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Park Jimin e Min Yoongi são rivais e, não menos importante, os melhores detetives do esquadrão de combate da delegacia do distrito de Dobong-gu em Seul. Seus maiores feitos e casos mais bem resolvidos são, em grande maioria, motivados por uma razão peculiar: sua competitividade um com o outro. Determinados a decidir quem dos dois merece o título de melhor detetive, eles apostam que, em um ano, o policial que fizer maiores apreensões criminosas será o vencedor, e o perdedor terá uma punição. Empatados e mais obstinados do que nunca, eles enxergam em uma situação de assalto a banco com reféns a chance de enfim decidir o campeão. Mas, talvez, a operação de resgate não revele só o ganhador da aposta, assim como também sentimentos especiais escondidos por anos.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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A Aposta

Escrito por: @arctcmono/@dntfarway


Notas iniciais: Hey, meu nome é Annie e essa é primeira fic aqui no projeto. Um enorme obrigado a @julythereza12 / @julythereza (beta) e a @tmessi / @ThalieMessi (capista) por terem dado vida e cor a essas palavrinhas ❤ Boa leitura!


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Existem coisas sobre nós mesmos que são difíceis ou levam tempo para admitir. Ninguém diz que é vaidoso, ciumento ou quaisquer outras características maleáveis em voz alta, ou sequer para si mesmo. É um código de conduta para se viver bem e não ser julgado na sociedade como a própria, com seus padrões distorcidos, afirma que seremos. Park Jimin estava ciente desse aspecto de convivência social e pessoal, por isso, nem em mil anos, admitiria o quanto estar entrando na delegacia com um criminoso mal-humorado e algemado ao seu lado estava sendo satisfatório não só pelo bem que havia feito a sua comunidade, livrando-a de mais um perigo diário, mas como também pela expressão insatisfeita no rosto do seu parceiro de equipe: Min Yoongi.

A situação com Min Yoongi era complicada, mas nunca deixou de ser divertida. Não era como se odiassem um ao outro, eles só construíram uma amizade peculiar baseada em uma rivalidade saudável e respeitosa. Conheciam-se há três anos, quando Jimin acabou o treinamento da academia, foi aprovado em seu teste de admissão para o serviço e designado para a delegacia de Dobong-gu. Desde então, a convivência entre eles resumia-se em uma lista específica de ações: implicância, discussões banais, muitos casos bem resolvidos em parceria (uma bem agitada, por sinal) e apostas malucas. Esse último item era um dos principais porquês que sempre os metia em situações, no mínimo, inusitadas — como da vez em que apostaram quem conseguia chegar primeiro na cena de um crime, usando rotas específicas da cidade, e Jimin acabou perdendo e tendo que organizar uma apresentação no PowerPoint exaltando todas as qualidades do seu hyung. Além disso, era o motivo para Yoongi revirar os olhos quando Jimin passou cantarolando por ele com o criminoso, que tinha acabado de prender, em seu alcance.

Começou há quase um ano, em um intervalo com o esquadrão. Estavam almoçando juntos em uma lanchonete localizada em frente ao prédio da delegacia e, durante as conversas, Jeon Jeongguk, o mais novo detetive do esquadrão, admitiu em um tom tímido que estava feliz por ter sido designado a Dobong-gu por ser um admirador dos trabalhos de Jimin. O Park lembrava-se de ter rido e agradecido, antes de soltar implicante com o olhar grudado na pessoa que sabia com toda a certeza que iria se atingir:

— Isso não é uma surpresa, afinal eu sou o melhor detetive da nossa divisão.

O olhar que recebeu de Yoongi valeu toda a semana do mais novo e, mesmo com as reclamações dos seus colegas por conta da provocação, não se arrependeu nem um pouco. Começaram a discutir a afirmação e, quando menos perceberam, estavam mergulhando em outra aposta, a melhor que os dois já tinham feito até então: quem prendesse mais criminosos em um intervalo temporal de um ano seria considerado o melhor detetive da delegacia. A aposta não só animou os envolvidos, como também o restante dos seus companheiros de equipe. Taehyung sugeriu que o perdedor teria que fazer todo o trabalho burocrático do vencedor por seis meses, mas, como ambos odiavam papelada mais que tudo, resolveram não arriscar. Hoseok e Jeongguk sugeriram apostarem quantias em dinheiro, mas a conta bancária de Jimin não era algo de que se orgulhava. Obviamente, a ideia mais maligna veio de Seokjin, o mais velho, sargento líder e carrasco particular do esquadrão:

— Por que você não aposta seu carro, Jimin-ah? — sugeriu inocente.

Aquilo chamou a atenção de Yoongi, claro que chamaria. O carro de Jimin era um Shelby Mustang preto dos anos 60, que tinha sido presente dos seus pais quando passou no teste de admissão para a academia policial. Não carregava nenhuma carga simbólica especial, afinal de contas o modelo antigo não era o que o jovem Park desejava na época e os pais só compraram porque, na visão deles, era extremamente bonito, além de ter sido mais barato do que seria um carro de concessionária. No entanto, com o passar do tempo, Jimin começou a se apegar ao automóvel e gostava da sensação familiar de segurança que ele transmitia para si. Sabia que Yoongi tinha uma queda por seu carro, porque sempre o flagrava babando nele quando chegava para o serviço, e esse era um dos pontos onde mais implicava com o hyung. Era óbvio que Seokjin estava sugerindo o prêmio como prazer pessoal em ver o mais novo sofrer com a escolha porque, por mais que quisesse recusar, seu ego não aguentaria Yoongi o chamando de covarde. Esse era outro de seus pontos falhos que não expressava; a constante vontade de ser aprovado, ser bem visto.

A contragosto, concordou com a proposta, mas revidou logo após com a sugestão para seu prêmio: planejaria um encontro para o mais velho. Era do conhecimento de todos no esquadrão o quanto Yoongi desprezava relacionamentos amorosos. Não de uma forma ruim, e sim porque priorizava o seu trabalho e alegava não ter tempo para perder com banalidades como encontros e namoros. Jimin não era o único a implicar com ele dizendo que era tudo porque o mais velho não conseguia convidar ninguém para sair e isso sempre o deixava mais irritado do que o normal; o narizinho de botão franzia em desgosto, os lábios rosinhas projetavam-se em um bico emburrado pelo restante do dia e sua carranca mal-humorada impedia qualquer um de chegar perto. Por isso, o mais novo estava ciente que seu hyung simplesmente odiaria a proposta.

— E se eu estiver namorando até lá? — Yoongi tentou contra argumentar e ganhou um coro de risadas em resposta. Ele respondeu uma delas com um chute na canela, e era na de Hoseok, que estava sentado mais perto.

— Primeiramente, todos nós sabemos que isso é improvável — respondeu Jimin e completou com uma piscadela sugestiva: — E, segundo, pode ter certeza que você vai odiar tanto que nunca mais vai querer sair com ninguém.

Depois de muita pressão dos amigos, Yoongi acabou aceitando e o trato foi o que desencadeou o melhor ano na delegacia. Com os dois tão empenhados em vencer a aposta, a média de apreensões aumentou bastante nos últimos meses, além de casos resolvidos, e essa foi a razão para o capitão da equipe, Kim Namjoon, não intervir na rixa entre os dois — isso, e também porque era praticamente um entretenimento para os demais a competição acirrada entre os dois colegas.

O maior prazer de Jimin naquele último ano era apagar o número que representava sua quantidade de apreensões em um quadro de anotações para elevar a quantia e, só talvez, a razão fosse a forma incomum que seu coração batia ao receber os olhares emburrados de Yoongi, ouvir seus protestos infantis e o triplo de implicâncias do que era comum entre os dois. Yoongi era o tipo de criança que estava acostumada a ganhar sempre e fazia birra quando isso não acontecia. Jimin o achava adorável reclamando para Hoseok que o mais novo estava trapaceando, ou soltando comentários irônicos para si, ou ameaçando-o ao dizer que venceria a aposta. Além disso, também o achava adorável quando estava na frente e a sensação de vitória o fazia sorrir grande, aquele sorriso gengival que apertava os olhos pequenos e inflava as bochechas, assim como também implicava dizendo estar mais próximo do que nunca de roubar o carro do mais novo.

Ah, hyung, você está me roubando outra coisa”, pensava Jimin consigo mesmo e não admitia que, bem no fundo, não se importava com quem vencesse a aposta. Gostava do cenário, mais do que das recompensas. Era bom chegar em casa, tomar um banho, deitar na sua cama quentinha e ficar até tarde da noite trocando mensagens com Yoongi, divertindo-se em mandar indiretas e receber emojis revoltados em resposta. Era bom ver o Min disposto todas as manhãs a vencê-lo e acompanhá-lo em casos, os quais concordavam que as prisões tinham sido feitas em conjunto então ambos mereciam pontos. Era bom ser uma equipe, uma parceria. Era melhor ainda notar que, durante todo aquele tempo, Yoongi ainda não estava namorando. Passou a ignorar as implicâncias sobre o assunto e, invés de ficar irritado, estranhamente sua reação era tímida. O mais novo descobriu o porquê certo dia, ao chegar cedo na delegacia, e flagrar uma conversa entre Yoongi e Hoseok, que sempre eram os primeiros a chegar. Hoseok estava comentando algo sobre conhecer alguém que estava interessado no Min, mas a resposta que recebeu foi determinada:

— Não quero arruinar os planos do Jiminie, caso ele vença.

A sentença congelou as células agitadas do Park, falhando os neurônios e travando sua respiração, e aparentava carregar mais do que era dito. Havia algo nas entrelinhas, uma sugestão cuidadosa que ainda não fora entendida, e isso fazia o coração de Jimin disparar; o sangue quente nas bochechas. Sabia o que significava, não era cego, e a recusa em admitir não vinha de uma conduta social, de algo que era vergonhoso, mas do fato que o Park não queria arriscar esse sentimento frágil. Queria mantê-lo seguro em seu coração, quentinho e longe de coisas que poderiam quebrá-lo. Não estava pronto para ser quebrado, para lidar com os riscos. O sentimento era bom e não queria perdê-lo, ainda não.

Era o último dia da aposta, o dia em que ela completava um ano, e o chefe de um comércio ilegal de remédios que Jimin acabara de apreender aquela manhã o deixava empatado com Yoongi. Por essa razão, não demorou nem cinco minutos da chegada do mais novo na delegacia para que o Min estivesse em seu encalço, ameaçando:

— Não fique muito felizinho, Park. Eu ainda tenho seis horas para ganhar nossa aposta.

Jimin o respondeu com um sorriso de lado. Ele deveria achar que estava soando muito ameaçador, mas tudo o que o jovem detetive enxergava era um gatinho raivoso absurdamente fofo.

— Infelizmente, não posso permitir que isso aconteça, hyungnim — retrucou bem-humorado, os lábios distorcidos em uma curva provocativa. — Encomendei uma placa que diz "Park Jimin é o melhor detetive/gênio" e não tem reembolso.

Estavam próximos à mesa do mais novo, ambos de pé, e, quando Yoongi aproximou-se, com os olhos estreitos e um sorriso maldoso, o corpo do outro reagiu imediatamente: afastou-se alguns passos, esbarrando em sua cadeira, e o olhar ganhou o dobro do tamanho. Yoongi estava tão bonito aquele dia, chegava a ser injusto. O cabelo escuro estava todo estufado, como se tivesse dormido com ele molhado, e as ondinhas caíam sobre sua pele alva, brilhante. A camisa social branca escapava pelo jeans despojado, sob sua tão inseparável jaqueta — a qual nunca, nem em mil anos, Jimin admitiria o quão atraente deixava seu companheiro de trabalho — e a gravata meio solta, pendendo sob o distintivo da polícia pendurado em seu pescoço, eram um pedido perigoso, fazia seus dedos formigarem em desejo.

Respirou fundo, tentando controlar as próprias emoções e pensamentos, mas Yoongi só era tão cheiroso, tão irritante, tão lindo. Sabia que estava exagerando, que o mais velho perceberia seu nervosismo além do comum, mas não conseguia pensar com clareza, organizar seus movimentos, à medida que o cheiro e a presença do hyung o cercava, engolindo-o por todos os lados. Sentiu o sentimento escorregando entre seus dedos, escapando pelas brechas, e o coração correu assustado porque não estava pronto, não queria admitir.

— Sinto muito que você tenha perdido seu dinheiro, Jiminie. — Yoongi não precisou falar alto porque estava perto, perto.

O cérebro de Jimin disparava pandemônico, todos os controles dispersos e sem rumo. Tinha certeza que não só o mais velho enxergava o que lutava para esconder, como também todo o restante da delegacia, só com aquele instante, só com a forma como seu olhar desceu pelo rosto próximo ao seu, gravando-o inconscientemente. Não teve tempo para descobrir se tinha sido exposto, ou se Yoongi possuía outra pintinha além da existente em sua bochecha, porque a voz de Namjoon os alcançou, vindo da porta de seu escritório:

— Min, Park, venham aqui.

Jimin sentiu como se não soltasse o ar há muito tempo, os pulmões relaxando instintivamente quando Yoongi se afastou. Nos últimos anos, o jovem detetive tinha adquirido a fantástica habilidade de fingir que a presença do mais velho não o afetava mais do que poderia admitir, por isso se recompôs rápido, ignorando o sorrisinho de lado que recebeu, e saiu batendo o pé, determinado, até a sala de Namjoon.

— Fechem a porta — pediu o Kim assim que entraram no cômodo e Yoongi, quem entrou por último, obedeceu antes de se juntar a Jimin próximo à mesa do capitão no momento em que esse erguia uma foto. — Vocês conhecem Kang Seungkwon?

— O bandido da meia-noite — respondeu Yoongi, e Jimin ergueu uma sobrancelha, debochado, que não passou despercebida pelo mais velho. — Que é? Foi o Tae quem deu o apelido, reclama com ele.

— Não precisa ficar irritadinho, hyung. Eu não disse nada — retrucou o mais novo com um sorrisinho, achando graça na coloração rosada que as bochechas do outro ganharam.

Namjoon revirou os olhos.

— Gente, foco — pediu com um suspiro. Sinceramente? Não era pago o suficiente para aguentar aqueles dois.

Enfim — Yoongi retomou o assunto. — Eu o persigo desde o ano passado. Ele é acusado por inúmeros assaltos a carros esportivos da alta sociedade e os vende em um mercado ilegal na internet.

— É, ele resolveu subir um pouco de nível. — Namjoon devolveu a foto a pasta sobre sua mesa e continuou em um tom mais baixo e sério: — Está nesse exato momento mantendo reféns em um banco na Ssangmun-dong. Preciso de vocês dois lá. Não façam nenhum alarde. Há suspeitas de que um dos reféns é uma figura importante pública e eu não preciso da mídia no meu pé agora.

Ambos assentiram e, quando deixaram o escritório, Yoongi não demorou em anunciar decidido:

— Olha, Park, eu tenho a carta da vantagem aqui. Tô no pé do Seungkwon há um tempão.

— E ainda não o prendeu. É melhor deixar seu saeng cuidar disso, não acha? — Aquela satisfação em assistir o olhar de Yoongi estreitar e os traços do rosto formarem uma expressão irritada nunca falharia em fazer o coração de Jimin bater mais forte, exatamente como estava fazendo naquele instante. — Espero que você goste de comida tailandesa, hyung.

Ya! Você sabe que eu tenho alergia! — reclamou desacreditado. Sério que aquele pirralho tentaria matá-lo se ele vencesse a aposta?

— Então espero que não tenha nada contra ter um encontro no hospital — retrucou Jimin com uma piscadinha antes de sair as risadas e pulinhos para o exterior da delegacia.

O que ele não sabia era que Yoongi estava sorrindo carinhoso ao segui-lo.


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Notas finais: Espero que tenham gostado e me aguentem só por mais um capítulo, prometo que vai valer a pena ❤

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Divulgação: Amores, já conhecem o Explicando Yoonmin? O @2minproject está com uma parceria novinha! O Explicando Yoonmin é um canal no Youtube de conteúdo Yoonmin <3 Por favor, deem muito amor e carinho a ele!!

https://www.youtube.com/channel/UCAPfOHwXhKSbMBe1Oq2d6Dw/featured

6 de Setembro de 2021 às 20:26 0 Denunciar Insira Seguir história
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