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Esta história é sobre a tranquilidade que o barulho da chuva transmite, sobre a paz após um gole de um cappuccino quente, sobre a angústia que carrega um final triste e, finalmente, sobre amor. Esta história é sobre o amor que chega sem avisar, que vem pela primeira vez e age como rei de um mundo secreto. Esta história é, sobretudo, sobre um escritor e um leitor que nunca souberam o que é amar.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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O escritor lamenta

Escrito por: @scarisvancci




Notas Iniciais:

Fala, galerinha, voltei! Para quem leu "Dois Minutos", a última fic que eu postei, e veio aqui esperando por uma segunda rodada dela, eu sinto muito, porque Barulho de chuva é completamente diferente kskdkdkd então preparem uma bebida quente, um lençol e já agendem a terapia! Amo vocês 🥰❤️

Gostaria de agradecer à @xxpujinxx / @xxpujinxx- pelos designs, que ficaram bem bonitos.
E quero agradecer também à @jamaisVubtriz pela betagem maravilhosa.
Muito obrigado!

Ao projeto, agradecerei eternamente por estarem me deixando ficar e sempre darem o maior apoio <3

E aos leitores, agradeço por darem uma chance a história, mesmo que seja só enquanto a chuva não passa

Para quem, assim como eu, ama ler escutando música, eu deixarei a playlist que não parei de escutar enquanto escrevia nos comentários.

Espero que gostem bastante de Barulho de Chuva, Cappuccinos e Finais Tristes, porque eu, particularmente, estou muito feliz com o que fiz aqui, então espero que seja bom para vocês também ^-^

Boa leitura!


~~~~

Fim.

Que outra melhor maneira haveria de começar uma história cujo foco central são finais?

Tudo é sobre eles, todos os livros são escritos por causa deles. Consumimos histórias porque desejamos avidamente saber como elas acabarão. A ninguém interessa o meio, o fim é o que importa.

Pelo menos foi nisso que acreditei veementemente durante muito tempo.

Até provar um cappuccino pela primeira vez. E desde então, todos os outros sabores perderam o sentido.

Ou até ter que encarar um final sobre o qual eu não tinha controle.

— Está tudo bem?

Levantei a cabeça e olhei para o garçom à minha frente.

Estava batendo a testa na mesa da cafeteria há algum tempo, isso deveria ter alertado quem prestava atenção.

Arrumei os óculos no rosto e suspirei.

— Está sim, obrigado.

— Tem certeza? — Ele me olhou, ainda preocupado.

— Tenho, não se preocupe. — Virei o rosto para a tela acesa do notebook em cima da mesa e depois para ele, fingindo não me sentir completamente humilhado.

— Certo, e o senhor vai querer mais café?

— Vou, pode trazer, não vou embora tão cedo. — Sorri amargamente. — Pode trazer uns cookies também, por favor?

— Claro, senhor, sem problemas, trago em um instante. — O garoto sorriu e saiu do meu campo de visão.

Voltei novamente a atenção para o documento aberto e praticamente inalterado há dias e tive vontade de chorar.

Àquela altura, não havia sentido em negar, eu estava tendo um…

Apenas pensar nas palavras me dava arrepios.

Estava tendo um bloqueio criativo.

O terror de qualquer escritor.

A única coisa que eu conseguia fazer era reler várias e várias vezes as mesmas cenas que escrevi e reescrevê-las como se o ato contasse de alguma forma como progresso. Às vezes eu até acrescentava uma palavra ou duas.

Eu já tinha planejado a história inteira, já havia buscado pelo roteiro do capítulo dezenas de vezes e procurado por inspirações em vão, mas nada adiantava.

O problema todo escalou muito rápido.

Apesar de saber exatamente o início, o desenvolvimento e a conclusão do que deveria ser meu novo livro, uma onda de milhares de pensamentos me impedia de continuar.

Estava paralisado. A cada dia que passava, tornava-se mais difícil escrever uma cena após a outra.

Eu estava totalmente perdido.

— Com licença. — O jovem de antes reapareceu em minha mesa, e eu movi meu notebook para ele colocar a xícara com o café e o prato com cookies.

— Obrigado, Jeongin. — Ele me olhou surpreso por um momento e então sorriu, fazendo uma reverência breve.

— Se precisar, é só chamar, senhor.

— Por favor, me chame de Yoongi — falei, sem querer parecer grosso, apenas ainda não estava acostumado com o honorífico que veio com a idade.

Não que ter trinta anos fosse grande coisa.

— Claro, com licença. — Jeongin fez outra reverência rápida e foi atender outra mesa.

Quando fiquei só outra vez, ri ao constatar algo deprimente:

Com exceção de meu colega de quarto e minha gata, Jeongin era o "amigo" mais próximo que eu tinha.

E isso provavelmente se devia a eu sempre ter dedicado boa parte do meu tempo à minha carreira mais do que a qualquer outra coisa.

E agora toda essa dedicação me traía, abandonando-me em uma espiral que me impedia de escrever.

Peguei a xícara e, quando provei do café, meus olhos foram atraídos por uma nova presença na mesa à minha frente.

Um homem estava sentado de lado na cadeira, encostado na parede, lendo um livro enquanto tomava uma bebida diferente de café.

Mas o que prendeu minha atenção foi uma soma estranha de coisas: sua serenidade e expressão tranquila e, arrisco dizer, feliz, ao ler um livro cujo título parecia dar um indício muito direto sobre o fim da história.

Nunca vi alguém ficar tão feliz lendo mesmo sabendo que os protagonistas vão morrer, nunca mesmo… A menos que o título seja apenas estratégico.

Desviei o olhar para meu notebook ao perceber estar sendo inconveniente, afinal, aquilo não era assunto meu. Meu assunto estava na minha frente, em forma de tela em branco, implorando para ser preenchida com palavras.

Então, algo veio à minha mente e resolvi pegar meu telefone.

Apesar de ter planejado a história, havia ainda alguns espaços vazios que eu precisava preencher. Esse era um dos motivos do bloqueio.

Após buscar pelo contato, coloquei o aparelho no ouvido e torci para a pessoa com quem eu precisava falar me atendesse.

Percebi quando a ligação iniciou e ouvi uma tosse fraca do outro lado.

Suspirei.

— Vovô?

Oi, Yoongi? Você está bem, filho?

Sorri ao ouvir a voz do senhor Min, não nos falávamos há um bom tempo. Eu também não o via desde que ele decidira viver na Inglaterra.

— Estou sim, não se preocupe — menti. Não queria deixá-lo preocupado. — Mas e o senhor? Eu o atrapalhei?

De forma alguma, não tenho muita coisa para fazer nessa casa grande que eu fui arranjar e nem tenho disposição para sair muito, você sabe, não é?

— Eu sei…

Meu avô sempre enfrentou graves problemas de saúde; com a idade tão avançada como a dele, já não tinha mais forças ou ânimo para sair com frequência.

Eu sempre me preocupei muito com ele, ainda mais agora com a distância.

Pois é, minhas fontes de diversão agora são a televisão e os livros. — Ele riu, e eu revirei os olhos, sorrindo também. — Estava agora mesmo lendo meu autor favorito, é um tesouro nacional. Ensinei tudo o que ele sabe.

— É mesmo? Pois ligo para dizer que seu "autor favorito" precisa de um favor.

Que honra. — Ele riu outra vez. — O que meu neto precisa?

— Resumindo, estou escrevendo um novo romance... — Ele fez um barulho de entusiasmo que arrancou outro sorriso de mim. — E quero sua permissão para citar "A última dose" durante o enredo.

Durante muitos anos, meu avô foi alvo de críticas e perseguição por ter escrito e publicado um romance aquiliano — uma tragédia lembrada até os dias de hoje, vale ressaltar — na década de 50. Queria ter certeza de que ele se sentia confortável e confiava em mim o suficiente para trazer sua obra em meu livro com o pleno respeito que merecia.

A última dose? Nossa, escrevi esse livro faz tanto tempo… — Suspirou, parecendo nostálgico. — Você tem certeza, filho?

— Tenho, vovô, acho que é a obra certa.

Tudo bem, então, sendo assim, pode usar. Com uma condição. — Ele tossiu outra vez. — Que você venha me visitar.

— Eu vou, vovô, assim que eu puder.

Você sempre diz a mesma coisa e nunca vem. Eu quero que você prometa que vai vir.

— Estou falando sério. — Balancei a cabeça. — Eu irei visitá-lo o mais cedo possível. Acredite em mim, tudo bem?

Ele suspirou e, com custo, se rendeu.

Tudo bem, meu filho, acredito em você. — Riu. — Eu vou ficar esperando aqui.

— Está bem, até mais, vovô.

Até, meu filho.

Desliguei, dando um sorriso e um suspiro.

Se eu pudesse, visitaria meu avô hoje mesmo, mas eu precisava escrever, e também… Eu nunca viajei de avião, e não me sentia completamente seguro em fazê-lo ainda.

Mas eu o visitaria, não porque meu avô "impôs" que eu o fizesse, mas por desejar vê-lo e minha saudade ser maior que o meu receio.

Voltei minha atenção para a tela do notebook e tentei escrever o que, pelo menos agora, com a recente ideia que tive graças ao homem sentado à minha frente, eu seria capaz de fazer, apesar do bloqueio.

"— [...] Mas, se romance for o seu tipo, talvez esse não seja o melhor livro para você… Sabe, é uma tragédia."

Eu sempre gostei de brincar com minhas narrativas, deixando pistas entre os parágrafos.

Essa fala do meu personagem era um exemplo, era um presságio.

Ele não estava apenas alertando ao protagonista sobre o livro que ele queria ler, estava alertando os leitores da minha história também.

Estava anunciando uma tragédia.

Não havia nada que os personagens pudessem fazer para impedir o triste fim de seu amor.

Mesmo que doesse, mesmo que eles sofressem por se amar, eles não ficariam juntos.

Fosse por orgulho, indecisão, circunstâncias diversas, a distância que enfrentariam ou por terrivelmente serem escritos por um autor incapaz de dar a eles o que eles queriam.

Um autor incapaz de amar e incapaz de perdurar o amor dentro das suas obras.

Pois eis dois fatos sobre mim:

Meu grande e único amor são meus finais.

E eu nunca escrevi um final que fosse feliz.


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Notas Finais: E, aí, o que acharam? Comentem, por favor, pois eu vou gostar muito de saber a opinião de vocês ☺️ O capítulo foi bem curtinho, e digo que podem esperar pelo mesmo ritmo dos próximos Quis tentar uma coisa diferente com essa história, e espero que gostem da minha proposta, e de me dizer suas opiniões! Bem, até o próximo, pessoal!


3 de Junho de 2022 às 23:45 1 Denunciar Insira Seguir história
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PLAYLIST DE BARULHO DE CHUVA, CAPPUCCINOS E FINAIS TRISTES: https://open.spotify.com/playlist/0e81V2mdwEzapKO9SLioFv?si=eIuPUNQaQlmy0p3EpcuhuA
June 04, 2022, 01:04
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