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"Eu vou ser muda a partir de hoje para minha família" Devido a essa escolha ela começou a não falar mais para ninguém, o pouco que falava era porque não aguentava ou se xingava, o que fez Moon Taeil, um morador de rua, achar que ela era muda. - Capa feita por: @dinoinluv


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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"Querido Diário, 23 de Março.

É difícil não poder usar minha voz, não poder rir com minha pequena irmã que completa hoje seus 4 anos e tem uma risada linda. Mas eu prometi para minha família que não falaria mais. Eu prometi."

Deixei meu diário de lado e olhei para a janela de meu quarto, a mesma continha os estoros quase fechados, e o sol tentava dificilmente entrar em meu quarto. Acabei me rendendo à pequena luz de meu candeeiro e decidi abrir os mesmos e puxar a cortina, vendo o sol que fazia. Era lindo ainda o poder ver.

.

- Está acordada? - Meu padrasto fala batendo na porta e eu comprimi meus lábios. Não poderia falar, então fui até a porta e a abri. - Podia me responder não? - Se Você soubesse o porque de eu ter prometido não falar mais, não estava mais com a mãe de sua filha.

Eu gostava de meu padrasto, gente boa, e muito concelheiro, mas minha mãe não o merecia, me culpou de muita coisa que aconteceu após o divórcio com meu pai e não deixa eu falar sequer algo quando eu estou presente no mesmo local que ela. Eu sou invisível para ela, como ela já falou para minha pequena irmã, e claro que ela não entendeu.

Ele abriu a porta lentamente e colocou sua cabeça dentro do quarto.

- Você 'tá bem? Já é o quarto dia que não me diz nada durante a manhã antes de eu ir trabalhar. - Me custa não falar para ele sendo que ele é quem mais sabe sobre mim do que minha mãe, ele é como um amigo.

Olhei ele e logo depois olhei o chão, o mesmo acabou entrando dentro do quarto e vindo até mim me dando um abraço, e eu acabei por libertar algumas lágrimas que andava evitando à dias.

- Foi sua mãe? Eu prometo que ela não vai mais fazer mal a você, você não tem culpa do que aconteceu,mesmo que não pareça, sou seu amigo, mesmo que seja apenas um padrasto. Eu tenho saudades de sua voz, de ouvir você rir com a minha pequena Jisun, mas algo me diz que você está obedecendo a sua mãe, mas agora pior, você não quer mais falar. - Eu não sei como ele sabia tanto, mesmo eu ter lhe contado tudo ele sabe mais e mais. - Eu prometo ter uma conversa com sua mãe, e ela vai mudar, mas se algo acontecer, por favor, vá viver com seu pai. - Me soltou levemente e eu peguei um pequeno papel.

"Eu não sei onde está meu pai"

Entreguei para ele e ele leu rápido mordendo seu lábio inferior que eu pude perceber que era de nervosismo.

- Você já tem dezanove anos, já pode viver sozinha, se quiser eu pago um apartamento para você.

"Minha mãe te mata."

- Vamos parar com os papeis, fale comigo por favor. Você falava comigo... - Olhei o chão e quando ia escrever outro bilhete ele pegou a caneta e os papeis. Encarei ele agora e decidi sair de meu quarto, antes pegando meu celular e algum dinheiro. Eu iria apanhar um pouco de ar, e talvez pensar.

Respirei o ar puro e comecei a caminhar, o dia realmente estava lindo para dar um passeio. Não estava tempo frio, então me preocupava ao ter apenas vestimentas simples, olhei meu celular vendo a hora, eu teria que comer algo ou meu estômago iria dar aquela típica de dor agonizante por causa de não comer na hora certa. É horrível.

Parei de andar assim que cheguei na minha cafetaria favorita, tinha muitas lembranças dela, além de ser perto de minha casa, a mesma lembrava dos melhores momentos da minha vida. Quando meus pais estavam juntos e eu era feliz. Não posso dizer que não sou feliz com meu padrasto do meu lado, mas simplesmente minha mãe que tem errado, não devia de a culpar, mas ela precisa de alguém que lhe abra os olhos, mas não posso ser eu. Eu sou filha dela, seria uma branda falta de respeito... Além demais eu teria que falar, e isso é proibido em minha casa, mas eu faço questão de pouco falar nas ruas.

Assim que arranjei coragem entre na cafetaria conseguindo me lembrar de tudo como se estivesse acontecendo agora na minha frente. Era estranho, mas era bom de se ver, não julgo quem lembra do passado seja ruim ou feliz. Pois eu lembro de quando era totalmente feliz.

Via eu quando era pequena com um pirulito na boca, meu pai me fazia as vontades todas, coisa que minha mãe não gostava pois tinha medo que meus dentes se estragassem. Antes ela não gostava de coisas pois tinha a preocupação de mãe, coisa que não tem mais comigo.

- O que vai querer? - Rapidamente tudo o que eu estava vendo desapareceu e a cafetaria voltou à forma em si, que por sinal estava toda modificada, apenas o nome que continuou. Moon.

Não sei de onde vinha o nome, mas a cafetaria sempre foi baseada em luas, uma coisa que eu gostava em pequena por pensar que ela me seguia. Agora não vejo mais ela como via. É triste, mas é a realidade.

- Um croissaint brioche com manteiga para levar, por favor.

- Vai querer aquecido? - Assenti que sim pois já havia falado demais por hoje. Enquanto a empregada fazia meu pedido, eu olhava as molduras, pareciam ser do mesmo pintor, sendo que os traços eram semelhantes e, minha curiosidade me matou.

- São do mesmo pintor? - Tentei cobrir minha boca disfarçada fechando meus olhos com força, mas a empregada não notou meu ato, apenas se virando e sorrindo.

- São do filho da dona, são as únicas que ela conseguiu guardar, ele queimou todas as outras. A mesma colocou fita adesiva para todos que passarem aqui não verem seu nome.Pelo que sei, são muito valiosas para ela, e realmente o filho tem muito talento. - Comprimi meus lábios e ela me entregou o meu pedido, paguei e saí em passos lentos, e quando saí vi as obras uma última vez. Elas realmente eram lindas.

Dei de ombros e comecei a andar até um parque infantil, me sentando num baloiço assim que chego lá, mas assim que me sento, meu olhar cai em um sujeito que se encontrava enrolado numa coberta pequena em cima do banco. Não queria que a curiosidade me matasse de novo, então não me mexi do meu lugar, vendo que as poucas pessoas que passavam deixam lá moedas, ou até mesmo notas de pequeno porte. Ele deveria ser morador de rua.

3 de Outubro de 2021 às 15:29 0 Denunciar Insira Seguir história
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