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Réveillon é considerado como uma data não somente da vinda de um ano novo, como também de mudanças íntimas e desejos de coisas novas em nossas vidas. Isso não seria diferente para Park Jimin e Min Yoongi, dois amigos que mantêm uma relação com segundas intenções, que no começo era somente no sexo, mas que com o passar dos anos se transformou em algo a mais. Com a chegada do ano novo, os dois planejam revelar seus sentimentos um ao outro na viajem que farão para o Havaí.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Capítulo Único

Escrito por: @bigarmys


Notas iniciais: Olá meus fadinhus, como tem passado? Bom, não irei demorar muito porque trarei algumas observações na nota final e então nós nos vemos lá. Boa leitura!


~~~~

O interior do fusca de coloração preta e do ano de 1965 era preenchido por gemidos, batidas de bunda se chocando com coxas; os vidros estavam embaçados devido ao calor emitido por ambos os homens e também era possível ver marcas de mãos...

— Y-Yoon hyu-ung, e-eu estou quase... ahn... lá — dizia Jimin enquanto cavalgava no colo do mais velho.

— E-eu tam-também, Jimi-nnie... Vem para o hy-hyung, bebê, vem... — E então ambos os olhos se conectaram e os dois tiveram os seus tão merecidos orgasmos. — Uau, isso foi...

— Perfeito!

— Sim — sussurrou Yoongi.

— Yoon... — chamou-o Jimin em forma de sussurro e encostou sua cabeça no ombro do outro.

— Sim? — sussurrou de volta.

— É... hum... — Jimin estava ficando corado e Min achava aquilo adorável, mesmo depois de dois anos e meio com eles mantendo uma amizade colorida, Park ainda sim corava perante si.

— Quer que eu durma na sua casa... — Não foi uma pergunta que o moreno fez e sim uma afirmação.

— Sim... É que eu queria maratonar Lúcifer e só tem graça maratonar séries, principalmente Lúcifer, quando você está presente. — Jimin agora tinha a cabeça erguida e olhava para tudo quanto é lugar, menos para o Min e gesticulava com as mãos. Como pode um homem tão confiante como ele ficar inseguro na presença do outro homem?

— Hum, deixe-me pensar... — Fingiu estar realmente pensando na proposta.

— Ahn, olha, se quiser não precisa aceitar só porque sou eu ou por ter te pedido... — Jimin olhava para seus dedos que brincavam com os dedos de Yoongi.

— Hey, Jimin — Soltou uma das mãos e ergueu a cabeça do mais novo. — Não precisa ficar receoso e nem nada, e quer saber de uma coisa? — O loiro balançou a cabeça positivamente várias vezes. — Eu não trocaria passar o Natal com você por nada nesse mundo. Então é claro que eu quero. — Jimin o olhou sorrindo e então selaram os seus lábios.

Os dois homens se encontravam no apartamento do mais novo, arrumando a Netflix na televisão para assim começarem a maratona.

— Ainda não acredito que transamos em um dos carros relíquias do seu pai.

— Papai me deu o fusca... — Yoon deu de ombro.

— Tá de brincadeira...

— Não, não. Ele me deu de Natal. Ele sabe que desde que ele comprou aquele fusquinha eu era apaixonado por ele, então resolveu me dar de presente. Ele disse que é tipo uma “medalha” de honra por eu estar limpo e tomando rumo na minha vida.

— Ele deve ter sido uma fortuna. — Yoongi novamente deu de ombro. — Mas você merece. Você é outro homem, Min Yoongi. — Jimin ajoelhou na ponta da cama, rodeou os braços no pescoço do moreno e beijou delicadamente os lábios do mesmo.

— Hum... Tudo isso graças a você. Você, Park Jimin, me fez um novo homem. — Min segurava a cintura do homem à sua frente firmemente.

— Nop, isso tudo porque você quis, eu posso até ter dado um empurrãozinho, mas se você não quisesse não teria servido de nada, meu bem.

— Você é perfeito, Jiminnie, é o melhor amigo que eu poderia ter — Jimin sentiu um aperto no coração, mas logo tratou de disfarçar com um sorriso.

— Eu sei...

Três episódios já haviam passado quando Min resolveu se pronunciar.

— Jiminnie...

— Sim?

— Você tem vontade de conhecer o Havaí?

— Claro que sim, mas a minha atual situação financeira não permite...

— Estava pensando de passarmos o Réveillon lá.

— Que legal hyung, vai sim, tenho certeza de que se divertirá e irá descansar um pouco sua mente. — Jimin não havia percebido que na fala de Yoongi, ele mencionava os dois.

— Então quer dizer que você topa ir comigo? — Yoongi olhava intensamente para os olhos do mais novo.

— Ahn, o quê? — Os pequenos olhinhos do mais novo estavam arregalados e sua expressão facial era de confusão.

— Ir para o Havaí comigo... Este é o meu presente para você, meu anjo.

— Hyung...

— Diz sim, hum... Diz sim para o seu hyung — A fala de Min saía entre os lábios dos dois homens.

— Mas hyung, e-eu não posso te pagar depois por isso... não por agora.

— Mas isso é um presente, Jiminnie, o meu presente para você.

— Ou, Yoon-hyung...

— Por favor Minnie, por favorzinho.

— Aiiin hyung, está bem, está bem, só para de fazer essa carinha, por favor.

— Mas Jimin — chamou.

— Hum...

— Isso é um presente, não quero que você fique falando que tem que me pagar.

— Tá bom — disse depois de suspirar. — Tá bom.

— Escolha sábia, senhor Park... Escolha sábia...


E assim seguiu a semana dos jovens amigos até o dia 29 de dezembro, entre séries, beijos, comida e amor.


[...]


Jimin e Yoongi se encontravam dentro do avião, ansiosos e felizes para chegarem ao Havaí, pois, durante os 5 dias que se passaram, pensaram, pensaram e chegaram a uma conclusão. A noite de Réveillon não seria apenas para celebrar a chegada de um novo ano, como também para expor seus sentimentos sinceros.

— Aiiiiin, que legal — dizia Jimin, tão animado como uma criança perdida em uma fábrica de chocolate.

— O quê?

— Viajar de avião, oras — disse o mais novo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Achei que estaria surtando pelo Havaí e não pelo... avião — falou Min, fazendo uma careta que, na visão de Jimin, parecia um gatinho entediado.

— Ah, também, mas eu irei surtar por cada coisa no seu devido momento, agora estou no avião e estou empolgado pelo avião, simples...

— Tá legal...

— Olha, Yoon, eu nunca, nunca viajei de avião, então me desculpe por estar tão agitado assim.

— Hey, Jiminnie, eu que te peço desculpas e se você quer saber de uma coisa, te ver assim aquece o meu coração, principalmente saber que eu estou presente.

— E realizando um sonho. Obrigado, Yoon Yoon. — As mãos de ambos os homens estavam entrelaçadas e um enorme e singelo sorriso se fazia presente.


[...]


Já haviam se passado cinco horas de voo e ainda restavam seis horas e trinta e oito minutos, e aquilo para Jimin estava sendo um tédio enorme. Min estava dormindo — quer dizer, todos estavam dormindo —, ele já havia assistido um filme e lido um romance que havia trago com ele, só que estava tão eletrizante e ansioso que não conseguia pregar os olhos e foi aí que teve a brilhante ideia de acordar Yoongi para testar uma coisa de sua listinha de desejos.

— Yoon... Hyung...Yoongi... — Após o cutucar várias e várias vezes o chamando, Park resolveu gritar no ouvido de seu hyung, só que em sussurro, o que pareceu dar certo, já que o acordado o olhou espantado e logo em seguida com raiva.

— Porra, Jiminnie, você sabe que odeio que me acordem.

— Eu sei, hyung, mas é que eu não consigo dormir...

— E por isso foi justamente me acordar? — interrompeu.

— E como eu ia dizendo, eu não consigo dormir devido a ansiedade, e-e você sabe do meu problema com a ansiedade, e e-eu gostaria de saber se...

— Se...? Diga logo, Jiminnie, está me deixando aflito.

— Não estaria se não me interrompesse... Como eu estava falando, gostaria de saber se não pode me acompanhar até o banheiro... — Jimin brincava com os seus dedos que estavam repousados em seu colo.

— Ah, era isso? Era só isso? Puta merda, eu não acredito nisso, Park Jimin.

— Sorry? — Jimin sorriu nervoso e com medo.

— Tá, tá. Vamos logo antes que eu desista dessa ideia idiota.

— Obaaaaa.

E assim os dois seguiram rumo à cabine do banheiro e ao chegar na porta, Jimin empurrou Yoongi de uma só vez para dentro, trancando a porta. Beijos molhados começaram a fazer parte da visão, junto com mãos curiosas pelo corpo um do outro. E ali, naquele lugar minúsculo, apertado e com uma dose de adrenalina, corriam o risco de serem pegos.

— Shii, não faça barulho — dizia Yoongi tampando a boca de Park enquanto o preparava.

Após ter certeza de que Jimin realmente estava pronto para recebê-lo, Yoongi cuspiu em seu pênis para que não entrasse totalmente no seco e, por fim, começou a penetrá-lo com calma e cuidado para não machucar o mais novo, e assim se iniciou uma série de estocadas lentas e profundas.

— Hy-hyung, mais rápido, não temos todo tempo do mundo — sussurrou Jimin.

— Não quero te machucar, Minnie.

— Nã-não se preo-ocupe com isso, estou bem, só vai lo-go antes que chegue alguém, por favor.

E após o pedido de Jimin, Min começou a penetrá-lo mais rápido, afinal ele tinha razão, a qualquer momento alguém poderia aparecer e querer usar o banheiro e os pegar no flagra.

Jimin estava chegando no seu ápice quando sem querer deixou escapar um gritinho e isso chamou a atenção de uma das aeromoças, já que havia uma batendo na porta sem parar e perguntando se estava tudo bem. Yoongi não parou os movimentos, muito pelo ao contrário, só os intensificou devido à adrenalina que passava pelo seu sangue. Com Yoongi puxando o rosto de Jimin para si e entre beijos e batidas na porta, os dois finalmente chegaram ao seu ápice.

Limparam-se com calma e deram mais um beijo em meio às chamadas e então destrancaram a porta e saíram, cumprimentando a moça que ali estava, voltando para seus receptivos lugares.


[...]


Ao pousarem no aeroporto de Havaí, Jimin olhava tudo encantado, era quase possível ver uma estrela em cada lado do seu rosto substituindo os seus olhos.

— Hyung, estamos realmente no Havaí — disse maravilhado, olhando pela janelinha do avião.

— Sim, meu bem, estamos. — Já Yoongi observava atentamente cada expressão e gesto feito pelo mais novo.

— Obrigado. — Jimin virou seu rosto para olhar o mais velho, ficando a centímetros dos lábios do mesmo.

Ambos encararam os lábios um do outro, mas desistiram de grudá-los.

— Bom, vamos? — perguntou Yoongi, estendendo a mão para Jimin.

— Vamos. — Park segurou a mão de Min soltando uma deliciosa gargalhada.

— Hyung...

— Sim?

— Vamos para um hotel?

— Sim! Minha família é dona de uma rede de hotéis aqui e vamos ficar no melhor hotel, no melhor quarto.

— Ah, sim.

Apesar do desconforto que o Jimin sentiu, ele disfarçou e colocou um sorriso em seus lábios, afinal, seu hyung estava o dando de presente essa viagem incrível. Min percebeu, é claro, mas fingiu que não.

— Uau, hyung, isso tudo é tão lindo. — Jimin olhava admirado o quarto em que estavam e então correu para a sacada. — Santa divindade, olhe esta vista. Se isso não é a definição de paraíso, então eu não sei o que é.

— Estou feliz por você estar feliz e ter gostado — disse Min atrás do mais novo.

— E tem como não gostar? — Park se virou e se jogou no colo do homem que há muitos anos vem lhe arrancando suspiros e invadindo os seus sonhos. — Obrigado — sussurrou na boca do outro.

— Eu que agradeço por ter aceitado vir. — E então um beijo se iniciou, dessa vez calmo, sem pretensão de fazer sexo, apenas porque sentiam saudades dos lábios um do outro. — Que tal tomarmos um banho e pedirmos nossa janta para ser servido aqui? Já são 20:00h e eu estou cansadinho.

— E quando você não está cansadinho, hyung?

— Ah, isso é verdade. — Os dois se olharam e começaram a rir.

— Venha. — O mais novo estendeu a mão, que foi rapidamente segurada. — Vou te dar um banho.

Já no banheiro ambos os homens tiraram as roupas, mas dessa vez tinha algo diferente, algo que os deixavam tímidos, apesar de já ser algo normal ficarem nus na frente um do outro.

— Venha, hyung — disse Jimin, quebrando o gelo entre os dois.

— Então você estava falando sério quando disse que me daria banho...

— Claro que sim!

— Então eu também darei banho em você! — falou convicto.

— Está bem. — Jimin deu uma gargalhada tão gostosa que Min jurou que iria ter um infarto.

E assim seguiu o banho dos dois melhores amigos. Entre beijos, gargalhadas, água e sabão para tudo quanto é lado — e claro, limpeza dos corpos de ambos.


[...]


— Pronto, pedido feito.

— O que você pediu hyung?

— Quando chegar, você irá ver.

— Hashtag medo.

— Hahaha, bobo — falou Yoongi, deixando logo em seguida um selinho nos lábios de Jimin. — Já escolheu o que vamos assistir?

— SIIIIIIIM — respondeu empolgado. — Vamos assistir Rei Leão.

— A live action ou o desenho?

— Lógico que é a animação.

— Boa escolha, garoto.

— Eu sei — Jimin falou convencido.

— Vamos arrumar enquanto a comida não chega.

— Certo.

Quase uma hora depois, o serviço de quarto chegou com a janta do casal.

— Huuum, hyung, o cheiro está bom, o que é?

— Arroz havaiano, que é composto por pimentão, molho de soja, abacaxi, gengibre, cebola e ervilha.

— Parece ser bom.

— E é. Bom, continuando... Temos o frango huli huli, nosso bom e velho vinho tinto suave que não pode faltar em nossas refeições...

— Certo!

— E para a sobremesa, haupia.

— Que liiiindo. Tem até flores decorando, isso é muito lindo e parece ser delicioso.

— Haupia é uma espécie de pudim, só que ele é mais firme e é feito de creme de coco, água, açúcar e amido de milho. Agora que foi tudo apresentado, vamos?

— Por favor, minha barriga está revirando em ansiedade só de ver você apresentar toda essa comida.

— Deixe que eu te sirva.

— Obrigado, Yoon Yoon.

— Aqui. Espera, espera.

— O quê?

— Quero gravar sua feição ao experimentar toda essa comida e guardá-la.

— Hahaha, engraçadinho. Eu fico feio comendo.

— Park Jimin, caso não saiba a definição de adorável é Park Jimin comendo. Espera, espera, espera. Você corou?

— Não, vamos logo com isso.

— Ah, você corou, sim! Bom, mas vamos lá. Luz, câmera e açãoooo, vai. — Não somente a câmera do celular de Min capturava a feição de Jimin, como os olhos e memória de Min Yoongi. — E então... O que achou?

— Delicioso, hyung, isso é muitoooooo boooooom.

— Certo, eu disse...

— Está tudo bem, hyung? Eu fiz algo de errado?

— O quê? Não, que absurdo. É só que você fica parecendo um anjo comen...

— Fada — interrompeu o mais velho.

— Certo, anjo fada comendo.

— Você já se viu comendo? Me deixa desconfortável de tão belo que é e é aí que percebo que é um dos motivos para eu... — Jimin se empolgou tanto que não percebeu o que iria dizer até quase chegar na palavra.

— Para você...?

— TE ENTUPIR DE COMIDA. É, agora posso saber o motivo do mocinho não estar comendo? — Novamente tentou disfarçar e novamente Min percebeu que tinha algo errado com seu saeng. — Abra o vinho, hyung, quero beber essa garrafa toda com você.

— Alcoólatra.

— HEEEEY — gritou Jimin, jogando a almofada no mais velho.

Após comerem, o serviço de quarto ter recolhido as vasilhas e eles terem escovado os dentes, deitaram na cama e ficaram olhando para a janela que dava rumo ao mar e uma belíssima lua cheia em um céu azul escuro e estrelado.

— Isso é tão lindo.

— Sim, Jiminnie, é sim.

— Olha o mar, as pessoas falam que ele não tem limites, mas a verdade é que ele tem, sim...

— Como assim?

— O mar, ele só é mar até um determinado limite, ele “abre mão” de toda a imensidão do planeta para o oceano, para que o oceano seja livre, mas apesar disso, o mar sempre está com o oceano, através de suas águas e peixes, ele está lá, deixando o oceano lindo e de certa forma protegido. Mesmo que os homens vão até ele explorar, o mar está sempre protegendo o oceano. — Assim como eu estou, Jimin quis completar.

— Uau, é... Que observação incrível, Jiminnie, eu nunca parei para pensar em algo assim.

— Cada um tem suas observações, meu bem. — E então se inclinou e beijou os lábios de seu hyung.

Depois do diálogo, os dois amigos ficaram em silêncio e dormiram nos braços um do outro, apenas ouvindo o barulho tranquilizante do mar.


[...]


— Então, Yoon, hoje é dia 30 de dezembro, ou seja, hoje é o penúltimo dia do ano e também aniversário do Tae... Ai, meu Deus, eu sou um péssimo soulmate. — Os lábios de Jimin formaram um bico trêmulo e seus olhos começaram a lacrimejar.

— Minnie... Jiminnie, está tudo bem? O que aconteceu?

— Hoje é o aniversário do Tete e eu estou aqui, no Havaí, nessa ilha linda e perfeita, e não com ele.

— Quando eu digo que você é um bebê, duvida de mim — falou o Min, puxando-o para um abraço. — Esqueceu que ele foi para Daegu passar o aniversário com a família e o namorado?

— Ah, é. Desculpe, hyung.

— Tudo bem, meu doidinho.

— Você tem que parar com esses apelidos, rum. — Jimin saiu do abraço e cruzou os braços fazendo um enorme bico.

— Tudo bem, meu bicudinho.

— Hyung!

— Vem, vamos conhecer o Havaí. — Yoongi o puxou pelas mãos até o carro arrancando uma leve risada do mais novo.

— Para onde vamos, Yoon?

— Espere e verá, te prometo que irá compensar.

— Ah, Yoon, você sabe que sou ansioso.

— Desista, não irá funcionar comigo, não agora. E nem venha com esses olhinhos esbugalhados e esse bico nos lábios, não é não, não irei te falar e estragar a surpresa.

— Chato!

— Eu ouvi.

— Que bom que ouviu, pois era para escutar mesmo.

— Park Jimin!

— Min Yoongi!


Há duas quadras do local, Min vendou os olhos do mais novo, pois não queria estragar a surpresa.

— Vem, segura minha mão, irei te guiar.

— Tá.

— Cuidado, a calçada tem um relevo. Isso, muito bem Jiminnie... Está preparado?

— Sim, sim. — Então o mais velho se posicionou por trás do mais novo e desfez o nó da fita. — E-eu não acredito. Yoongi, isso é... USS Bowfin Submarine e Museu da Aviação do Pacífico, estamos em Pearl Harbor.

— Sim, você me disse que... Está chorando?

— São lágrimas de alegria e emoção. Eu sempre quis vir para o Havaí e principalmente conhecer aqui, por causa do meu...

— Seu tio... — interrompeu o mais novo. — Gosto de te ouvir contar sobre o seu tio-avô. Ele veio para o Havaí em busca de uma vida tranquila e sossegada, conheceu Katherine, uma moradora daqui de origem hispânica, os dois começaram um romance, mas com a guerra ele se alistou como soldado, mesmo não sendo estadunidense ou havaiano, e morreu no ataque...

— Obrigado, Yoon — sussurrou em meio as lágrimas. — Muito obrigado.

— Não, eu quem agradeço por estar fazendo parte disso. — Os dois então se olharam e sorriram. — Vamos?

— Sim — disse, segurando a mão do mais velho.

E então entraram conhecendo cada pedaço daquele lugar, cada cantinho, cada história e estavam tão inertes que não perceberam que já eram 14:00h, até a barriga de Jimin fazer barulho.

— Santa divindade, parece que tem um monstro em mim.

— Vem, vamos comer.

— Obrigado. Ah, Yoon...

— Sim?

— Nada de restaurante sofisticado, vamos em um bem simples, por favor.

— Tá — disse depois de um tempo analisando o mais novo. — Como você quiser.

— Certo, obrigado.

Os dois foram em um restaurante simples e acolhedor. Comeram, riram, se divertiram, agiam como um casal em uma viagem e, no fundo, era o que os dois queriam.

— Bom, e agora?

— Que tal praia?

— Excelente escolha, senhor Min.

— Então me dê as honras, senhor Park.

— Com todo o prazer.


[...]


— Bom, lhes apresento o Hapuna Beach State Park, uma das praias mais famosas do Havaí.

— Uau, hyung, isso é lindo demais. Eu nunca vi algo tão belo, quer dizer, tirando as praias de Busan que são encantadoras.

— Realmente... Gosto de Busan e gosto de sua família, Minnie.

— E eles gostam de você, hyung... E eu também gosto de Daegu e também gosto de sua família — disse Jimin, vermelho como uma cereja.

— Que bom, porque eles também gostam de você. — Yoongi chegou perto do mais novo e segurou o seu rosto, fazendo carinho.

— Isso inclui Min Holly?

— Isso inclui Min Holly! — E então um beijo foi iniciado no meio da praia, sem o medo da repressão que com toda certeza sofreriam na Coreia. — Venha, te pagarei um sorvete havaiano.


[...]


— Hum, Yoon Yoon...

— Sim...

— Podemos ficar para ver o pôr do sol? — O casal andava pela areia branca da praia enquanto tomavam seus respectivos sorvetes.

— Claro que sim, meu amo... anjo... isso, anjo.

Por uma fração de segundos, o coração do mais novo se encheu de esperança e alegria, e isso o deixou um pouco desmotivado para se declarar na noite do ano novo. Mas não importava, ele precisava colocar para fora esse sentimento pelo seu hyung e ser sincero, tanto com o mais velho quanto consigo próprio. Então estava decidido, ele iria se declarar na virada de ano e fosse o que as divindades quisessem.


[...]


Após verem o pôr do sol juntos, Jimin e Yoongi resolveram voltar para o hotel, mas havia uma enorme vontade de se tomarem e um fazer do outro seu, beijando, reconhecendo, marcando cada pedaço do corpo um do outro. O medo de que tudo pudesse se desfazer como cinzas na noite posterior só deixava tudo mais tenso e intenso.

Yoongi entregou uma nota grande para o taxista e ao menos se importou em pedir o troco. Já dentro do elevador, Jimin prensou o mais velho na lateral da caixa metálica, sem medo de alguém pedir o elevador e ele parar em algum andar e serem pegos.

Suas bocas se buscaram desesperadamente, mãos passeavam pelo corpo do parceiro sem pudor algum. Os lábios de Park passaram dos lábios do mais velho para a bochecha e foi descendo até o pescoço, onde começou a chupar e lamber. As mãos do mais novo foi para a bunda de Yoon e deu impulso para que o Yoon entrelaçasse as pernas ao redor de seu quadril.

O elevador apitou os avisando que haviam chegado em seu andar, Min desceu do colo de Park e, entre beijos, os dois saíram e seguiram rumo ao quarto em que estavam sem se importar com o olhar do casal que estavam à espera do elevador.

— Jiminnie... Minnie... — dizia Yoongi entre os beijos.

— Sim?

— Acho melhor irmos tomar banho primeiro. Estávamos na rua e estamos meio que sujos...

— Certo! — Jimin respirava fundo e passou a mão no cabelo, uma mania que tinha quando estava nervoso ou queria seduzir Min, controlando-se para não atacar o citado, e era essa a situação em que se encontrava.

— Então... — disse o mais velho um tanto sugestivo.

— Então...— E então Jimin atacou seus lábios novamente, pegando-o no colo e no caminho para o banheiro os dois foram arrancando as roupas um do outro.

Já no banheiro, Jimin ligou o chuveiro no natural e, assim que se virou para a divisória do boxe, Yoon se lançou contra si, beijando-o com vontade.

Jimin o segurou pela bunda e o prensou novamente, mas dessa vez na parede fria e molhada do banheiro. A água natural caía em ambos os corpos, mas parecia que nada seria capaz de apagar a queimação que sentiam em seus corpos, principalmente nas partes íntimas.

— Jiminnie, me fode. — Jimin amava quando o seu hyung ficava manhoso, mas ele não queria “foder", queria fazer amor, mas tudo bem, era só apagar essa chama que ambos estavam sentindo e então poderiam terminar a noite fazendo amor.

— Claro, hyung. — E então os lábios carnudos do mais novo desceu do pescoço até o mamilo direito de Min e deu uma lambida o olhando nos olhos. — Seu mamilo já está eriçado, assim como seu pênis já está ereto.

— Eu não sou o único com o pau ereto, certo? — Min deu um leve e firme aperto no pênis de Park, o que arrancou um gemido de ambos.

— Esse é o efeito que você tem sobre mim.

— Esse é o efeito que você tem sobre mim. — Yoon repetiu a frase de Minnie.

Enquanto a boca de Park trabalhava nos mamilos de Min, a boca de Yoongi trabalhava nos dedos de Jimin.

Os dedos de Jiminnie saíram da boca de Yoon e foram direto para a entrada do Min, este que colocou os seus dedos em sua boca e começou a lubrificar o mesmo. Jimin brincava com a entradinha do mais velho sem o penetrar realmente, e isso estava irritando o maior que resolveu tirar seus dedos da boca. Ele penetrou dois de uma vez no menor que, com o susto e o prazer, também o penetrou, e assim começou uma guerra entre os dois com as línguas na boca um do outro, saliva escorrendo, dedos penetrando. Visto que já tinham desperdiçado muita água, eles resolveram sair do chuveiro e ir para a cama terminar o que já tinham começado.

Quem ligava se o lençol da cama do hotel estava ficando molhado quando havia um enorme desejo de fazer o companheiro seu?

Jimin olhou o corpo nu do homem a sua frente, branco como a neve, a tatuagem de uma chave na pelve, molhado, com gotículas de água escorrendo e indo de encontro com o lençol branco e delicado da cama, o pênis ereto, a cara de um anjo, mas com a feição do próprio deus da luxúria. Céu ou inferno, aquilo só poderia ser um fruto da imaginação do Jimin, isso, Jimin era um esquizofrênico, mas como sua mente poderia ser capaz de projetar tamanha perfeição?

— Fique aqui, irei pegar o lubrificante — disse Jimin após sua memória captar aquela cena.

— Para onde mais eu iria?

— Certo. — Jimin se virou de costas e caminhou rumo à mala para pegar o lubrificante.

Yoongi começou a analisar cada pedaço do mais novo, sua postura ereta e certa, sua forma graciosa de andar, sua enorme e protuberante bunda que, por sinal, tinha uma marquinha de nascença em formato de um coração do tamanho de uma ervilha, suas costas que tinham várias pintinhas espalhadas, a tatuagem que começava na sua costela na parte de trás e formava a palavra Nevermind, que tinha um enorme significado para ambos... Ah, e não podemos nos esquecer da tatuagem de um cadeado rodeado por uma rosa com espinhos que se encontrava no final das costas do mesmo — e cá entre nós, ver tudo isso no corpo escultural e moreno de Jimin, e ainda molhado, só podia ser alguma visão dos deuses.

— Aqui!

Jimin voltou para a cama, lambuzou seus dedos e começou a preparar Yoon com calma e paciência, coisa a qual o citado não estava tendo naquele momento.

Após a preparação, Jimin o penetrou e então começou um sexo tão selvagem que aquele quarto de hotel jamais presenciou e que ficaria para sempre na história dele.


[...]


Jimin acordou com o sol no rosto, já que eles haviam esquecido de fechar a cortina na noite anterior. Ele sentia uma leve ardência já que havia sido bottom também, mas nada que já não estivesse acostumado.

Resolveu levantar-se e fazer sua higiene matinal, tomar um banho e depois arrumar o quarto que mais parecia ter passado um furacão de tão bagunçado que estava, mas que culpa tinha? Os dois eram bastante intensos entre quatro paredes.

Colocou uma bermuda e começou a arrumar tudo, Yoongi ainda estava dormindo. Jimin ouviu três batidas na porta do quarto e um “serviço de quarto”, ele abriu e um homem entrou e seu olhar foi direto para Yoon que estava dormindo de barriga para baixo e uma parte de seu bumbum estava destampado pelo lençol.

— Hum, noite agitada, ein. — Era nítido o que o homem queria dizer e isso incomodou e muito Jimin, mas o mesmo se limitou em responder apenas um “sim". — Hum. — O homem olhava descaradamente para o corpo do Park e até mordia os lábios, mas Park não ligava, porque o único homem que queria era Min Yoongi e seria hoje durante os fogos de artifício da passagem de ano que iria se declarar.

— Era só isso? Porque pelo o que vejo você está secando o meu namorado.

— Ah, mas eu prefiro você — disse o homem desconhecido descaradamente.

— Não irei pedir desculpas porque não me sinto nem um pouco culpado, mas eu não quero ninguém que não seja Min Yoongi, aquele homem que está logo ali deitado naquela cama. Agora poderia me fazer o favor de se retirar?

— Desculpa aí, bebê. — O homem se retirou com as mãos erguidas em forma de rendição.

Jimin respirou fundo, escorou a testa na porta e sentiu seu coração falhar, então resolveu voltar para onde Min estava e o encontrou sentado coçando os olhos.

— Hyung? Há quanto tempo está acordado? — Jimin sentiu seu ar ser arrancado devido ao medo que sentia por pensar na hipótese de que Min ouviu o que ele disse.

— Acabei de acordar com o barulho da porta sendo fechada. Por quê? Quem era?

— Serviço de quarto. — Respirou aliviado, mal sabia que Yoongi estava acordado e tinha escutado tudo e que estava ainda mais motivado a se declarar.

Yoongi tomou banho e os dois resolveram sair e tomar café da manhã no restaurante do hotel. Apesar do casal agir como sempre, havia uma certa apreensão no meio de ambos e isso era claro, mas nenhum tocou no assunto.

Jimin e Yoongi comiam e riam das gracinhas que estavam fazendo, hora ou outra, davam um pouco do que estavam em seus receptivos pratos na boca um do outro e isso suavizou o clima entre eles, mas a calmaria passou após uma moça aparecer chamando pelo Yoongi.

— Yoon?

— Byul? — disse Yoongi animado e abraçando a moça a sua frente.

— Quanto tempo, Yoongi.

— Sim, Moonbyul. Desde Kwangju.

— Sim, o que está fazendo aqui, no Havaí?

— Vim a passeio. Ah! — disse como se tivesse se lembrado de algo. — Esse é Park Jimin, meu melhor amigo, e Jimin, essa é a Byul, a garota que conheci em Kwangju, naquela viagem que fiz e que você me ajudou a esconder dos meus pais.

— É um prazer conhecê-lo, Jimin.

— O prazer é meu — pronunciou Jimin, que até no momento estava quieto comendo, e então deu seu lindo e singelo sorriso, com medo de deixar a garota desconfortável.

— Você é adorável! Por divindade, Yoon, por que não me apresentou essa fofura antes?

— Para você não o roubar de mim. Sente-se conosco.

— Não irei incomodar? Não quero deixar o Jimin desconfortável.

— Ah não, Jiminnie só é um pouco tímido quando está conhecendo pessoas novas, mas é só pegar um pouco de intimidade que ele se solta.

Moonbyul e Yoongi iniciaram uma conversa e Jimin não sentia nem um pouco confortável, mas preferiu ficar na sua. Haviam se passado cinco minutos, mas para Jiminnie parecia horas.

O celular do mais novo começou a vibrar em cima da mesa e isso chamou a atenção dos dois presentes.

— Ah, é o Tae, desculpem. Alô? Soulmate? Só um segundo. — E assim Jimin saiu da mesa e foi para fora do restaurante, respirando aliviado. — Agora pode falar.

— Vai se declarar ainda, né? Não vai dar para trás não, né?

— Eu já nem sei mais, Tete.

— Como assim? Você saiu daqui tão convicto que iria expor seus sentimentos, mesmo não sendo correspondido, o que eu duvido muito...

— Chegou uma moça aqui e, caramba, Tae, ela é tão linda...

— MAS JIMIN, DESDE QUANDO VOCÊ SE INTERESSA POR MULHERES?

— Porra, Kim Taehyung, não grite no meu ouvido e não sou eu, e sim o Yoongi.

— Impossível!

— É a garota de Kwangju.

— Ah. Mas o Yoongi hyung é apaixonado por você, isso se não te amar. Meu radar de cupido nunca falha.

— Então eu acho bom olhar bem esse radar de cupido, pois ele está com defeito.

— Ah, Chim, não fica assim. Vai dar tudo certo, fighting!

— Tae, vou desligar agora, vou andar um pouco na praia.

— Metido, ficou com vista para a praia, aposto.

— Pois eu não, acertou.

— Vai lá, meu amor.

— Bye, minha metade, te amo.

— Bye, minha metade, te amo.


Jimin começou a andar pela areia cristalina descalço, sentindo seu corpo sendo relaxado com a brisa. O som das ondas, o sol batendo em seu rosto...

Park estava tão distraído que não viu quando tombou em uma moça que, por incrível que pareça, também era coreana. Será que os coreanos resolveram se juntar e irem todos de uma vez para o Havaí?

— Oh, I'm sorry, I'm sorry — pedia a moça em inglês, não havia percebido que Jimin também era coreano.

— Tudo bem — respondeu Jimin rindo.

— Oh, você também é coreano.

— Sim. Park Jimin, mas pode me chamar de Chim ou Minnie. — Estendeu a mão.

— Ahn Hyejin, mas pode me chamar de Hye ou Hwasa.

— Hwasa, gostei. Está sozinha?

— Olha, Chim, você é muito fofo e lindo e supergato, mas eu tenho NO-I-VA, então não vai rolar.

— O quê? — Jimin começou a gargalhar. — Não, não, eu sou gay.

— Ah, desculpe. — Sorriu sem graça.

— Que nada, tudo bem.

— Como você ia dizendo...

— É que meu amigo encontrou uma amiga e agora eu estou só e quero saber se não quer andar comigo. Sinceramente, é a primeira vez que venho no Havaí, quer dizer, que saio da Coreia.

— Posso te contar um segredo? — Hyejin se inclinou rumo ao Jimin.

— Pode — sussurrou, inclinando-se para o lado da Hye.

— Nem eu. — Os dois recém-conhecidos se olharam e começaram a gargalhar. — Vamos?

— E se nós nos perdermos?

— Aí fode.

— Você me lembra o meu soulmate, vamos.

Jimin e Hyejin visitaram lojas de conveniência, comeram comidas de food truck, tentaram fazer algumas aulas de surf, fizeram tatuagem de henna, pegaram sol e até fizeram disputa de sorvete para ver quem comia mais. Jimin estava se divertindo tanto com sua nova amiga que não percebeu o seu celular tocar incansavelmente, mas como ele perceberia se o celular estava no silencioso e na mochila? Ele e Hye prometeram não tocar no celular enquanto estivessem em passeio.

— Nossa, já são 18:30h! Tenho que ir, Yoon e eu iremos ao lual de virada de ano.

— Sério? Eu também. Assim posso te apresentar minha noiva e você seu melhor amigo e futuro namorado. — Sim, Jimin havia contado para a garota sobre o seu plano, mesmo a conhecendo há poucas horas, ele sentia que podia confiar.

— Tchau, Hye, até mais tarde.

— Até mais tarde, gatinho. — Eles se abraçaram e cada um foi para o seu rumo.

Jimin entrou no quarto e deu um suspiro, então se jogou na cama e fechou os olhos. Um tempo depois, quando estava quase dormindo, Yoongi apareceu e o chamou.

— Onde você estava, Jiminnie? Eu te liguei, até, e fiquei muito preocupado. — Jimin abriu um dos olhos e percebeu que Min havia acabado de sair do banho.

— Percebi sua preocupação — sussurrou.

— O que disse?

— Que estava por aí...

— Por aí onde?

— Por aí, não sei, Yoongi, eu só saí sem rumo pelo Havaí para conhecer melhor o lugar.

— E se tivesse se perdido?

— Mas eu não me perdi.

— Mas e se tivesse?

— SE eu tivesse me perdido, Hwasa e eu teríamos pedido ajuda.

— Quem é Hwasa?

— Minha nova amiga.

— Como assim nova amiga?

— Eu me esbarrei nela e viramos amigos, e, como, assim como eu, ela estava só, resolvemos sair pelo Havaí para conhecer lugares novos, fizemos compras e tatuagens combinando, fomos na praia e fim. Satisfeito? — Jimin se levantou, pegando a toalha e indo para o banheiro, bufando.

Jimin saiu do banheiro já vestido. Sua roupa era composta por uma camisa social, uma bermuda jeans clara com alguns rasgos, uma meia branca que tinha listras verde e amarelo e um all star amarelo.

Jimin secou o cabelo, passou desodorante e perfume e ficou se analisando no espelho.

— Você está lindo.

— Tá, vamos.

— Sim... Jiminnie, me desculpa, era para termos conhecido a ilha juntos e, no entanto, eu me empolguei tanto conversando com a Byul que não vi o tempo passar e quando percebi já estávamos almoçando.

— Tá, tanto faz, fiz amizade nova...

Jimin, para falar a verdade, estava se sentindo culpado por ter pensado que havia esquecido do Min no almoço, mas, na sua visão, quem havia sido esquecido era ele e Min havia encontrado alguém à altura. Contudo, a tarde que passou com Hyejin foi encorajadora; mesmo sendo rejeitado, abrir seu coração iria lhe tirar um peso e nada iria estragar isso...

Ou pelo menos era isso que pensava.

Assim que chegaram à praia Yoon encontrou com alguns amigos da época do ensino médio e Jimin se sentiu completamente deslocado, já que eram todos “filhinhos de papai". Tá que a família do Min era podre de rica, mas pelo menos ele não era um mauricinho.

Jimin começou a olhar ao redor e três minutos depois achou o que procurava; nem se deu trabalho de avisar ao Min onde estava indo, já que o mesmo estava imerso na conversa.

— Hye, está linda. — A mulher estava com um vestido tubinho branco, alça fina e seu típico batom vermelho.

— E você? Se eu não estivesse noiva e você não fosse gay, com toda certeza eu te agarraria.

— E apaixonado.

— Ah, eu iria cuidar tão bem de você que você esqueceria da sua paixão.

— Se serve de consolo, se você não fosse noiva, seria a única mulher que eu agarraria e beijaria.

— Huuum, tô me sentindo hoje. Vem, vamos beber, você está tenso, Jiminzinho.

Jimin virou os olhos perante o apelido, mas deixou ser guiado.

— Não acredito que virou 7 copos de vodka em 9 segundos, você sobrevive à base de álcool?

— Algo assim. Vamos dançar?

— Vamos sim.

Os dois recém-amigos seguiram rumo à uma pista improvisada na areia e começaram a mostrar seus dotes na área da dança.

— JIMIN — gritou a mulher.

— SIM?

— OLHA À SUA DIRETA.

— O QUE TEM?

— ESTÁ VENDO UMA MULHER COM MACACÃO BRANCO E GRAY HAIR?

— AAAH, A MOONBYUL, O QUE TEM?

— VOCÊ A CONHECE?

— SIM, É A MULHER QUE TE FALEI MAIS CEDO.

— A QUE VOCÊ ACHA QUE SEU MELHOR AMIGO É APAIXONADO? NÃO BRINCA...!

— NÃO BRINCO.

— ELA É A MINHA NOIVA.

— PUTA MERDA. — Os dois pararam de dançar e ficaram se encarando até caírem na gargalhada. — ATRÁS DE VOCÊ, UM HOMEM QUE PARECE UM GATINHO RAIVOSO DE CALÇA PRETA E CAMISA BRANCA COMPRIDA.

Hye virou de costas para o Park, colocou uma mão no pescoço do homem e continuou rebolando.

— NÃO ME DIGA QUE AQUELE GOSTOSO É O SEU BOFE.

— POIS É...

— VAMOS DANÇAR PARA ELES.

E assim aquela dupla começou a rebolar e passar a mão um no outro, sempre respeitando os limites. A essa hora Moonbyul tinha visto Min e havia ido até o mesmo; descobriram que era seus receptivos parceiros que o acompanhante do outro havia conhecido.

Cansados, os dois amigos resolveram sair da pista para descansar, já que estavam quase suando.

— Ah, Yoon, Moonbyul — falou Jimin.

— Como se conhecem? — perguntou Yoongi.

— Já te falei, nós nos esbarramos, né, Hye?!

— Sim, é verdade. Prazer em conhecê-lo, Yoongi, Jimin falou muito sobre você.

— HYE!

— Oi.

— Você é uma naja peçonhenta.

— Besta.

— Yoongi? — disse uma voz masculina atrás.

— Jackson. — Yoongi sorriu e abraçou o homem.

— Pessoal, esse é o Jackson, eu o conheci em uma viagem que fiz para Austrália.

— Ah, foi muito legal, conhecemos vários pontos turísticos de lá, acho que a melhor parte foi o...

— Canguru. — Os dois falaram ao mesmo tempo, e começaram a rir.

Jimin se sentia desconfortável, Min vinha de boa família, conhecia praticamente o mundo todo e quase todos os habitantes da Coreia.

Réveillon significava não somente a entrada de um novo ano, como também de novas escolhas, e infelizmente nem sempre as melhores.

Desde que saiu de mansinho de perto de Yoongi e do seu amigo da Austrália, Jimin sentou em uma rocha por cerca de uma hora. Pensou, pensou, pensou e, por mais que lhe doesse o coração, era a melhor decisão que havia tomado. Iria pôr um fim nisso tudo.

— Jiminzinho.

— Oi, Hye.

— A virada do ano é daqui uma hora...

— Sim...

— Vai se declarar?

— Vou sair da vida dele.

— O QUÊ? COMO ASSIM?

— Vou pôr um fim nessa tortura e voltar para a Coreia amanhã mesmo, tenho algumas economias e dá...

— Vai jogar tudo fora?

— O mundo de Min Yoongi não é para mim, ele é grande e cheio de conhecimentos e experiências, não casamos.

— Jimin...

— Tudo bem... — Jimin deu um leve sorriso. — Agora vá lá aproveitar sua noiva e a ilha.

— Qualquer coisa me chama.

— Sem pensar duas vezes.

— Fique bem, pitico.

— Sempre fico.

[...[

Faltavam seis minutos para dar meia noite e o ano de 2020 finalmente chegar, quando Jimin ouviu uma voz o chamar.

Ah, ele sabia de quem pertencia, nem se quisesse poderia esquecer.

— Jiminnie, tem um tempo que estou te procurando, aí a Hyejin me disse que estava aqui. Hey, está chorando?

— Eu quero terminar, Yoongi. — Jimin soltou antes que lhe faltasse a coragem.

— O quê?

— Quero terminar seja lá o que for que nós temos. Irei amanhã mesmo voltar para a Coreia, não se preocupe que tenho dinheiro para voltar.

— Por quê? Por que está fazendo isso com a gente?

— Porque eu te amo e não é amor de melhores amigos e-e não podemos ficar juntos, porque primeiro somos de mundos completamente diferentes...

— O quê?

— Yoongi, você sabe como eu me senti ao ver todas aquelas pessoas que você conheceu em viagem tal? E que vive no mesmo patamar que sua família? Eu sei que seu pai me odeia por ser pobre e que ele quer que você saia apenas com pessoas da mesma classe social e/ou até namore... E-eu sou só Park Jimin, filho de uma florista e um mecânico, moro em um apartamento que cabe na sua sala e divido as despesas com o meu melhor amigo, sou estudante universitário de dança e trabalho das 14:00h às 18:00h em uma lanchonete, não tenho roupas, sapatos ou joias de marca e nem como essas comidas chiques, o único lugar que viajei foi de Busan para Seul... E eu te conheci na faculdade e me apaixonei perdidamente, mas me conformei porque sei que não teria nada além de sua amizade e ainda ganhei o brinde por ter benefícios...

— ... Olha, essa noite era para ser especial, pois eu iria me declarar, mas agora vejo... depois de hoje, vejo que é meio impossível, nossos mundos não deixam e nem o coração. Mas eu sempre te amarei, Min Yoongi, da terra até o céu, e, se preferir, do inferno até o céu, eu te amarei. Me desculpe por tudo isso, pelo constrangimento. E-eu já estou indo... Adeus, Min Yoongi. — E então Jimin virou de costas e começou a caminhar sem olhar para trás.

Enquanto isso, todos gritavam. A contagem regressiva para o ano novo estava próxima a acontecer. Jimin sentiu uma mão grande, ossuda e macia em seu braço o puxando, e então teve seus lábios esmagado pelos do Min.

— Eu amo você, Park Jimin. De corpo e alma. Eu sou apaixonado por você desde o primeiro instante em que te vi, quer dizer, que você derramou suco de uva na minha camiseta branca. — Riu. — Era para essa noite ser especial, mas eu estraguei... Jimin, olha, nada disso é real, esse dinheiro, essas viagens, roupas, sapatos, carros, tirando o meu fusquinha, do que adianta tudo isso se eu não tenho o essencial? Você!

Jimin o puxou para um segundo beijo enquanto fogos de artifício explodiam no céu, com uma bela coloração e formato, e a contagem regressiva acontecia.

Era 00:00hs do dia 01-01-2020 quando Min fez a pergunta mais importante da sua vida.

— Quer ser meu namorado? — perguntou rente aos lábios de Jimin.

— SIM, SIM, SIM...! — O mais novo se jogou nos braços do amado, beijando-o com ternura. — Yoon...

— Sim?

— Você sabe!

— Eu sei!

~~~~


Notas finais: Espero que tenham gostado da Ilha do Amor. Bom, essa é a minha terceira fanfic para o projeto e confesso estar bastante emocionada com isso. Então vamos começar com os agradecimentos... Primeiro quero agradecer as adm, Noh, Beah (essas que eu tenho mais contato), a Luh (q apesar de eu n ter tanto contato assim, ainda sim tenho) que por incrível que pareça não teve nenhum trabalho comigo nessa fanfic e que sempre é tão paciente comigo e a adm Letícia, obrigada de coração pela oportunidade por me deixar fazer parte desse projeto tão lindo e precioso, que consiste em trazer mais conteúdos do nosso casal da nação, muito obrigada. Agora quero agradecer a minha beta Lari, está q é tão paciente e sempre arruma uma forma de deixar mais fácil a correção, obrigada Lari por ser essa beta tão maravincrivel. E eu também quero agradecer a todos vocês, leitores, os que me acompanha desde Jardim de Girassóis, Halloween Sacrifice ou que chegaram agora, sério, obrigada pela oportunidade que estão me dando lendo minhas estórias, vocês são maravincriveis. Bom natal, que o ano que está chegando seja melhor do que este, não perca a fé e nem a esperança em si mesmo, cada um de vocês podem ir longe, só acreditem em vocês e não se esqueçam do que nosso amado Namjoon disse "Existe uma galáxia dentre de vocês". Feliz natal e que o ano novo de vocês sejam maraviperfeito!

30 de Dezembro de 2021 às 20:49 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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