava tal dádiva aos corajosos, suspirava ao vê-lo mesmo transformado em monstros enormes.

Quando os humanos desistiam e se afastavam podia ver sua forma normal, era lindo, o ser mais lindo que ela já havia visto, nunca consiguiria sua atenção, devia ser cercado por todas as ninfas e deidades do mar, ela ficava ali num cantinho apenas observando-o.

Mas Hinata se enganava ao pensar que ele nunca havia notado sua presença, muito pelo contrário, antes do primeiro dia em que o viu, já saberia o que iria acontecer e tinha certeza de sua presença ali todos os dias, curioso com a ninfa decidiu a esperar sob às águas.

Cumpriu sua rotina de todos os dias, o mar estava calmo, não havia nenhum barco por perto, suspirou frustada, o proteu devia estar cuidando dos rebanhos, uma pena, queria vê-lo, deu as costas para voltar.

— Olá ninfa. Vai embora tão cedo? — a voz ecoou em seus ouvidos, se arrepiou inteira se virando.

— N-n É..E-eu — não conseguiu formular frase alguma o encarando, isso o divertiu pelo visto, ao menos estava rindo dela.

— Acalme-se, teins medo de mim? Achei que não, após vir tantos dias aqui.

— Não tenho! — disse num impulso e corou. — O admiro muito, a forma como trata seus dons.

— Hum...Então é apenas por admiração que vem aqui?

— Sendo uma ninfa de água doce não devo dizer que é mais que isso.

— Não vejo o que tem de errado. Tem medo de entrar nas águas de meu pai? Nada irá lhe acontecer. — ofereceu a mão a ela, que aceitou mesmo que reciosa, a trouxe para perto com calma abraçando o corpo feminino.

Suspirou sentindo o corpo forte contra si, o braço ao redor da cintura, a água com uma temperatura levemente diferente.

— Então pequena ninfa, apenas me admira? — perguntou segurando seu queixo.

— Não. — suspirou sentindo a respiração próxima a sua, fechou os olhos, — É mais que isso.

— Mais? — tocou os lábios nos dela, a viu sussurar um sim e a beijou num encontro entre as águas.