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Em Hogwarts, Min Yoongi, um bruxo nascido trouxa, tinha tudo: ótimas notas, a companhia dos seus melhores amigos, fins de semana quentinhos na sala comunal da Sonserina e, não menos importante, também tinha Park Jimin, o melhor (e um tantinho petulante) namorado de todos. O problema é que Yoongi passou todos seus anos letivos longe de sua casa e família, por isso, decide passar o período após sua formação em sua cidade natal, esperando Jimin terminar a escola para poderem começar a vida adulta juntos. Um ano no mundo trouxa longe de Jimin e da sua vida bruxa não deve ser tão difícil, não é? Ele pode se comunicar com seu namorado por cartas, então vai ficar tudo bem. Claro, ajudaria muitíssimo se Mimi, a coruja responsável pela entrega das cartas, não odiasse Yoongi com todas suas penas e não o abordasse nos momentos mais inoportunos possíveis. Mas isso é só um detalhezinho.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Alguém encomendou um bolo de aniversário?

Escrito por: @arctcmono/@dntfarway


Notas Iniciais: oooi, gente, meu nome é annie e invoco aqui toda nação potterhead pra boiolar e se divertir bastante com esse plot que foi super gostoso de escrever. espero que gostem da leitura ❤

meus agradecimentos especiais vão à Aky (@mygsyl) por todo o carinho com a betagem e pelas palavras gentis que me deixaram muito feliz ❤ e um muito obrigada à Rafa (@yoonieris) por essa capa e banner que ficaram tão insuportavelmente lindos!! sério, gente, passo horas babando em cima dessas obras de arte.

explicando um pequeno detalhe pra que não haja confusão: aqui, o jimin é só um ano mais novo que os namseok e os três estão no último ano letivo (sétimo). os taekook tem a mesma idade e estão no sexto ano. sem mais delongas, divirtam-se! ❤


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— Abaixa! — alguém gritou.

— Ya, chamem a polícia! — Outra voz.

— Mas é uma coruja! — retrucaram.

— Polícia ambiental!

— Yoongi-ah, não se mexe! — Era a voz de Jaehyun.

Você, minha cara pessoa que resolveu ler este triste relato, deve estar se questionando como vim parar nessa situação. Mas Yoongi, você me pergunta, que situação é essa para começo de conversa?

Para explicar, preciso voltar à época em que eu era apenas um garoto de treze anos, mirrado e com minha taxa de vitamina D perigosamente baixa, correndo pelos corredores de Hogwarts, a maior escola de Magia e Bruxaria do mundo, atrás do meu amigo Hoseok que, por algum motivo, tinha algo muito importante que queria que eu visse.

Na verdade, poderia dizer que tudo começou quando aquele chapéu velho e sem graça foi posto na minha cabeça, quando tinha meros onze anos de vida, e murmurou, sem um pingo de entusiasmo, que eu pertencia a uma tal casa Sonserina. Entretanto, acredito que seria dramático e trabalhoso demais voltar tanto assim no tempo, então vamos dar início à nossa história naquela tarde de inverno chata, na qual só queria voltar para a sala comunal quentinha da minha casa, quando Hoseok, um lufano hiperativo demais, que era aquele tipo de pessoa que você não consegue se lembrar como entrou na sua vida — um dia, olhei e, bum! Hobi estava me arrastando para tudo quanto era lado daquele castelo com um sorrisão no rosto e dizendo "Yoongi-hyung, você precisa ver uma coisa que eu achei!" —, abordou Seokjin-hyung, meu colega de classe e amigo grifinório, após nossa aula de Poções, alegando que queria nos mostrar algo.

Ele sempre queria nos mostrar algo.

Naquele dia, o algo era um garoto. Park Jimin, o nome. Ele estava com Namjoon, amigo de infância do Hobi e basicamente uma segunda parte dele — eu estava no terceiro ano e os dois no segundo, mas ainda tínhamos que escutar sem parar o Hoseok choramingando sobre a injustiça que foi o Chapéu Seletor ter colocado o Namjoon na Corvinal, em vez de ser na Lufa-Lufa com ele, mas isso é só um detalhe —, na biblioteca, conversando aos cochichos e rindo para o nada.

Eu conhecia Park Jimin. Um garoto baixinho, bochechas redondinhas e bem rosadas, olhos grandes e curiosos, um cabelo onduladinho cor de areia adorável, que estava sempre rindo alto com uma dupla de amigos na sala comunal da Sonserina. Embora fôssemos da mesma casa, nós nunca havíamos conversado e, sendo sincero, fazer novas amizades não era uma das minhas prioridades em meu segundo ano, o ano em que Jimin chegou a Hogwarts.

Agora, no início de um novo período letivo, o garoto aparentemente tinha virado amigo de Hoseok — o que não era tão difícil, para falar a verdade — e, como nós todos vínhamos em um pacote, era justo que fosse apresentado ao restante do grupo. Bem, esse foi o argumento que o Jung usou depois que Seokjin-hyung passou uns quinze minutos reclamando do fato de ele nos ter feito correr por quase toda escola, só para conhecer alguém que poderia ser apresentado depois. Hoseok sempre usava a história de “mostrar algo importante” para despertar nossa curiosidade e nós sempre caíamos — isso, e também porque era impossível dizer não ao lufano.

Depois desse dia, tudo me levou ao momento de hoje. No começo, Jimin ainda não se sentia confortável perto de mim, porque, como fui descobrir alguns anos depois, ele me achava intimidante. Essa sua primeira impressão me deixou convencido na época, mas agora, pensando melhor, Jimin tinha que ser muito inocente para achar que o Yoongi de treze anos, magrinho e tímido, era intimidante. Claro, era só uma suposição boba, porque de inocente o Jimin não tem nada — não contem a ele que disse isso.

Nós viramos amigos de verdade no Natal; até então, trocávamos apenas alguns cumprimentos ao nos esbarrar pela escola e palavras banais quando nosso grupo de amigos em comum se reunia.

O Natal sempre foi uma época chata e difícil para mim quando estava em Hogwarts. Diferente dos meus amigos e a maioria dos colegas, minha família inteira era trouxa, ou seja, todos nascidos não-bruxos. Para falar a verdade, nem sequer sei qual geração da minha árvore genealógica carregava o sangue mágico que herdei.

Como Hogwarts ficava muito longe de casa — literalmente em outro continente —, era complicado ir e voltar de Daegu em todos os feriados, por isso, frequentemente ficava no castelo durante as festas de fim de ano. Meu pai tinha alguns parentes de grau distante que moravam em Brighton, uma cidadezinha litorânea próxima a Londres, e eu costumava ficar com eles durante as férias. Às vezes, meus pais vinham visitar, em outras, o contrário acontecia. A realidade é que passei muitos anos da minha formação bruxa longe de casa, mas esse não é o ponto principal do assunto, por ora.

Onde estava? Ah, o Natal. Então, assim como meus primeiros dois anos, fiquei em Hogwarts durante o feriado, porque ainda não estava habituado com meus novos parentes. Aquele ano, Jimin também ficou. Seu pai era jornalista do Profeta Diário — escrevia sobre lugares perfeitos para os bruxos visitarem ao redor do mundo — e a mãe magizoologista, logo os dois estavam constantemente viajando. Por essa razão, quando acordei no dia vinte e cinco de dezembro do meu terceiro ano na escola de magia, encontrei o loirinho sentado próximo a lareira da sala comunal, sob o olhar afiado e mal-humorado de Salazar Slytherin, tentando decorar alguns biscoitos de gengibre que descansavam em uma travessa de alumínio.

Como o bom hyung que era, ofereci ajuda e, no fim das contas, passamos todo o feriado nos lambuzando de glacê, rindo das imitações toscas que fazíamos dos nossos amigos, professores e do criador chato da nossa casa, e tentando não ceder à tentação de comer os biscoitos, pois, como Jimin tinha feito questão de enfatizar mais vezes do que o necessário, esses eram presentes para os seus pais. Ele comeu dois e colocou a culpa em mim, mas, infelizmente, eu já era besta demais por aquele garoto para reclamar.

Jimin e eu passamos todos os Natais, desde então, juntos. Foi uma tradição que se criou espontaneamente, acho. No entanto, para mim, não importava como tinha nascido, ela continuava sendo a melhor tradição de todas. Às vezes, nós íamos para a casa dele, em uma vilazinha bruxa nas proximidades de Busan, e meus pais viajavam de Daegu para ficar conosco — eles sempre reclamavam, porque era um vilarejo muito isolado e os pais de Jimin iam buscá-los na estação e os traziam por aparatação, coisa que ambos odiavam por ser muito enjoativo. Em outras vezes, quando a tia Somin e o tio Seonho estavam viajando a trabalho, ficávamos com meus parentes ou no castelo.

Não era só nos feriados de fim de ano que estávamos juntos. De repente, o Park fazia parte de cada pedacinho do meu dia a dia, de cada coisinha que começava a se tornar a minha vida: me seguindo pelos corredores, gritando pelo meu nome do outro lado da mesa de jantar no salão principal, tentando me obrigar a carregá-lo nas costas quando visitávamos o vilarejo de Hogsmeade, segurando minha mão quando estávamos entediados na sala comunal, só encarando as chamas verdes e azuis da lareira, me abraçando pelos ombros ou simplesmente deitando a cabeça neles quando estávamos estudando juntos na biblioteca.

Jimin se tornou tão presente, tão vivo em cada detalhe do que me fazia ser quem eu era que, antes que percebesse, também tinha feito morada nos meus pensamentos. Estava comigo em meus sonhos sobre passeios invernais na Dedos de Mel, no aroma doce que me perseguia dia e noite, nos pensamentos indesejados e repentinos durante as aulas entediantes de Adivinhação. Ele era uma risada alta e esganiçada que soava na minha mente quieta, um sorriso involuntário e um sentimento apertado, que me arrancou lágrimas desconhecidas quando o vi escapar das minhas mãos, se tornar uma sombra nos meus dias e aceitar o convite de Kim Taehyung, seu melhor amigo corvino que tinha conhecido em seu terceiro ano, para ir ao baile de inverno do quinto ano juntos.

Para te poupar da parte triste da história, depois de muitos desentendimentos e brigas idiotas, Jimin se tornou mais presente na minha vida do que nunca quando, no meio de uma conversa tensa que tínhamos em meu quarto, a qual poderia jurar que seria a última que teríamos, o garoto simplesmente invadiu meu espaço sem cerimônia alguma, como vinha fazendo naqueles últimos quatro anos, e me beijou.

E, agora, um pouco mais de dois anos depois, eu tinha uma coruja-orelhuda de penugem clara, mesclada com tons diferentes de marrom, e um par de olhos amendoados esnobes, saltitando na minha cabeça, enquanto tentava arrancar meu gorro, meu cabelo e qualquer coisa que estivesse ao seu alcance. O monstrinho, se querem saber, atende por Mimi.

Sim, é um nome ridículo e que não combina nadinha com um pássaro tão irritante, mas Jimin não quis me escutar quando disse que aquilo era nome de gato, e não de uma coruja feia e chata — ele me deu um cascudo quando disse isso. Meu carinhoso namorado tinha ganhado aquela enviada de Hades da tia Somin em seu quarto ano e, atualmente, ela era nosso único meio de nos comunicarmos um com o outro.

Eu tinha terminado meus estudos no ano passado e, após muitas conversas com Jimin e meus pais, decidi voltar para minha casa, em Daegu. No nosso segundo ano de namoro, tínhamos conversado sobre o futuro em uma tarde tranquila de outono, deitados sob um salgueiro às margens do lago. Tentamos nos imaginar, em meio a implicâncias — por parte dele, deixando claro — e beijos roubados, viajando pelo mundo como os Park, ou ficando famosos em profissões diferentes, ou até mesmo encontrando um lugarzinho quieto, que tinha sabor de casa, para vivermos tranquilos em meio aos meus livros e experimentos de Poções e as criaturinhas mágicas que Jimin tanto amava. Fosse o que fosse, estaríamos juntos.

Como deixei Hogwarts primeiro, a promessa feita sob as folhas laranjas e caídas daquela árvore grande e amigável foi carregada comigo. Por isso, passaria aquele ano esperando por Jimin, que estava terminando o seu último ano, para que pudéssemos começar a construir nossa vidinha, qualquer que fosse, na companhia um do outro. Não tinha sido uma escolha feita baseada apenas em nosso relacionamento. Para alguém que tinha passado anos vivendo longe de casa, em um mundo tão diferente daquele que o restante das pessoas que ama fazia parte, não hesitei em escolher ficar com meus pais, na nossa residência trouxa, reencontrando meus velhos amigos e voltando aos meus velhos costumes não-mágicos, enquanto aguardava meu namorado se formar.

Em Hogwarts, eletrônicos não eram permitidos e, mesmo que fossem, Jimin era tão leigo usando objetos trouxas quanto eu era sobre as regras do Quadribol — novamente, eu nunca disse nada. Nunca cheguei a adotar uma coruja porque meus pais não saberiam como usá-la para me mandar correspondências — acredite, nós tentamos —, então aquele monstrinho de nome que não fazia nenhum jus a sua natureza petulante era a única maneira de saber se meu namorado ainda estava vivo e não havia sido expulso da escola — isso também já quase aconteceu algumas preocupantes vezes.

Mimi tinha essa mania insuportável de me abordar nos piores momentos possíveis. Tinha certeza absoluta que era porque me odiava — um sentimento mútuo, por sinal —, porque duvidava muito que a ave invadia alguma aula de Jimin para entregar-lhe uma carta minha, uma vez que, assim como o Park tinha preferência por aquele saco de penas, essa também só agia como um anjinho em sua presença.

Naquele dia, não foi diferente. Meu aniversário tinha sido há dois dias, e Jimin ainda não tinha dado um sinal de vida. Não estava preocupado porque sabia que, provavelmente, ele tinha mandado algo para mim, mas Mimi estava demorando na viagem como maneira de me provocar, como sempre fazia. Certo de que a coruja iria me torturar por, pelo menos, uma semana de demora, deixei meu posto próximo a janela do meu quarto, onde costumava esperá-la pelas manhãs — o horário em que geralmente aparecia —, para ir tomar um café com Jang Jaehyun, um antigo vizinho e amigo meu de infância, que estava visitando a família em Daegu.

Estávamos em uma conversa muito interessante sobre alguns conhecidos que tínhamos em comum e fizeram parte da nossa infância, quando uma massa branca e marrom invadiu a cafeteira, anunciando sua chegada com um assobio agudo horroroso, e veio em minha direção, interrompendo minha reclamação sobre como Jieun, nossa vizinha mais velha, sempre trapaceava quando brincávamos de esconde-esconde com as crianças do bairro.

Acabei caindo para fora da cadeira com o susto, derrubando uma mesa atrás de mim, e fazendo um grupo de amigas, sentadas por perto, gritarem. Tinha uma breve noção dos atendentes correndo em minha direção, tentando ajudar, mas Mimi enfiou as asas fedorentas no meu campo de visão, fazendo-me tropeçar cegamente pela cafeteria. E, bem, o resto vocês já sabem.

Alguém me agarrou por trás, segurando-me pelos braços e interrompendo minha tentativa infrutífera de fugir da coruja maluca do meu namorado. Com a pausa repentina, Mimi levantou voo, deu uma volta teatral na cafeteria, arrancando gritos surpresos de alguns clientes e funcionários — só para chamar atenção, gente —, e escapou por uma janela na lateral da loja, cujo parapeito era um canteiro de flores, levando consigo a encomenda de Jimin, meu gorro e, não menos importante, minha dignidade.

Um silêncio constrangedor fez morada no lugar por dois minutos contados até esse explodir em especulações sobre de onde a ave rapina havia vindo, por que tinha entrado na cafeteria e se Daegu era uma cidade que costumava ter corujas invadindo estabelecimentos à luz do dia. Um grupo de pessoas me cercou, querendo averiguar se eu estava bem, e só consegui responder com palavras cortadas e confusas, ainda atordoado demais para conseguir formular alguma frase coerente.

No fim de tudo, ganhei um café e um pedaço generoso da torta que quisesse, ambos por conta da casa, como desculpas pelo inconveniente. Comida gratuita é ótimo, claro, mas não o bastante para apaziguar a raiva que sentia daquele pássaro estúpido por ter me feito pagar um mico colossal às quatro da tarde de um sábado.

Quando cheguei em casa, meu pai estava esparramado no sofá da sala, assistindo a um programa de variedades, e avisou que Mimi estava no meu quarto. Não me segurei e perguntei por que havia deixado aquele monstrinho entrar em nossa casa e ele me respondeu com um dar de ombros, dizendo, logo após, que a coruja quase quebrou o vidro da minha janela, demandando sua entrada. Típico.

Enquanto pensava quais as melhores palavras poderiam ser usadas para convencer Jimin a transformar Mimi em um travesseiro, segui até meu quarto e encontrei a ave descansando no poleiro que tinha construído para ela — viu? Eu era super legal e só ganhava vergonha como retribuição —, acima da minha escrivaninha. Mimi sequer me olhou quando adentrei o cômodo, ocupada demais se alimentando de algumas frutas cortadas em cubinhos em uma vasilha, que eu sabia ter sido deixado ali por minha mãe — ela gostava mais daquela coruja do que de mim. Já tinha tentado explicar à minha progenitora que Mimi era uma caçadora e poderia muito bem arrumar a sua própria comida, mas ela continuava recompensando aquele pássaro inconveniente com frutas frescas e sementes.

Meu gorro estava jogado em minha cama ao lado de uma caixa de papel amassada, amarrada por barbante, o qual também prendia um envelope no topo da embalagem. Ignorei Mimi, uma atitude mais do que recíproca, e sentei-me em meu colchão, trazendo a caixa para meu colo. O envelope era uma carta de Jimin e, por mais que estivesse irritado com sua coruja, não consegui evitar um sorriso ao reconhecer a letra elegante do meu namorado gravada na superfície amarelada.

Abri a carta.

“Bebê, feliz aniversário!!!

(Jimin tinha pegado a mania de me chamar de “bebê” quando ainda éramos só amigos, porque, segundo ele, eu era pequeno e fofo como um. Nota: a peste tem a mesma altura.)

Hoje eu acordei triste porque é o seu primeiro aniversário que passamos longe um do outro. Você lembra do de quinze anos? Quando deixei os meninos entrarem na nossa casa, invadimos seu dormitório e usamos bombinhas Weasley para te acordar? Ainda consigo ouvir a voz do nosso monitor berrando que tiraria pontos de todas as casas ao passo em que pulava na cama, tentando fugir das bombinhas descontroladas. Sério, os produtos dos gêmeos Weasley deveriam vir com um aviso de “Perigo: risco de causar acidentes graves ou mortes involuntárias”.

Embora tenhamos passado aquele sábado de castigo, em vez de comemorando no Três Vassouras como tínhamos combinado, é meu dia nove de Março favorito porque foi na segunda hora presos naquela sala, escrevendo a redação chata que o professor Campbell tinha passado, que me virei para você, sentado ao meu lado, e percebi que “Nossa, o hyung fica tão bonito com o cabelo amassadinho e a luz do sol batendo no rosto dele. Eu queria poder beijá-lo agora”. Lembro que meu coração bateu tão forte com o pensamento que comecei a tossir e você teve a falta de vergonha na cara de me perguntar se eu tinha engasgado com baba ao cair no sono.

Você é tão idiota, hyung. Como fui me apaixonar por alguém tão chato?

Enfim, convenci o Taehyungie e o Jeonggukie a me ajudarem a fazer um bolo para você. Olha, não foi fácil porque tem uma partida da Corvinal contra a Grifinória esse sábado, e você sabe o quanto o Tae e o Gukie ficam competitivos. Arrancá-los do campo de Quadribol é mais difícil do que vencer o Namjoon-hyung no xadrez bruxo. Ah, ele e o Hoseok-hyung não quiseram me ajudar porque tão muito ocupados estudando e de namorinho. É tão irritante! E, sim, estou com inveja que podem ficar juntos enquanto você está do outro lado do mundo. Não é justo, hyung! Por que você e o Seokjin-hyung são dois anciões que tiveram que terminar a escola primeiro?

E pode tirar esse sorrisinho, que sei que você tem, da cara. Eu não estou sendo dramático, oras!

Espero que o bolo chegue inteiro até você. Lacrei a caixa com um feitiço para a Mimi não tentar comê-lo (mas é para dividir com ela, ouviu bem, Min Yoongi?) e você só precisa bater com sua varinha duas vezes no embrulho e dizer a frase chave. Essa, obviamente, é “Park Jimin é o melhor namorado do mundo”.

Feliz aniversário, meu amor. Sinto sua falta.

Com amor,

Jimin.”

Eu ainda estava sorrindo, o mesmo sorriso que Jimin me pediu para tirar do rosto, quando segui suas instruções e abri a caixa para encontrar um bolo amassado com glacê escorrendo por um dos lados e um coração torto desenhado em seu topo. Era o bolo mais lindo desse mundo.

Fui até a cozinha e voltei com um par de chopsticks. Quando adentrei o quarto mais uma vez, encontrei Mimi empoleirada na cabeceira da minha cama como se estivesse me esperando para comermos juntos. Além de escandalosa, era interesseira, dava para acreditar naquela coruja?

— Olha aqui, não pense que te perdoei pelo showzinho de hoje — resmunguei com ela, ao passo que voltava a ocupar meu lugar no colchão. — Só vou dividir com você porque o Jimin pediu.

Mimi soltou um pio que poderia muito bem ser interpretado como “E quem disse que eu ligo?”.

Revirei os olhos e lhe ofereci um pedacinho do bolo. Observei-a sacudir as asas animada, conforme enfiava outro pedaço na minha boca. Estava doce demais, mas tinha o sabor exato do afeto de Jimin.

— Ele é maravilhoso, não é? — ressaltei, apaixonado, apenas porque precisava expressar o sentimento em voz alta.

Mimi me respondeu com outro pio, dessa vez alegre. A coruja-orelhuda e eu tínhamos muitas desavenças, contudo, naquele tópico, nós nunca discordamos.

~~~~


Notas Finais: o que vocês acharam do capítulo? meu novo conceito favorito da vida é o yoongi em pé de guerra com uma coruja. de verdade, alguém socorre esse coitado.

qual é a casa de vocês? me contem!! eu sou da lufa-lufa, mais algum residente da cof melhor cof casa de hogwarts?

21 de Julho de 2021 às 19:56 0 Denunciar Insira Seguir história
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