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Para Min Yoongi, nada além de ouro e poder importava. Ser o rei do Império Min era sua sina, algo que não conseguiria se livrar nem que ele quisesse. Era um rei impiedoso, cruel, o mais tirano de todos. Não que ele quisesse ser assim, ou achasse divertido, mas ele se orgulhava de todos os delinquentes que já havia punido algum dia, de toda a matança que já tinha feito para defender seu Grande Império. Min Yoongi não conhecia a palavra amor, muito menos a palavra carinho. Era só morte e tristezas, crueldade e mentiras. Mas, tudo estava prestes a mudar quando Park Jimin, um dançarino contratado por seus dois únicos amigos, entra em sua vida e, com sua dança, vira o mundo de Min Yoongi de cabeça para baixo.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Dance for me like Im your king

Escrito por: @mindokyu


Notas iniciais: Olá, amores da Mari! Tudo bom com vocês??
Assim que bati o olho nesse plot e sabia que eu tinha que escrevê-lo. Ele me chamou atenção de um jeito surreal demais, então aqui estamos nós! Esse plot foi doado pela querida @Thedana | @dalnim_lua, espero que tenha ficado do jeitinho que você pensou quando plotou a fanfic! Obrigada por isso <3
Quero agradecer muito meu amorzinho Luh @YinLua pela betagem e paciência, e também agradecer a Mell @pyeonji | @mynswan pela capa MARAVILHOSA! Muito obrigada!
Wendy, essa bebê é para você, espero que goste! <3



~~


O castelo do Império Min era o ponto central da cidade, tanto fisicamente quanto metaforicamente. Ele ficava, sim, localizado no centro da pequena cidade, mas o que mais deixava a construção valiosa era o que ela guardava dentro dos altos muros de pedra. O Castelo Min-Seong era conhecido por ser moradia do rei Min Yoongi, o rei mais atroz que a cidade já teve em muitos anos. Ele comandava tudo e todos, desde o exército até os súditos e plebes do reino. Min Yoongi era conhecido por não esboçar um sorriso sequer, ser frio e calculista, principalmente quando mandava matar aqueles que não obedeciam às suas regras. Muitos acreditavam que Min Yoongi sequer já havia amado na vida, pois nunca foi visto com nenhuma mulher — ou homem — do reino.

— Eu não acho que isso vá dar certo, Taehyung! — esbravejou Yoongi, balançando a cabeça negativamente enquanto olhava para seu braço direito, Kim Taehyung.

— Mas, Majestade… Nós não podemos atacar terras próximas sem nenhum sinal de investida contra nosso povo! — Kim Taehyung estava desesperado, tentando colocar algum senso na cabeça do rei.

— Eu tenho provas o suficiente de que eles estão esperando o momento certo…

— Isso é tudo coisa da sua cabeça, Yoongi! — cortou a fala do rei, olhando-o ferozmente.

Qualquer pessoa que tivesse feito isso teria sua cabeça arrancada na hora, sem nem tempo de se despedir dos entes queridos. Mas, Kim Taehyung tinha a liberdade de falar assim com sua Majestade, pois era um dos únicos amigos do rei.

Yoongi apenas retribuiu o olhar, tão feroz quanto, remoendo a vontade de socar a cara de Taehyung. Sabia que muitas vezes ele exagerava, muitas vezes tomava decisões precipitadas e que, se não fosse seus dois melhores — e únicos — amigos, o reino estaria em chamas e devastado. Não que ele ligasse para isso, na verdade, mas ter Taehyung a seu lado era uma dádiva.

— Eu prometo que não vou atacar o Império Jung — declarou Yoongi, o tom de voz mais ameno do que antes, como se estivesse se rendendo a idade do Kim. Os nervos, que normalmente tomavam conta de si, acalmaram-se ao perceber que, sim, faria uma burrada das grandes de prosseguisse com o ataque. — Mas eu vou ficar de olho neles — concluiu, virando-se rapidamente para voltar a seu lugar de origem, seu grande trono de ouro.

— Isso já é um começo — afirmou Taehyung, abrindo um pequeno sorriso e rezando para que o rei não tivesse visto tal ação. — Estou dispensado? — perguntou, depois de um tempo esperando qualquer reação do outro.

— Sim, Kim, pode sair.

— Obrigado, Majestade. — Taehyung fez uma reverência mais exagerada do que o normal, saindo pela porta logo em seguida.

[...]

O dia tinha sido longo para Kim Taehyung, que naquele momento jogava-se na cama, relaxando todos os músculos tensionados. Ser o braço direito do rei e um dos melhores soldados do reino não era um papel fácil. Assim que fechou os olhos para finalmente ter uma bela noite de sono, escutou a porta do quarto ser aberta.

Jeon Jeongguk era seu colega de quarto, se é que podia chamar de colega de quarto alguém que ele beijava todas as noites, mas, como não era um ato muito bem-visto pela sociedade, preferia deixar com essa nomenclatura.

— Eu odeio Min Yoongi! — berrou Jeongguk, terminando de tirar a armadura de seu corpo. O cabelo preto grudava na testa de tão suado que estava.

— O que nosso reizinho fez dessa vez? — debochou Taehyung, não se importando nem um pouco com o estado deplorável que Jeon estava, abraçando-o imediatamente assim que seu corpo caiu na cama ao lado do seu.

— Ele me fez levar Pegasus para passear. De novo! — bradou o mais novo, incrédulo com as malditas tarefas que o rei o dava para fazer. Taehyung não conseguiu conter o riso alto que escapou de seus lábios. Era deveras engraçado ver Jeon Jeongguk com raiva.

— Ele é O Rei, tipo… o dono da porra toda! Você tem que obedecê-lo, ou…

— Minha cabeça rola, literalmente, eu sei! — completou a frase de seu amante, fechando os olhos em pura exaustão. Amava se aconchegar nos braços de Taehyung, era seu momento favorito do dia.

— Você sabe que ele nunca mataria a gente, né? Ele apenas diz isso em público para não parecer que ele tem favoritismo, mas ele nunca faria isso.

— Eu sei, mas estou cansado, hyung. — A voz do mais novo deixava claro o quão esgotado ele estava. Por mais resistente que o corpo de Jeongguk fosse — Taehyung sabia bem disso! —, o extremo cansaço físico estava acabando com ele aos poucos. Min Yoongi era bem difícil de lidar e Jeongguk era o que mais sofria com isso.

Taehyung acariciava os cabelos suados do menino, tentando passar um pouco de calma para o coração do mais novo. Sabia que não tinham para onde correr, era um destino que já estava traçado há tempos. Eles eram os soldados favoritos de todo o reino, a relação dos dois com o rei Yoongi era quase de amizade, quase, pois Min Yoongi dizia não ter amigos. Uhum, tá bom!

— Eu acho que ele está precisando transar, isso sim — solta Jeongguk, do nada. Se antes o Kim já tinha morrido de rir, agora ele ria tanto que o fazer engasgar.

— Nossa, Gukkie! Ele tem mesmo — concordou com o menino deitado em seus braços. — Acho que isso faria ele ser pelo menos um pouco mais agradável.

— Acho que ele daria até um sorrisinho.

— Não sei, acho que sorrir é muito, Gukkie! — caçoou ainda mais.

— Mas essa foi uma ótima ideia que eu tive, hyung — falou, virando-se nos braços de seu amado colega de quarto, deixando um beijo molhado em sua bochecha. — Acho que podemos arrumar alguém para entretê-lo, o que acha?

Taehyung parou para refletir, olhando diretamente nas orbes pretas e brilhantes de Jeongguk. Não resistiu a tentação de selar os lábios nos de seu amado, concordando com tudo o que ele disse outrora.

— Você tem as melhores ideias do mundo, meu amor.

-x-

O olhar perdido no horizonte indicada que mais uma luta tinha sido concluída, mais uma guerra tinha sido ganha. Min Yoongi encontrava-se sentado em uma das rochas enormes que ficavam no fundo do castelo, era seu lugar de refúgio depois de mais uma batalha. O Império inimigo conseguiu ser avistado ao longe pelos olheiros que ficavam de vigia, e, com isso, conseguiram limpar a área antes deles invadirem seu reino. Min Yoongi era muito grato pelos guardas e soldados que trabalhavam para si, mas ele nunca demonstrava isso. Não achava que precisava. Respirou fundo mais uma vez, observando toda a devastação pós-guerra que seus olhos conseguiam alcançar. Yoongi sabia que era errado, soava estranho até, mas ele adorava ver toda a bagunça que ficava no fim de uma batalha, principalmente quando era uma que ele e seus soldados tinham ganhado. Missão cumprida, afinal.

Levantou-se e lentamente voltou aos aposentos do castelo. Havia alguns trabalhos para serem feitos ainda naquele dia, e, por mais cansado que estivesse, nunca deixava seus afazeres reais para depois. Porém, segundo Kim Taehyung e Jeon Jeongguk, ele precisava relaxar, sair, espairecer. Mas o rei não achava isso, muito pelo contrário.

De cabeça erguida e olhar duro, andou pelos largos corredores do castelo onde morava, indo em direção ao seu escritório finalizar mais um dia de trabalho como rei. Mas, ao entrar no lugar e acender a luz, percebeu que não estava sozinho.

— O que diabos estão fazendo aqui? — perguntou para os dois colegas, os únicos seres humanos da face da terra que Min Yoongi não queria arrancar a cabeça. Ainda!

— Estamos aqui para falar com você — assegurou o mais novo, Jeongguk. Ele e Taehyung estava parados na frente da grande mesa onde o rei Yoongi trabalhava.

— Não vai me dizer que veio reclamar só porque eu te fiz dar uma voltinha com o Pegasus… — zombou Min Yoongi. Ele conseguia tirar um sarro da cara dos dois sem esboçar um sorrisinho sequer, o filho da puta.

— Claro que não! — Por mais que as pernas ainda doessem, Jeongguk guardou a raiva para si, não falaria que “voltinha porra nenhuma” para o rei, não agora, com assuntos mais importantes a serem tratados.

— Então qual é o motivo da inesperada e agradável visita? — A passos largos e lentos, sem tirar os olhos dos dois meninos, andou até seu trono dourado e sentou-se.

— Viemos te fazer uma proposta — respondeu Taehyung, um sorriso começando a aparecer em seus lábios.

— Proposta? Que proposta?

— Na verdade, não é bem uma proposta… — corrigiu Jeongguk. — É mais um presente.

Yoongi fechou a cara, o cenho quase se perdendo na linha de seu cabelo loiro. Aquilo estava muito estranho, aqueles dois estavam aprontando pra cima dele, o rei conseguia sentir isso.

— Falem logo o que vieram fazer aqui, antes que eu fique ainda mais irritado — esbravejou Yoongi, sua voz saindo mais rude do que normalmente falava com os dois garotos.

— Viemos te trazer isso…

E como num simples passe de mágica, de trás dos dois meninos, surgiu mais um ser humano, uma pessoa que Min Yoongi nunca vira na vida.

— O quê?

— Aproveite! — falou Taehyung. E sem mais nenhuma explicação — o que deixou o rei chocado e puto —, os dois amigos saíram da sala.

Min Yoongi levantou-se do trono, ainda em choque, ouvindo ao longe o som da grande porta bater. Estava a sós com um desconhecido em seus aposentos reais e, pior, não estava entendendo nada do que estava acontecendo. Ambos colegas tinham acabado de voltar de uma guerra, igual a si próprio. Deveriam estar fazendo qualquer outra coisa, não armando uma emboscada para o rei. O que aqueles malucos estavam pensando?

Em meio a tantos pensamentos que invadiam sua mente, Yoongi foi interrompido pela voz do ser desconhecido.

— Vossa Majestade, é um prazer conhecê-lo.

E pela primeira vez, Yoongi realmente prestou atenção no homem parado à sua frente. O cabelo preto feito a noite cobria parcialmente seu rosto e olhos, deixando-o com um ar sexy que definitivamente não deveria estar ali; os lábios eram carnudos e cheinhos, o corpo era forte, exatamente como Yoongi gostava. Sua altura não passava mais do que a do rei, e a vestimenta era simples, como se ele fosse um trabalhador da cidade, um tecido branco cobrindo sua parte de cima e uma calça de brim na cor creme.

— Quem é você e o que faz na minha sala? — resmungou Yoongi, não deixando nada do que sentia por dentro transparecer em sua face. Ele não queria demonstrar que ficou encantado com aquele ser que nunca tinha visto na vida.

— Seus amigos falaram que Vossa Majestade precisava de meus serviços — respondeu simplório, não parecendo afetado pelo modo rude com que o rei lhe dirigia a palavra.

— Serviços? Eu não pedi serviços nenhum! — bradou mais uma vez, a paciência lhe escapando aos poucos.

— Tem certeza, Alteza? Eu acho que você precisa, sim, do que eu tenho a lhe oferecer. — O homem era corajoso, isso dava para perceber. Quem em sã consciência falaria assim com O Rei?

— Eu não preciso de porra nenhuma — falou alto e prepotente, virando-se de costas para sair da sala, chamar os guardas e entuxar o homem desconhecido para fora a pauladas, se fosse preciso.

— Nem de uma dança? — perguntou o de cabelos pretos, juntando as mãos na parte de trás do corpo, rezando para que aquilo escondesse o tremor nelas.

— Dança? — perguntou incrédulo. — Mas que…

Antes que Yoongi pudesse colocar seu plano em prática, o homem desconhecido saiu em direção ao aparelho de música que tinha em sua sala — desde quando ele tinha um? —, apertando o botão que dava início a melodia leve e sensual. O corpo do dançarino respondeu instantaneamente ao ritmo contagiante e lento que invadia a grande sala, movendo-se de um lado para o outro, com uma única coisa em sua mente: se ele estava ali, era por conta da grana alta que os dois amigos do rei lhe ofereceram.

Então, lá estava ele, seduzindo O Rei.

Ainda movimentando o corpo, chegou perto de Yoongi, juntando toda a coragem que tinha dentro de si, puxando Min Yoongi pelo braço — suavemente — e levando-o em direção ao trono.

Yoongi, pela primeira vez na vida, encontrava-se completamente sem palavras, sem reação e de olhos esbugalhados. O que porras aquele homem sem escrúpulos algum estava fazendo?

— Eu ordeno que me explique o que está acontecendo! Agora! — Seu tom autoritário, que normalmente assustaria até o mais forte dos guerreiros, nada fez com o pequeno ser humano que se movimentava no ritmo da música.

— Eu ordeno que apenas relaxe! — decretou de volta o dançarino, num tom de voz bem mais ameno, mas não menos ríspido.

No exato momento em que a música ficou ainda mais melodiosa e sexy, o homem de cabelos pretos passou as mãos pelas vestes, ameaçando tirá-las. A parte de cima foi a única peça — por enquanto — que encontrou o chão no mesmo segundo que tal pensamento passou por sua cabeça. O corpo do dançarino era perfeito, como se tivesse sido esculpido por anjos. Yoongi estava hipnotizado pelo quadril que rebolava para lá e pra cá. Aquele homem dançaria para o rei, nem que fosse a última coisa que ele fizesse na sua vida.

Os movimentos eram lentos, sensuais, excitantes, começavam a matar Min Yoongi aos poucos, e sem que ele percebesse, sua respiração ficava cada vez mais ofegante. Cada rebolado que o rapaz a sua frente dava fazia um calor avassalador subir por suas veias. Os olhos do rei, sentado em seu grande trono de ouro, não desgrudavam um segundo sequer do corpo esbelto do outro.

Sua mente estava nas nuvens, seu coração palpitava pesado em seu peito. Min Yoongi, o rei do Império Min, nunca pensou que sentiria esse tanto de sensações — boas — em meros minutos, nunca pensou que sentiria seu baixo ventre formigar tão gostoso como estava naquele momento. Sua sala, reservada para apenas reuniões com outros reis vizinhos, estava tomada por um aroma doce, que com certeza exalava do homem dançando à sua frente. As luzes principais que deixavam o ambiente claro como o dia deram lugar a velas acesas, espalhadas pelo cômodo, que ele nem mesmo percebera antes. O foco ali não era todo o ouro que adornava o local, não. O único foco era o dançarino e o que ele estava prestes a fazer.

E mesmo assim, Min Yoongi não fazia ideia do que estava acontecendo.

Sendo rei de um império, dono de terras e de uma sociedade inteira, Yoongi nunca se deixava aproveitar o lado bom de basicamente nada. Ele conhecia um mundo apenas onde mortes e sombras tomavam conta, onde ele quase nunca sorria e era obrigado a sempre partir para a violência. O sexo era feito apenas para alívio imediato, em casos extremos de necessidade, nunca por vontade própria ou por sedução.

Min Yoongi nunca soube o que era amar. Talvez ele nunca soubesse.

Mas, aquele homem em sua frente, rebolando e quase ficando nu diante de seus olhos, despertava algo dentro de si que ele lutava para segurar bem fechado em seu peito. Min Yoongi estava literalmente apertando o apoio de braço dourado de seu trono enquanto tentava não pensar no quanto queria beijar aqueles lábios.

E o show tinha apenas começado.

— Muito prazer, Minha Majestade — sussurrou o dançarino, mas, por serem os únicos presentes na grande sala, Yoongi conseguiu ouvir cada palavra proferida pela voz sexy. — Sou Park Jimin, mas, apenas hoje, serei seu.

Foi aí que a ficha finalmente caiu. Aquele homem foi contratado para passar uma noite com O Rei. Park Jimin seria seu aquela noite.

— Quem… — sussurrou de volta, perdido em pensamentos. Nada dentro de si fazia sentido, muito menos o calor em seu baixo ventre apenas por ver Jimin dançar para si.

— Vou ser bem sincero, meu querido rei. — Jimin parou de dançar no momento que a música chegou ao fim. Aproximou-se do trono, colocando uma mão em cada lado da mesma, abaixando o olhar até encontrar com o do loiro sentado. — Eu fui contratado para dormir com você hoje, a grana foi alta, então espero que aproveite.


Park Jimin estava acostumado com essa vida, ele dançava para poder sobreviver, ter um teto sobre sua cabeça e comida no prato. Normalmente, o dinheiro feito na boate dava conta, mas muitas vezes um extra caía bem, alguns centavos a mais no bolso nunca fez mal algum. Jimin não era uma puta, por assim dizer, mas concordava em dormir com caras ricos do reino para tirar uma grana e comprar algumas carnes de melhor qualidade.

Quando os dois soldados do rei entraram na boate em que trabalhava, Jimin não conseguiu conter a curiosidade. Seguiu os dois homens até a sala de seu chefe, esgueirando-se entre vãos das grossas paredes para poder ouvir tudo sem ser pego. O valor oferecido para dormir com o rei do Império Min era exorbitante e nunca que Park Jimin deixaria essa passar. Ofereceu seus serviços assim que os pés de seu chefe pisaram no salão principal, e sendo o favorito dentre todos os dançarinos, conseguiu convencê-los facilmente. Ao final do encontro, com o horário marcado, não pôde deixar de sorrir largo quando um deles comentou que Jimin seria o tipo ideal de Yoongi. Afinal, quem não queria ser o tipo ideal do rei?


— Você foi contratado para foder comigo? — perguntou Yoongi, sem prestar atenção em quão rude suas palavras soavam, por mais verdade que elas fossem.

— Você sempre fala assim? — rebateu Jimin, sustentando o olhar raivoso que o rei ainda lhe dava.

— Me responda quando eu te pergunto algo — vociferou Yoongi, fechando ainda mais a cara. O corpo de Jimin era uma delícia, mas a educação para com o rei estava em falta. Não tinha nada no mundo que o deixava mais raivoso do que isso.

— Sim, eu fui contratado para dormir com você, Alteza. — Jimin preferiu não brincar tanto com a sorte que tinha em suas mãos. A incrível personalidade forte teria que ficar um pouco mais controlada.

— Isso é ridículo!

— Seus amigos foram atrás de alguém para dormir com você… Quero dizer, com Vossa Majestade — explicou pacientemente, como quando se explica algo para uma criança. — Eu apenas aceitei por ser um trabalho que eu já faço.

— Então você dorme com outros homens?

— Não é da sua conta! — respondeu de prontidão, rude.

Rapidamente, Jimin sentou-se no colo do rei, encaixando as pernas uma de cada lado. O trono era grande o suficiente e caberia os dois sem maiores problemas. E mesmo tendo um homem tão gostoso quando Park Jimin sentado em seu colo, o rei não esboçou nenhuma reação.

— Você não sorri, não?

— Não é da sua conta! — rebatei, utilizando das mesmas palavras que Jimin.

Min Yoongi não estava acostumado a ser desafiado, jurava que isso nunca tinha lhe acontecido na vida, provavelmente nem quando era um pivete remelento e mimado andando pelo castelo. Porém, ao contrário do que pensou que sentiria, estava gostando de como o dançarino estava o tratando.

— Uh, você sabe jogar! — afirmou Jimin, sorrindo malicioso. Esperava que seria mais difícil fazer o rei cair na sua, mas, ao notar as mãos que antes apertavam o apoio de braço subirem por suas pernas, percebeu estar mais perto de alcançar o “pote de ouro” do que imaginava.

— Não sou o rei de um império à toa; se eu não soubesse jogar, nunca estaria onde estou.

Tudo o que Min Yoongi falava era muito sério, seu tom era rude até mesmo quando não tinha intenções. Jimin já tinha ouvido muitas histórias sobre O Rei, que matava todos que entravam em seu caminho e não o obedeciam; que pouco sentia e muito ordenava; aquele que mandava e não gostava de ser contrariado.

Mas, o que O Rei não esperava era que Park Jimin amasse um desafio.

— Imagino que você seja incrível como rei — concordou Park, começando a passar suas pequenas mãos pelo peitoral, coberto pelo tecido mais nobre do reino, arrancando suspiros cada vez mais profundos de Yoongi. — Quero só saber se é incrível assim me fodendo.

Sem esperar mais nenhum sinal vindo de Sua Majestade, avançou sobre os lábios vermelhos que tanto queria beijar. Park Jimin tinha olhos, porra, sabia que o rei era mais sexy e sedutor do que a carranca séria e fechada deixava transparecer. Porém, a reação que teve do homem sentado no trono não foi a que ele esperava. Min Yoongi estava congelado, sem mexer um músculo sequer.

— O que foi? Não sabe beijar?

— Cla-aro que sei! Eu só… não esperava... que…

O sorriso que brotou nos lábios de Jimin foi mais sedento do que de um demônio em chamas. Ele deixou O Rei do Império Min, o rei mais tirano de todo o país, sem reação.

— Quantas pessoas você já beijou, Yoongi? — perguntou Jimin, parando todas as ações que fazia antes. — Não me diz que é virgem, por favor!

— Não, claro que não! — o rei praticamente gritou. — Eu já beijei algumas pessoas.

— Quantas?

— Algumas… E já dormi com algumas também! Não… não importa quantas! — respondeu rapidamente, o olhar antes perdido voltando a endurecer na hora. — Sou eu quem mando aqui!

Na-na-ni-na-não! — repreendeu Jimin. — Você manda no reino, mas aqui, agora, quem manda sou eu.

O dançarino voltou a beijar o rei com toda a vontade dentro de seu peito e, dessa vez, foi correspondido a altura. Os lábios famintos de Yoongi praticamente devoravam os rosados de Jimin, explorando toda a boca quente que tinha inteira para si. O fogo, que antes ardia apenas em seu baixo ventre, despertava para o restante de seu corpo. Nunca o rei sentiu um tesão tamanho por alguém. Como isso era possível? Park Jimin era apenas um dançarino que ele acabara de conhecer!

Assim que os lábios se separaram, depois de alguns minutos saboreando o gosto delicioso de Jimin, Yoongi não conseguia desgrudar os olhos da pele clarinha em cima de si, principalmente quando o corpo esbelto voltou a mover-se com maestria de acordo com a música que ainda tocava ao fundo — Min Yoongi quase esqueceu desse detalhe. Ele rebolava, passando as mãos pelo corpo, mordendo os lábios vermelhos e cheinhos.

— Você gosta do que vê, Meu Rei? — perguntou Jimin, sentando-se mais uma vez no colo do homem, rebolando com vontade.

— E-eu… Sim, eu gosto… Hummm… — Um gemido manhoso escapou-lhe os lábios, tamanha a vontade que crescia dentro de Yoongi. A fricção da bunda de Jimin em sua pélvis era viciante.

— Então, Vossa Majestade vai gostar ainda mais do que vou fazer agora. — E sem delongas, Jimin levantou-se do colo do rei, pondo-se de joelhos no chão. As mãos hábeis do dançarino começaram a tirar qualquer parte de tecido que pudesse interferir no carinho que estava prestes a traçar.

Min Yoongi demorou um pouco para compreender o que estava acontecendo bem diante de seus olhos, mas, ao sentir todo tecido que cobria sua parte de baixo sumir em segundos, soltou outro suspiro que estava preso em seu peito. O Rei do Império Min jurava de pés juntos que era mais inteligente do que isso, astuto também, mas o “efeito Park Jimin” estava corroendo seu sistema. A única coisa que restava para o rei Yoongi era aproveitar. Não faria mal algum um momento de folga em seu dia tortuoso, não é?

— Espero que seja bom me chupando — comentou casualmente, jogando a cabeça para trás, descendo os dedos pelos fios escuros de Jimin. — Tão bom quanto é rebolando em mim.

Jimin assustou-se com a resposta do rei, não esperando que ele lhe desse abertura tão rápido. Sorriu ladino, olhando o belo falo bem na frente de seus olhos.

— Vossa Majestade está prestes a receber o melhor boquete da vida! — exclamou Jimin, segurando o falo do Rei em sua mão direita, enquanto a outra abria ainda mais as pernas de pele branquinha.

Yoongi não conseguia raciocinar direito com a boca do dançarino subindo e descendo, num delicioso movimento de vai e vem. Sua mente estava turva pelo tesão que sentia, e ele nem queria pensar nas consequências daquele ato tão inusitado. Até tentou se esquivar no começo, mas quando percebeu o que estava acontecendo ali, não conseguiu resistir. Ele era um humano, oras. Tinha suas necessidades como qualquer um e Jimin o encantava como ninguém.

Os lábios macios de Park faziam os movimentos certos na hora certa. Os dedos ágeis acompanhavam toda a trajetória, beijos e leves mordidas eram distribuídos cheios de prazer pelo falo duro e molhado. Mas foi quando Jimin passou a dar leves lambidas bem na ponta que o rei quase perdeu tudo.

Huummm… Jimin! — gemeu alto e sôfrego, as mãos nada gentis puxando as madeixas escuras, forçando a cabeça do dançarino a se afundar ainda mais em si. Min Yoongi estava quase perdendo a cabeça de tão gostoso que aquele ato estava. Imagina como não seria delicioso fodê-lo.

— Está gostoso, Meu Rei? — perguntou Jimin, a voz rouca pelo trabalho que sua boca exercia. O ar se fez escasso e resolveu se afastar um pouco, mantendo apenas a sua mão em movimento. Jimin queria fazer Yoongi perder a cabeça.

— Está maravilhoso, meu subalterno. — Assim que Jimin voltou a descer por seu pênis o engolindo por completo, um choro de prazer pôde ser ouvido ecoar pela sala. Yoongi estava muito próximo de seu ápice, mas ele ainda nem tinha começado. — Não quero gozar agora. Vem, levanta.

E como bom súdito que era, Jimin obedeceu prontamente, ficando de pé na frente do rei e seu trono mais uma vez. O peitoral de Park subia e descia rapidamente, o corpo esbelto quase todo à mostra. A calça, que antes era larga em seu corpo, apertava-se em sua pélvis. Ele estava duro feito pedra. E isso apenas pagando um boquete para o rei.

— Tenho certeza que te faria gozar apenas com meus lábios. — Lentamente, Jimin começou a descer peça de roupa que o cobria na parte de baixo, juntamente com sua peça íntima, ficando completamente nu diante de Yoongi. — Ou talvez, eu consiga te fazer gozar apenas me olhando.

O Rei Yoongi estava completamente entregue, seria impossível discordar do dançarino a essa altura do campeonato, mas ele não deixaria com que o outro percebesse o quão afetado ele estava. Mesmo que seu pau mostrasse o contrário, ele disse:

— Você não tem todo esse poder sobre mim, mero subalterno — declarou Yoongi, deixando o rosto o mais passivo que pôde, mesmo que seu coração pulsasse forte como uma corrida de cavalos em seu peito.

— Ora, ora! Não é o que está parecendo, Minha Majestade! Estás duro como pedra! — Olhou para baixo, encarando o falo rígido, quase batendo em sua barriga. — A sua sorte, Meu Rei, é que eu quero muito dar para você, senão, com apenas uma dança, você já era!

Park Jimin era realmente alguém corajoso. Yoongi estava adorando.

— Dança para mim, então — comandou Yoongi, descendo uma de suas mãos para seu pênis, tocando-se levemente.

Jimin sorriu sapeca, andando até o aparelho de som e escolhendo uma de suas músicas preferidas para dançar. Logo que a melodia sedutora pôde ser ouvida, Jimin começou a se mover igual antes, deixando o corpo ser levado pela melodia e todo o tesão que estava dentro de si. As mãos passeavam pelo corpo todo, deixando apenas seu falo intacto. Mas, diferente de antes, aproximou-se do rei o suficiente para quase ficar em cima dele, as peles roçando uma na outra. Yoongi se tocava com destreza e Jimin não aguentava mais esperar para tê-lo dentro de si. Colocou uma perna de cada lado, sentando-se no colo de Yoongi, novamente.

— Eu vou cavalgar em você — sussurrou bem próximo ao ouvido do rei, mordendo a pontinha de sua orelha. — Eu vou sentar em você até eu não aguentar mais.

— Faça isso, faça isso agora! — As mãos de Yoongi seguraram com força a pequena cintura do dançarino, colando ainda mais seus corpos. Os falos se tocavam e Jimin, não perdendo tempo, começou a movimentar-se, criando um atrito ainda mais gostoso.

— Só avisando, Meu Rei, que eu estou pronto.

— Está pronto? Como assim? — perguntou Yoongi, a confusão explicita em seu rosto. Jimin demorou alguns segundos para responder, observando com cuidado a primeira expressão genuína nas feições do rei.

Jimin percebeu que ele era lindo, principalmente quando deixava as emoções verdadeiras tomarem conta e seu rosto.

— Eu já me preparei em casa, é só me foder — respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo, como “eu bebi água de manhã”. E, se antes ele já tinha achado a confusão no rosto de Yoongi incrível, o que dizer das bochechas vermelhas que apareceram de surpresa?

Min Yoongi, O Rei do Império Min, estava com vergonha!

— Ahm… Tá! — Foi a única resposta inteligente — ou nem tanto — que Yoongi conseguiu dar.

— Você é fofo demais, sabia? — comentou Jimin, casualmente. No mesmo instante, o rosto carrancudo e fechado estava ali, diante de seus olhos mais uma vez.

— Fofo? Eu? Nunca! — bradou Yoongi, elevando um pouco os quadris de Jimin, encaixando perfeitamente a entrada rosadinha do outro em seu pênis. — Eu mato pessoas, meu caro. — De encaixe perfeito, passou para estocadas perfeitas e ritmadas. — Eu acabo com vilas inteiras. — Os sussurros eram declarados ao pé do ouvido do dançarino, que viu estrelas assim que Yoongi fundou-se em si.

Hmmmmm, Yoongi! Porra! — gemeu alto, sentindo toda a extensão de Yoongi dentro de si. — Mais… mais forte!

— Com prazer, meu servo.

A posição era perfeita para ser fodido, o corpo de Jimin era jogado para cima a cada estocada do rei em si; a cabeça tombava para trás em puro deleite. Yoongi mantinha a mão forte na fina cintura, ditando o ritmo. Os braços de Jimin apertavam os largos ombros do rei, exclamando profanidades a cada vez que a velocidade aumentava.

Ahmmm, Jimin… Ohhh! — gemeu Yoongi, trazendo o dançarino ainda para mais perto de si, mordendo toda a parte que alcançava do ombro. Por mais que tentasse prolongar o prazer, estava prestes a gozar. Ele não duraria muito mais tempo.

Percebendo isso, Jimin afastou-se um pouco, diminuindo o ritmo com que sentava no rei. Seu corpo delgado passou a ditar o ritmo mais calmo, tirando as garras afiadas do rei de sua cintura. Rebolava fundo e lento, voltando a acompanhar a música que ecoava pela grande sala. Jimin nem mais sabia qual era, porém, seu corpo, acostumado a seguir qualquer ritmo que fosse, acompanhava a melodia enquanto subia e descia. As mãos trêmulas de tesão foram parar nos cabelos dourados do rei, agarrando-os e puxando-os com força.

— Eu não vou durar muito mais… Você… — Yoongi não conseguia formular uma frase completa sequer.

— Sei que te deixo louco. — Beijou os lábios do rei, indo cada vez mais rápido, intenso. — Quero te ver gozar pra mim.

Logo Yoongi encontrou o ponto que levaria Jimin a loucura, a mesma loucura que ele se encontrava por estar dentro dele. Estocava com força, abraçando Jimin pela cintura. Quando não aguentou mais, desfez todo seu prazer dentro de dançarino. Um grunhido rouco de tesão sendo ouvido bem perto de seu ouvido; Jimin revirou os olhos de prazer ao ouvir o som tão belo e vívido. O rei Yoongi nunca gozou tanto e tão forte.

Jimin levantou-se, as pernas bambas, o falo duro. Ele ainda estava cheio de tesão, não havia gozado, mas estava perto. Por fazer isso algumas vezes — pelo menos mais do que o rei —, conseguiu segurar o máximo que pôde. Sua resistência era alta, e passou a se segurar ainda mais quando teve uma brilhante ideia. Todo o sofrimento de não gozar com o toque de Yoongi em si, com as estocadas fortes e profundas, valeria a pena.

— Oh, Deus! Você é incrível! — exclamou Yoongi, largado em seu trono, o gozo escorrendo por seu pênis e virilha. Ele estava nos céus.

— Incrível é o fato de que nem assim você sorri — disse Jimin.

Min Yoongi abriu os olhos, demorando alguns segundos para focar no homem esbelto e rígido em sua frente. Quando era que Park Jimin pararia de desafiá-lo?

— Como é que é?

— Isso mesmo que você ouviu, Vossa Majestade! — Desafiador, passou a dar pequenos passos de um lado para o outro, o corpo tremendo pelo que estava prestes a fazer. — Acabou de gozar como um louco e não esboçou um sorriso — falou, indignado. — Um. Sorriso. Sequer! — disse pausadamente, dando a ênfase em cada palavra.

— Eu não consigo entender qual é a fissura de vocês com isso — confessou, ressabiado. — Parem com isso, me deixem em paz!

— Eu quero te fazer sorrir.

E foi aí que Min Yoongi sentiu o mundo a sua volta parar.

— O que disse?

— Eu quero te fazer sorrir, Meu Rei. — Como um felino, lento e calculista, andou até a grande mesa de reuniões, sentando-se nela. Era uma visão dos deuses aos olhos do rei.

— Eu não tenho motivos para sorrir, esqueça isso. — Levantou-se, apressado, cambaleando nas próprias pernas moles. Ele ainda estava recuperando-se do ápice que havia tido há pouco.

A frase seria obscura demais dadas outras circunstâncias, Jimin sabia da problemática que era ouvir isso de uma pessoa, fosse ela rei ou não. Mas, naquele momento, Jimin só queria fazer com que Yoongi se sentisse bem, nem que fosse por apenas um dia.

— Eu quero você — afirmou Jimin, lambendo os lábios inferiores sensualmente. — Eu quero te foder.

Os olhos pequenos do rei Yoongi quase chegaram a saltar fora de órbita. Ele só poderia estar alucinando, era isso. Muito tesão, coisa que ele não era familiarizado, era a causa dessa alucinação, com certeza.

— Nem fodendo.

— Sim, fodendo!

Yoongi andou a passos largos, encurralando Jimin na mesa em que estava sentado. Aproximou-se do outro o máximo que pôde, sentindo o falo ainda duro do outro em seu abdômen.

— Olha, Jimin, eu entrei nesse seu joguinho, não estou reclamando. — Sua voz era raivosa, mas os olhos não conseguiam seguir o mesmo caminho, por algum motivo. — Eu acatei a sua vontade, não me peça nada mais do que isso. Eu odiaria ter que acabar com a sua vida por algo tão trivial.

Por mais perigosas que as palavras de Yoongi soassem, seus olhos falavam o contrário. Seus olhos estavam suaves, sedentos por mais. Esse foi o único motivo pelo qual Jimin não temeu uma palavra sequer do rei.

— Me deixe tentar — segredou ao pé do ouvir do rei, deixando um selar carinhosos no lóbulo de sua orelha. — Me deixe te fazer bem, por favor, Meu Rei.

Sem antes mesmo esperar uma resposta do rei, Jimin avançou sobre seus lábios, beijando-o com toda a vontade contida em seu peito. O beijo dessa vez, porém, foi calmo. Por mais excitado que Jimin estivesse, por mais que quisesse colocar seu plano em prática, deixou seu coração palpitante falar mais alto. Passou as mãos pelo pescoço de Yoongi, empurrando-o para trás calmamente, levantando da mesa. Inverteu as posições, fazendo o rei ficar onde antes se encontrava.

— Me deixa tentar. — Cada palavra era proferida entre selares. — Eu juro que você vai amar, por favor. — Voltou a beijar o rei, que correspondia a todos beijos e selares.

Os pensamentos de Yoongi estavam a milhão, não conseguia raciocinar direito. Ele estava sendo levado pelos lábios, pelos toques, pelo carinho do outro, coisa que nunca recebera na vida. Seria muito difícil negar toda a vontade que subia por seu corpo, que chegava em seu coração e pulsava. Ah, como pulsava. Jimin o fez pulsar tesão por todos os lados. O que raios esse dançarino estava fazendo consigo?

— E se… — murmurou Yoongi, parando no meio da frase. O rei não queria admitir, mas estava com medo.

— Nada vai acontecer, Yoongi! — Segurou firmemente o rosto do homem, cada mão de um lado, fazendo com que Yoongi não desviasse o olhar de si. — Nada do que está acontecendo aqui sairá daqui, Vossa Majestade. Eu te dou minha palavra.

— Vo-você promete? — perguntou Yoongi, a voz falhando algumas palavras. Ele não podia acreditar que estava quase cedendo.

— Meu rei, meu querido rei — sussurrou nos lábios do outro, o polegar subindo e descendo pela bochecha de Yoongi. — Tudo o que temos é esta noite. Depois eu voltarei a dançar nos bares da cidade mais pobre do reino; você voltará a ser o rei que comanda a morte de centenas e milhares.

Tais palavras fizeram Yoongi pensar que, talvez, apenas talvez, ele não quisesse que isso acontecesse, isso que Jimin disse, ele não queria. Tais palavras fizeram Yoongi pronunciar apenas duas em resposta:

— Eu aceito.


A grande mesa de madeira não era o lugar mais confortável que o rei já havia se deitado, mas era ali que ele se encontrava no momento, com as pernas abertas e Jimin lambendo-o de cima a baixo. Yoongi não conseguia parar de gemer o quão gostoso estava sendo ser invadido pela língua sábia de Jimin, que às vezes ansiava um dedo junto.

— Pelo amor de Deus, Jimin! Hummm, porra! — Um punhado de cabelos negros pôde ser visto dentre as pernas do rei, uma visão que ele nunca achou que adoraria ter diante de si.

— Só mais um pouco, não quero te machucar, Meu Rei.

— Eu juro que, se você continuar, eu vou gozar! — bradou, começando a ficar irritado. Era um traço da personalidade forte do rei que não dava para não ter.

— Só com a minha língua, é? — desafiou Jimin, achando graça no quão vermelho o rei estava. Só não conseguia dizer com certeza se era de tesão ou raiva.

— Cale a boca e…

Sua fala rude foi cortada pelos lábios de Jimin colados nos seus, lábios estes que estavam momentos antes no seu… Bem, Yoongi não tinha muita escolha ali, não é mesmo?

— Calma, meu bem, já estamos indo. — Sorriu safado, começando a enfiar um dedo de cada vez na entrada do mais velho. Yoongi gemeu sôfrego quando o terceiro dedo entrou sem aviso prévio, agarrando nas costas do mais novo.

Após um longo tempo de preparação — longo demais para um Yoongi sem paciência —, tudo estava pronto. A música que antes preenchia o lugar, tinha parado, dando espaço para apenas a respiração descompassada dos dois seres na sala.

— Está pronto? — perguntou Jimin, posicionando-se na entrada de Yoongi. Uma mão segurava seu próprio pênis, que roçava levemente no local, a outra acariciava as coxas branquinhas de Yoongi.

Caralho, Park Jimin estava — literalmente — entre as coxas do Rei. Nem mesmo nos seus sonhos mais loucos pensaria que isso seria possível.

— Sim, estou — foi tudo o que Yoongi conseguiu responder, seu nervosismo começando a querer aparecer.

Mas, tudo o que antes enevoava a mente do rei sumiu como num passe de mágica. Os olhos rolaram de tesão, as costas arquearam da mesa de madeira. Jimin havia entrado, fundo e lento.

AhhmmOhhhhh.. Jimin! — clamou com toda a força que lhe restava. Jimin estava inteiro dentro de si.

— Está… está tudo bem? Yoongi? — O coração do pobre dançarino batia forte, não sabia o que esperar. Usava toda sua força de vontade para não se mexer enquanto não recebesse um okay do homem deitado abaixo de si.

Porém, quando ele menos esperava, o “estou pronto” veio de outra forma.

Um belo sorriso, daqueles enormes e que enchiam o rosto, pôde ser visto no rosto do rei.

Min Yoongi estava sorrindo!

— Está… ohhh, está ótimo! — Apenas para experimentar, Yoongi mexeu o quadril um pouco, forçando-o para cima e para baixo. Um grito agudo saindo-lhe dos lábios, uma sensação maravilhosa o invadindo por inteiro.

Sem esperar mais, Jimin começou com as estocadas, leves e curtas. Debruçou-se por completo em cima do homem que comandava um reino inteiro, forçando o quadril cada vez mais rápido.

A sensação de estar dentro de Yoongi era incrível.

— Oh, Meu Rei! — gemeu Jimin, colocando mais velocidade nos movimentos, cada vez mais fundo, cada vez mais latente. O calor que emanava dos corpos em movimento era demasiadamente sensual; o ruído de pele contra pele era viciante; a voz rouca de Yoongi no pé de seu ouvido, sussurrando o quanto ele queria mais. Mais forte, mais rápido, mais intenso. Ele queria mais e Jimin só conseguia dizer:

— Sim, Minha Majestade.

Quando, de repente, o ar que habitava os pulmões de Yoongi sumiu. Um grito cortou a garganta do rei quando Jimin achou o paraíso dentro de si.

Ohhhhh, porra! Mas o que… — Era a primeira vez que Yoongi sentia um prazer tremendo, sem igual.

— Oh, meu querido, aqui está o paraíso — clamou entre gemidos e sorrisos. Sorrisos de um rei que nunca tinha visto antes, um sorriso que ficaria guardado na mente do pobre dançarino para sempre.

— Eu estou quase… Ahhhhmmmm, Jimin! Oh! Não pare, po-por favor!

E, foi beijando os lábios mais saborosos de todo o reino, que Jimin fez Yoongi sorrir como nunca antes, despejando o desejo entre seus corpos suados e cansados. Era a segunda vez que Yoongi gozava naquela noite, mas nada nunca foi tão intenso quanto aquele momento. O dançarino veio logo em seguida, gemendo alto o nome que marcaria seu coração e mente por mais tempo que gostaria de admitir.


Os segundo viraram minutos, que viraram horas. Yoongi e Jimin ainda estavam nus, deitados sobre a mesa nada confortável da sala do trono. Jimin mantinha o corpo colado com o do rei, enquanto deitava sua cabeça sobre o peitoral liso, que subia calmo e ritmado. Os cabelos de Jimin eram acariciados de uma forma gostosa e lenta. Tudo era letárgico e feliz.

Quando Jimin ousou olhar para cima, deparou-se com o sorriso leve que estava presente nos lábios do Rei.

— Você está sorrindo — afirmou Jimin. Seu tom não era mais acusatório, ou para provocá-lo. Ele apenas estava apreciando o fato de Yoongi estar feliz, calmo, como sempre deveria ser.

— Alguém me prometeu que me faria sorrir, não é? — E, pela primeira vez, a voz de Yoongi era tênue, alegre.

— Então a minha missão foi cumprida, Meu Rei? — perguntou, levantando um pouco o tronco até alcançar os lábios de Yoongi, depositando um selar carinhoso.

— Com mais méritos do que eu esperava, meu querido.

-x-

As semanas depois daquela fatídica noite se estenderam vagarosamente. O vazio se fez presente em Yoongi o incomodava mais do que admitiria algum dia. Assim que Jimin saiu pela porta de sua sala, ele sabia que não haveria uma outra vez, sabia que provavelmente nunca mais veria Jimin. Era algo que estava fadado a acontecer, assim como muitas coisas tristes na sua vida como rei.

Yoongi lutava consigo mesmo para aceitar que este era seu destino e fim. Ele foi feliz com Park Jimin naquela noite, mas era isso. Não chegou a comentar nada com seus amigos, disse apenas que não era para eles fazerem aquilo de novo, que agradecia a preocupação, mas Yoongi estava bem do jeito que estava.

Sozinho.

Quando o mês tinha se passado sem que ele percebesse, forçou-se a parar de pensar no menino de cabelos pretos e língua sábia. Focou em coisas do reino que eram necessárias, trancou seu coração a sete chaves, voltou a ser o rei mais tirano de todos.

Até que um belo dia, nem sabia quantos haviam se passado desde a noite mais memorável de sua vida, Jeongguk entrou em sua sala — depois de mais uma caminhada matinal com Pegasus —, largando um bilhete em cima de sua mesa e saindo em seguida. Assim, sem dizer mais nada. Com receio e coração acelerado, Yoongi abriu o bilhete de caligrafia perfeita, nítida e charmosa, onde estava escrito:

Posso te levar para dançar?

E foi assim que O Rei do Império Min voltou a sorrir.


~~



Notas finais: Chegamos a mais um final de fanfic, uma delicinha de Yoonmin!Flex que eu amo escrever. Espero que tenham gostado de ler essa história! <3
Beijos e até a próxima!

21 de Setembro de 2021 às 00:14 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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