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Jeon Jungkook e Park Jimin são irmãos completamente diferentes, Park quer ser um viajante astrólogo e Jeon quer ser pirata. Filhos de um Duque e tendo restrições, os dois resolvem ir a uma festa na vila pela última vez. Eles só não esperavam que piratas iriam atacar e Jimin teria duas escolhas, permanecer na cidade e obedecer ao seu pai ou fechar um trato com os piratas e realizar o sonho de seu irmão.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Capítulo Único

Escrito por: @Bigarmys /@Bigarmysss


Notas iniciais: Oi meus amores, estou vindo com mais uma one shot e dessa vez envolve piratas e estrelas, bom, lhes desejo uma boa leitura e até a nota final


~~~~

— Ah, Jimin, vai dizer que você nunca teve vontade de conhecer piratas, nem de se aventurar pelo mar?

— Eu já disse que não, mas que saco, Jungkook! E o que eu iria querer me aventurando pelo mar com um bando de homens fedidos que não tomam banho, hein?

— Ah, Jimin, eles estão no mar, é claro que eles tomam banho, não seja burro.

— Não seja burro você! Ou está pensando que eles param em um lugar do mar todos os dias e pulam do trampolim para se banhar?

— Ai, Jimin, você é um saco, viu?

— Não é à toa que eu sou seu irmão mais velho. — E antes que o mais novo pudesse retrucar, alguém bateu na porta, tirando a atenção dos irmãos do assunto e da brincadeira. — Quem é?

— Sou eu, senhor.

— Oh, Dahyun, entre! — disse para a moça que ficava encarregada de cuidar de suas roupas e banhos. — E quantas vezes tenho que lhe dizer que deve me chamar de Jimin? E nem venha dizer que é porque você é “criada" ou por causa de meu pai, sabe que não caio nessa.

— Sim, sen... Jimin!

— Muito bem.

— Vosso pai os chama, e ele me pareceu bastante sério.

— Obrigado!

— Bom... Irei me retirar, com licença. — Jungkook observava tudo com um sorriso no rosto, este que não passou despercebido por Jimin.

— Não comece! — Revirou os olhos.

— Mas eu não falei nada...

— Mas ia!

— É uma pena que ela não quis assumir um relacionamento entre vocês dois, formavam um casal perfeito. Ai, ai, Jimin, ficou louco? — perguntava o mais novo enquanto passava a mão na cabeça.

— Da próxima vez, eu dou um tapa mais forte. Agora vamos, não queira deixar o papai esperando.



— Nos chamou, papai? — perguntou Jimin ao entrar na sala de reuniões de seu pai.

— Tenha mais compostura, Jimin. Não vê que temos visitas? Sabe que odeio que entre sem bater na porta antes.

— Oh, me desculpe, vossa senhoria. — Curvou-se.

— Sem ironias, sabe que detesto esse tipo de comportamento. Por que não pode ser um cavalheiro como seu irmão?

— Ah, claro. — Revirou os olhos.

— Eu os chamei aqui para lhes dizer que a noiva de Jimin chega da capital daqui a três dias...

— NOIVA? — Jimin gritou incrédulo. — Só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto.

— Olha a forma que fala comigo, moleque!

— Eu não posso e nem irei casar-me com alguém que não conheço só por interesses internos. Além disso, já tenho os meus planos.

— Qual? Sair pelo mundo contando as estrelas como um vagabundo? Enquanto você for um Jeon, você nunca poderá manchar o nome da família.

— Não irei me casar sem amor!

— E você pretende se casar com uma empregadinha? Isso não é amor, é apenas vontade de fodê-la, então faça e pare com essa baboseira.

— Limpe essa boca imunda ao falar da Dah! — Então se levantou e caminhou rumo à porta.

— Ah, e antes que eu me esqueça, você está proibido de ir na festa da vila, vocês dois! — E assim, Jimin e Jungkook saíram da sala, fazendo a porta bater.



— Se o papai pensa que eu irei me casar sem amor, e com uma desconhecida ainda por cima, está extremamente enganado — resmungava Jimin enquanto trocava de roupa.

— Aonde vai, Ji? — perguntou Jungkook curioso.

— À festa da vila, ora, aonde mais eu iria?

— Mas o papai nos proibiu de ir...

— E desde quando eu sigo ordens do papai? E além do mais, para alguém que quer ser pirata, você está muito certinho. — Jimin tinha um sorriso zombeteiro enquanto olhava para o mais novo.

— Droga, me dá a roupa.

— Já que insiste... — falou Jimin antes de arremessar a roupa para o mais novo.



A vila estava toda decorada com luzes e barracas; havia casais e crianças dançando no meio da praça, enquanto outra parte das pessoas bebendo e conversando por entre as barracas.

— Isso que é festa!

— Não era você que queria obedecer ao papai, Kookie?

— Cala a boca. — Deu um empurrão no mais velho. — Hey, aquela ali não é a Dah?

— É sim... — Jimin olhava a moça que era cortejada.

— Taemin está a cortejando, não irá fazer nada?

— Sim!

— E então...?

— Respeitar a decisão dela.

— JIMIN?

— JUNGKOOK?

E assim se seguiu a noite dos irmãos: entre bebidas, danças, músicas e conversa. Já era 01:30 da manhã quando os dois resolveram retornar para o palácio e a vila foi atacada por piratas.

Jimin, ao perceber que Dahyun estava sendo carregada por um homem, não pensou duas vezes antes de atacá-lo — este que não hesitou em revidar, dando, assim, o tempo de fuga da moça. Jungkook não poderia deixar seu irmão só, por isso entrou no meio da luta.

Os irmãos eram fortes e estavam dando conta dos sete piratas presentes, apesar de terem se ferido na briga.

— BASTA! — Uma voz grossa e alta pôde ser ouvida na vila. — O que pensam que estão fazendo? — Ao perceberem de quem se tratava, os piratas se ajoelharam. Jimin e Jungkook olharam em direção ao homem, mas, devido à luz que refletia nele, era meio que impossível de ver quem era.

— Jimin? — chamou-o Jungkook após um tempo analisando cada um dos piratas.

— O que, Jungkook?

— Você reparou em alguma coisa na roupa desses homens?

— Jungkook, eu estava preocupado demais em não perder a cabeça para prestar atenção em roupas...

— Olha o símbolo que tem nas roupas deles!

— O que tem? Parece tentáculos de polvo ao redor de uma espada...

— São tentáculos de polvo ao redor de uma espada.

— E daí?

— E daí? E DAÍ?! PORRA, PARK JEON JIMIN, VOCÊ NUNCA PRESTOU ATENÇÃO QUANDO EU FAVALA SOBRE PIRATAS? ESSE SÍMBOLO SÓ É USADO PELOS BLACK BLOOD.

— E O QUE DIABOS É BLACK BLOOD?

— ELES SÃO SIMPLESMENTE OS PIRATAS MAIS TEMIDO DOS MARES! O que você ficava fazendo quando eu lhe contava sobre piratas?

— Estudando as estrelas, o céu...

— Você é astrônomo? — perguntou o homem desconhecido.

— Cala a boca! — falaram os irmãos.

— Você sabe muito bem que, ao contrário de você, eu não dou a mínima para piratas. Na verdade, quero mais que eles se fodam.

— Já terminaram?

— Já falamos para calar a boca!

— Uau, Min Yoongi, você está praticamente sem moral. — Um homem surgiu por detrás do pirata.

— Cala a boca! E Taehyung, mais uma risada sua e você vira refeição de tubarão. — Jimin e Jungkook olhavam para aquilo tudo e pensavam uma forma de sair vivo.

— Está tudo bem, não está mais aqui quem falou. — Taehyung levantou as mãos em forma de rendição.

— Quem são vocês? — perguntou Yoongi.

— Eu é que pergunto quem são vocês.

— Jimin, cala a boca, ficou louco? Você sabe quem são eles?

— São mais uns idiotas metidos a “Eu é que mando, e vocês obedecem”, como o papai. A única diferença é que o papai está naquela merda de palácio e eles estão nos mares. Mas eu cansei disso tudo, eu não irei me casar com uma desconhecida e nem seguir as normas do papai; você vindo ou não comigo, irei embora.

— Mas e a Dahyun?

— Eu já disse, não a forçarei a nada. Se ela quer ficar e ser cortejada pelo Taemin, que assim seja.

— Eu vou com você, irmão, para onde você quiser ir, eu irei.

— Ótimo! — falou Jimin sorrindo. — Só temos que sair daqui com vida.

— É, estamos mortos!

— Esperem!

— O que está fazendo, Yoongi?

— Aquele homem pode nos ajudar, Taehyung. — Min deu ênfase no ajudar e olhou bem nos olhos do mais novo.

— Você está brincando.

— Não estou.

— Ei, se você não percebeu, ainda estamos aqui.

— Jimin, ficou louco? Dá para parar de desafiá-lo? Se não percebeu, estamos bastante ferrados.

— Se eu fosse você, escutava o seu sábio irmão. — Jimin bufou e revirou os olhos. — Tenho uma proposta a lhe fazer, caro Jimin — A essa hora, o pirata mais velho já estava face a face com o Park.

— Não! — disse Jimin firme e ergueu o queixo, como quem desafiava o outro.

— Mas eu ainda nem lhe fiz a proposta, como pode recusar?

— Não me importo com sua proposta, a resposta continua sendo não.

— Park Jimin, ficou louco? Escute-o primeiro, caso contrário iremos morrer.

— Já perdi a noção de quantas vezes me perguntou se eu fiquei louco essa noite. E além do mais, palavra de pirata e nada para mim têm o mesmo significado.

— Jimin, você sabe meu amplo conhecimento sobre piratas, e posso lhe garantir que os Black Blood são de confiança.

— Droga. Quem é o comandante?

— Sou eu! — disseram Kim e Min ao mesmo tempo.

— Está bem... — Jimin analisou os dois bem. — Vamos aos termos.

— Ótimo!

— Não estava falando com você, estava falando com ele. — E então apontou o dedo para Taehyung.

— Percebe que é a segunda vez que me desafia essa noite?

— É? E eu não me importo. Tic tac, o relógio está andando e, pelos meus cálculos, não irá demorar nadinha para que meu pai chegue aqui e vocês vão acabar se fodendo.

— Não o ouviu, maninho? Os adultos irão fazer negócios agora. Diga seus termos.

— Meu irmão irá junto.

— Está bem — disse Tae, após analisar Jungkook.

— Não quero seus homens nos rondando e...

— Lá vem... Diga, xuxu.

— Após fazer o que vocês querem que eu faça, irá libertar meu irmão e eu com dinheiro o suficiente para sobrevivemos por um ano.

— Justo. — Ao fundo, foi capaz de ouvir a aproximação dos soldados e um “Ali estão eles”. — Fechado?

— Fechado! — E assim, os dois apertaram as mãos. — Vamos.

— Não perguntará nada?

— Confio em você que não será nada impossível, Taehyung, e, além do mais, se esperarmos mais um pouco para conversarmos, os soldados de papai irão nos pegar. Não preciso que Min Yoongi me segure, não irei fugir e eu sei andar. Jungkook, vamos.

— Não fale nada.

— Eu não falei nada, Min Yoongi.

— E nem pense em rir. Homens, vamos!

— Jimin...

— O quê? Só porque confio mais em você, não quer dizer que é meu amigo ou que conseguiu 100% da minha confiança. — E então saiu andando na frente.

— Justo.

— Desculpe meu irmão por ser um pouco rude; na maior parte do tempo, ele é amoroso e fofo.

— Por que ele é assim?

— É porque vocês são piratas e ele não suporta a ideia de que fez um acordo com um...

— Pirata.

— Sim, mas se vocês cumprirem com a palavra de vocês e for merecedor da confiança dele, ele irá sentir, e pode ter certeza de que não terá pessoa melhor para ser seu amigo do que o Jimin...

— É...

— Aliás, sou Jeon Jungkook.

— Kim Taehyung. — Sorriram um para o outro e continuaram a andar em silêncio até onde estavam os botes que os levariam até o navio que estava ancorado.



— Andem logo, maricas, ou querem ser pegos pelo exército de meu pai? — Jimin gritava já dentro de um bote.

— Jimin é sempre assim?

— Desafiador? Hoje ele está até tranquilo.

— Por quê?

— Papai... Bom, Jimin nunca teve apoio de nosso pai para nada, ao contrário de mim, e a forma que ele encontrou de lidar com isso foi o desafio. E, com o tempo, foi a forma que ele achou de dizer ao nosso pai que ele é independente e dá conta de se cuidar, além de não desistir do sonho dele...

— Astrologia...

— Sim!

— Seu irmão parece ser uma pessoa forte...

— E ele é... E também é leal a suas palavras, Jimin engoliu seu orgulho para fazer um trato com vocês, então, por favor, honrem com suas palavras.

— Nós iremos, Jeon Jungkook, nós iremos...

— Andem mais rápido ou querem que o papai os pegue? — gritou Jimin novamente, dessa vez com Yoongi sentado ao seu lado.

— Pronto para sua aventura no mar, Jimin? — perguntou Taehyung enquanto remava.

— Não, mas eu não tenho escolha. — Deu um sorriso falso.

— Gosto de você.

— Eu não sei o porquê...

— Só por você ter desafiado esse açúcar pálido e sem medo, já comecei a gostar de você e te admirar; e olha que não é normal, a única pessoa que já o desafiou foi eu, mas isso não conta, já que somos da família. — E então o Kim deu uma piscada, o que arrancou uma risada sincera de Jimin e fez Yoongi se questionar como era a gargalhada do rapaz.

Alguns dos homens que haviam ficado no navio, ao ver os barcos se aproximarem, começaram a erguer a âncora e arrumar a vela.

— Yoongi, ainda bem que você chegou, estava preocupada — disse Wheein indo até o Min, este que deu um passo para trás ao perceber a intensão da garota.

— Então, Min, onde meu irmão e eu iremos dormir? — falou Jimin, saindo de trás do citado e parando a sua frente com os braços cruzados.

— Quem é esse, Yoongi?

— Solar, arrume a cabine reserva para os nossos convidados.

— Além de idiota, é grosseiro. — Jimin revirou os olhos.

— Não o provoque, Minnie.

— Senão o quê, Tete? Ele irá me dar de comida para os tubarões? Acho que não, ele precisa mais de mim do que eu dele. Que fique bem claro, você e seus homens, juntamente ao Taehyung, darão a melhor aventura pirata para meu irmão, porque, ao contrário de mim, ele os respeita e sempre quis fazer parte disso.

— Não me teste, Jimin. — Jimin deu três batidinha no peitoral do pirata e deu uma piscadela.

— Eu sou Park Jimin — falou ao se virar para a moça.

— Eu sou Solar, e esta é Wheein. Me siga, por favor.

— Seu irmão é incrível.

— Ele é sim, Tete — disse Jungkook, rindo junto com o Kim. — Eu vou lá.

— Vai sim, pirata.

— Então, qual foi o acordo que fez com o Min?

— Com o Min, nenhum; com o Kim!

— Melhor. Yoongi é homem de palavra, mas é muito temperamental...

— Não mais do que eu...

— Percebi!

— Eu ainda não sei o que eles querem, só quero poder cumprir logo com o trato e receber minha liberdade.

— Minnie, ficou louco? Por que desafiou o Min daquela forma?

— Porque ele é um babaca...

— Seu irmão não mentiu. Vocês tornaram esse navio mais interessante em 15 minutos do que ele foi em 15 anos. Aliás, ainda não fomos apresentados.

— Sou Jeon Jungkook.

— Solar, mas creio que já ouviu... Por que você falou o sobrenome Jeon, e seu irmão, Park?

— Jimin usa o sobrenome de nossa mãe, e eu, do papai.

— Park combina mais com ele...

— Sim!

— Bom, de agora em diante, o quarto de vocês será este, até sabe-se lá quando.

— Obrigado, Solar.

— Por nada, Jungkook.

E assim, Jungkook e Jimin se alojaram na cabine que seria o mais novo quarto deles.

— Não tem luxo algum, mas é bastante reconfortante.

— É sim... Jimin?

— Sim?

— Por que aceitou fazer um trato com os piratas?

— Porque assim eu ganho liberdade, você realiza o sonho de ser pirata e...

— E...?

— E assim eu posso ficar perto da mamãe, saber um pouco sobre ela e saber como era a vida dela...

— Você sente falta dela, não é?

— Eu não tenho lembranças nítidas dela, mas eu sinto, sim, falta da mamãe.

— Vem cá... — Jungkook puxou Jimin para um abraço e, assim, os dois acabaram se rendendo ao sono abraçados um ao outro.



— Hey, acordem...

— Só mais um minuto, Dah...

— Não sei quem é essa Dah; e levantem, o capitão os aguardam.

— Capitão? — Jimin levantou em um pulo. — Ah, Wheein, o que ele quer?

— Eu não sei e nem me interessa, só disse que tinha que terminar de resolver o trato que vocês fizeram.

— Tá, obrigado. Não precisa chamar o Kookie, pode deixá-lo dormindo, só irei lavar o rosto.

— Tanto faz...

Jimin lavou o rosto e seguiu a moça até uma outra cabine.

— Capitão Min? — Bateu a mulher na porta de madeira.

— Entre...

— Trouxe o que me pediu.

— Não precisa me tratar como uma mercadoria — falou Jimin, revirando os olhos.

— Não ligo — disse Wheein, e então saiu da sala.

— Cadê o Jun?

— Já está todo de apelidinhos com meu irmão, Taehyung? Ele está dormindo.

— Sente-se, e resolvam esses assuntos fora daqui.

— Mau humor logo de manhã, Min? — Jimin sentou na cadeira que o mais velho apontou. — Podem dizer o que querem.

— Você é astrônomo, se não estou enganado.

— E daí?

— Eu preciso da sua ajuda e entendimento sobre as estrelas.

— É só isso? Você tem que ser mais específico.

— Simples, Jimin: temos um mapa que leva até um tesouro.

— E onde eu entro nessa, Taehyung?

— O mapa não mostra leste, oeste, norte e nem nada, apenas constelações.

— Deixe-me ver. Olha, não é só eu pegar, olhar o mapa e dizer para onde ir, eu tenho que estudar toda a constelação para saber o rumo que ela apontará.

— Entregue o mapa, Yoongi. — O Min hesitou, e Taehyung percebeu. — Se você quer tanto encontrar o tesouro, terá que confiar nele.

— Você confia?

— Confio! — disse, olhando bem nos olhos de Jimin.

— Aqui está. — Tirou o mapa, que estava enrolado com uma fita vermelha, de dentro de seu sobretudo.

— Vou precisar de tinta e papel também, bastante papel — falou, abrindo o papel. — E... uau, isso é... lindo... — falou Jimin, passando a mão pelo papel velho e duro como se tocasse as estrelas. — Quem escreveu esse mapa não queria que qualquer um descobrisse esse tesouro, nem mesmo astrônomos, porque, eu irei contar para vocês, não é qualquer astrônomo que pode ler isso aqui.

— Está falando que não pode nos ajudar?

— Eu falei qualquer astrônomo, Min. A sua sorte é que eu não sou qualquer um e, além do mais, tenho o sangue de uma Park em minhas veias...

— Por que fala isso, Jimin?

— Tá vendo isso aqui?

— Sim...

— É a constelação de Touro, aqui o Cruzeiro, as Três Marias, Cygnus, Coroa Boreal e Draco.

— E o que isso quer dizer?

— Que terei muito trabalho.

— Vamos te deixar só, então, sem incomodar.

— Obrigado — falou Jimin, fazendo marcações com uma régua de madeira que o Min deixou na mesa, junto com os papéis e tinta.

— Yoongi, vamos. Min Yoongi, vamos!

— Está bem.

— Você acha que ele consegue?

— Ele tem sangue Park na veia, não o ouviu? Você deveria ter mais fé, Min Yoongi. — Taehyung deu três batidinhas no peitoral do Min e começou a caminhar.

— Aonde vai?

— Dar a Jeon Jungkook a melhor experiência pirata da vida dele.



— Solar, viu Jungkook?

— No quarto andando de um lado para o outro, ele irá acabar fazendo um buraco.

— Por quê?

— Ele ficou nervoso ao saber que o irmão foi a uma reunião com os capitães do navio e não o chamou.

— Vou lá falar com ele.

— Vai sim!

— Ah, leve algo para Jimin comer, por favor. Ele está na cabine de reunião.

— Sim, senhor.



— Mais duas voltas e uma cratera se abrirá aí. — Jungkook virou de uma vez rumo a voz e se deparou com Taehyung escorado na porta segurando roupas.

— Cadê meu irmão?

— Ele está bem.

— Aonde ele está?

— Na cabine do Yoongi, cumprindo com o nosso acordo.

— Por que ele não me chamou? Que acordo?

— Eu não sei, pergunte a ele. Vista isso.

— Eu quero ver meu irmão.

— Não se preocupe, ele está bem, depois ele te explica. Agora anda, se veste e vamos.

— Para onde?

— Irei te mostrar tudo sobre os piratas. Te espero no final do corredor.



— E então, como estou?

— Um verdadeiro pirata. Vamos?

— Sim!

— Irei te mostrar tudo...



Taehyung realmente mostrou tudo ao mais novo e explicou como cada coisa funcionava; as direções, as velas, os tripulantes, e até mesmo o ensinou a manusear uma espada no estilo “pirata". Já Jimin, ainda estava dentro da cabine estudando cada estrela e já estava escurecendo quando Solar apareceu novamente para ver como ele estava.

— Atrapalho?

— Sol! Não atrapalha, não, entre!

— Já descobriu alguma coisa?

— Ainda não, são constelações completamente diferentes... Vai levar um pouco de tempo.

— Entendi...

— Solar?

— Sim?

— Qual é a da Wheein?

— Ela é apaixonada pelo Yoongi e acha que ele se importa mais com você do que com ela... — Suspirou e olhou para ambas as mãos que estava em seu colo, enquanto Jimin a analisava.

— E você é apaixonada por ela...

— O quê? Não!

— Você está com um amigo, dá para perceber o quão quebrada você está com isso...

— Você já se apaixonou?

— Sim, ela é uma das moças que trabalha no palácio.

— Por que a deixou?

— Porque o que sinto é paixão, e não amor, e ela escolheu viver o amor com outra pessoa.

— Você acha que tenho que deixá-la viver o amor dela com o capitão?

— Aquilo não é amor, Solar.

— Bom... Já está escurecendo, gostaria de ver as estrelas?

— Sim, eu adoraria.

— Venha. — A moça segurou a mão de Jimin, puxando-o para fora.

No meio do caminho, esbarrarram em Wheein, que saía da cabine onde Min estava alojado.

— Solar? O que está fazendo com ele? — perguntou após ver os dois de mãos dadas.

— Eu não pergunto o que você está fazendo na cabine do capitão Min, e você não me pergunta o que faço com Jimin.

— Que gritaria é essa?

— Nada, capitão Min, apenas a Wheein que está se retirando do caminho.

E, assim, os dois seguiram caminho.

— Ah, ar puro com cheiro do mar... — Jimin fechou os olhos, respirando fundo.

— O que te lembra?

— Liberdade... — Abriu os olhos e olhou para o céu que escurecia, já apareciam as primeiras estrelas. — Tão lindo.

— É sim. Hey, aquele não é o Jungkook com Taehyung? — Jimin olhou para onde a pirata apontou e viu seu irmão conversando com o homem enquanto ria.

— É sim, vamos lá. Jungkook!

— Jimin! — Jeon correu até o irmão, dando-o um forte abraço. — Finalmente saiu da toca.

— Sim, precisava respirar o ar puro e ver as estrelas. Além do mais, quem me tirou de lá foi a Sol.

— Sol?

— Solar.

— Entendi. O que achou, Jimin? — Jeon deu uma volta.

— Está como um verdadeiro pirata.

— E você não está nada mal.

— Só essa roupa que está me apertando demais.

— Não se preocupe, Jimin, amanhã estaremos em terra firme, aí vocês olham roupas que lhes sirvam, você e Kook.

— Quem deu permissão para ficar com essa intimidade toda com meu irmão?!

— Eu!

— Ele!

— Estou de olho.

— Não queremos confusão com você, você assusta. E por que você está escondida atrás do Jimin rindo, hein, dona Solar?

— Vamos ficar conversando ou vamos olhar as estrelas e tirar algumas informações do senhor astrônomo?

— Não sei vocês, mas eu concordo com a Sol. Adoro ouvir Jimin falar sobre as estrelas, ele sempre traz histórias emocionantes sobre cada constelação.

— Um minuto que irei pegar uma coisa...

— Que coisa? Tae...

— Só um minuto...

— Você e Taehyung parecem ser bastante amigos.

— Sei que nós o conhecemos ontem, mas ele é o único amigo que tenho aqui...

— Me sinto ofendida.

— Mas agora sei que tenho você, Sol. E, além do mais, tivemos um dia bem legal, rimos, conversamos... Ele me mostrou um pouco como é ser pirata.

— Tudo bem, eu confio nele.

— Voltei. Espero que vocês não estejam falando mal de mim.

— Oh, mas nós estávamos, Sol estava nos contando cada história sua... Que vergonha, Kim Taehyung! — disse Jimin, passando os braços pelo ombro da moça.

— É, que vergonha, Kim Taehyung. — Jungkook passou os braços pelo o outro ombro da pirata.

— Solar!

— Não posso fazer nada se elas são divertidas.

— Sua traidorazinha.

— O que tem para nós, Kim?

— Tenho uma vodka que roubei de algum duque espanhol.

— Já foi na Espanha?

— Já fui para todos os lugares dos quatro mundos, Minnie.

— Legal, agora passa a garrafa.

— Não passe para ele primeiro, é capaz dele beber a metade em uma golada.

— Que mentira sobre minha pessoa!

— Jimin!

— Tá bom, talvez seja meio verdade.

— Tá bom... — falou Jeon, pegando a garrafa da mão do Kim, abrindo a garrafa e bebendo um gole.

— Me dê a garrafa! Como querem que eu fale das constelações sem nem um pingo de álcool no organismo?

— Você é do tipo inventor bêbado? Onde as melhores ideias são enquanto bêbado?

— Não, Jimin é do tipo que até dormindo é um gênio, é só a voz dele que fica engraçada e ele fica contando a história e interpretando.

— Ah, então você é ator?

— Eu não.

— Pois saiba que Solar, meu irmão Jin e eu somos.

— Você tem um irmão?

— Sim, e estamos indo buscar ele, a esposa e um casal de amigos que ficaram na cidadezinha do Japão para ver se descobriam algo.

— Capitão Min não para de olhar para cá — disse Solar, em um sussurro.

— Wheein também não — sussurrou Jimin de volta.

— Ignorem.

— É, façam o que Tae falou e vamos beber enquanto Jimin conta as histórias.

E assim se passou a noite dos quatro: bebendo, observando as constelações e, uma hora ou outra, conversando e rindo.

Não só a noite, como também duas semanas haviam se passado. Jimin e Taehyung se chamavam de soulmate, Solar seguia amando Wheein em segredo, Wheein agora era quem ia atrás de Solar — essa que estava tão machucada que sempre a cortava e já não procurava mais o conforto nos braços do Min, este último estava um pouco próximo de Jimin. Jungkook e Taehyung estavam cada vez mais próximos; Jimin percebia a aura ao redor dos dois mudando e isso o preocupava. Namjoon, sua noiva — Hwasa —, Jin e Moonbyul haviam voltado à tripulação com as descobertas sobre o tesouro perdido.



— Não está tarde para estar aqui fora?

— Ah, é você... — respondeu Jimin ao perceber de quem se tratava.

— Quem esperava que fosse? Meu primo, seu irmão ou... Solar?

— Baixa a bola aí, Min Yoongi, não seja idiota e nem me faça te odiar.

— Não está aqui quem falou. — Ergueu as duas mãos em forma de rendição. — Aqui está frio, e dá para perceber o quanto você está congelando com essa roupa.

— Esse horário é quando o céu está ainda mais belo...

— Aí está...

— O quê? — Então Jimin sentiu algo macio e quente ser depositado em seus ombros. — Mas e você? Assim você é quem fica com frio.

— Eu vivo nesse ambiente desde que nasci, estou acostumado já.

— Obrigado.

— Não tem de quê.

— Está vendo aquela constelação?

— Qual?

— Bem ali, a que parece uma coroa...

— Não tem nenhuma que pareça uma coroa, Jimin.

— Tem sim, você que não quer ver... Olha, cada constelação tem o nome que tem por um motivo, mas se você não acredita e nem quer ver, então não verá; as constelações são como a verdade. Feche os olhos. — Jimin se posicionou atrás o capitão e, com suas mãos, vendou os olhos do mesmo. — As constelações para mim são como o mar para você; você segue as águas, e eu, as estrelas. Você acredita no que os mares lhe falam e os ouve, eu acredito no que as constelações falam para mim e também as ouço. Basta você acreditar na mesma proporção... — E então, Jimin tirou as mãos dos olhos de Yoongi. — Pode abrir.

— É... é lindo...

— É sim!

Enquanto Jimin ensinava sobre sua paixão para o Min, o Kim mostrava a sua mais nova paixão para o Jeon.

— Tem certeza?

— Sim, eu quero que me faça seu!

— Mas é a sua primeira vez... Se quiser, posso ir por “baixo” e na próxima eu vou por “cima”.

— Terá uma próxima? — Jungkook não conseguia disfarçar o sorriso.

— Você não quer?

— Tudo o que eu quero é você, porque eu tenho certeza de que o sentimento que estou sentindo está virando amor.

Taehyung deitou Jeon na cama e beijou cada pedacinho do corpo do mesmo, mostrou um novo mundo para o mesmo e, pela primeira vez, fez amor.

— Quando o Jimin cumprir o trato, o que faremos?

— Eu não sei, talvez eu possa convencer o Jimin ficar... Ele gosta muito de você e da Solar.

— Você acha que pode convencê-lo a ficar? Ele virou meu melhor amigo e irmão, não quero perder nenhum de vocês dois.

— Hey, não vai, não vai... — Jungkook passeava a mão pelo peitoral de Taehyung e beijou os seus lábios.

Enquanto isso, Jimin e Yoongi, pela primeira vez, conversavam civilizadamente. Os dois se encontravam deitados no chão de madeira do navio enquanto bebiam vinho de uma garrafa da deca da rainha da Inglaterra, que o Min furtou, e olhavam para as estrelas.

— Esse vinho é realmente muito bom.

— Você é bastante resistente a bebidas que contém álcool...

— Você não imagina o quanto.

— Você é uma caixinha de surpresas, Park Jimin.

— Você não imagina o quanto...

— Dá para perceber...

— Você também é uma caixinha de surpresas, Min Yoongi. — Jimin virou a cabeça para o lado do mais velho e percebeu que este já estava com o rosto virado para o seu lado.

Os dois começaram a encarar os lábios alheio.

— Eu quero muito te beijar, Park Jiminnie — disse Yoongi após um tempo, e finalmente olhando nos olhos do rapaz.

— Então me beije — respondeu Jimin após um tempo, desviando os olhos para os olhos felinos do rapaz.

Os dois foram se aproximando lentamente até estarem com os lábios colados, mas sem iniciar o beijo. Eles não conseguiam desviar o olhar, até que Park tomou a iniciativa e iniciou o beijo. Assim se passou a madrugada dos dois rapazes: entre beijos, conversas, vinho e constelações, até que o sono os tocou.

— Capitão Min? Park Jimin? — Os dois foram acordados por Wheein.

— Ai, meu Deus, o que aconteceu?

— Jiminnie?

— Eu tenho que ir, com licença. — E assim Jimin saiu em disparada.

— Droga, droga, droga. Como eu fui me render assim? Isso não pode acontecer, tenho que desvendar esse enigma o quanto antes para eu poder ir embora — falava Jimin enquanto se encarava pelo espelho e jogava água em seu rosto. Acabou não percebendo que Jungkook não estava no quarto. — É isso, ao trabalho, Park Jimin.



Enquanto isso, Jungkook era acordado por um Taehyung risonho que trazia consigo uma bandeja com comida.

— Bom dia, belo adormecido.

— Bom dia, pirata mau.

— Dormiu bem? — Beijou os lábios do mais novo.

— Melhor do que nunca.

— Será que o Jimin vai brigar por eu ter dormido no seu quarto?

— Acho que ele nem vai ligar...

— Por que fala isso?

— Passei pela cabine e ele já estava lá, todo empenhado em trabalhar no mapa.

— Será que ele já se alimentou?

— Não se preocupe... Eu pedi para a Wheein levar uma bandeja para ele.

— Obrigado.

— Não foi nada.



— Senhor Park...

— Ah, Wheein, entre.

— Vim trazer seu café da manhã.

— Obrigado.

— Olha só, Jimin, o que você e o capitão Min fazem ou deixam de fazer não é da minha conta e nem me interessa, mas, se você magoar os sentimentos da Solar, eu não me importo se o capitão me dará de comida para os tubarões depois, mas eu acabo com você.

— Do que você está falando?

— Idiota. Falo de você estar com a Solar e ter passado a noite com o capitão.

— Ah, olha, Wheein, a única pessoa que magoa a Solar aqui é você, não eu.

— Do que você está falando?

— Eu não deveria estar falando isso, mas estou cansado de ver minha amiga sofrer por você. Ela te ama e você fica lambendo o saco daquele capitão. A informação você já tem, agora o que irá fazer com ela já é problema seu. Se me der licença, tenho muito trabalho a fazer, e obrigado por trazer meu café da manhã.

Enquanto o mais recente casal do navio arrumava vários cantos para provar dos lábios um do outro, Jimin tentava se concentrar em seu trabalho — coisa que estava bastante difícil, já que tudo o que pensava era na pele quente, na mão macia e forte, nos olhos felinos, na voz grossa, na gargalhada gostosa e nos beijos cheios de sentimento de Yoongi.

Foi pensando em uma das conversas que teve com o Min que o Park olhou para o mapa e uma luz veio à sua mente.

— Não acredito! — Correu para o lado de fora do navio, onde se podia ver piratas trabalhando, outros bebendo e rindo, e Wheein e Solar se beijando. Se ele não tivesse feito a sua mais recente descoberta e não estivesse eufórico, com toda certeza ele iria tirar sarro de Sol. — EU DESCOBRI! EU DESCOBRIR, EU SOU SIMPLESMENTE UM GÊNIO.

— Que gritaria é essa? — Yoongi saiu da cabine do capitão e foi até Jimin, este que estava tão feliz que pulou em cima dele, abraçando-o e deixando todos surpresos, principalmente o Kim e o Jeon, que se aproximavam, para descobrir o motivo da confusão toda. Yoongi devolveu o abraço bem apertado.

— Eu descobri onde está o tesouro! — Jimin colocou as mãos nos ombros do pirata e riu.

— Você é realmente um gênio. — O Min o rodopiou, enquanto o Jeon abraçava Taehyung por trás e depositava um beijo no pescoço do homem. — E então? Como você descobriu? — Foi aí que Jimin percebeu a quem estava abraçado.

— É... — Afastou-se e pegou o mapa. — Lembra da nossa conversa de madrugada? Sobre a constelação da Coroa Boreal?

— Sim...

— Aqui no mapa mostra a constelação da Coroa Boreal, Touro, o Cruzeiro, as Três Marias, Cygnus e Draco. E tudo aponta para um único lugar...

— Para onde? — Perguntou Taehyung.

— Triângulo das Bermudas.

— O quê? Nesse lugar não existe nada além de pessoas e navegações desaparecidas! — exasperou Wheein.

— Wheein! — Solar chamou a atenção dela.

— O quê?

— Jungkook, quer contar?

— Mamãe costumava contar para nós quando éramos crianças... E, apesar de sermos muito novos, Jimin registrou isso em sua mente e sempre contava para mim antes de dormir para ter algo que lembrasse a mamãe.

— O quê?

— Existia uma ilha onde fica o Triângulo das Bermudas, lá existia o tesouro mais precioso da Terra, mas, por ganância do ser humano, os deuses resolveram afundar a ilha e, de tempos em tempos, ela ressurge do fundo dos oceanos. Mas somente quando essas constelações estiverem alinhadas. Ela fica durante um dia sobre as águas e depois volta a afundar. Mas somente quem é digno poderá tocar no tesouro. — Todos olhavam para Jungkook. — O quê? Jimin que é bom em contar essa história...

— Quando essa ilha irá surgir? — perguntou Taehyung.

— Daqui a uma semana, e sabe-se lá quando será a próxima vez.

— Então temos 6 dias. Ao trabalho, homens!

— E o capitão Min aparece — debochou Taehyung.

E assim mais uma semana se passou. Jimin e Yoongi estavam cada vez mais próximos; Taehyung e Jungkook perceberam e criaram expectativa de que os dois irmãos se juntariam definitivamente à tripulação, além de perceberem que a aura ao redor dos dois estava mudando.



— Estamos no sexto dia, amanhã acontecerá o evento, então poderemos resgatar o tesouro não tão perdido assim e o trato termina.

— Você e o Jungkook irão embora, Jimin?

— Eu ainda não sei, Sol. — Os dois estavam passando pela cabine do capitão quando ouviram a voz alterada do Taehyung e do Yoongi.

— Você tem que contar para ele, Yoongi, Jimin merece saber.

— Para quê?

— Jimin merece ter paz sobre o que aconteceu com a mãe dele, você não acha?

— Eu não posso.

— Ah, Yoongi, não é tão difícil assim.

— Só porque foi fácil para você contar para o seu namorado, não quer dizer que seja fácil para mim...

— Você irá acabar o perdendo...

— Quer que eu chegue nele e fale “Me desculpe, Jimin, mas meu pai fez com a sua mãe o mesmo trato que eu fiz contigo e eles morreram tentando pegar esse maldito tesouro”?

— Você quem sabe... — E então, Taehyung saiu da sala.



Jimin e Solar saíram do esconderijo. A garota não sabia o que fazer ao se deparar com o rosto do rapaz vermelho e todo molhado pelas lágrimas.

— A minha mãe morreu, Solar, por conta desse tesouro e o Jungkook sabia, todos eles sabiam e ninguém me falou...

— Shh, shhh... E agora?

— Vou pegar esse maldito tesouro e depois irei embora, não posso mais ficar aqui.

— Tudo bem, eu irei com você...

— Mas e a Wheein? Aqui é o seu lar.

— Meu lar é onde minha família está. Vem, imagino que não queira ver o seu irmão agora.

— Obrigado.

— Família, Jimin... Família...

O dia amanheceu. Podia-se ver a ilha, ela era bastante reluzente e cheia de belezas naturais jamais vistas.

— Vamos! — falou Jimin, pegando sua mochila e caminhando para descer do navio, este que estava ancorado na ilha.

— Bom dia, Jimin — disse Yoongi.

— Hunrum. — Terminou de descer as escadinhas, fechou os olhos ao sentir a terra firme e respirou profundamente o ar puro.

— Tá tudo bem, Jimin?

— Por que não estaria, Jungkook?

— Então, eu queria falar com você sobre uma coisa.

— Estou ouvindo...

— Nosso acordo se encerra agora... Você acha que é possível nós continuarmos com eles? — Park soltou uma gargalhada sarcástica.

— Faz o que você quiser, Jeon Jungkook, talvez esse ambiente de pirata combine com você, são todos traiçoeiros.

— Bom dia, Jimin. Bom dia, Jungkook.

— Bom dia, Sol.

— E aí?

— E aí, Wheein? Vamos? — Jimin sorriu para as garotas.

— Sol, posso falar contigo?

— Fale, Jungkook...

— Por que Jimin está assim?

— Ele sabe sobre a mãe de vocês, dê um tempo para ele.

— E–eu...

— Não é para mim que você tem que se explicar. — A garota saiu. — Jimin, Wheein, espere.

— O que aconteceu com ele, amor?

— Ele sabe sobre a mamãe...

— O Jiminnie me odeia.

— Não odeia, Yoongi, só precisa digerir tudo isso.

Eles andavam por entre colunas de ouro e árvores. Sempre que o Jeon, o Kim ou o Min se aproximavam, Jimin se afastava.

— Chegamos, é aqui — falou Jimin ao se deparar com um grande paredão que era coberto por trepadeiras. — Eu só tenho que encontrar o... — disse Park, passando a mão pela parede. — Achei. — E então, um grande portão se abriu, revelando uma espécie de palácio cheio de pinturas e esculturas. — Agora eu só tenho que alinhar as estrelas.

— Que estrelas, Minnie?

— As que estão nas esculturas com as da gravura, Wheein.

— Eu irei te ajudar.

— Não precisa, Jeon Jungkook, qualquer erro e esse é o nosso fim. — Então, tomando cuidado com onde pisava, Jimin começou a trabalhar no alinhamento.

Cinco horas haviam se passado quando Jimin alinhou a última estrelas e uma forte luz começou a ser refletida por ela.

— Quem está me invocando é digno do maior tesouro? — disse uma voz feminina, que foi tomando forma à medida que a luz ia se dissipando. Ao todo, a mulher parecia ser toda feita de diamante.

— Eu não sou digno de nada, nenhum presente nessa sala é...

— Jovem Park Jimin, sabe quem eu sou?

— Na mitologia grega, você é Astéria; na mitologia egípcia, você é Sótis; na mitologia nórdica, você é Heósforo, e assim vai, mas em todas elas você é a deusa ou deus das estrelas.

— Você sabe muito sobre mim, jovem Park.

— É a única lembrança que tenho da minha mãe.

— Se aproxime, jovem Jeon, sem medo. — Jungkook ficou ao lado do irmão. — Querem saber qual é o verdadeiro tesouro? O tesouro mais precioso da Terra, e também o mais perigoso?

— E qual é?

— Curioso Jeon... Mas e você, Jimin? Não quer saber?

— Não me importo com tesouro, só quero que isso acabe logo.

— Muito bem. O tesouro mais poderoso é a verdade. Vocês querem a verdade sobre sua mãe? — Jimin e Jungkook se entreolharam. — Aqui está. — E como um passe de mágica, a mãe dos Jeon-Park apareceu, juntamente com a deusa das estrelas e o pai de Yoongi.

— Papai... — sussurrou Min.

— Para você ter o tesouro, terá que sacrificar aquilo que mais ama. Está preparado para sacrificar a vida da mulher que ama, mas que ama outro homem?

— Dong...

— Sunmi... Você ainda o ama?

— De todo o meu coração e alma, ele é o pai de meus filhos e o amor da minha vida.

— Verdade seja dita, mulher. Eu aceito: vida da mulher que eu amo em troca do tesouro mais precioso da ilha. — E então, a mulher virou cinzas.

Ao se deparar com a pedra, Min Dong não hesitou em pegá-la, mas, ao chegar na porta, pegou fogo por não ser digno de tal joia.

— MAMÃE! — gritou Jimin, enquanto chorava desesperadamente. Jungkook apenas chorava em silêncio; todos choravam em silêncio.

— Você é digno, jovem Park, eu lhe dou a sua mãe de volta.

— Como? E–ela morreu.

— Não exatamente. A alma dela ainda vive comigo, posso liberá-la. — A alma de Sunmi surgiu na sala, como uma projeção.

— Mamãe?

— Jimin? Jungkook? São vocês mesmo?

— Somos, mamãe.

— Meu coelhinho, olha para você... Você se tornou um homem tão bom e bonito... Jimin. Jimin, levante-se e olhe para sua mãe. — O Park obedeceu ao pedido de sua mãe. — Você se tornou um homem tão forte, sempre cuidando de seu irmão, pensando na felicidade do próximo antes da sua própria e se esquecendo de ser feliz...

— Eu senti tanto a sua falta, mamãe.

— Eu também, meu doce menino. Você se tornou o meu orgulho.

— Então, Jimin, a vida de Min Yoongi pela da sua mãe?

— Diga sim, Jiminnie, meu pai e eu já lhe causamos tanto sofrimento.

— Meus meninos, saibam que eu sempre os amarei.

— Nós também te amamos, mamãe — disse Jungkook em meio às lágrimas.

— Eu te amo, mamãe — sussurrou Park. — A minha resposta é não. Mamãe está em paz, eu sinto isso; e, além do mais, Yoongi não tem culpa das escolhas de seu pai.

— Muito bem, Jimin. Sua mãe tem razão em sentir orgulho de vocês dois, se tornaram grandes homens, e é por isso que lhes presenteio com esse colar. Essa pedra é parte de uma estrela que há muitos anos morreu, ele pertencia à sua mãe. Agora vão, o tempo de vocês está se esgotando e espero que tenham encontrado o que tanto buscavam.

E então a ilha começou a tremer; ela estava voltando para onde deveria ficar.

O grupo corria, e Jimin acabou deixando o colar cair no meio do caminho.

— Meu colar!

— Vamos, Minnie.

Mesmo hesitante, Jimin seguiu o caminho. Ao se deparar com o navio, começaram a gritar para levantarem a âncora e então subiram. Já de uma distância segura, viram quando a ilha afundou.

— Então ficamos sem o tesouro?

— O tesouro era a verdade, Wheein — disse Jungkook.

— Nossa...

— Pois é...

— Não tem tesouro mais poderoso que a verdade, amor. — Solar deu um beijo na namorada.

— YOONGI, O QUE FAZEMOS COM ESSE TESOURO QUE ESTÁ NA SUA CABINE? — gritou Hwasa.

— Que tesouro, mulher? Não tem tesouro nenhum.

— Então o que é aquilo dentro daquele baú? — O grupo se entreolhou e correu rumo à cabine. Ao entrarem nela, viram o tal baú e, se entreolhando, riram.

Naquela noite, os piratas resolveram festejar.

— Então, ainda pensa em ir embora?

— Quer que eu vá embora?

— Não!

— Então a resposta é não. Eu construirei um lar aqui, com vocês. Jungkook está tão feliz, nunca o vi daquele jeito.

— Jimin, me desculpa...

— Esquece isso, você não tem culpa, e é passado, mamãe já perdoou, meu irmão perdoou e eu perdoei, então não tem por que ficar se remoendo.

— Eu tenho uma coisa para ti.

— O quê?

— Eu peguei isso...

— Meu colar...!

— Sim, vire-se para eu colocar.

— Obrigado, Yoon.

— Eu que agradeço, você e o seu irmão tornaram esse navio mais cheio de vida... Jimin?

— Sim?

— Você acha que nós dois somos algo possível?

— Eu estou completamente apaixonado por você e, pelo o que vejo, temos muito tempo.

— É... — O Min sorriu e o Park beijou os seus lábios.

— JIMIN, JIMIN, CORRE! UMA ESTRELA CADENTE — O citado foi até seu irmão de mãos dadas com o capitão. — Faça um pedido. — Jimin olhou para Wheein, Solar e Taehyung. Segurou a mão de seu irmão, olhou para ele e depois para Min, que depositou um beijo em seus lábios.

— Não preciso de um pedido, tudo o que quero está bem aqui. ♡

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Notas finais: Espero que tenham gostado dessa one shot Taekook/Yoonmin. Eu amei participar do projeto de colaboração entre nós da equipe 2Min e da equipe Snow. Quero agradecer a @minie_swag/@minie_swag por ter me convidado a participar do projeto de parceria, a @sweetjimin/dattebayoonie que fez a betagem, a @Jjkgirl que fez essa capa maravincrivel e vocês que deram a oportunidade a minha fic que é uma parte de mim. Aproveitem quem ainda não conhece o projeto Snow dê uma olhadinha nas fanfic e para quem não conhece o projeto 2Min também dêem uma olhada, tenho certeza de que não irão se arrepender e aproveitando a propaganda, lêem e dêem amor ao meu último projeto chamado "O Amor Cura o Tempo" é com a temática aka ito e Taekookers tem Taekook.
Bom, era só isso, beijinho e se cuidem fisicamente, psicologicamente e emocionalmente durante essa pandemia, até a próxima

22 de Novembro de 2021 às 21:11 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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