*ALICE- REINO SOL NASCENTE*
Primavera. Hà como era linda a primavera no reino do sol nascente, um milhão de anos seria pouco para apreciar tamanha beleza. O aroma adocicado das flores atingiu minhas narinas, inspirei profundamente o perfume das flores.
Mamãe ama tulipas, eu faço questão de colhê-las todos os dias para ela, escolhendo sempre as que mais lhe brilhavam os olhos,amarelas,vermelhas e rosas, então todos os dias antes de acordar eu jà havia depositado um lindo buquê em sua cama.
Voei o mais rápido que pude de volta pra casa, encontrei minhas irmãs no jardim do castelo, esperando pra iniciar à lição do dia, papai fazia questão de que nos três tivéssemos aulas.
Anastácia amava aula de pintura, Amélia amava aula de política, porém hoje era literatura, ela dizia que literatura não resolveria uma questão política do reino, ela era igualzinha papai, eu por outro lado amava literatura, apreciava cada momento lendo principalmente no bosque flórido. Depois da ida ao campo minhas bochechas ardiam devido ao calor da manhã, meus cabelos loiros prendidos em uma trança feita por Anastácia, estavam grudados em meu pescoço, olhei para minhas irmãs as quais também estavam de tranças, adoravamos combinar penteados.. apesar da diferença de idade nos davamos muito bem.
Amélia era a mais velha, herdeira do trono do reino do sol nascente, aos vinte e oito anos se preparava para em breve assumir o trono, Anastácia aos vinte e quatro anos aonde tinha apenas uma preocupação, saber se encontraria seu verdadeiro amor, eu com dezessete anos apenas quero viver o máximo que eu pudesse. E com sorte, viverei um amor épico.
Ao finalizar minha lição do dia, pedi pra senhorita Smith pra sair, peguei uma cesta para o piquinique e parti para apreciar a beleza da árvore de cerejeira. Minha irmã Amélia veio até mim:
— Alice, para aonde você vai?— Amélia achava minhas aventuras uma perda de tempo, apesar de que no fundo eu sabia que ela gostaria de vir comigo.
— Ao bosque flórido, as cerejeiras estão perfeitas nessa primavera— Amelia me olhou incrédula, eu sabia oque ela estava prestes a dizer, então sem dar chance a ela, voei até que o vento fosse o único som em meu ouvido.
Nosso reino ficava no ponto mais alto das terras, dando a maior visibilidade dos outros reinos, principalmente do reino humano o qual faziamos fronteira. Muitas árvores pequenas e grandes, diversas variedades de flores, animais e um campo vasto com a grama verde reluzente. A pouco tempo papai ordenou para que fizessem uma ponte ligando nossos reinos com mais facilidade, porque em breve.. uma aliança seria formada.
Ao chegar ao bosque flórido, senti seu aroma perfeito me envolver, suas cores inundavam meus olhos, eu amava essa sensação. Abri a cesta e peguei uma toalha estendi e sentei de frente pra ela, tentando ao máximo memorizar cada detalhe. Vinte minutos se passaram eu estava tão hipnotizada por aquele momento que não notei que estava sendo observada, a árvore da cerejeira ficava muito próxima a fronteira com terras humanas, apesar da trégua que regia a anos, não mantínhamos contato com eles. Vindo em minha direção um jovem rapaz me observava sorrido, levantei assim que notei sua presença.
— Não quis assusta lá, sinto muito — seus olhos eram como água cristalina, seu cabelo castanho cor de mel, o mais lindo, com certeza, que eu já vi. Assenti com a cabeça e me preparei pra partir em saída.
— Meu nome è Cassian, sou herdeiro e futuro rei do reino da lua crescente. — ele me olhou e aguardou minha resposta.
— Aline, vossa majestade — vi em seus olhos a curiosidade de saber mais sobre quem eu era — princesa do reino do sol nascente.
Minutos se passaram até que eu tomasse coragem para olhar em seus olhos, Cassian não deveria ter mais que vinte e dois anos, perfeitamente humano. Em sua mão notei que carregarava um lindo buquê de tulipas, rosas e brancas, as minhas favoritas.
— São para minha mãe— Cassian argumentou vendo a expressão em meu rosto — Ela as ama, sempre que posso colho algumas pra ela, espero que não se importe..
— São lindas, com certeza sua mãe vai gostar— começando a me afastar, virei e disse por cima do ombro — também as colho para minha mãe.— começando a voar, Cassiam gritou:
— Alice esperee!! — parei imediatamente, com o coração batendo tão rápido que achei que fosse sair do peito. — Para você, espero vê-la de novo.
Com um sorriso nos lábios Cassian me entregou uma tulipa branca, tremendo ao toque de sua mão peguei a flor, olhei em seus olhos e sorri, com a alma e o coração, se é possível, voei sem olhar para trás. No caminho de volta para casa, pensei em como seria possível sentir isso em minutos, pensei que tal vez eu estivesse me adiantando ao sentimento que mal começou a fluir em meu coração, mais que já estava ali.. aninhado em mim, e com sorte em Cassiam também.
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