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Marjorie Reis


E viver feliz para sempre? Bulma encolheu os ombros. Talvez. Quer dizer, eu não espero perfeição. Mas um tipo de felicidade para sempre seria bom.


Fanfiction Anime/Mangá Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Capítulo Único

Bulma suspirou melancolicamente enquanto observava Chichi rir. Goku a pegou enquanto ela tropeçava, vinho espirrando de seu copo, o que só a fez rir ainda mais.

— Isso não soa como uma dama de honra orgulhosa.

Bulma franziu a testa, nem mesmo se preocupando em se virar para a voz familiar. — Eu sou. — Algo roçou suas costas, mas ela não precisava se virar para saber que era o corpo dele inclinado para ela.

— Então por que você está tão taciturna?

A respiração dele roçou seu ouvido, mas ela não percebeu. Depois de um tempo, ela aprendeu a se acostumar com a proximidade dele. Era reconfortante de uma forma que ela nunca quis explorar.

— Eu não estou.

— Então, por que você está do lado de fora olhando para dentro, literalmente.

Porque ela não conseguia colocar um sorriso no rosto. Ela enfrentou o clima frio apenas para escapar da atmosfera feliz. — Eu precisava de um pouco de ar.

— Está vinte graus.

Era, e ela estava grata pelo calor que ele irradiava atrás dela. — Então.

— Portanto, não minta para mim, ou pelo menos tente um pouco mais difícil.

— Ninguém diz que tenho que ser feliz o tempo todo. É um pouco sufocante estar lá com todas aquelas pessoas. Quando comecei a planejar o jantar de ensaio do casamento, não sabia que Goku e Chichi conheciam tantas pessoas. — Vegeta riu atrás dela, mas ela não sorriu.

— Chichi é uma pessoa ocupada. Tenho certeza de que apenas uma fração das pessoas aqui são pessoas que Goku conhece.

Vegeta estava certo; Goku tinha muitos amigos.

— Mas não é por isso, que você está aqui.

Bulma optou por não responder. Ela não teria sido capaz de mentir para ele e se recusou a dizer a verdade.

— Posso adivinhar?

Mesmo assim, ela se recusou a responder, ele tentaria de qualquer maneira.

— Relembrando uma conversa que tivemos há muito tempo, encontrando você assim, acho que você está com ciúmes.

Bulma se irritou com seu tom franco. Não queria ouvir em voz alta, especialmente quando Vegeta fazia soar tão mesquinho. — Estou feliz com a minha vida. Eu gosto do que faço.

— Isso é diferente. Você quer isto. Você quer ser Chichi.

— Eu não quero a vida de Chichi. — Bulma quis dizer isso, não queria Goku.

— Você quer aquela felicidade. Quer fingir que o que você faz a mantém feliz, mas quando se trata disso, você quer ser aquele que vai se casar.

Bulma tentou não ficar rígida contra ele. A última coisa que ela queria que Vegeta notasse era que ele a havia atingido.

Algo molhado atingiu seu rosto e ela olhou para o céu escuro. Pequenos flocos estavam começando a descer e Bulma franziu a testa. Claro que nevaria no jantar de ensaio do casamento de Chichi e Goku. Provavelmente seria lindo.

— Devia pegar seu casaco. — Deveria. Suas pernas vestidas com meias estavam frias e o suéter leve que ela vestia não protegia o frio como seu casaco faria. — Eu não quero entrar ainda. — Vegeta suspirou atrás dela, obviamente descontente com sua decisão. Braços a envolveram, puxando-a de volta contra seu peito, envolvendo-a em seu casaco. Bulma não pôde deixar de se enterrar em seu abraço.

— Você não achou que eu ia dar para você, não é?

Bulma não pôde deixar de sorrir.

— Não, eu não gostaria que você fosse um cavalheiro, pelo menos para mim.

Eles ficaram em silêncio e ela se viu capaz de relaxar contra Vegeta e seu calor. Ela continuou a assistir Chichi e Goku andando pela sala, rindo e se divertindo. Eles mereciam; Bulma não queria negar isso a eles. Mas ainda...

— Você sempre pode sair fazer algo fácil, encontrar isso. Do jeito que trabalha, eu sei que você nunca tem tempo.

— E desistir de uma coisa para encontrar outra? — Bulma balançou a cabeça. — Eu fiz isso uma vez. Eu não gostei disso.

— E agora você está desistindo disso? Qual é a diferença?

— Porque desta forma, eu não tenho que me esconder. Eu sou livre para fazer o que eu quiser. Mas, mesmo enquanto falava, um nó se formou em sua garganta e ela podia sentir seus olhos começando a lacrimejar com as lágrimas não derramadas.

Bulma...

Ela podia ouvir a pena em sua voz. — O que você quer? — Ela gritou com ele um pouco mais dura do que pretendia, mas não precisava que Vegeta a deixasse chateada.

— Eu não quero que você fique chateada.

Ela suspirou. Ele estava preocupado e ela estava bem com isso, mas não queria que ele se sentisse mal por ela.

— Eu sei, vou ficar bem.

— Posso te perguntar uma coisa?

Bulma encolheu os ombros contra Vegeta e ele apertou os braços com mais força ao redor do corpo dela.

— Esquecer por um momento o que você faz e que você sente que pode ter que desistir de uma parte de si mesmo. É isso que você quer?

Ela o viu acenar para Goku e Chichi com o canto do olho. — Não se trata apenas de se casar. É mais do que isso. — Ela admitiu. — Eu quero ser capaz de ter tudo como eles têm. Um trabalho que adoro e uma oportunidade de poder partilhar os meus segredos com a pessoa que amo sem quaisquer consequências.

— E viver feliz para sempre?

Bulma encolheu os ombros. — Pode ser. Quer dizer, não espero perfeição. Mas, quero dizer, um tipo de felicidade para sempre seria bom.

— Agora, me pergunte o que eu quero.

Ela suspirou e revirou os olhos.

— Apenas me anime.

— Tudo bem, tudo bem, o que você quer? — Ela perguntou exasperada.

— Eu quero que você pare de agir como se não soubesse o que está acontecendo aqui. Você sabe que eu não estaria segurando ninguém aqui, exceto você.

Ela engoliu em seco, fazendo-se ignorar a verdade de suas palavras.

— Eu quero que você comece a olhar o que está bem na sua frente. EU. Mas ele não terminou.

— E quero que você perceba que não precisa trocar um pelo outro. Eu nunca faria você fazer isso. Se alguém sabe o que diabos você está fazendo, sou eu.

Bulma se virou em seu braço e olhou para ele com raiva. — Vegeta, por que diabos você está me xingando?

Vegeta suspirou e puxou o corpo dela contra o dele. — Estou dizendo que quero você e quero ser a outra parte que está faltando na sua vida e tudo com que você pode se preocupar é comigo xingando.

— Bem, quero dizer que você não pode vir aqui proclamando seu amor eterno e depois me amaldiçoar.

— Eu não estava professando meu amor eterno. — Bulma deu a Vegeta um olhar de cumplicidade que ele optou por ignorar. — Nada mais funciona com você. Então, achei que a abordagem direta era a melhor. — Ela ergueu uma sobrancelha como se esperasse que ele continuasse. — Você não acha que eu poderia te dar isso?

Bulma virou a cabeça e olhou na direção em que ele assentiu, encontrando Chichi nos braços de Goku. Ela se virou novamente e olhou para Vegeta, encontrando-se paralela à posição que sua prima estava.

— Você pode? — Ela perguntou com medo. Não era nem que ela estivesse preocupada que ele não pudesse. O problema era que ela estava preocupada que ele pudesse.

Fazia muito tempo que ela não tinha um relacionamento real. Se ela tentasse com Vegeta, seria pra valer. Ambos tinham bagagem demais e estariam colocando muita coisa na linha para não serem realmente sinceros. Não podia ser apenas uma paixão, uma aventura ou luxúria, tinha que ser real.

— Bulma ... Ele a envolveu com um braço com força para mantê-la coberta com seu casaco e levou a outra mão ao rosto dela para afastar mechas onduladas de cabelo de seu rosto. Os flocos agarrados aos fios derreteram assim que seus dedos o tocaram. Gentilmente, Vegeta embalou a bochecha dela com a palma da mão. — Eu vou te dar tudo o que você quiser, se você me deixar.

— Eu não quero ficar sozinha. — Ela admitiu, não se importando mais quando o rosto dele baixou para o dela.

— Você nunca está sozinha.

A respiração dele estava quente contra os lábios dela enquanto ele sussurrava e ela encontrou seus olhos se fechando em resposta assim que seus lábios quentes tocaram os dela.

27 de Março de 2022 às 23:33 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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