onortuen Onor Tuen

Como um estudante de ensino médio, Nyous enfrenta as dificuldades em ser um adolecente comum num colégio comum. Entretanto, o rapaz nota alguns comportamentos esquisitos lá dentro, que por pura conveniência, atiça sua curiosidade. Aliás: Este conteúdo foi feito como uma brincadeira de fã para fãs. E, apesar de eu não ter colocado tanto esforço, tentei manter a história o mais legível possível.


Paranormal Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#youtuber #colegial #misterio #ficcao #adolecente #Nyous #fanfic #fanfiction
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Ralo

Em meados de Junho de dois mil e treze, numa residência pequena, um celular despertou. Tocou um alarme de cuco bem característico.

Cansado e sonolento, um jovem pegou seu pequeno celular ao lado da cama.

Onze e vite sete da manhã, era o que vira quando ligou o telefone.

O rapaz levantou-se da cama jogando seu cobertor confortável para o outro lado do colchão, ele se arrumou e foi até a cozinha preparar algo para comer.

De primeira, procurou nas panelas um pouco do arroz que fez anteriormente.

Achou restos de carne na outra panela e um pouco de feijão em outra. Faminto, pegou algum prato guardado e, rapidamente, colocou a comida em dia.

Aquele odor maravilhoso de carne mole junto do arroz fresco maravilhavam suas narinas, as deixavam fascinadas de como aquele alimento conseguiu durar tanto.

Ele comeu apressado, ciente de que estava atrasado para algo.

Onze e cinquenta da manhã.

Naquele horário, o jovem começou a vestir alguma roupa de seu agrado. Após procurar, finalmente achou a camisa avermelhada que tanto usara.


Em passos rápidos, Nyous foi para fora de casa, indo em direção ao ponto de ônibus.

Ficou lá por alguns minutos e entrou quando o transporte surgiu.

Mais uma vez não havia qualquer lugar para se sentar...

Após oito minutos, uma escola genérica era avistada pela janela. Uma escola grande de aspecto americano... Se por algum acaso alguém tirasse uma fotografia de lá, seria fácil se enganar ao pensar que aquela estrutura não era um cenário de algum filme adolescente ruim.

Haviam alguns estudantes entrando, conversando e fugindo.

Nyous inspirou profundamente, com um olhar monótono saiu do busão.

Aquela estrutura interna era esbelta como um todo. Desde o teto abobadado; o chão azul cinzento e as paredes amareladas, tudo em limpo e agradável a qualquer novato.

De repente, o rapaz tomou um susto ao ouvir aquela sirene maldita.

Pronto para mais um dia, Nyous se encaminha até sua sala.

Apesar de estar numa escola de primeira, sua classe de estudantes não fugia dos padrões clássicos de colegiais comuns. Há todo momento pelo menos um pregava alguma peça. Aos fundos, alguns pirralhos trocavam idéia no decorrer da aula. Por sua alegria, os garotos não eram um conjunto de bastardos, pelo contrário, eram amigáveis. No centro, um grupo isolado de nerds se predominava. Apesar de não serem tão sociais, tramavam alguns trocadilhos com os parceiros.

Nas costas, algumas garotas ficavam presentes. Elas arrumavam brigas com os pirralhos, e essas discussões na maioria das vezes não terminava muito branda.

Dentre estes três grupos, Nyous não se encontrava nem por um fiapo. Ele preferia estar nas janelas devaneando em suas histórias. De todos, era o mais opcionalmente isolado.

Naquele momento, uma discussão estava rolando às costas do professor. Ela começou silenciosa, porém, com o tempo ficou cada vez mais intensa.

Num tom alto e agressivo, Antônio, seu professor de história, gritou em plenos pulmões. — Mathias! O que diabos está fazendo, moleque? — Era uma pergunta retórica, já que aquele senhor frequentemente fazia isto como um ato de satirização. Aquele berro amedrontou a classe, que em seguida permaneceu em silêncio por um bom período. Mathias olhou ansioso nos olhos daquele velho barbado. O rapaz esteve soando frio, envergonhado com toda aquela atenção.

Por um instante, pensou em correr para fora da sala e enfiar a cabeça numa lixeira. — Aliás, garoto, onde está teu caderno? Pegue-o já! — E foi o que Mathias fez antes do professor voltar à sua mesa, Nyous apenas viu de relance. Nem sequer cogitou em virar seu rosto para aquilo.

Ao invés de se preocupar com aquele desconhecido, ficou imaginando como Emily Grace, sua personagem, seria introduzida em sua mais nova trama.

Quinze e doze, foi o que via quando olhara para o ponteiro do relógio. Tic-tac, tic-tac, tic tac...!

"Onde está o sinal?" Pensaram os alunos bruscamente.

Não levou muito tempo até aquela sirene gritante retornar. Foi como um sopro.

Assim, todos os alunos saíram no batucar daquele sinal, sem excessões por agora.

O menino Nyous foi, certamente, o último de sua classe a entrar no refeitório. E eonsequentemente, o último a entrar na fila da merenda.

Com uma bandeja verde em mãos, o jovem escritor procurou algum canto para se sentar junto de seu alimento.

Haviam acentos livres dentro de alguns grupos. Mas, o rapaz não queria ter um contato direto com essas pessoas.

Foi impossível encontrar uma mesa vazia isolada dos demais, já que não existia, Por isso ele decidiu se sentar próximo dos anti-sociais — estando o mais longe possível deles.

Devaneios, idéias e possibilidades. São as palavras que mais resumiriam o comportamento do estudante. Ele só pensara em seu livro mais e mais. Era como um vício.

De repente, sua cintura começou a apertar. Uma sensação de peso vinha de sua bexiga. Era um problema relativamente simples de se resolver, faltava cinco minutos até o fim do intervalo e, o banheiro não ficava tão longe do refeitório.

Crendo nisso, Nyous se levantou, saindo daquele salão apressado.

Como todos estavam no refeitório, o corredor ficou extremamente silencioso. Era perceptível.

Aquele ambiente calmante entregava uma sensação de desconforto à qualquer um. O ambiente não foi feito para ser tão calmante assim e; aquelas frestas nos armários, as curvas dos corredores; o chão cinza; o eco e as cores pastelizadas das paredes. Estes simples fatores constantemente traziam uma aflição, uma ansiedade. Era como se há qualquer ocasião alguém estivesse o observando sutilmente... Sentindo sua respiração, sentindo o toque dos seus pés.

Depois de uma bela caminhada, o rapaz encontrou duas passagens, à direita ficava o banheiro feminino e ao lado, o masculino. Ele claramente se endireita para a esquerda. Assim, procurando por um mictório.

Após resolver seu problema, decidiu sair daquele local, não faria sentido continuar presente naquele canto... Se não fosse por um motivo.

Antes de sair, um sussurro feminino vinha por trás de Nyous. Aquela voz foi rápida o suficiente para atiçar sua curiosidade. Virando para as pias, não encontrou nada além de um espelho rachado, três pias brancas e um ralo.

Ele se aproximou do espelho, esperando que uma espécie de "loira do banheiro" surgisse, mas não foi o que viera.

Ao invés de um demônio, o mesmo sussurro veio, dessa vez, mais distinguivel. Era uma voz infantil, estava desesperada e

engasgada: "R-e... En... Te". Este som vinha do ralo, aquele ralo fedido com odor de esgoto.

— O quê?!

"Me...". Aquela voz instantaneamente entrou num silêncio profundo quando o

rapaz falou. Estava lá, ela ainda estava lá, porém, por alguma razão aquela criança calou-se.

— Que porra é essa?! — Questionou num tom apavorado, pensando nisso ser uma confusão sonora causada pelo fluxo nojento do esgoto. Afinal, como uma criança poderia falar lá dentro?

Ele se afastou, perplexo com aquilo. Sua mente se dividiu em duas opiniões. O rapaz queria uma conclusão plausível para está ocorrência. Um lado de sua cabeça cria numa visão cética e a outra, via por um ângulo sobrenatural e exageradamente irrealista.

Ao sair de lá, as sirenes dos corredores começaram a tocar. Conveniente?

A partir daí o resto do dia foi absolutamente monótono. Era dezoito e dez até o momento.

O professor de matemática, esteve apresentando alguns exercícios de potenciação. Como este professor recebia muitas dúvidas, colocou algumas explicações práticas na lousa.

Por mais que Nyous tenha grandes dificuldades em exatas — principalmente na área de cálculo —, estas explicações facilitaram não só o trabalho dele como o de outros igualmente terríveis.

Enquanto fazia aqueles problemas, um batucar atordoante vinha de seus devaneios: "Re... n... te". Ele se repetia e repetira, cada vez tentando formular alguma coisa; vente; mente; lente. O que poderia ser?

Nyous jamais vira algo do tipo em toda sua vida. De três anos neste colégio, nem um único boato, história ou lenda era falada pelo pessoal.

Pensando cada vez mais sobre, o pavor se afastava há cada reflexão. Algumas perguntas surgiram como; "Quem era aquela individua?"; "Por que ela grunhia?"; "O que ela é?"; "De onde ela veio?". Dezenove e quinze da tarde. Já era horário de saída, obviamente, todos foram para suas casas —alguns de transporte, outros a pé.

No ponto de ônibus, Nyous ficou sentado ao lado de uma senhorinha. Até a chegada do veículo, era de costume que ele demorasse mais que dezessete minutos. Afinal, poucos motoristas realmente trabalhavam naquele horário.

Sabendo disso, o rapaz começou a observar seus arredores, talvez encontrasse algo interessante para se distrair. Mas, o que vira por todo esse tempo eram apenas carros e vira-latas. Por mais que aquelas coisas trouxessem um pouco de distração, não eram o suficiente, já que saíam de vista antes mesmo de serem observadas.

Enfim, o busão chegou atrasado como sempre, Nyous entrou e procurou algum acento. Pela sua sorte, tinham poucos passageiros sentados. A face serena dele havia mudado drasticamente. Com um sorriso no rosto, ele partiu para casa.

19 de Novembro de 2022 às 00:00 0 Denunciar Insira Seguir história
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