"Tudo começou com o ser humano,
mas esse tudo pode acabar conosco."
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Milhares de anos atrás a humanidade perdeu sua luta com os zergs.
Não existiu timing pior. As criaturas misteriosas exoesqueleticas surgiram no meio de uma guerra e terminaram o serviço para os humanos. Nesse primeiro contato, os humanos foram quase extintos.
Naquela época, a tecnologia já tinha avançado ao ponto que viagens pelo espaço tinham se tornado populares e a inteligência artificial era pioneira e essencial na vida humana. Junto com a tecnologia, o sistema bélico cresceu exponencialmente. As nano máquinas e máquinas de combate mecha, foram cruciais para o exército, amplificando a corrida armamentista entre os países mais ricos.
A criação do Sistema Einstein foi o pináculo da tecnologia, permitindo evolução das viagens espaciais e uma melhora exponencial no setor de segurança.
Ao mesmo tempo, nessa nova era, os problemas sociais começaram a desaparecer devido a popularização dos sistemas e isso proporcionou um crescimento dos países menos favorecidos, deu a chance para o igualitarismo entre as nações. Em pouco tempo, o planeta Terra tornou-se único, cada país andando lado a lado em prol da evolução. E, no ano de 3156, a primeira viagem fora do sistema solar deu uma nova perspectiva de mundo aos humanos.
Aconteceu um primeiro contato com outras criaturas inteligentes. Uma raça de humanos, cuja evolução era dos primeiros homo sapiens da Terra, foi encontrado no sistema de Próxima Centauri, a quatro anos-luz de distância do Sistema Solar. E, apesar de todas as incongruências entre as duas raças humanas não houve conflitos entre as raças e os humanos terrestres expandiram sua influência levando o avanço para o planeta.
No ano de 3250, houve um segundo contato. Eles foram conhecidos como Nunquins, uma raça superior aos humanos em inteligência e menos desenvolvidos em ciência. Os Nunquins eram conhecidos como os homens brancos, devido a coloração de suas peles e olhos negros brilhantes. Eles eram mais ligados a natureza e, portanto, o ramo de medicina e produtos naturais estava em um grau infinitamente superior ao que os humanos conheciam. A troca de conhecimento entre as duas raças beneficiou ambas as partes.
E no ano de 3260, a partir dos Nunquins, os humanos abriram os portos para outras raças. Em poucos séculos, os seres humanos conquistaram a galáxia e tornaram-se ativos na Aliança Interestelar — a aliança entre os povos da Via Láctea. Foram anos de glórias e avanços para os humanos. A Via Láctea já era a sala de estar de todos os humanos e a população aumentou exponencialmente. Essa época de descoberta e novos avanços foram chamados de Anos Lácteos.
Infelizmente, nem mesmo a tecnologia e o conhecimento avançado fez os humanos evoluírem o eu psíquico.
Vivendo sob a' ameaça' de não conseguir acompanhar outras raças ou ser ultrapassados por aquelas inferiores, os humanos tornaram-se obcecados pelo poder e conhecimento. Incapazes de separar o lado mal e lado ruim da ganância adjunto aos baixos valores, assim como seu egoísmo, incitaram novamente os anos de guerra.
No ano de 3929, a criação do novo exército finalmente foi terminada. O Projeto Alfa, como foi chamado, juntamente com a evolução do Sistema Einstein para a Inteligência Artificial Lira deixou os humanos, que estavam nas posições mais baixas, no topo das raças na Via Láctea.
Determinados a permanecer na hegemonia e adeptos pela superioridade dos humanos, inúmeras raças e planetas foram escravizadas e dizimadas e a maior parte caíram sob a conquista. Tecnologias, territórios e histórias foram tomados e uma nova era dourada surgiu. Eles eram, novamente, os únicos no universo conhecido.
No ano de 4108, no entanto, uma crise surgiu dentro do exército e a inteligência artificial ocupou o que antes eram dirigidos por humanos. Em 4125, o exército formado por humanos foi extinto e a nova ordem instigada pela inteligência artificial foi instaurada.
Os soldados foram jogados na sarjeta e muitos deles desapareceram após a demissão. Muitos anos depois, esses soldados surgiram sob um novo nome e organização. Refugiados, ladrões, ex-soldados, excluídos da sociedade e marginalizados, todos eram aceitos nesse grupo enquanto fossem contra esse novo estilo de governo. Eles se autointitularam Piratas Estelares.
No ano de 4135, um novo conflito dividiu a população. Os Piratas Estelares atacaram a base do exército e destruíram boa parte das pesquisas finalizadas e pesquisas importantes em andamento, lideradas pela I.A. Lira. Uma guerra entre aqueles que estavam no topo e aqueles rejeitados pelo sistema causou desastres e miséria em todo canto.
As desigualdades e questões sociais, até então extintas, retornaram em peso. Doenças se alastraram pelas radiações e deformações a nível genético deixaram a sociedade em crise. Infelizmente, nem mesmo as graves consequências fez o conflito parar.
Até aquele fatídico dia.
245º dia do ano de 4142.
Dezessete dias antes do Grande Nirvana, um cientista pioneiro e criador da Lira apareceu a público numa entrevista para uma rede intergaláctica. Suas palavras, após o desastre, foram consideradas profecia e imortalizadas como um grito de repreensão e lucidez.
"Carl Sagan, um antigo astrofísico do Planeta Mãe, disse que somos feitos das poeiras das estrelas, ou seja, somos parte do universo nada acima dele. Se estamos fazendo mudanças nele, ele tem o direito de retaliar. É a lei da ação e da reação, se fizermos algo ruim isso irá refletir em nós. Tudo começou com o ser humano, mas esse tudo pode acabar conosco."
Dezessete dias depois, a agência espacial intergaláctica de astronomia (AISA), recebeu um chamado de socorro, oriundo de um local à beira do universo conhecido. Uma nave tripulada por civis enviou um vídeo curto onde criaturas desconhecidas destruíram uma frota de veículos da polícia fronteiriça, antes de também serem mortos. O vídeo datava quatro dias antes, mas naquela época já era tarde demais.
O ser humano, que era considerado o topo da cadeia alimentar, se tornou a presa daqueles insetos sanguinários alienígenas da noite para o dia. Mesmo a tecnologia existente não os protegeu do desastre que eram aqueles insetos gigantes. O primeiro contato com aquelas criaturas destruiu cerca de um terço da população humana, planetas e sistemas foram varridos como poeira de estrelas.
Os insetos sanguinários, nomeados de zergs, fizeram os seres humanos retroceder. A perda de território era assustadora, num único período de 24 horas terrestres, 75% da Via Láctea tinha sido exterminada.
Naquela época, eles achavam que finalmente o apocalipse tinha chegado, mas eles se recusaram a ceder. De alguma forma, conseguiram sobreviver àquele período sombrio.
Os dados históricos retratam o uso de bombas atômicas e bombas de nêutrons, mas não se sabe ao certo, o que possibilitou a salvação dos humanos. Muitos combatentes, na linha de frente, acabaram se vendo presos nos planetas. Sem armas e munição tiveram que esperar pela morte enquanto a radiação pelas bombas espalhava-se pelo solo e na atmosfera. Não era difícil encontrar um planeta que havia perdido sua cor para o sangue. Parecia que assim como os dinossauros os humanos retornariam para o universo, em formato de partículas.
E, por volta dessa época ocorreu uma última evolução humana que dura até os dias atuais. Foi quando um ser humano evoluiu, adquirindo habilidades parecidas com as de seu inimigo. Um a um eles foram despertando seu potencial e a balança aparentou, pela primeira vez em muito tempo, equilibrar-se. Tendo essa nova chance, os humanos mais uma vez se ergueram diante do predador.
Mas, a alegria era algo passageiro e diante do poder absoluto, os humanos eram como formigas prontas para serem esmagadas.
Planeta Akasha 07, borda da Via Láctea.
Benjamin escutou o artigo que o avatar da inteligência artificial procurou na Starnet. Gostava de passar o tempo de folga na transportadora que trabalhava escutando artigos da história humana antes do grande nirvana. Embora o artigo online estivesse resumindo a história, foi um longo período de mudanças e desgostos. Era bom escutar que a natureza humana já era falha naquela época.
Ele se sentou na grande almofada, preparando-se para o próximo pedido de compras. A borda de seu estômago reclamou pela gastrite aguda que tinha o desprazer de possuir. Mas, ele ignorou essa dor e se levantou, indo direto ao painel de segurança.
[Reconhecimento de retina. Por favor, aproxime-se do leitor]
A voz robótica soou em seus ouvidos e se aproximou do scanner digital.
[Trabalhador nº 567, Benjamin Connor. Autorização concedida, trabalhador saindo do horário de trabalho. Faça o relatório diário antes de ir embora]
A porta de vidro blindado se abriu e o jovem de descendência chinesa partiu para a segunda parte de sua jornada de trabalho. Ele olhou para a quantidade de pedidos recebidos em seu e-mail e em seguida para o estoque interminável de alimentos.
Embora Akasha 07 não seja um planeta pobre, a escassez de alimentos e a pobreza era tão grande que era um dos planetas que a desigualdade social se tornou mais evidente e aparente. Cerca de 3/4 do planeta é coberto pelas favelas, onde corpos humanos apodrecem a descoberto por não existir mais locais de enterro ou porque não podem pagar para ser cremados. Os alimentos se tornaram tão caros que mesmo os ricos não conseguiam pagá-los e enfrentavam dívidas assombrosas ao governo.
A questão alimentar era agravada pela pouca quantidade de planetas que o solo era adequado para o plantio. Devido a guerra entre piratas e governos, seguidos pela guerra com o zergs e agravados pela poluição e descaso dos governos, a maior parte dessas áreas férteis desapareceram. No solo estéril e contaminado e no asfalto frio era impossível até a grama crescer.
A maior parte da população vivia na miséria e sobrevivia através de roubos e das vendas no submundo. Benjamin fazia parte dessa estatística.
No entanto, contrariando todo o desastre existente, os humanos no mundo atual, eram capazes de chegar até os trezentos anos de vida. A vida era ruim, as condições de mais de sessenta por cento da população também eram precárias e o fluxo de doenças no subúrbio era alta, mas as pessoas conseguiam viver de uma forma ou de outra.
Era melhor a vida do que a morte, certo?
O medo da morte ainda não desapareceu após milhares de anos.
— Lira, faça o scanner médico e verifique a taxa atual de saúde.
[Mestre Benjamin, a energia está baixa. Não será possível realizar o escaneamento com precisão. Deseja continuar?]
— Escaneie parcialmente e mande os resultados direto para o hipocampo e depois entre em modo de hibernação.
[Modo de Hibernação precisa ser confirmado]
> Usuário n° 345234921, não é recomendado desligar a interface. Certifique-se que está em um local seguro antes de desconectar o sistema.
— Complete.
[Fazendo varredura...]
Benjamin ignorou a voz sem emoção ao seu ouvido e inseriu a senha para pegar o tablet no baú. Ao mesmo tempo, a porta ao lado se abriu.
— Ben! – com um sorriso brilhante, um jovem de pele escura e olhos verdes o cumprimentou.
— Oh, Braden... – Benjamin cumprimentou sem emoção.
— Ei, o que aconteceu contigo? Seu rosto está mais branco que o normal! – Braden se aproximou colocando a mão na testa do amigo. – Ainda bem que não está febril. Está fazendo o relatório diário?
— Sim... – Benjamin ignorou que Braden o abraçou pelo ombro, ele sentiu cócegas quando os cabelos ondulados do outro roçaram o seu pescoço. – Recebemos muitos pedidos hoje, e a maior parte foi feita agora a pouco. Se precisar de ajuda, eu posso ficar.
— Não, não... Vá para casa. Não posso aproveitar de alguém doente. – Ele se afastou de Benjamin e abriu a bolsa. – Comeu agora pela tarde?
— Vou comer em casa.
Braden procurou algo na bolsa.
— Pegue.
— Eu tenho comida em casa Braden. Eu vou indo. – Benjamin entregou o tablet para o colega de trabalho.
— Tem certeza de que está bem?
— Sim. – Na verdade, não. Se eu comer macarrão de novo não vou conseguir trabalhar amanhã, sentindo dor. – Até amanhã!
— Até!
Lá fora, a chuva torrencial esfriou a temperatura. Ele tirou a capa de chuva do compartimento no cinto e a vestiu.
As luzes de led em neon eram as únicas fontes de iluminação em Akasha. Mas, nos subúrbios elas desapareciam gradualmente assim como o transporte público.
A Federação — governo local, alegava não ter recursos para investir nos concertos ou levar iluminação pública para todos.
A prioridade era a luta com os zergs. A maior parte dos recursos públicos era desviada para o exército e os humanos despertos. Benjamin achava que era apenas uma desculpa para não alocar recursos para aqueles sem valor.
Embora ele não tivesse uma boa impressão do exército, havia alguém que tinha seu total interesse: o líder e comandante geral das forças armadas e combatente principal da linha de frente com os zergs. Marechal Lucas Moore, em sua flor da idade, aos 45 anos, tornou-se a maior potência desde o primeiro ser humano despertado...
"...é uma notícia muito desesperadora, até mesmo para nós que trabalhamos junto com ele todos esses anos. Há dois meses, a Estrela Branca saiu em missão e infelizmente, nos deparamos com uma enorme nuvem de gafanhotos zergs do mais alto nível..."
Em frente a uma hamburgueria, Benjamin parou por um instante ao escutar a voz do segundo em comando no exército, o Almirante Lin, subordinado direto e braço direito de Lucas Moore. A tela holográfica estava meio embaçada pela chuva, mas sua bela figura era bem nítida.
"Muitos de nossos companheiros foram mortos, não conseguimos sequer recuperar os seus cadáveres. As duas unidades principais do exército estão desfalcadas em estado crítico. Mas, felizmente, essa nuvem de zergs foi erradicada..." O Almirante Lin pareceu olhar para o horizonte, o que causou um mal pressentimento em Benjamin. "Porém, o Marechal Lucas Moore está desaparecido desde o dia da batalha. Sabemos que ele está vivo pois seu terminal ainda está ativo, mas seu estado pode ser gravíssimo. Então peço a colaboração de todos os cidadãos, qualquer pista de seu paradeiro por mais irrelevante que seja, vá até o posto do exército mais próximo e nos comunique."
Benjamin captou incerteza no olhar daquele homem.
"E, por último, gostaria de acrescentar. O Marechal, para muitos, não é apenas um líder. Ele é um amigo, um filho e um irmão que admiramos muito. Nós precisamos dele, assim como ele precisa de nós... isso é tudo."
O telão holográfico foi desconectado e as pessoas nas ruas estavam sem palavras.
O Almirante Lin estava certo em dizer que Lucas Moore não era apenas o líder do exército. O Marechal era a esperança da humanidade em continuar vivendo, nem que seja um pouco mais. Se ele cair, o que seria de todos os outros?
Benjamin ficou distraído por um tempo, ele ficou parado olhando o nada. O homem que admirava poderia estar morto naquele momento. Não sabia como reagir a isso.
— Ei! Saia da frente! Está atrapalhando as pessoas passarem!
Uma senhora rica chamou sua atenção.
— Desculpas.
Aos poucos, ele foi andando e as luzes foram desaparecendo. A escuridão aumentou e a frieza do ambiente também. Ligou o regulador de temperatura e pegou o bastão de luz para guiá-lo e guardou o terminal descarregado na parte de dentro do casaco.
Embora a humanidade tenha avançado, a pobreza não permitia todos terem acesso à tecnologia. Nos subúrbios, era perigoso mostrar qualquer luxo existente pois causaria facilmente uma guerra civil. E mesmo tendo condições, mais raro foi encontrar um vendedor. Diferente, eram os traficantes e piratas. Em qualquer canto iluminado nas favelas, poderia encontrar um.
A ilegalidade e pirataria tiveram em seu auge na Era Interestelar.
Benjamin não era um desses contrabandistas, mas sabia muito bem encontrar um deles. Ele dividia o prédio com vários desses homens e mulheres. Ajudava-os a consertar aquilo que vinha quebrado e em troca ele tinha proteção e alimento. Era melhor do que viver no bueiro.
Nessa noite, felizmente ele estaria em paz. O grupo em seu prédio foi buscar mercadorias para o próximo mês. Ele parou em frente ao edifício e suspirou aliviado. Passaram quase quatro horas terrestres do local onde trabalha até em casa e mesmo com o transporte público o percurso não diminuiria tanto. Estava extremamente cansado.
Abrindo a porta do prédio, imediatamente ele sentiu cheiro de sangue.
— Merda... – praguejou.
Tirando a arma de choque do casaco, ele subiu as escadas devagar. Eram três lances com quinze degraus cada e em cada um deles havia sangue, como se um corpo tivesse sido arrastado escada abaixo.
Infelizmente, o rastro de sangue subiu até o seu andar e quando se aproximou do final das escadas, notou a presença de um corpo. Ele estava sentado no chão em cima de uma poça de sangue.
O problema e a surpresa surgiram quando ele se aproximou do corpo.
Um homem na faixa dos quarenta anos, cabelos louros e corpo musculoso, mas um tanto pálido ficou visível, comm os lábios carnudos secos e respiração fraca, Benjamin o reconheceu imediatamente.
Foi o homem cujo desaparecimento havia sido divulgado. O Marechal Lucas Moore.
𝐀𝐪𝐮𝐢 𝐭𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐜𝐚𝐯𝐚𝐥𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐬𝐮𝐛𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨 𝒞𝑎𝑖 𝒳𝑖𝑛𝑔 𝑒́ 𝑎 𝑖𝑛𝑞𝑢𝑖𝑒𝑡𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜. 𝐿𝑖𝑛𝑔 𝒮ℎ𝑎𝑛, 𝑜 𝑚𝑎𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑟. 𝐿𝑒𝑣𝑖, 𝑜 𝑐𝑎𝑜𝑠 𝑒 𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑢𝑟𝑖𝑑𝑎̃𝑜. 𝐿𝑢𝑐𝑐𝑎, 𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑖𝑚𝑖𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒. 𝑬𝒏𝒗𝒊𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝒍𝒊́𝒅𝒆𝒓 𝒅𝒐 𝒔𝒖𝒃𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒅𝒖𝒛𝒊𝒓 𝒆 𝒆𝒏𝒄𝒂𝒏𝒕𝒂𝒓 𝒂𝒍𝒎𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂. 𝓢𝓮𝓳𝓪𝓶 𝓫𝓮𝓶 𝓿𝓲𝓷𝓭𝓸𝓼 𝓪𝓸 𝓶𝓮𝓾 𝓵𝓪𝓻 𝓮 𝓼𝓸𝓵𝓲𝓭𝓪̃𝓸! Leia mais sobre Submundo .
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