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Tudo o que os olhos ônix de Madara não podiam captar, suas lentes faziam o trabalho por si. Era isso uma das coisas que mais gostava em sua profissão.

Ser fotógrafo permitia que Madara “eternizasse” de tudo um pouco. Desde paisagens até momentos simples como uma fruta numa cesta de palha.

Como estava há muito tempo na carreira, estava acostumado com todos os tipos de trabalhos e clientes.

Estava, inclusive, acostumado com ensaios sensuais. Mas por que neste exato momento suava frio e sentia vibrações estranhas? Ele não sabia se era o calor ou se era a presença de Hinata Hyuuga que fazia isso consigo. Céus, ele nunca havia fotografado alguém tão carismática e sensual ao mesmo tempo.

E o que mais lhe intrigava: Hinata fazia aquilo por amor próprio.

“— Então esse será um ensaio sensual seu, certo? É presente para alguém ou…?

— É para comemorar minha solteirice. — a moça sorriu falando naturalmente. — Já faz quase um mês que eu percebi que precisava me reencontrar como mulher. Não sei bem se me entende…

— Não entendo tão bem mas estou acompanhando o raciocínio. — o Uchiha anotava tudo em seu bloquinho. — É um ensaio sensual para você mesma?

— Isso! — a morena estalou os dedos, apontando para o fotógrafo. — Exatamente. Quando podemos começar?

— Amanhã mesmo. Apareça aqui no estúdio pela parte da tarde e resolvemos todo o resto.”

E mesmo que o Uchiha fosse um fotógrafo conhecido em sua área, ele gostava de trabalhar sozinho. Então, toda a questão de “ter uma equipe” não fazia sentido em sua cabeça. O moreno gostava da sincronia que ele criava com seu cliente, gostava da sensação de liberdade que tinha ao fazer tudo por conta própria.

Mas obviamente haviam os lados negativos. Bom, se houvesse uma equipe ali, as chances de ficar excitado com a Hyuuga seriam menores.

O Uchiha não precisava guiá-la para que se saísse bem nas fotos. Todos os ângulos pareciam favorecê-la e ela sabia perfeitamente quais as poses que tinha que fazer. Definitivamente, Hinata nasceu para modelar e ainda não havia percebido isso.

Seu corpo era notável mesmo que estivesse escondido atrás de um lençol branco. Madara ainda podia enxergar seu corpo “s-line”*.

Talvez, o que mais lhe deixasse atraído fosse as expressões que a perolada fazia. O jeito como ela olhava para a lente da câmera como se olhasse para seus olhos… Ah, aquilo estava deixando-o louco.

— Você não vai pedir pra eu fazer nenhuma posição? — o Uchiha ao ouvir aquilo quase se engasgou com a própria saliva.

— Eu até pediria mas você parece saber o que faz.

Hinata sorriu de canto. Poderia imaginar o que o outro estava pensando. Passou o lençol em volta do corpo, amarrando-o como se faz com a toalha. Sentou-se na cama grande e redonda, passando os cabelos para um dos ombros.

— Você deve achar que eu já fiz isso antes, né?

— Mais ou menos. Não pensei isso ontem mas hoje eu já tenho meus questionamentos. — abaixou a câmera, aproveitando a “pausa” dela para que limpasse a lente.

— Eu posso ter dois lados. Quando eu era casada, meu marido não fazia jus ao meu lado íntimo. Senti falta de mostrar isso para alguém.

— O seu conceito de “alguém” é peculiar. — o Uchiha riu, sentando-se numa das cadeiras vazias pelo estúdio. — Você está mostrando seu lado selvagem para um fotógrafo que mal conhece.

— E não é excitante? — a resposta o pegou desprevenido. Parou no mesmo instante de limpar a lente e a encarou. — Digo… A idéia desse ensaio sensual com uma pessoa desconhecida. Eu gosto da adrenalina.

— Acredite, você não é a única que acha excitante. — levantou-se, deixando a flanela na mesinha de canto. Os olhos perolados de Hinata ganharam um brilho luxurioso ao ouvir aquilo.

— Você sempre se excita nos ensaios sensuais?

— Não. Sinta-se privilegiada. — as respostas de Madara deixavam-a cada vez mais satisfeita. Lentamente, tirou o lençol do corpo, revelando o conjunto íntimo de renda. — Podemos continuar?

— Sim… Podemos. — a perolada cruzou as pernas, jogando os cabelos e apoiando o corpo nos braços. — Você poderia me ajudar a deixar a alça do sutiã meio caída?

Por mais que o tom malicioso transbordasse das palavras da perolada, Madara não foi capaz de perceber as segundas intenções presentes ali.

Aproximou-se lentamente, chegando tão perto que pôde sentir a respiração pesada de Hinata bater em seu ombro. Com a mão livre, tirou a alça do sutiã do ombro dela, tocando na pele quente.

E antes que pudesse voltar para o seu lugar, sentiu as mãos delicadas da Hyuuga segurarem a barra da camisa social.

— E se deixássemos o profissionalismo de lado por um tempinho? — ditou num tom sexy e baixo, causando calafrios no corpo masculino. Sorriu provocativa ao perceber o efeito que deixara no rapaz.

Madara pareceu ponderar. E se sentiu extremamente idiota por ainda pensar a respeito.

Balançou a cabeça negativamente. Jamais deixaria aquela oportunidade passar.

— Dane-se.

Foi a última coisa que disse antes de tomar os lábios femininos, começando o ósculo. Mordiscava e sugava seu lábio inferior de tempos em tempos, causando um arrepio no corpo feminino.

Sorriu malicioso.

Levou sua boca para o pescoço alvo, começando a marcá-lo com mordidas e pequenas chupadas, vendo as primeiras marcas avermelhadas surgirem.

A pele de Hinata era deliciosa demais. E quanto mais deixava suas marcas, mais excitado ficava.

Posicionou-se no meio de suas pernas, passando as mãos pelas laterais do corpo curvilíneo. Apertou sua bunda fortemente, sentindo-a soltar um gemido baixo. Hinata desabotoava sua camisa branca lentamente, passando os dedos finos sob o tórax do mais velho.

Aproximou-se um pouco mais, lambendo desde sua barriga até o ombro, finalizando o trajeto com uma mordida.

O que aconteceria dali em diante seria completamente censurado.