nurseophelia Ophelia mix

A princípio, os amigos de Bulma duvidam de Vegeta, pois para eles nada crescia dentro daquele coração de pedra. Também porque o garoto era a definição da encrenca. E além disso, Vegeta, inteiramente, precisava de cuidados. Um assunto que alguém tipo Vegeta nunca se deu ao trabalho. Bulma tinha até o temível palpite de que a própria família dele sequer o ajudava.


Fanfiction Anime/Mangá Para maiores de 18 apenas.

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Como poderia estar preparado?

O tempo passou para os dois jovens, mas ao mesmo tempo era tão cedo para dizer que havia entrado em sintonia e o que prometiam para um futuro próxima iria dar certo, pois desafios e batalhas estavam sendo enfrentados.


A princípio, os amigos de Bulma duvidam de Vegeta, pois para eles nada crescia dentro daquele coração de pedra. Além disso, o garoto era a definição da encrenca, Vegeta, inteiramente, precisava de cuidados. Um assunto que alguém tipo ele nunca se deu ao trabalho. Bulma teve até o temível palpite de que a própria família dele sequer o ajudava.


Alguns dias mais tarde, a garota tentou dizer que não precisava ir visitá-la em casa todo final de semana pois era cansativo para o encrenqueiro do colégio. Todavia a garota de cabelo azul não entendia.


Não era questão de tempo, afinal, Vegeta ansiava olhar para o rosto dela, estar em sua presença pelo menos um pouquinho mais, e parecia que, inexplicavelmente, o seu coração começou a mudar, uma pequena chama foi acesa, uma onda de sentimentos até então abafados suprimidos e achatados puderam respirar novamente depois de uma quase eternidade fazendo a centelha se transformar numa fogueira.


“Existe um nome para este sentimento”, Vegeta presumiu. Como descrever em palavras? Tinha certeza de que chamavam isso de se apaixonar.



...



As pessoas não conheciam Vegeta e presumiam muito de sua persona, só não tinham noção de como estava se sentindo. O que não estava bem? Tudo.


Era uma vez: Vegeta tem uma família normal e comum, no entanto, completamente preenchida de amor. Lettuce é a definição de mãe amorosa, empanturrando o primogênito de mimos, e então aquilo de bom pertencia ao passado.


Seus pais o amam, e Vegeta os ama. Um dia, tudo mudou. Ficou lá esperando dia após dia, Tarble ao seu lado, dormindo feito o bebê que era, e havia sempre uma babá diferente cuidando dos meninos. E noite após noite, sem pregar os olhos, ansiava pelos velhos tempos.


Os seus pais o amavam e Vegeta também. Um dia, tudo mudou. Ele ficou lá esperando dia após dia com Tarble ao seu lado, dormindo feito o bebê que era, e havia sempre uma babá diferente cuidando dos meninos. Após noites sem pregar os olhos, ele ainda ansiava pelos velhos tempos."


A realidade é: Vegeta tinha uma família.


Agora resolveu deixar o passado para trás. Lembrar dos velhos tempos não trazia nada além de tristeza. E lembrar daquilo que não trazia nada além de tristeza


Muitas vezes, alguma coisa o machucava. Viver parecia ser feito de decepções e melancolia, o que necessariamente não parava. A dor não passava e o adolescente sofria muito, em silêncio. O seu pai não foi leal.


Embora a dor fosse tanta, nunca desistiria por causa de Tarble, porque o pirralho precisava do irmão e mesmo que Vegeta vivesse esmorecido, se culpando pela morte de sua mãe — por não ser capaz de não fazer nada enquanto seu pai traidor pelo menos tentou — porque naquele momento, ele sequer mexeu um músculo.


Em seguida, decidiu nunca mais ser fraco. Jurou para si mesmo, no entanto, acordava sem ânimo, se arrumava cheio de dor para a escola.


Sozinho pelo mundo e com um menino para cuidar, o que não era justo.


O universo não notou o seu sofrimento. O Seu pai não se importava e Tarble não entendia o que havia de errado. Porém o garotinho tentava conversar com o moreno e apenas recebia um sorriso pequeno e sem emoção.


— Está tudo bem — Vegeta mentia. Toda hora.


Ninguém o notava. Pelo menos não verdadeiramente. As pessoas não conseguiam ver além da cara estóica e das brigas no colégio. Todos diziam que ele vivia com raiva, mas não era só isso.


O adolescente usava como defesa a sua personalidade para não permitir ninguém entrar em sua casca dura e quase impenetrável.


Desse modo, se sentia sozinho. Certo, Tarble estava lá, mas não era culpa do menino se Vegeta achava que tinha algo de errado dentro de si mesmo. Vazio não era bem a palavra exata. Era uma dor infinitamente longa.


A pior coisa que alguém podia pensar aconteceu com ele. Não havia uma maneira no mundo de mudar, mas desejou.


Aliás, o que tinha em sua mente em prioridade? Nunca desistir e lutar. Tentar para o seu irmãozinho. Apesar de não conseguir controlar essa dor.


— Você é importante, Geta — disse Tarble e tinha apenas sete anos de idade, percebendo o estado triste do rapaz. Ele sentiu que precisava lembrá-lo que era o melhor irmão do mundo inteiro.


— Você também, pirralho — Vegeta pegou o menino no colo, sentado no sofá em uma noite escura, às quatro da manhã. Olhando ao redor, via uma das muitas babás roncando na poltrona da mãe falecida.


Vegeta cuidou dele e desde então era o responsável.


— Somos você e eu — afirmou o adolescente, alguns anos depois, sorrindo. — Para tudo que vier pela frente.


O menino de dez anos o fitou, sorrindo de orelha a orelha.


— Que bom, irmão.


Deveria continuar, não importava o que acontecia. Continue acreditando, continue tentando, continue lutando…


Vegeta caiu no chão mais vezes que conseguia contar. Desistir não era uma opção. Ele perdia algumas batalhas, outras vencia. Em certos dias parecia que o número de derrotas aumentava e isso o fez ficar cada vez mais distante do mundo. Apesar de não conseguir comer pela falta de interesse ou não dormia nada bem, continuou lutando.


Era a sua verdade.


Sentia um progressivo medo horripilante de alguma tragédia acontecer e perder a única coisa que fazia sentido: Tarble. Em circunstâncias do tipo, o que podia fazer foi sentir o medo de gelar o tutano dos ossos?


Eram anos morando naquela casa onde nada de alegria restava.


Vegeta nunca disse as palavras: “eu te amo” para alguém, pois não entendia o conceito, igualmente já que aquilo o tornava vulnerável.


“Ser sentimental te torna fraco,” pensou.


Ele acreditava que através das ações os sentimentos eram claros e mais confiáveis.


Lettuce morreu em um assalto e mesmo tentando, o seu pai não conseguiu proteger a sua esposa.


O responsável dos meninos constantemente os culpava, isso contribuiu para a separação, para a mágoa abismal e na falha emocional de Vegeta.


O rapaz se tornou um adolescente de 17 anos desconfiado, raivoso, solitário e rancoroso e todo aquele tempo, sentia dor em silêncio.


“Onde havia errado?”, Se perguntava, e ficou cansado de ser infeliz e tão farto de estar nessa estrada largado, por isso, se permitiu sucumbir aos seus desejos egoístas pela primeira vez em muito tempo.


Bulma.


A vida era curta e tentaria não passar o resto dela se lamentando.


Gostava muito da garota, tanto que desejou expressar em palavras ou em atos, na verdade, isso o assustava tanto quanto o intrigava. Apesar de ter beijado algumas meninas, Vegeta nunca foi experiente em flertar e cortejar. Aliás, nunca namorou ou cogitou, porque era aterrorizante. Ele enxergava os relacionamentos entre duas pessoas como algo sagrado e ao mesmo tempo, perigoso.


Embora o amor não seja antídoto para tudo que existe. Ou um medicamento que pudesse comprar na farmácia da esquina. Por outro lado, mesmo não sendo a cura plena para a sua alma, iria abrir portas e oportunidades para o que precisava.



...



Bulma sabia que precisava alimentar o jardim para que permanecesse vivo e não seria possível caso não se esforçasse de verdade, mas ela acreditava nele e dedicou o seu tempo e esforço.


Um dia foi capaz de visitar a famosa casa dos Prince, persistindo por um longo tempo, convenceu o encrenqueiro e conheceu a sua família. Tudo bem, era muito esquisito o clima lá dentro. O pai não apareceu e só conheceu a madrasta, e foi uma experiência que preferia esquecer. A mulher não ligava para os filhos adotivos e parecia até os desprezar. No entanto, Bulma facilmente fez amizade com Tarble, uma imagem cuspida de Vegeta, e mais baixinho.


“Ele é tão fofo, doce e engraçado.”


Tarble e Bulma ficaram amigos facilmente, chegando a conversar sobre tudo, trocando mensagens pelo celular e mesmo não sendo a sua intenção, o garotinho revelou os acontecimentos dentro de sua casa. Os abusos da madrasta e a negligência do pai.


De modo inesperado, Tarble mudou para sempre o cotidiano das duas famílias, porque saber a verdade fez Bulma tomar medidas drásticas. Tarble e Vegeta foram morar na casa dela em dezembro no final do terceiro ano do colégio, antes do casal começar a frequentar a faculdade.


Vegeta e Bulma já estavam namorando e infelizmente o acontecimento serviu para os dois ficarem afastados mesmo nos dias atuais morando na mesma casa.


Isso aconteceu pois Bulma pediu para os pais intervir quando soube do tratamento que os meninos estavam recebendo e adotaram os dois, apesar dos protestos infantis de Vegeta.


Pois ele não queria e nunca necessitou de caridade, nem a inevitável pena da sua namorada, foi um golpe assim que soube da traição do pirralho, fofocar nunca foi de sua natureza, afinal.


Vegeta era um adulto de dezoito anos, contudo não teria sucesso em cuidar sozinho de um menino de onze, porque existiam as despesas e não poderia olhar Tarble como antes com a faculdade e o emprego.


Vegeta e Bulma começaram a discutir com frequência e Bulma não entendia o ponto de vista orgulhoso do homem. Ele estava tentando se afastar e não aceitar a sua ajuda? Ela ajudou o namorado o tirando de uma vida ruim quando ele merecia tudo de bom, igualmente para a criança de onze anos, portanto, não aceitou bem a recusa dele por auxílio.


Em seguida, eles ficaram distantes por alguns meses antes de irem se aproximando novamente, lentamente, e tudo graças à ajuda de Tarble, cansado de assistir o irmão tão infeliz.


O que foi necessário? Bem, precisou de paciência, principalmente, uma conversa a sós aqui e ali com Bulma, outra discussão com Vegeta, algumas sugestões de como um sentia falta do outro, mas nunca admitiam em voz alta. E o encrenqueiro percebeu: Bulma era a sua frustração e a sua amiga leal.


Havia dores irremediáveis, cicatrizes perceptíveis que insistiam em latejar, porém o sofrimento se tornou suportável pela presença dela, o olhar compassivo de seus olhos azuis se tornou a calmaria e a graça salvadora dos seus dias mais tempestuosos.



...



O jardim parecia que ia morrer de solidão. Nenhuma semente nova foi plantada durante um tempo e a pedra continuaria imóvel dentro daquele peito duro.


Bulma estendeu os braços para a terra, cavando com as mãos, se sujando novamente por ele, seus olhos azuis tão vivos e parecia o céu límpido sem nuvens, chegando a comover o rapaz pela primeira vez em anos.


A mulher de cabelo azul plantou, iluminou de sol, deu um lugar para dormir, ofereceu alimento. Sua atenção, amparo e carinho. Ela também deu a ele pais adotivos. Logo, as flores cresceram.


Enquanto o encrenqueiro da faculdade se metia em brigas, intencionalmente mal-humorado e chato, pedindo a Goku para lutar no seu tempo vago, esperou ser dispensado daqueles olhos azuis e já sentia falta. Vegeta podia sentir a rejeição se aproximando. Mas não veio o que o moreno raciocinou ser uma coisa possível.


A mulher nerd continuou ao seu lado, apesar das consequências. "Ela o acolheu juntamente de seu irmão quando o seu inerente pai biológico o dispensava por uma mulher atroz e implacável. Acolheu a ele e ao seu irmão quando seu inerente pai biológico o dispensava por uma mulher atroz e implacável. Na verdade, sendo sincero do fundo do seu coração, foi um imenso alívio ir embora da sua antiga casa, pelo bem de Tarble. Embora desejasse fazer isso sozinho.


O jardim aumentou de tamanho.



...



— Não sei se quero continuar com isso. As pessoas com quem me importo vão embora — Vegeta confessou para o irmão durante a calada da noite — Vai ser igual a antes. Você era muito novo para se lembrar, mas se eu não tivesse pedido para nossos pais irem ao parque naquele dia… Merda, nenhum de nós estaria sem ela. Sem a mãe.


Tarble tinha onze anos e, em breve, faria aniversário. Doze. Crescer tendo Vegeta no papel de responsável não o fez ficar rancoroso ou cheio de ódio pelo abandono do adulto e sim o fez ficar mais atento, mas ainda esperançoso. Porque seu coração permaneceu aberto para as pessoas.


A propósito, Vegeta sempre estaria lá para ele.


— Você está pensando em terminar com a Bulma? — perguntou o menino, estreitando os olhos — Não pode estar falando sério! Nunca te vi mais contente.


— Não é bem assim… Além disso, tenho que cuidar de você. Um dia ela vai ver o seu erro e vai embora também.


A sua namorada pensava muito bem dele e se Vegeta pudesse ser só metade do que ela achava dele, conseguiria até confessar seus sentimentos e acabar sendo uma pessoa aberta. Mas não seria fácil como ela fez com Tarble. Nunca.


Bulma acabou escutando completamente tudo, preferindo ficar um pouco escondida e de repente apareceu no quarto do garotinho, com as emoções explodindo em seu peito.


— Você tem a mim, Vegeta — disse Bulma, engolindo o nervosismo, correndo para o abraçar pelas costas, suas mãos já enroladas no estômago forte.


— Como? — Vegeta quase pulou de susto e de raiva — Estava me escutando?!


— Sim — murmurou, fazendo beicinho e abaixando a cabeça, triste — Você tem agido de forma tão estranha. Me preocupou, seu idiota! O que lhe falei é a mais pura verdade. Você tem a mim! E meus pais já amam tanto vocês dois, portanto, nem se atreva a tirar Tarble deles, ouviu?


— Jesus, mulher — retrucou, ruborizando, mantendo o olhar para o pirralho, o vendo sufocar o riso — Você não pode falar coisas assim, do nada! É embaraçoso.


— Escute, você também pode me procurar para conversar — comentou, depois Bulma olhou para Tarble e estendeu uma mão, acariciando as madeixas negras e arrancando um sorriso do menino — Porque agora vocês são parte da família.


Vegeta ficou quieto, querendo acreditar em felicidade e até este momento era um enigma. Seu coração traidor começou a bater mais rápido.


— Hum. Verdade... Apesar disso, deseja terminar, encrenqueiro? — implicou Bulma, ficando no seu campo de visão e tomando o seu rosto em mãos macias e pálidas. Os olhos negros se fixaram no seu beicinho adorável — Só vou te avisando, ninguém resiste ao meu charme.


O homem bufou, em seguida a tomou em seus braços, parecendo uma necessidade primordial.


— Isso é tão nojento — comentou Tarble — Vão para um quarto!


— Nós estamos apenas nos abraçando… — começou Bulma, mas foi cortada pelos lábios de Vegeta, pelas mãos em sua cintura e no aperto suave e forte ao mesmo tempo. Afastando-se, ela ficou vermelha e murmurou: — Hã, agora a gente se beijou.


— Nojento! — Tarble atirou um travesseiro e escondeu o rosto em chamas.

28 de Março de 2022 às 03:41 0 Denunciar Insira Seguir história
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