christopher_setagawa haruka Setagawa

"Não pude conter meu riso ao me deparar com aquela cena de meu amado, que demonstrava estar tão energético logo pela manhã. Apesar de já estar acostumado com aquela reação matutina do mesmo, era incrível como a cada dia que se passava e a cada manhã em que eu acordava ao lado daquela pessoa, eu parecia me apaixonar cada vez um pouco mais por ele. Mesmo depois de tantos anos, aquele sentimento de amor continuava aquecido em meu peito como uma fornalha."


Fanfiction Todo o público. © Haruka_Setagawa

#romance #kiribaku #boku no hero #yaoi
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O nosso final feliz

Uma das melhores sensações do mundo, é partilhar da mesma cama com a pessoa que se ama.


Acordei na manhã de um sábado ensolarado com a luz do dia batendo em meu rosto, e um Bakugo debatendo-se enquanto abria os olhos e resmungava alguns palavrões devido a claridade que atrapalhava seu sono.

Não pude conter meu riso ao me deparar com aquela cena de meu amado que demonstrava estar tão energético logo pela manhã. Apesar de já estar acostumado com aquela reação matutina do mesmo, era incrível como a cada dia que se passava e a cada manhã em que eu acordava ao lado daquela pessoa, eu parecia me apaixonar um pouco mais por ele.


Seu temperamento explosivo, sua boca tremendamente suja e sua agressividade… Tudo nele me encantava.

Para outras pessoas, essa atitude era motivo suficiente para temerem e manterem distância de Katsuki Bakugo. Mas comigo era exatamente o oposto, eu desejava ficar cada vez mais próximo dele. Mesmo que ele tentasse me afastar para longe com tal atitude grotesca, eu mantia-me cada vez mais perto… Desejava cada centímetro daquele loiro explosivo.

Me pergunto se isso realmente era algum efeito do amor.


Já haviam se passado vários anos desde que nos conhecemos, e vários anos desde que eu havia me apaixonado por aquela figura inigualável.

Não estávamos mais no ensino médio,agora tanto eu quanto ele éramos adultos e heróis profissionais. Nossa aparência também já não era mais a mesma, a casa dos 25 já nos deixava completamente diferente de quando estávamos em nossos recém-16.

Mas em questão de personalidade, ainda continuávamos idênticos ao passado.

Ah… Não me cansava de perder vários minutos de meu dia a cada manhã observando Katsuki dormir sob meu braço depois de um longo e exaustivo dia de trabalho.

Tenho certeza que se ele soubesse que sempre acordo antes e o faço um carinho matinal, diria coisas do tipo “Maldito, não perca seu tempo fazendo essas bobagens” “Mas que merda você tem na cabeça, Kirishima?”

“Não fode”


— Puft… - ri enquanto deixava meus pensamentos serem preenchidos pelo loiro, esquecendo-me que o mesmo já estava acordado.

— Ei, do que diabos está rindo, maldito?

— Só de como você fica fofo depois que acorda.

— Sai,gay.

— Bom dia também, Katsuki!

— Não fode Kirishima…. E bo-bom dia.

— TÃOOOOOO FOFOOO - Depositei um beijo na bochecha do raivoso levantando da cama logo em seguida. - Irei preparar o café.

— Tsc.


Caminhei em passos lentos em direção a porta do quarto para que pudesse ir preparar o nosso tão glorioso café da manhã. Antes que deixasse o cômodo virei em direção a Katsuki e dei uma última olhada no loiro, recebendo um olhar de reprovação no mesmo minuto.


— O que diabos está olhando, maldito? Você não ia preparar o café?

— Nada, só estava pensando em como eu amo você! - dei um largo sorriso após finalizar minha fala.

— I-I… IDIOTA! NÃO DIGA COISAS VERGONHOSAS LOGO PELA MANHÃ. - disse enquanto cruzava os braços.

Não resisti ao vê-lo envergonhar-se e corar tão violentamente daquela maneira e decidi brincar um pouco com toda aquela situação.

— Mas Katsukiiiiiii, você nunca fala que me ama - fiz bico - As vezes eu me pergunto se você realmente gosta de mim. Você não me fala nunca, demonstre mais ou eu ficarei triste… - provoquei

— E-eu… VOCÊ É IDIOTA? - irritou-se

— HAHAHAHAHAHA Estou brincando, estou brincando.. Não leve a sério. Mas eu realmente te amo, OK?


Não tinha a intenção de deixa-lo bravo, mas aquelas reações e expressões que ele fazia ao ouvir um “eu te amo” meu, eram realmente impagáveis.


Saber que eu era o único que via tal expressão do loiro, me deixava radiante.

Eu me sentia único estando ao lado dele.

Sai do quarto por fim deixando um Katsuki completamente emburrado e corado sob a cama. Desci as escadarias da casa e segui em direção a cozinha para que pudesse preparar algo delicioso – ou apenas comestível – para meu loiro rabugento.


Katsuki raramente colocava seus sentimentos em palavras, e isso antigamente me fazia duvidar se ele realmente me amava. Admito que de inicio eu ficava inseguro e por vezes também duvidava se eu realmente era capaz de fazer o homem que amo feliz, chegou um tempo em que esse maldito sentimento de insuficiência me matava por dentro deixando-me incapaz de acreditar em mim mesmo. E quando já não suportava mais, contei todas as minhas inseguranças a Katsuki, e com apenas uma proposta… Ele fez todas as minhas dúvidas e instabilidades sumirem.

“Você é um idiota, Kirishima… Você sabe que eu te a… *tosse* Quer morar comigo?”

Foi o que ele disse.


Naquele momento eu percebi o quão bobo eu era por duvidar de mim, e do amor de Katsuki sentia.

Ele não me disse um claro “eu te amo”, mas as suas expressões faciais falavam por sí só. A partir daquele momento, eu mandei toda negatividade embora e passei a viver feliz ao lado da pessoa que ocupava 50% do espaço do meu coração.

Já se passaram 5 anos desde que começamos uma vida juntos e demos um passo a mais em nosso relacionamento, e foi a melhor escolha da minha vida.


Atualmente, mesmo que ele continue tendo dificuldades em dizer o que sente com clareza… Eu sei que ele me ama.

Eu sinto isso.

Eu percebo isso.


— Kirishima, eu ‘tô cagado de fome porra. - anunciou Katsuki ao descer das escadas e vir em direção a cozinha.

— Sim sim, eu já estou terminando.


*DING DONG*

*DING DONG*

*DING DONG*


— Oh… E-

— PRA QUE FICAR TOCANDO ESSA MERDA TANTAS VEZES? - xingou ao ouvir o som da campainha soar pelo ambiente.

— Ele já chegou? Katsuki, não xingue tanto ou ele pegará um mal exemplo…

— Apenas vá recebê-lo, droga! Ele nem deve ter ouvido.

Sai da cozinha e fui em direção a porta tendo em mente quem provavelmente estaria tocando a campainha tão freneticamente em plena 7:00 da manhã.


— Já estou indo!


Abri a porta a porta central da casa, dando de cara com uma criança que ao ver-me, pulou em meus braços abraçando-me fortemente.


— PAPAI KIRI!!!!!

— Hahahaha então realmente era você pequeno Kami, como foi o fim de semana com seus avós? Seu pai e eu ficamos com saudades.


Kaminari era nosso filho adotivo e já faziam 2 anos que o pequeno morava conosco. No início foi realmente difícil conseguir adotar uma criança, afinal, dois homens tendo filhos ainda era mal visto por boa parte da sociedade. Mas com muita luta e esforço, eu e Bakugo conseguimos finalmente construir nossa família.


— Hey, Bakugo… Olha quem chegou. - anunciei adentrando novamente a cozinha.

— PAPAI KATSUKI! - a criança sorriu descendo de meus braços e correndo em direção ao loiro dando-lhe um abraço apertado, que foi retribuído de bom grado pelo mesmo.

— Ei ei seu pirralho, sentiu minha falta?

— SIM!!! Mas a vovó é agressiva igual a você, papai.

— Cala a boca, eu não sou agressivo seu pivete! - sorriu - anda logo e vai se trocar.

— Papai Kiri, você sentiu minha falta? - mirou-me.

— Sim, eu senti - Sorri

— E você papai Katsuki? - voltou-se a Bakugo com um olhar esperançoso.

— Sim… Eu senti sua falta nesse fim de semana - Sorriu angelicalmente para o pequeno que logo após ouvir aquilo, saiu feliz e saltitante do ambiente e foi trocar-se em seu quarto assim como lhe fora ordenado pelo loiro anteriormente.


Aquele era um dos raros momentos em que Katsuki sorria.

Fora eu, ninguém além do nosso pequeno Kaminari era capaz de fazê-lo ser tão honesto em relação aos seus sentimentos.

Como eu amava aquilo.

Isso mesmo.. Eu amava com todas as forças.

O pequeno Kaminari, era a pessoa que ocupava os outros 50% do meu coração.


— Não esperava que sua mãe fosse mandar Kami pra casa tão cedo assim, Katsuki. Vou ter que preparar o dobro do café.

— Kirishima. - chamou-me.

— Sim?

— Eu te amo. M-me desculpe por não dizer isso sempre…


Aquilo foi inesperado pra mim.

Será que a brincadeira de mais cedo mexeu tanto assim com ele?


— Você e o Kami são importantes pra mim. Eu não sou bom em me expressar ma- PORQUE VOCÊ ESTÁ CHORANDO?


Não pude conter minhas lágrimas diante daquela demonstração de amor do loiro, aquilo era tão precioso que eu desmoronava por completo.

— Ei cabelo de merda pare de chorar, o Kami vai se preocupar e -

— EU TAMBÉM TE AMO! EU ‘TÔ TÃO FELIZ!


O puxei e selei nossos lábios em um beijo doce, como forma de deixar claro o quanto eu verdadeiramente o amava.


— Sim sim, eu te amo muito seu babaca. Agora pare de chorar ou eu vou te socar.


Permaneci abraçado junto a ele por um longo período de tempo, até que nosso pequeno finalmente desceu e juntou-se a nós.

Me sentia o homem mais privilegiado do mundo por ter uma família perfeita como aquela.

Se existe final feliz ou não, eu não sei… Tudo que sei é que enquanto eu viver, quero estar ao lado de Katsuki Bakugo.

Não importa se for nos momentos bons ou ruins, eu irei ama-lo até que meu último suspiro seja dado.

25 de Fevereiro de 2018 às 17:47 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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haruka Setagawa Para meu seco coração, você era como a água da vida. Quanto mais eu bebia, mais percebia... O quão seco eu era.🌸

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