nicasia_duarte lua yaa

E se você se apaixonasse por alguém de caráter digamos que questionável? E se essa pessoa simplesmente sumisse do mundo e prometesse te contatar após exatas 113888 horas? E se o único problema dessa promessa fosse que esse alguém é feito de mentiras e não foge delas? E se esse alguém cumprisse a tal promessa? Esses "E se" nunca haviam passado na cabeça de Lisa, até ela surgir. "Ainda me lembro daquele dia, do dia que conheci a menina mais linda que eu já havia imaginado encontrar em vida, ela se sentou no meio fio chorando e eu fiz a merda de me aproximar."


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Sempre o 13

Ainda me lembro daquele dia, do dia que conheci a menina mais linda que eu já havia imaginado encontrar em vida, as ondas loiras desciam pelas costas enquanto ela chorava em frente a um homem alto, parecia brigar com ela, alguns minutos depois o homem se afastou e ela se sentou no meio fio chorando e eu fiz a merda de me aproximar.

-Oi -Chamei sua atenção já sentada ao seu lado- Tudo bem?

-Tudo ótimo- Ela sorriu pra mim e era como se nunca tivesse chorado

-Não querendo ser indelicada mas… quem era aquele cara?

-Meu ex, acabou de terminar comigo, pobrezinho…

-Não está… triste?- Perguntei

-Por que estaria? Ele que perdeu

-Estava chorando alguns minutos atrás

-Ah, isso?- Ela secou os resquícios de lágrimas nos olhos- Há duas coisas que você precisa saber sobre mim, moça bonita, 1: Meu nome é Jennie e 2: Mentirosa, é tudo que eu sou- Ela puxou a raiz dos cabelos, se livrando da cabeleira loira, revelando fios pretos- Viu? É tudo falso, minha tristeza também

Essa foi a primeira vez que eu senti um arrepio na espinha relacionado a Jennie, mas logo ela abriu aquele sorriso e perguntou como se nada tivesse acontecido:

-Como é seu nome?

-Lalisa

-Passa seu número- Ela me estendeu um papel e eu anotei meu número- Obrigada, eu te ligo daqui a 113 horas e 13 minutos, Lili, fique atenta

***

Ela desapareceu, era como se ninguém fizesse ideia da existência de Jennie por 113 horas e 13 minutos e ela realmente ligou. No horário exato.

-Lili? -Foi o que escutei quando atendi a ligação trêmula

-Jennie?

-Eu mesma, está sozinha?

Olhei para Minnie sentada ao meu lado, considerando que resposta Jennie queria ouvir

-S-sim- respondi

-Não minta pra mim. A loirinha ao seu lado parece ser uma fofa.

Segundo arrepio relacionado a Jennie.

-Onde você está?

-Não importa, me encontre no café ao lado da sua casa.

E desligou.

-Quem é Jennie?- Minnie perguntou

-A menina estranha da praça que eu falei

-Ah, e o que ela queria?

-Quer me encontrar no café aqui do lado logo- Mordi os lábios- Se importa de ficar sozinha por alguns minutos?

Ela negou e eu saí do quarto em direção ao café.

Dessa vez, Jennie usava roupas de crochê roxas, seus cabelos estavam castanhos e mais longos além de conter uma franja bagunçada e foi quando eu sentei naquela cadeira que eu assinei minha sentença. Aquilo virou rotina, Jennie me mandava horários, ligava, marcava um lugar e a gente ia, ela sempre estava diferente, fomos nos aproximando até que uma vez ela me chamou para um hotel.

-Por que quer conversar aqui?

-Queria um local mais caseiro- Ela respondeu

-Por que?

Ela tirou o moletom se aproximando de mim

-Sabe, Lili… às vezes você pergunta demais e a maioria das vezes eu nem posso respondê-la mas… dessa vez em específico, eu amarei matar sua curiosidade

-Então, o que estamos fazendo aqui?

Ela se aproximou de mim, subiu a mão até minha nuca e disse:

-Estamos aqui para eu te dizer isso

-Isso o quê?- Perguntei

Ela abriu um sorrisinho de lado e me beijou pela primeira vez.

A segunda foi na frente de um carro que ela roubou, a terceira na frente de uma casa incendiada - Por Jennie, lógico - e assim por diante, Jen me arrastava para todas suas merdas, Minnie era a única que sabia e ela dizia toda vez que eu saia que um dia a gente ia ser pega e daria ruim e uma vez a polícia realmente nos pegou, eu entrei em pânico, Jennie apenas apertou meu braço e sussurrou um “fique calma”.

-O que as senhoritas fazem aí?- O policial se aproximou - Estão presas por roubo, em flagrante

-O senhor tem certeza?- Jennie disse endossando a voz e olhando nos olhos do homem

-T-tenho, lógico que tenho, acabei de vê-las roubando esta moto em que estão sentadas

-Tem mesmo? Não viu apenas eu e minha namorada pegando uma moto emprestada com nossa amiga?

-É… é, pode ter sido isso também- O policial de repente parecia meio estranho- Desculpe o incomodo, senhoritas

-Tudo bem- Jennie sorriu e o policial voltou para seu carro

-Me chamou de namorada?- Perguntei e sim, aquilo foi o que mais me surpreendeu na bizarrice

-Não vai me perguntar o que eu fiz?- Essa foi a única vez que eu vi a Jennie confusa, eu não respondi, só esperei que ela me respondesse- O que foi?

-Não vai me responder

-Eu queria que fosse minha namorada

-É um pedido?

-Você aceitaria?

-Eu já aceitei

Eu beijei ela e ela nunca me explicou o que fez com o policial e a peruca preta com duas mechas brancas na frente que ela usava naquele dia se tornou minha preferida.

***

No nosso aniversário de 6 meses de namoro, Jennie dormiu em minha casa e me perguntou por volta das 2 da manhã

-Vai continuar comigo pra sempre, Lili?

-Espero que sim

-Se lembra do que eu disse quando nos vimos pela primeira vez?

-Que seu nome era Jennie e tinha terminado com seu ex?

-Que tudo que eu sou é uma mentirosa- Ela disse- Nunca se esqueça dessa informação

Ela me beijou e só desgrudou nossos lábios quando estava sem ar e então levantou do sofá

-O que vai fazer?

-113888 horas, eu vou voltar

Eu não sei o que ela fez comigo para que meu corpo não conseguisse mover-se um centímetro até ela estar bem longe, eu não fiz nada além de chorar naquela noite.

Eu devia saber, Jennie não voltaria, afinal, mentirosa, era tudo que ela era.

Mas não importava se fizessem 13 anos que isso aconteceu e Jennie continuaria no fundo da minha mente e eu nunca seguiria em frente, nada seria tão forte quanto foi com Jennie

***

-Amor! - Chaeyoung, minha esposa, grita da sala e eu vou até ela- Jisoo disse que uma moça deixou uma encomenda pra você, comprou algo?

-Não- Falei estranhando- Vou lá ver

Chae assentiu e eu desci

-Oi, Soo- Cumprimentei a porteira de nosso prédio que acabou virando uma amiga próxima- Tem algo pra mim?

-Tenho sim, achei estranho- Disse a mulher me estendendo uma caixa- Uma criança veio aqui dizendo que era um recado da mãe dela para a senhora Lalisa Manoban

-Estranho mesmo

Ali mesmo abri o pacote, caindo assim que vi o conteúdo

-O que foi, Lisa? Devo chamar a Chae? O que tem aí?

-Não, só foi minha pressão que caiu

-Tem que ver isso num médico, Lisa, não é normal não

-Vou fazer isso, pode deixar

A caixa tinha uma peruca preta com com as mechas da frente brancas e um temporizador que acaba em alguns segundos, deixando em sua tela um “113888 completas” e um bilhete “olhe pra direita” e eu olhei, pelo vidro do portão do prédio eu vi uma mulher no outro lado lado da rua com longos cabelos ondulados loiros que eu sabia que eram falsos e um sorriso de lado. Meu celular tocou.

-Sentiu minha falta, Lili?

E naquele momento eu não fazia ideia do que fazer.

Ela não mentiu, afinal, ela estava bem ali.

Jennie.

E de novo, eu não fazia ideia do que fazer.

Minha vida havia virado de cabeça pra baixo em 13 minutos e curiosamente, 13 era o número favorito de Jennie.

4 de Agosto de 2021 às 14:30 0 Denunciar Insira Seguir história
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