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Em um mundo onde a tecnologia e os humanos andavam lado a lado, acontece algo inexplicável: um Android é capaz de sentir. Desacreditado por todos e tendo apoio unicamente de Taehyung, Jimin entra na aventura de ensinar o mais novo Android, Yoongi, a sentir. Ele só não esperava acabar se apaixonando pelo seu pupilo.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Capítulo Único

Escrito por: Bigarmys /Bigarmysss


Notas iniciais: Oii meus amores, como vocês tem passado nessa quarentena? Bom, estou vindo com mais uma one shot e dessa vez de Yoonmin andoids, boa leitura para vocês e até a nota final.



~~


— O Android 113 está quase finalizado — dizia Namjoon.

— Ele é... perfeito, doutor Kim... — falava Jimin, olhando com admiração o Android que estava amarrado a uma espécie de maca que o deixava em pé.

— Tem razão, Park, ele supera todas as obras já criadas, menos você.

— Ele é capaz de sentir? — disse o mais novo. Ele tocou no que seria o coração e se espantou ao sentir a pela macia e quente do, até então, Android.

— Ele é um Android, Chim...

— Eu sou capaz de sentir... — falou o rapaz, virando-se abruptamente em direção ao mais velho, que viu uma lágrima solitária escorrer e logo ser seca por aquele que tanto gostava. — E você foi o primeiro a acreditar em mim — afirma com veemência.

— Você é um caso único, Jimin, e é especial. É um milagre.

— Eu acredito que ele possa sentir.

Colocando a mão onde ficaria seu coração, o rapaz saiu, sem nem ao menos dar uma chance de Namjoon se pronunciar.

— Ora, por que só eu seria diferente? Eu não sou especial ao ponto de ser o único Android a sentir... Eu sei que ele também pode, eu sinto...


°•°


— O que este pobre armário lhe fez, Chim? Para você estar jogando as coisas dentro dele com violência e estar resmungando...

— PUTA QUE PARIU, KIM TAEHYUNG. QUE SUSTO!

— Não xinga, não sabe que bebês não podem falar palavrão? Nossa, também não precisa olhar assim...

— Ai, desculpa, Tete. — Jimin correu para abraçar o melhor amigo.

— Tudo bem, soul, estou apenas brincando. Agora me conta o que foi que o Namjoon te falou.

— Como...?

— Eu sou seu soulmate...

— Eu perguntei se o Android 113 irá sentir e ele disse que não e que eu era um milagre. Sei que ele não disse na maldade e nem nada assim, ele só estava falando o que pensa, mas a forma como ele falou me deixou triste, mate...

— Ah, Chim, humanos acham que Androids não podem sentir e esquecem que os sentimentos são aprendidos aos poucos. Por exemplo, o primeiro sentimento que humanos têm é ao nascer e ver sua progenitora, sua mãe, a pessoa que o “criou" e deu amor e carinho até vir ao mundo. Quem te criou?

— Namjoonnie hyung.

— O que você sentiu quando abriu os olhos pela primeira vez e o viu te olhando com admiração e orgulho?

— Eu não sei. Sei que foi um misto de sentimentos bons que me deixavam com a sensação de aquecimento e de ser amado.

— Isso era julgado impossível. Jimin, você fez o impossível; agora não é mais impossível deles amarem, Androids podem amar. Veja isso como um desafio, de fazê-los ter sentimentos, prove a todos que você não é o único, afinal, os sentimentos são aprendidos diariamente. Comece pelo novo Android.

— Você está coberto de razão, Tete, é isso mesmo que eu irei fazer. — Jimin secou seu rosto das lágrimas que escorriam com determinação. — Eu irei ensinar tudo ao Yoongi.

— Yoongi?

— É o nome dele — falou Jimin sem graça.

— Hm, gostei! — Taehyung deu seu sorriso mais bonito para o mais novo e então Park, após depositar um beijo na bochecha do melhor amigo, saiu rumo ao laboratório.


°•°


— Um mês, Namjoon, é só o que peço. — Jimin foi falando sem rodeio assim que abriu as portas do laboratório.

— O quê? Do quê...? Jimin, eu fiquei tão preocupado com você.

— Tá bom, estou bem, estava só falando com o Tete. Agora não fuja, eu quero um mês.

— Para quê?

— Para fazer o... Android sentir — dizia Jimin enquanto olhava para o citado, que agora estava dentro da cápsula. — E antes que fale alguma coisa, os sentimentos são ensinados e desenvolvido diariamente.

— Ai, céus. — Suspirou passando a mão no rosto. — Um mês, Jimin, um mês.

— Obrigado, é tudo o que preciso. — Jimin depositou um beijo no rosto do cientista e saiu da sala, saltitante.

Dois meses haviam se passado e, com isso, a ansiedade de Jimin só aumentava, afinal, a data em que o Android 113 finalmente seria acordado estava próxima.

— Jimin, calma — falava Taehyung enquanto via o melhor amigo andar de lá para cá. — Daqui a pouco terá uma cratera no chão de tanto que você está andando para lá e para cá nesse pedaço.

— Mas o Yoongi irá acordar amanhã, Tete.

— O robô já tem nome? — perguntou Jungkook ao entrar na sala de repouso dos funcionários daquele departamento.

— Jungkook! — chamou o Kim ao mais novo de forma dura, pois sabia que a forma como qual o namorado havia se referido ao Android teria chateado o seu soulmate.

— Ah, Chim, me descu...

— Tudo bem — interrompeu-o Jimin e então se retirou da sala.

— Idiota!

— Ai, ai! Hyung, essa doeu — falava o Jeon enquanto massageava a área que o meu velho atingiu.

— Era para doer mesmo! — Dito isso, o Kim saiu bravo para ir atrás do melhor amigo.


°•°


Jimin entrou no laboratório, fechou a porta e caminhou rumo ao Android. Digitou a senha e então a cápsula se abriu revelando o Android que já estava praticamente finalizado, só faltava colocar o “coração” que o daria vida no dia posterior.

— Oi, Yoon hyung — falava Jimin, arrastando a cadeira até está próximo ao Android e então se sentou. — Como você está? Espera, irei deitar a cápsula para que eu possa te ver melhor. — Jimin digitou alguns números para que a cápsula pudesse ficar deitada. — Prontinho.

Deu seu lindo sorriso.

— ... Você é tão bonito. — Jimin estava tão submerso em sua conversa que não viu Taehyung entrar e, logo em seguida, sair. — Eu estou com medo, sabe? Essa é a segunda vez que sinto isso, a primeira foi quando Namjoon hyung quase morreu... Você deve estar se perguntando do que eu tenho medo. Eu tenho medo, de quando acordar, você não conseguir sentir, mesmo eu te ensinando e mostrando durante esse mês que Namjoon hyung me deu e eu... E-eu tenho medo desse senti...

— Jimin? — disse Namjoon ao entrar de supetão, um tanto surpreso. — O que está fazendo aqui? O que você está...

— Desculpe, Nam hyung — Park digitou a senha, fazendo com que a cápsula se fechasse e voltasse a ficar em pé. — Eu só tinha ficado chateado com algo que o Jeon havia dito e então vim conversar com o Yoongi. — O rapaz se virou para de frente ao cientista um tanto envergonhado.

— Você está chorando?

— Nã... Oh! — exclamou surpreso ao passar a mão no rosto e senti-lo molhado. — Com licença. — E, antes de se retirar da sala, olhou mais uma vez em direção ao Android.


°•°


A noite de todos havia sido agitada. Jungkook se sentia culpado pela forma que havia falado com o amigo sobre o Android, Taehyung estava um tanto intrigado com a cena que havia presenciado, Namjoon estava preocupado em como seria o mês, devido ao pedido de Park, e não conseguia tirar da cabeça a cena do mais novo com o Android e chorando pelo mesmo; já Jimin, estava apavorado com os sentimentos novos que surgiam e que nunca antes havia sentido. Ele também estava preocupado se conseguiria ou não fazer o Yoongi sentir.

— 700° dia, 09 de março de 2175, agora são 10:45h da manhã. Quem está participando do dia em que o Android 113 irá ganhar vida são os presidentes da Future Of Rir World Enterprise, Kim Seokjin e Jung Hoseok, o tecnólogo Jeon Jungkook e o médico cirurgião Kim Taehyung e, na assistência, o Android Park Jimin.

Todos na sala olharam espantados para Namjoon, que continuava seu diálogo com a câmera como se não fosse nada. Jimin estava bastante chateado porque em nenhum momento Namjoon havia referido aos outros como humano, então por que com ele tinha que falar Android como se o quisesse lembrá-lo de algo?

— Jungkook irá preparar o monitoramento corporal dele. Taehyung irá vigiar os batimentos dele. Jimin...

— Eu sei o que devo fazer — falou, sem se importar se havia sido grosso ou não com o mais velho, e se posicionou em seu lugar, deixando todos ainda mais surpresos por nunca o terem visto responder assim. — Vai dar tudo certo — sussurrou para si e para o Android.

— Vamos começar com o procedimento.

Já tinha três horas e meia que os sete — contando com o Android — estavam no laboratório, e foi então que a “mágica” aconteceu. O Android acordou, mas era nítido que ele estava assustado ao se agitar e, quando Namjoon se aproximou para acalmá-lo, acabou levando um empurrão.

— Jungkook, código 07 — disse o cientista.

— Jungkook, não! — falou Jimin, duro.

— Ficou louco, Jimin? Jungkook!

— Esqueceu que, quando ele acordasse, estaria sobre a minha responsabilidade? Então eu me responsabilizo por tudo. Jungkook, se você der choque nele, ele não confiará em ninguém. — Jimin se aproximou devagar do Android sob o olhar curioso. — Hey, calma, ninguém quer te machucar, eu não quero e nem irei deixar, Yoongi.

— Essa voz... Quem é você? — falava Yoongi, e sentia sua garganta seca.

— Eu sou Park Jimin, assistente de Kim Namjoon. — Park foi levando a mão devagar até a amarra da mão direita do Android, este que rapidamente, no susto, segurou a mão do assistente com força. — Calma, Yoongi, eu só irei te soltar, pode confiar em mim. — E assim Jimin teve suas mãos liberada e pôde finalmente desamarrar a mão do homem à sua frente.

— Eu confio em você. Me desculpe. — Yoongi tinha a cabeça virada para o lado e sua voz saiu como um sussurro; se o mais baixo não tivesse perto de si, nunca o teria escutado.

— Pelo o quê? Não sei do que está falando. — Jimin, que estava agachado, falou, sorrindo como se o ocorrido nunca tivesse acontecido. Todos olhavam aquela cena embasbacados e surpresos. — É, Yoon, eu terei que soltar o cinto que está em sua cintura, se importa? — Jimin estava rubro e olhava para os pés, enquanto Yoongi o olhava curioso.

— Não, por que eu me importaria?

— Ora, porque ninguém pode tocar seu corpo sem sua permissão, hm! — O moreno inflou as bochechas enquanto liberava as amarras.

— Oh, suas bochechas. — E assim, o rapaz começou a cutucar as bochechas do assistente que ficava cada vez mais envergonhado.

— Namjoon, vamos!

— Mas Seokjin...

— Sem “mas”, Jimin dá conta de tudo, os dois precisam de privacidade...

Todos se retiraram do laboratório, ficando apenas Jimin e Yoongi.

— Por que você me chama de Yoongi?

— Porque este é o seu nome.

— E por que você se chama Park Jimin?

— Porque estes são meu nome e sobrenome.

— Eu tenho sobrenome?

— Sim!

— E qual é?

— Min.

— Eu gostei... Quem me deu?

— Eu!

— Eu gostei mais ainda! — Jimin soltou uma risada. — O som da sua risada é bom e gostoso de se ouvir.

— Obrigado.

— Eu sei o que eu sou...

— Como?

— Eu sou um Android...

— Você é mais do que um Android, nós dois somos...

— O que é sentir?

— Perdão?

— Eu lembro de sua voz, ela está registrada aqui, no meu HD, e lembro também de você falar sobre sentir. Eu sentir...

— Seres humanos têm sentimentos e são estes que os fazem menos máquinas e mais humanos...

— Como assim?

— É difícil explicar... Mas, sabe quando você acordou?

— Hunrum...

— Você agiu de uma forma, por quê?

— E-eu não sei...

— Teve algo dentro de você?

— Sim, era estranho.

— Você teve um sentimento, o sentimento do medo, por isso quando fui tocar em você, você segurou meu pulso daquela forma. É instinto, uma das formas que o medo nos faz agir...

— Podemos sentir?

— Na verdade, só foi registrado um Android que podia sentir...

— Quem?

— Eu!

— Você tem sentimentos?

— Sim, e quero ser aquele que te apresentará cada um deles, se você quiser.

— Se isso significa ficar mais tempo com você, então eu quero. Por que suas bochechas estão vermelhas?

— Concentração de sangue nelas, isso acontece quando uma pessoa fica envergonhada por algum motivo. No meu caso, foi com a sua frase, que pode assemelhar a flerte.

— Flerte é quando uma pessoa está afim de ficar com a outra, certo?

— Certo!

— Jimin... — chamou-o Yoongi após um tempo.

— Sim, Yoon?

— Você já ficou com alguém, Jiminnie?

— O-o quê? — Park se virou para o rapaz com as bochechas coradas, mais do que o normal, pela pergunta e pelo apelido.

— Sabe... beijou e fez... sex...

— Tá, tá, eu já entendi...

— Então... já?

— Na-não...

— Por quê?

— Porque eu nunca amei ninguém...

— Mas nos meus dados estão que humanos fazem sexo por diversão, o que eu não sei o que é...

— É quando algo é carnal e passageiro...

— Oh... Mas, então, por quê?

— Porque sexo não significa só diversão ou carnal, ele é o emocional. São duas pessoas se entregando de corpo e alma, amando e querendo ser amados; são o gesto que as palavras não podem dizer... Nós chamamos de amor...

— Uau...

— Sim... Vá vestir sua roupa, irei te apresentar o lugar.

E assim, os dois passearam por praticamente todos os lugares, Jimin sempre lhe apresentando os lugares e Yoongi sempre reparando no quão bonito o sorriso de Jimin era e no quão amado ele mesmo também era.

— Bem, venha, vamos comer...


°•°


Duas semanas haviam se passado e, com ela, metade do tempo de Jimin — mas isso não significava que não havia tido algum progresso, pois eles obtiveram.

— Jiminnie...?

— Sim?

— Aonde nós iremos?

— No meu lugar favorito...

— E onde é seu lugar favorito?

— O laboratório que não é, né?! — Nesse meio tempo, Jimin e Yoongi haviam virado cão e gato, sempre brigando e dando patadas um no outro, mas era apenas a forma que haviam encontrado de dizerem um para o outro que se amavam. — Só cala a boca e me siga...

— Okay, papai ...

Os dois entraram no carro de Park e este deu partida. E assim, deram inicio a aventura dos dois.

— Seu lugar favorito é uma floresta?

— Algum problema?

— Nenhum. Só é diferente e inusitado...

— Você não vem?

— Sim...

Os dois andaram até chegarem próximo à cachoeira. Ao estender a toalha, os dois sentaram e começaram a conversar e a comer.

Jimin não conseguia desviar o olhar de Yoongi em nenhum momento, tudo no rapaz era fascinante aos seus olhos...

— Jimin, por que nós, Android, não podemos nos relacionar?

— Fomos criados sem sentimentos e é para ser assim. Bom, pelo menos era.

— Por que você tem sentimentos e eu posso sentir alguns também?

— Eu não sei, talvez algum ser divino quer mostrar que os seres humanos não são os únicos...

— Hoseok gosta do Namjoon...

— Todos já perceberam, menos aquele idiota.

— E o Namjoon gosta de você...

Silêncio.

— Aham. — Suspirou Jimin. — Eu também sei, mas não posso correspondê-lo.

— Por quê?

— Porque meus sentimentos pertencem a outro...

— Quem? — Jimin olhou por um longo tempo o rosto de Yoongi e então desviou para a cachoeira.

— Você...

E foi, então, que Min Yoongi sentiu, pela primeira vez, os lábios de Jimin. Foi algo tão singelo e singular... Os dois passaram o resto da tarde sentindo os lábios um do outro.


°•°


Os beijos aconteciam a qualquer momento e em qualquer lugar, embora eles soubessem que, se os pagassem, seria o fim de tudo aquilo que eles estavam construindo.

Foi no quinto dia que Taehyung os pegou na sala de repouso.

— Vocês dois perderam o juízo?! — falou o Kim.

— Desculpa, Taehyung — disseram os dois de cabeça baixa.

— Não têm que me pedir desculpas, têm que tomar cuidado; hoje fui eu, mas amanhã pode ser qualquer um, e vocês sabem que a punição é o desligamento permanente de vocês dois...

— Vai nos delatar?

— Claro que não, Yoongi, Jimin é meu soulmate e, além do mais, nunca o vi tão feliz...

— Então...?

— Só tenham cuidado.

— Teremos!

É claro que, depois daquele dia, o casal passou a ter mais cuidado. Taehyung sempre os acobertava, mas Namjoon não era idiota e estava desconfiando de algo.

Foi na última semana do mês que ele confirmou suas suspeitas e resolveu tomar uma medida, mesmo que isso magoasse Jimin — afinal, era para a proteção dos dois Androids.

— Me chamou, Namjoon hyung?

— Sim, chamei. — O Kim analisou toda a feição de Jimin e percebeu o quanto ele estava e era feliz ao lado de Yoongi.

— Sim? Aconteceu alguma coisa?

— Não, ainda não...

— Você está me deixando nervoso, hyung.

— Eu não queria ser o portador dessa notícia, porque sei que você e Min estão próximos e você se apegou a ele, mas o prazo que eu te dei termina essa semana e, com isso, o dever o chama...

— Como assim?

— Ele foi criado unicamente para proteger o presidente.

— Namjoon...

— Eu sinto muito, ele foi criado unicamente para isso.

— Ele não é uma máquina, nós não somos máquinas, Kim Namjoon, temos sentimentos também! — Dito isso, Jimin se retirou.


°•°


— Eu não quero te perder... — Jimin chorava enquanto abraça apertado Min.

— Você não irá, porque eu sempre serei seu... Jimin...

— Sim? — falou após um tempo em silêncio.

— Ainda não fizemos amor...


°•°


No dia posterior, os dois foram até um tatuador, que tatuou no braço de Jimin um livro, este que simbolizava o Min, por ele gostar muito de ler, enquanto Yoongi teve uma xícara com café tatuado. Depois, seguiram para a floresta, onde deram seu primeiro beijo e, além disso, selaram o amor no corpo e na alma ao fazerem amor pela primeira vez.


°•°


O dia em que o Min iria embora havia chegado. Todos estavam se despedindo dele, menos quem ele realmente se importava em se despedir: Jimin.

Ele já estava quase entrando no ônibus quando escutou seu nome ser gritado.

— YOONGI! — E então veio um baque de um corpo se chocando com o seu. — Yoongi! — Dessa vez, era só um sussurro quebrado e uma série de lágrimas que molhava a roupa de Min.

— Jiminnie, olha para mim...

— Uh-hum...

— Minnie... Por favor, sunshine. — A contragosto, Jimin ergueu a cabeça, revelando os olhos vermelhos e o rosto inchado. Foi aí que Yoongi entendeu por que ele havia demorado a aparecer; Park estava chorando e não queria que ele visse... — Puta merda, eu te amo tanto. Porra... — Jimin deu uma risada e, logo em seguida, seus olhos encheram de lágrimas, afinal, era a primeira vez que diziam isso um para o outro.

— Eu amo você, infinitamente infinito.

— Infinitamente infinito. — E, sem se importar com mais nada, os dois se beijaram, sem medo do daqui a pouco. Era um beijo singelo, cheio de saudades e medo, com um toque de já estou com saudades, logo voltarei para você.

O toque das pontas dos dedos na ponta dos dedos foi a última coisa que sentiu um do outro antes do Min entrar no ônibus e partir. Todos olhavam para Jimin, entendendo que ele não havia somente apresentado os sentimentos para o Android 113, como também o ensinado a amar, assim como tinha aprendido a amar.

Sem olhar para trás, Jimin entrou no prédio novamente, com uma certeza, já era hora de dizer adeus àquele lugar onde tanto foi feliz.

Jimin tomou um banho, vestiu uma roupa limpa, pegou suas coisas e foi para sua casa; cuidaria da carta de demissão no dia posterior, agora só queria o King Cat — seu gatinho —, sua cama macia, seus filmes de animação e chorar um pouco no conforto da sua casa. Mandando uma mensagem para Taehyung, avisando-o de que já iria embora, Jimin seguiu rumo ao seu apartamento.

No dia seguinte, Jimin estava na sala de seus chefes com a carta em mãos, entregando-a para os dois homens que o olhavam espantados.

— Jimin, tem certeza? — perguntou o Kim.

— Sim, senhor Kim!

— Não está fazendo isso por causa do Yoongi? Podemos te mudar de setor.

— Não, senhor Jung! Na verdade, já tem um tempo que estava realmente querendo deixar o emprego. Eu fui muito feliz aqui e meus amigos estão aqui, meu conforto está aqui e eu passei toda a minha vida neste lugar, mas não é o que eu quero, sabe?

— Sabemos!

— E o que irá fazer agora?

— Senhor Ki...

— Me chame de Jin, por favor — interrompeu-o.

— Certo! Eu irei lutar pelo direito de nós, Androids, podermos sentir e vou publicar meu primeiro livro, que fala sobre como eu me sentia em relação aos sentimentos.

— Entendemos...

— A única coisa que podemos fazer é lhe pagar e desejar toda a sorte do mundo.

— Obrigado, Jin e Hoseok, vocês são uns anjos.


°•°


Dois anos depois, Jimin se casou com Namjoon e isso foi manchete e capa de revista em tudo quanto é site de fofoca. Yoongi, ao descobrir, começou a sair com todas as pessoas que achava atraente em busca de preencher o vazio dentro de si e de encontrar a sua pessoa. Contudo, eram apenas tentativas em vão, porque, afinal, sua alma já estava marcada e a xícara de café em seu braço estava lá para lembrá-lo, como os monstros que vivem debaixo da cama das crianças estão lá para lembrá-las que são reais.

Seis meses depois, enquanto fazia a escolta do presidente dos Estados Unidos de volta à Coreia do Sul, recebeu um telefonema informando que Namjoon havia falecido e que todos o aguardavam em seu funeral. É claro que o Min foi, afinal, Namjoon era o seu pai.

E foi então, no enterro do Kim, que o Min descobriu que há um ano e meio seu pai havia sido diagnosticado com tumor cerebral e que seu último pedido havia sido se casar com Jimin e Jimin se tinha se casado por não aguentar ver seu criador da forma que estava.

Jimin e Yoongi voltaram a ter contato, dessa vez como dois melhores amigos. Um ano depois, os dois acabaram confessando o amor que sentiam um pelo o outro, que era impossível de ser guardado, e deixaram o tempo passar para ver no que daria.

Jimin publicou seu livro Secret Love: Android 113, sua primeira obra literária que mostrava que todos têm que lutar pelo que amam e que um Android poderia, sim, sentir. Além disso, o livro contava sobre o romance com Yoongi. O último citado, enquanto ainda servia seu país, nos momentos vagos, ensinava com paciência os sentimentos para seus colegas Androids.

Um ano e meio depois, houve manifestações por parte dos Android cobrando seus direitos de sentir. Em meio a tantos protestos, dois anos e meio mais tarde, os Androids conseguiram a sua liberdade em sentir.

Três anos após, como havia prometido, Yoongi retornou para seu amado, que o aguardava. Jimin e Yoongi foram os primeiros Androids a sentirem e a se amarem, foram os que deram início à igualdade e os primeiros a se casarem.

Não podemos dizer que eles levam uma vida perfeita, mas é a vida deles, da forma como eles sempre sonharam.

Não existe um final feliz para sempre; existe um começo e meio com dificuldades, mas com suas alegrias. Se hoje todos nós pedíssemos um conselho a Jimin e a Yoongi, eles nos responderiam: “Corram atrás do que os faz felizes, não importam os obstáculos, quando se é verdadeiro e bom, sempre virá para você!”.


~~


Notas finais: Espero que tenham gostado. Agora vamos ao agradecimentos. Primeiro quero agradecer a @minie_swag / minie_swag que dessa vez se superou no quesito paciência para comigo, obrigada. Quero agradecer a @sweetjimin / dattebayoonie que fez a betagem, você é uma fofa e obrigada. A @yoonckyn / yoonckyn por essa capa maravilinda, muitíssimo obrigada e por fim a todos vocês que lêem as minhas one shot, vocês são as minhas principais motivação em continuar a escrever.

Bom, agora quero desejar uma boa semana a todos, tentem não enlouquecer nessa quarentena e simplesmente vivam o momento, beijinhos.

11 de Setembro de 2021 às 19:59 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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