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Park Jimin era um garoto um tanto quanto incomum. Ele não era um bruxo, não era um vampiro... Ele apenas tinha olhos bicolores: heterocromia. Apesar de Jimin amar seus olhos, por fazê-lo diferente, eles também eram o motivo de seu tormento na escola nova. Assim, enquanto tentava superar sozinho e sem amigos o bullying que sofria, Jimin começa a receber cartinhas em seu armário. No começo, ele achava que era brincadeira de algum dos bullies, mas, aos poucos, M, o dono dos envelopes amarelos com adesivos de girassol, acabou ganhando seu coração. Contudo... quem era M?


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#admirador-secreto #sujim #yoonmin #bts #jimin #yoongi #minimini #minmin #sugamin #suji #2min #2minpjct #Admirador #boyslove #boyxboy #bullying #clichê #gay #romance-gay #yaoi
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Capítulo único

Escrito por: @_Hoseok12/@_Hoseok12

Capa por: @Tmessi/ @Thaliemessi


Notas Iniciais: Oii, gente, cá eu estou aqui de novo, como vocês estão? Eu espero que bem.

Enfim, SG in love foi a minha segunda fanfic no projeto. Eu lembro que na época em que eu tinha escrito a primeira versão eu era uma simples iniciante, não sabia nem como desenvolver uma história direito, lembro que eu também tive um bloqueio criativo e acabei escrevendo qualquer coisa, o que foi um erro o qual eu não irei cometer novamente.

Depois de reler, eu percebi que tinha escrito uma história totalmente infantil a qual eu como leitora droparia sem pensar duas vezes, eu sempre fui muito crítica com as coisas que eu faço e ver o rumo que a minha história tinha tomado me fez querer reescreve-la. Por isso pedi permissão as meninas do 2min e elas me concederam, eu agradeço a cada uma das adms pelo voto de confiança, graças a vocês eu pude evoluir na minha escrita.

Agradeço também a @YinLua pela betagem tanto da primeira versão quanto dessa, graças as suas dicas e puxões de orelha eu consegui evoluir como escritora.

Bom, acho que falei demais kkkkkkk então vou parar por aqui. Enfim, agradeço a cada leitor que vai ler e os que vão reler, não desistam de mim 🥺

Boa leitura ♥️


~~~~

Uma brisa calma e suave entrava pela janela naquela manhã de segunda feira. Jimin estava em frente ao espelho, arrumando-se para enfrentar mais um dia na escola. Aquele era seu último ano letivo, só mais alguns meses e ele se veria livre da sua atual escola.

Jimin sempre fora um aluno calmo e calado, sua boa conduta sempre foi muita elogiada pelos professores, até mesmo suas notas eram boas; o Park teria tudo para ter uma vida escolar perfeita, se não fosse pelo bullying que ele sofria por ter heterocromia.

Depois de passar por altos e baixos por conta de seus olhos, o moreno já estava acostumado com piadinhas maldosa; ele até tentava ignorar, mas ultimamente aquilo estava o incomodando muito. Na escola, uns dos principais autores das piadinhas de mau gosto eram alguns idiotas do time de basquete. Eles não perdiam a oportunidade de mexer com o de cabelos escuros, sempre que eles passavam pelo Park, piadinhas com a palavra “aberração” e “mutante” eram ouvidas; eles até mesmo chegaram a espalhar pela escola que Jimin havia sido uma cobaia em um experimento científico e, por isso, ele tinha olhos de duas cores. Aquilo fazia algumas pessoas mal informadas olhar para o mais novo com olhares tortos e, querendo ou não, aquilo deixava o Park desconfortável. Não importava o lugar, sempre tinha alguém fofocando sobre os olhos coloridos do menor.

Depois de pronto, Jimin desceu pelas escadas e foi em direção à cozinha. Ele parou e se encostou na porta, admirando a beleza de sua mãe. A jovem Park estava animada, escutando suas músicas favoritas dos anos 80; seus longos cabelos pretos que chegavam até a brilhar balançavam junto com seu corpo, conforme a batida da música, os vestidos floridos que ela amava usar deixavam-na com o ar cada vez mais jovem. Ele amava ver a animação de sua mãe pela manhã, aquilo lhe dava forças para enfrentar o dia.

Assim que a mais velha notou sua presença, estendeu sua mão em um pedido silencioso para que o moreno a acompanhasse em uma dança, aquela era a música favorita de ambos. Jimin sorriu, dando de ombros, e segurou as mãos de sua mãe, dando um beijo em sua palma e se curvando.

— Oh, que cavalheiro — disse sua mãe.

Os dois dançavam com um sorriso no rosto, aproveitando aquela suave melodia.

Quando a música parou, Jimin fez um gesto como se estivesse agradecendo pela dança e acabou recebendo um tapinha em seu ombro de sua mãe.

— Acordou animada — disse Jimin.

— A manhã está maravilhosa. — A voz doce da Park se fez presente.

— Eu amo quando a senhora acorda assim. Aliás, bom dia — disse Jimin, sentando-se.

— Bom dia, querido — falou a Park, sentando-se junto ao filho.

Aquela cena de ambos dançando nos cômodos da casa era algo comum, visto que a mãe do menor era professora de dança e Jimin, assim como sua mãe, também era apaixonado por dança desde de criança.

Naquela manhã, enquanto tomavam café, Park Jiwoo lia calmamente um livro de romance, ela sempre gostava de ler àquelas horas da manhã, antes de ir para o trabalho. Jimin olhou para sua mãe, vendo a mais velha franzir suas sobrancelhas. Só com aquela expressão já dava para deduzir o que se passava no livro, Jimin até riu com o nariz; sua mãe sempre fazia as mesmas expressões que os personagens faziam. Ele resolveu aproveitar aquele momento para tentar entrar no assunto que havia passado a semana toda tentando criar coragem para falar.

Ele respirou fundo, tomando coragem, e chamou a Park.

— Mãe? — falou, na tentativa de chamar a atenção de sua mãe.

— Sim, querido — respondeu a Park com seus olhos ainda voltados para o livro.

— Tem como a gente ir ao oftalmologista? — perguntou.

— Claro que tem, mas por quê? Seus óculos não estão prestando? — Jiwoo ainda olhava para seu livro.

— Estão, mas eu acho que vou trocar para lentes de contato — falou o Park, vendo sua mãe voltar toda a sua atenção para ele.

— Querido, está acontecendo alguma coisa que eu não estou sabendo? — indagou a Park, fechando seu livro e colocando-o em cima da mesa.

— Não, mãe, eu só acho que lentes seria melhor, pois, em alguns momentos, eu tenho que tirar os óculos e, querendo ou não, isso acaba atrapalhando, visto que eu não enxergo nada sem eles.

Naquele momento, Jimin orava para todos os deuses para que sua mãe acreditasse naquela história, ele não queria preocupar a mais velha com seus problemas, então preferia inventar qualquer desculpa para não contar a verdade sobre os comentários maldosos que estava sofrendo.

— Hum, tem certeza que é só isso? — perguntou a Park com um olhar desconfiado.

— Tenho, mãe.

— Ok, então. Eu vou ligar para o doutor para saber se ele tem vaga para amanhã.

— Obrigado, mãe — agradeceu Jimin, levantando-se e dando um beijo na bochecha da mais velha. — Eu já vou indo.

— Se cuida! — disse a Park, vendo seu filho sair e indo em direção à porta.


[...]


A manhã que parecia perfeita foi estragada por três horários seguidos de Matemática. Jimin, vez ou outra, estralava o pescoço, tentando aliviar a tenção que em seu corpo. Aquele quadro cheio de cálculos deixava qualquer um doido, todos na sala estavam com cara de morte, o único que parecia feliz era Mark, que levantava a mão de minuto em minuto fazendo perguntas ao professor. Ele era basicamente o nerd da turma. Dava para escutar o pessoal que sentava lá atrás mandando ele calar a boca, e Jimin não estava diferente, o moreno olhava o relógio de cinco em cinco minutos pedindo aos deuses que aquela aula acabasse logo. Felizmente, suas preces foram ouvidas.

Logo o sinal tocou, palavras como “finalmente” e “graças a Deus” tomaram conta do ambiente e todos saíram da sala em um pique só. Jimin, calmamente, se levantou e seguiu para o seu armário.

Mesmo que os professores tenham explicado o que era heterocromia, muitas pessoas ainda ficavam olhando e cochichando sobre o Park. Dava para sentir alguns olhares caindo sobre si; o menor apenas ignorava. Se tudo desse certo, em poucos dias ele estaria usando lentes; talvez, se seus olhos ficassem com uma única cor, aqueles olhares iriam parar e deixariam de ser um incomodo.

Depois de guardar seus livros, o mais novo resolveu dar uma olhada em seu celular e, felizmente, havia uma mensagem.

“Você deve estar em aula agora, mas só passei para avisar que marquei a consulta para amanhã, viu? Beijos, te amo <3”

Era sua mãe.

Um sorriso enorme cresceu em seu rosto, parecia que o dia tinha se alegrado de novo, ele até mesmo pareceu esquecer que tinha enfrentado três horários de Matemática.

O menor fechou seu armário, guardou seu celular no bolso da calça e seguiu para o refeitório. Quando chegou ao local, algumas pessoas pararam o que estavam fazendo e focaram sua atenção no menor, nada fora do comum, seus olhos azul e preto chamavam a atenção onde quer que passasse, então ele resolveu apenas ignorar como sempre e seguir para a fila.

Depois de comprar seu lanche, o moreno foi à procura de uma mesa, como ainda era cedo, as mesas estavam lotadas de alunos, todos estavam com seus grupos comendo. Seus olhos vagavam em busca de alguma cadeira vazia para se sentar, mas, para onde quer que olhava, tinha pessoas sentadas. Ele continuou sua busca até que avistou uma.

Ele deu um leve sorriso e se locomoveu calmante para aquele lugar, sentando-se. Duas garotas que estavam no lado oposto da mesa olharam para o mais novo e começaram a cochichar, sem se importar se seriam ouvidas ou não, seus olhares eram fixos no menor. Elas mantinham as mãos sobre suas bocas na tentativa de abafar a conversa, mas infelizmente não adiantou nada, Jimin ouviu elas falarem a palavra “bizarro” e, segundos depois, se levantaram, deixando o menor sozinho.

Jimin só podia suspirar. Não tinha muito o que fazer, o caso dele era raro e muitas pessoas não estavam familiarizadas com algo tão diferente. Naqueles momentos, ele só se lembrava de sua mãe falando sobre o quão lindo eram seus olhos e pedindo para que ele não se importasse com o que as pessoas iriam falar. Embora ele gostasse da cor de seus olhos e de como aquela característica o tornava diferente, as piadas e os olhares maldosos acabavam o incomodando e, por essa razão, ele decidiu que iria esconder sua beleza natural.

Depois de finalizar seu lanche, Jimin se dirigiu até a saída. Como ainda faltavam alguns minutos para começar a aula, ele iria esperar na biblioteca. No caminho até ela, Jimin tentava evitar os olhares; na maioria das vezes, ele andava até mesmo olhando para chão, então, como havia poucas pessoas nos corredores, ele seguiu seu caminho.

Seus pensamentos estavam focados em chegar à biblioteca e se esconder detrás dos livros até a próxima aula começar. Assim, perdido em devaneios, o moreno nem percebeu um corpo se aproximando de si. Foi questão de segundos, e ambos se esbarram, fazendo o corpo do menor ir ao chão.

— Desculpa. — Uma voz se fez presente.

— A culpa foi minha, eu estava olhando para o chão — disse Jimin, tentando se levantar.

Uma mão se estendeu em sua direção. Jimin segurou aquela mão e, por incrível que pareça, suas mãos pareciam ser encaixar perfeitamente. O Park olhou para a mão, seu olhar foi subindo lentamente e, quando seus olhares se cruzaram, o menor arregalou os olhos: o rapaz estava vestindo uma jaqueta vermelha, jaqueta essa que pertencia ao pessoal do time do basquete. Aquilo o fez engolir em seco, ele apenas repetiu o obrigado mais uma vez e apressou o passo, deixando um Yoongi curioso para trás.

— A madame vai ficar parada aí? — perguntou Hoseok.

— Já estou indo. Ô, Ho, você conhece aquele garoto? — indagou Yoongi.

— Eu acho que o nome dele é Park alguma coisa, o pessoal o chama de cobaia humana.

— Que tipo de comentário maldoso é esse? — questionou Yoongi.

— Se você saísse daquela quadra e andasse um pouco mais nos corredores, você saberia das coisas que acontecem na escola. Os comentários sem noção são por causa das cores dos olhos dele, ele tem heterocromia e os olhos dele são de duas cores. Aqueles idiotas que foram expulsos do time semana passada que inventaram essa história de cobaia humana.

— Isso é ridículo! — falou Yoongi.

— Pois é, mas agora vamos que eu estou morrendo de fome.

Yoongi nunca tinha reparado no Park; quando não estava na sala de aula, ele estava na quadra, então tudo o que acontecia por dentro da escola era um total mistério para o loiro. Se Hoseok não tivesse o arrastado para fora da quadra, talvez ele nunca iria conhecer o nosso Jiminie.

Ele ficou ali parado por mais alguns segundos antes de ser arrastado por seu amigo.


[...]


Em uma sexta-feira ensolarada, Jimin e Jiwoo estavam jogados no sofá, as risadas causadas pelo filme de comédia que assistiam preenchiam o lugar e, no rosto de ambos, era possível ver até mesmo lágrimas rolando.

Aquele clima de risada só foi cortado pelo toque de celular da Park.

Jimin pausou o filme e ficou aguardando sua mãe terminar a ligação. Depois de alguns minutos de chamada, a ligação foi encerrada.

— Quem era? — perguntou o Park, passando a pipoca para sua mãe.

— Era da clínica, suas lentes ficaram prontas — respondeu Jiwoo, comendo a pipoca. — Você já pode ir buscar amanhã.

Um sorriso apareceu no rosto do Park, e sua mãe semicerrou os olhos, olhando para ele. Quando foram ao oftalmologista, Jimin deixou bem claro que queria que suas lentes fossem pretas, sua mãe não questionou sua opinião na hora, mas a chuva de perguntas quando chegaram em casa não foi pequena. Jimin inventou todas as desculpas possíveis naquele dia, mas sua mãe ainda parecia desconfiada.

O medo tomava de conta de seu ser; Jimin tinha medo de que sua mãe descobrisse e armasse o maior barraco na escola, pois, mesmo que fosse uma mulher doce e carinhosa, ela tinha um lado não tão doce que só aparecia quando era preciso. Jiwoo estava desconfiada e, mesmo que acreditasse no filho, seu instinto materno dizia que algo estava errado, e por isso ela resolveu entrar novamente no assunto.

— Querido, eu posso saber qual o motivo dessa sua mudança repentina? — indagou Jiwoo, colocando a pipoca na mesinha da sala.

— Como assim, mãe? — Jimin não tinha entendido aonde a mãe dele queria chegar com aquela pergunta.

— Nada, só que é estranho. Você nunca deu a entender que queria usar a lentes, e agora você brotou com essa ideia — falou.

— Mãe... Eu já te falei, não ‘tá acontecendo nada — disse o menor, na tentativa de acalmar sua mãe.

Mesmo que Jiwoo perguntasse, Jimin sempre dava a mesma desculpa. Ela queria acreditar no filho, mas seu instinto materno não queria acreditar naquilo. Ela olhou novamente para o filho com o olhar que dizia “Você pode confiar em mim”, mas não teve jeito, Jimin apenas sorriu como quem dizia “Não se preocupe, não aconteceu nada”. Derrotada, ela apenas suspirou e mandou ele dar play no filme.

Na manhã seguinte, Jimin e sua mãe passaram na clínica para buscar as tão esperadas lentes, o moreno tinha um sorriso ansioso no rosto, queria ver como elas ficariam em si. O médico o orientou como seria o uso das lentes e os cuidados que o mais novo teria que ter.

Depois de tirar todas as suas dúvidas, Jimin e Jiwoo foram à farmácia comprar o colírio que o médico havia passado e aproveitaram para comprar alguns medicamentos. Enquanto Jiwoo procurava um medicamento específico, Jimin foi até os freezers olhar os preços dos sorvetes. Depois de escolher o sabor, o mais novo se juntou à sua mãe, então a mais velha pegou o medicamento e foi até a fila para efetuar o pagamento.

Ambos estavam na fila quando duas senhoras começaram a fazer comentários sobre os olhos do mais novo. Elas nem se importavam se estavam sendo ouvidas! Jiwoo estava tentando ignorar, mas quando a palavra “nojento” foi ouvida, ela disparou:

— Nojento é duas senhoras como vocês estarem falando da vida dos outros! Vocês não têm vergonha na cara, não? Qual o problema com os lindos olhos do meu filho? Ele é tão lindo ao ponto de causar inveja em duas mal-amadas como vocês? — Naquele momento, todos na farmácia olhavam para elas. As duas senhoras estavam estáticas, e Jimin simplesmente tinha paralisado, era raro ver sua mãe falar daquele jeito. — O que foi? Não vão falar nada?

As duas senhoras simplesmente saíram, deixando os medicamentos para trás. Jiwoo suspirou e segurou o rosto de Jimin.

— Se algo assim acontecer com você de novo, não se cale, ninguém tem o direito de falar esse tipo de coisa com você só porquê você é diferente. Se esse foi um dos motivos pelo qual você decidiu usar lentes, quero que saiba que, com lentes ou sem, você continua sendo perfeito do jeitinho que você é, ok?

Jimin apenas balançou a cabeça. Jiwoo deu sorriso para filho e se virou, fingindo que nada daquilo havia acontecido. À aquela altura do campeonato, todo mundo estava fazendo a mesma coisa.


[...]


Algumas semanas haviam se passado desde que Jimin começou a usar suas lentes pretas. Os olhares que antes queimavam em suas costas tinham diminuído, os comentários maldosos aos poucos foram sumindo — vez ou outra ele escutava um, mas nada que o menor não pudesse ignorar.

Mais um horário de aula tinha sido concluído. Jimin se espreguiçou e lentamente saiu da sala.

Ao chegar ao seu armário, ele notou que tinha algo estranho na porta, seus olhos tatearam em busca de alguém suspeito, mas falhou logo de cara. Ele abriu o armário e um pequeno envelope amarelo com um adesivo de girassol caiu. Jimin franziu as sobrancelhas. Aquilo era novo... Quem tinha colocado aquilo ali? Sua curiosidade atiçou e ele logo tratou de abrir. Dentro, tinha um pequeno pedaço de papel.

Sem delongas, ele pegou o papel, e o que estava escrito o deixou de cenho franzido.


“Por que cobriu teus olhos, se eles são tão bonitos?

M.”


Estava claro que aquilo era uma brincadeira. O menor olhou novamente, tentando achar a pessoa que colocou aquilo ali, mas ninguém parecia suspeito. Em sua cabeça, rodava uma única pergunta: quem era esse M? Ele procurou novamente por alguém que parecesse suspeito, mas novamente falhou, então, derrotado, ele guardou o papelzinho no bolso e foi para pátio da escola.

Eram poucas as vezes que Jimin andava pela escola, quando não estava na sala, o menor gostava de ir à biblioteca, mas hoje ele decidiu que daria uma volta pelo colégio. Ele passou pelo pátio, andou perto de onde alguns rapazes treinavam basebol... Ele até mesmo conheceu a piscina da escola. Jimin nunca tinha reparado o quão grande era a sua escola, aquelas áreas eram totalmente um mistério para o moreno.

Depois de andar por grande parte do local, Jimin passou pela quadra, onde alguns garotos estavam jogando. O time da sua escola era considerado um dos melhores daquela cidade, e, vendo-os ali, jogando, Jimin não tinha dúvidas: eles eram realmente bons. Embora estivesse gostando de acompanhar um pouco do treino dos garotos, Ji preferiu continuar sua inspeção.

Ele seguiu andando até que avistou uma porta entreaberta; deu uma leve espiada para ver o que tinha no local e o que ele encontrou foi uma sala vazia. Nela, tinha alguns colchonetes e um espelho enorme, que estava sujo, coberto de poeira. O menor olhou para os dois lados, checando se não havia ninguém por ali. Visto que estava sozinho, entrou naquele local.

Seus olhos tatearam o cômodo e ele se aproximou do espelho, passando as mangas da camisa nele na tentativa de limpar um pouco. Jimin só havia visto um espelho daquele tamanho no estúdio de sua mãe — eram poucas as vezes que Jimin ia até o estúdio de sua mãe —, e estar de frente a um espelho tão grande quanto o dela atiçou o espírito dançarino do menor. Ele afastou os colchonetes, abrindo um pouco de espaço, pegou seu celular e selecionou uma música.

Aos poucos, seu corpo foi relaxando e Jimin foi se entregando ao ritmo. Seu corpo se movia de forma suave, parecia que ele e a batida da música eram um só.

A poucos metros dali, estava um Yoongi cansado, o treino havia terminado. Em seu rosto, algumas gotas de suor escorriam, e sua respiração descompassada alertava que estava na hora de descansar um pouco. O menor seguiu até o banheiro do ginásio para tomar um banho.

Enquanto as gotas de água faziam seu corpo relaxar, Yoongi se pegava pensando nos lindos olhos de Jimin. Quando viu o mais novo pela manhã, o mesmo estava com os olhos pretos, tais como a escuridão da noite; foi um baque para o loiro, ele só tinha visto os olhos de Jimin uma única vez, e aquilo foi o suficiente para ele enxergar os mais belos e puros olhos que ele já tinha avistado no mundo — mas não era apenas por eles serem tão lindos quanto a beleza do menor, e sim, porque eles transmitiam a pureza de sua alma. O loiro deu um longo suspiro, por que ele estava pensando tanto no tal Park? O garoto nem mesmo sabia de sua existência!

Depois de desligar o chuveiro, Yoongi foi até seu armário buscar suas roupas. Ele estava terminado de se vestir quando uma melodia suave chegou aos seus ouvidos. Ele lentamente foi andando em busca de onde vinha aquele som e, por incrível que pareça, o som vinha da sala ao lado do ginásio. Yoongi conhecia bem o local, quando queria fugir daquele ambiente escolar, ele se escondia naquele cômodo, os colchonetes foram espectadores de várias sonecas que ele tirava ali.

Quanto mais se aproximava, mais alta a música se tornava. Ele olhou pela frecha da porta e o que viu o deixou boquiaberto: era ninguém mais, ninguém menos do que o garoto que estava rondando sua cabeça nos últimos dias. Yoongi parou estático, a maneira que o corpo do menor se movia em harmonia com a música era perfeito, seus movimentos eram suaves, Jimin estava tão lindo dançando que fez o coração do loiro acelerar. Um talento como aquele deveria ser apreciado, mas, conhecendo o menor, Yoongi sabia que ele nunca iria mostrar esse lado.

O loiro resolveu deixar Jimin no seu próprio mundinho. O garoto tinha passado por altos e baixos desde que havia se transferido para aquela escola e vê-lo tão à vontade ali era algo que não merecia ser interrompido.

Na manhã seguinte, Jimin novamente foi pego de surpresa por outra cartinha, o mesmo envelope amarelo, com um adesivo idêntico e a pétala de girassol. A única coisa diferente era o conteúdo da cartinha. Enquanto lia o que ali estava escrito, as bochechas do menor ganharam um tom mais rosado, seus olhos novamente buscavam o autor das cartas, mas, como da última vez, ninguém parecia suspeito.

Jimin deu um leve sorriso e releu outra vez.


“Quando danças, teu corpo e a música se tornam um só. Chega a ser tão lindo quanto observar o amanhecer do sol na beira da praia.

M.”


[...]


Alguns meses haviam se passado, o final do ano se aproximava e Jimin só pensava em uma coisa: descobrir quem era o tal do M. Ele já tinha tentado de tudo para descobrir, mas, quando ele menos esperava, um envelope amarelo aparecia em seu armário. Nele, tinha elogios, cantadas que faziam o menor rir, mensagens para animar seu dia... O tal do M era realmente um mistério, até a mãe do Park estava curiosa sobre ele, e mesmo que Jimin tentasse de tudo para descobrir, ele falhava todas as vezes.

Naquela manhã, estavam todos na sala de aula quando o pessoal do grêmio estudantil entrou. Todos se calaram e pararam para ouvir o que os dois rapazes tinham para dizer.

— Bom dia, pessoal, estamos passando aqui para informar que teremos um festival de outono aqui na escola — disse um jovem de pele caramelada.

Todos da sala comemoravam euforicamente, um festival na escola era o momento mais esperado por todos.

— Teremos barraquinhas de comidas. Cada turma ficar responsável para organizar suas barracas, então já se reúnam e decidam qual será o tema de você. E como o nosso time de basquete participará de um amistoso, nós pensamos e, depois de discutir muito, decidimos que também teremos quatro competições envolvendo inteiramente o pessoal da nossa escola. Pois, acredito eu, nossa escola está repleta de talentos. As competições serão de canto, dança, beleza e teatro — falou o jovem de boca carnuda.

— Vou deixar os formulários com o representante da turma, mas caso alguém queira participar e tenha vergonha de assinar na frente de sala, basta me procurar na sala do grêmio. Seokjin e eu estaremos na escola até às 17:30 — anunciou o rapaz de pele caramelada.

— Acho que isso é tudo. Quem tiver dúvidas pode vir aqui que eu respondo.

Boa parte dos alunos correu para perto do tal Seokjin, o jovem tentava explicar tudo de forma clara para que todos entendessem. Enquanto todos da turma faziam chuvas de perguntas para os meninos, Jimin estava perdido em seu próprio mundo. De fato, ele queria participar da competição, mas, ao mesmo tempo, faltava-lhe coragem. Ele imaginava o quão orgulhosa sua mãe ficaria se visse ele dançando em um palco, e, embora Jimin amasse dançar, a insegurança tomava de conta de seu corpo.

Enquanto continuava perdido no mundo da Lua, um par de olhos parado à sua frente o observava. Só depois de alguns segundos Jimin notou que alguém estava parado em frente à sua mesa.

— Desculpa, eu te assustei? — indagou o rapaz de pele caramelada. — É que você estava tão perdido no seu próprio mundo que eu achei bem fofo, para falar a verdade. Ah, que falta de educação a minha, meu nome é Kim Taehyung, mas pode me chamar de Tae.

— Park Jimin... — Falou Jimin apertando a mão do rapaz

— Então, Jimin, você tem interesse em participar de alguma competição? — perguntou Tae, inclinando a cabeça um pouquinho para lado.

— Bem... Eu não sei...

— Eu não vou contar para ninguém, mas eu vi seus olhinhos brilharem quando falamos sobre a competição de dança — falou Taehyung. — Minha dica é: pensa com calma, e se você quiser, você pode me procurar na sala do grêmio, viu?

Taehyung se levantou, dando uma piscadela para o menor, e foi ajudar o amigo com a chuva de perguntas.

Aquela competição ficou rodando a cabeça do mais novo. No dia seguinte, Jimin foi para o seu armário, animado, guardou seu material, pegando logo em seguida a sua cartinha e foi para a sala que ultimamente estava sendo seu local secreto naquela escola. Ele tinha feito um leve faxina no local, os colchonetes estavam empilhadinhos, o espelho limpo, o menor até tinha ido atrás de uma vassoura para varrer o local.

Assim que chegou à sala, sentou-se e abriu a mesma, um sorriso cresceu em seu rosto.


“Oi, meu girassol, como você está? Eu espero que bem. Eu escutei que vamos ter um festival aqui na escola, confesso que estou ansioso para provar as comidas, mas eu estou ainda mais ansioso em te imaginar brilhando no palco. Jimin, você tem um talento lindo, não deixe as raízes do medo te segurarem! Pensa com carinho, você tem grandes chances de ganhar.

Com amor, M.”


Depois de passar a semana toda pensamos sobre isso, Jimin decidiu ouvir o que o M tinha falado. Antes de voltar para casa, ele decidiu ir à sala do grêmio.

Assim que apareceu na porta, Taehyung abriu um enorme sorriso, ele até mesmo falou que tinha esperança de que Jimin ia acabar topando. Jimin apenas sorriu e falou que estava na hora de se libertar do medo e fazer aquilo que gostava sem se importar com o que os outros iriam pensar. Taehyung respondeu um “É isso aí”, e ambos caíram na risada.

Como Taehyung estava sozinho na sala do grêmio, Jimin acabou ficando ali para ajudar o maior. Naquele dia, Jimin fez seu primeiro amigo desde que havia se transferido para aquela escola.


[...]


Jimin e Taehyung ficaram bem próximos, o menor até o ajudava com as coisas do grêmio. Nessas idas e vindas, Jimin conheceu o pessoal do grêmio; ele ficou bem impressionado com eles, todos eram pessoas bem carismáticas, diferente do que ele tinha ouvido. Quase todo fim de aula, Jimin passava na sala do grêmio, onde ficava até a tarde ajudando os meninos. O menor gostava de estar juntos deles e, pelo o que via, aquele sentimento era recíproco, Taehyung até mesmo ajudou Jimin a montar uma coreografia para o campeonato!

Quando contou para sua mãe sobre a competição, a mais velha abriu um enorme sorriso, estava feliz pelo novo passo que seu filho tinha tomado. O mesmo com M, que escreveu uma cartinha falando o quão feliz ele tinha ficado quando descobriu que o menor ia participar. O mundo parecia sorrir para Jimin; o bullying que tinha sofrido no início tinha acabado, o menor até mesmo estava mais confiante, tinha dias que ele nem mesmo usava as lentes de contato. Esse era um grande passo para o menor; com ajuda de sua mãe, de M e de seus novos amigos, Jimin conseguiu se reerguer, os medos que o prendia no chão aos poucos foram sendo deixados para trás.

Uma semana antes da competição, Jimin estava sentando na sala do grêmio, o menor só pensava em uma coisa: descobrir quem era o M. Ele precisa saber quem era a pessoa que, mesmo nas sombras, o ajudou a criar forças.

— No que essa sua cabeça está pensando, minha balinha de caramelo? — falou Taehyung, colocando alguns livros em cima da mesa.

— Lembra do M? — indagou o menor.

— Seu admirador secreto? Lembro sim — respondeu Tae, indo até sua mesa,

— Daqui a alguns dias é a competição, só mais algumas semanas e adeus, escola, e eu estava pensando em uma maneira de tentar descobrir quem é o M... — falou Jimin, debruçando-se sobre a mesa que pertencia a Seokjin.

— Primeiro, cuidado com esse papel, se você o amassar, Jin vai te matar. Segundo, o M sempre dá a entender que ele te observa, eu acredito que, se você escrever uma cartinha e deixá-la em algum canto que o M conheça tanto quanto você, ele pode até mesmo pegar e responder — disse Taehyung, organizando alguns papéis que estavam na sua mesa.

— É uma possibilidade, mas... E se alguém que não for o M pegar?

— Aí fode... Ops, finge que não ouviu o palavrão, os membros do grêmio não podem falar palavrão.

Jimin apenas riu, balançando a cabeça.

— Eu acho essa regra totalmente sem noção, quem hoje em dia não fala palavrão?

— Pois é! Mas o lindíssimo corno do diretor acredita que temos que ter uma boa conduta e dar o exemplo — falava Taehyung, revirando os olhos. — Mas enfim, pensa direitinho no que você vai fazer sobre o M.

— Eu gostei da ideia da carta, mas ainda tem esse impasse de alguém que não seja ele pegar.

— Pois é, tem esse risco...

Os dois ficaram em silêncio, ambos pensando em como Jimin poderia entrar em contato com seu admirador, e embora Taehyung desconfiasse que o tal admirador fosse Yoongi, visto que o maior sempre pegou o capitão com os olhinhos atentos no Park, Yoongi até mesmo tinha conversado sobre Jimin ser um ótimo dançarino quando eles estavam jogando vídeo game, a possibilidade era grande, mas Taehyung ainda tinha suas dúvidas.

— Ji, você me ajuda com esses livros, Namjoon pediu para eu os deixar na biblioteca.

— Ajudo sim — Respondeu o menor se levantando e pegando alguns livros

Enquanto isso, na biblioteca, encontrava-se um Yoongi arrodilhado de livros. Ele e sua colega Gina estavam fazendo um trabalho de física. A jovem vez ou outra olhava para o seu colega, parecia estar criando coragem para falar algo. A jovem de cabelos ruivos estudava com o Min desde o primeiro ano e, sempre que estava com o loiro, ela parecia inquieta.

Yoongi havia notado a inquietação na ruiva, porém, sempre que perguntava se ela tinha algo para falar, ela negava e focava sua atenção em outra coisa. Na cabeça de Gina, aquela era sua última chance de falar tudo o que sentia e havia guardado em segredo nos últimos três anos. Ela aproveitou que ambos estavam sozinhos e começou a falar:

— Yoon, eu não sei se você percebeu, mas... eu sempre tive uma quedinha por você — disparou a jovem em um ato de coragem. — Nos últimos três anos que estudamos juntos, meus sentimentos por você foram crescendo e, embora eu tentasse falar para você, eu nunca tive coragem o suficiente.

Yoongi tinha os olhos voltado para a jovem Gina.

— Você não precisa me dar uma resposta agora, eu sei que falar isso é muito repentino... Eu quero que você pense com calma e depois me dê uma resposta.

As mãos grandes e quentes de Yoongi foram ao encontro das pequenas mãos frias e úmidas da jovem, seu olhar passava a mais pura e genuína afeição de carinho por ela.

— Eu fico feliz que você tenha tido coragem para expressar seus sentimentos assim, mas, infelizmente, eu vou ter que negar... Não me entenda mal, você é uma garota bonita, simpática e eu tenho certeza que um dia você vai achar alguém que vai gostar tanto de você quanto você gosta dele. Eu acredito que você não sabe, mas eu sou gay, e no meu coração já tem alguém. — O olhar de Yoongi transmitia a mais pura aura de sinceridade.

A jovem tinha seus olhos e ouvidos atentos a cada palavra e gesto do capitão, seu coração estava acelerado; ela nunca tinha imaginado que Yoongi era gay, aquela afirmação foi um choque para ela. Tudo parecia rodar lentamente, Yoongi tinha seus olhos voltados para ela e seu olhar transmitia nada mais, nada menos que um afeto de amizade por ela, já que os dois estudavam juntos desde o primeiro ano do Ensino Médio, eles tinham uma enorme amizade.

Gina nunca tinha visto Yoongi olhar para alguém com interesse romântico, tanto que ela nunca tinha visto o jovem namorando e, sempre que via o mais velho, o mesmo estava com o mesmo olhar de sempre, mas quando a porta da biblioteca se abriu, revelando um jovem de bochechas salientes e olhos de cores diferentes, foi como se ela estivesse presenciado as pupilas de um gatinho se dilatar ao ver seu amado dono. Os olhos de Yoongi chegavam a brilhar, ele até mesmo tinha dado um leve sorriso. Gina olhou novamente para trás e voltou seu olhar para Yoongi, e foi ali que ela teve a mais plena certeza de que aquele garoto era a pessoa a quem Yoongi queria entregar seu coração.

— É ele, não é? — perguntou a jovem, mesmo tento certeza da reposta.

Por eles terem uma amizade de tantos anos, Yoongi não tinha por que negar, ele apenas balançou a cabeça em confirmação.

— Eu fico feliz por ele, você é uma pessoa maravilhosa, eu vou torcer pela felicidade de vocês — falou Gina, segurando as mãos do Min.


[...]


Finalmente o dia da competição tinha chegado. Jimin estava com os nervos à flor da pele, a escola estava cheia de visitantes de outras escolas e a plateia também estava lotada. Na sala de espera, o menor andava de um lado para o outro; sua mãe tinha passado ali mais cedo para tentar acalmá-lo, mas sem sucesso; Taehyung e os meninos do grêmio tinham aparecido rapidinho para mandar “Fighting”, porém o que mais deixava o menor nervoso era o fato de que, depois da sua apresentação, ele iria conhecer o rapaz que tomava de conta de seus pensamentos.

Dias antes da competição, Jimin resolveu deixar um recado para M. Seu coração quase saiu pela boca quando ele respondeu, Jimin lembrava com clareza cada palavra que foi escrita. Ele se sentou na cadeira e decidiu reler a mesma.


Eu também estou ansioso para falar contigo, mesmo que o medo em meu peito me assole. Tenho medo de que você fique decepcionado ao ver quem eu realmente sou, mas, se você realmente quiser saber quem eu sou, no dia da competição, depois que você subir ao palco e mostrar a todos o quão maravilhoso você é, eu vou ficar te esperando atrás do palco. Quando você vir o buquê de girassóis em minhas mãos, você saberá que sou eu.

Com amor, M.


Ele respirou fundo e guardou a mesma em seu bolso.

Minutos depois, Taehyung apareceu, falando que ele era o próximo, o menor se aqueceu e seguiu para o palco.

Todos ficaram em silêncio, as luzes do palco estavam apagadas, os primeiros toques da música soaram e as luzes se acenderam, revelando Jimin. O moreno estava lindo, ele usava uma calça e camisa na cor branca, seus olhos azul e preto se destacavam, contrastando com suas roupas, e, segurando um pano — também na cor branca —, ele andou até o meio do palco, onde começou a dançar. A música escolhida foi I Need U do grupo BTS.

Jimin se movia em perfeita harmonia com a música, seu corpo se movia de forma suave e o pano que segurava era movido de um lado para o outro, fazendo a apresentação ficar cada vez mais linda. Era como observar um anjo dançando. Todos estavam boquiabertos, dava para ver lágrimas escorrerem dos olhos de Jiwoo e seu coração estava cheio de orgulho.

O menor finalizou a apresentação jogando o pano para cima, que caiu lentamente. Todos se levantaram, aplaudindo o menor. Jiwoo gritava “Esse é o meu filho! Orgulho da mamãe!”. O menor agradeceu fazendo uma reverência e saiu do palco.

Sua mãe veio correndo e o abraçou.

— Meu Deus, eu ainda estou sem saber o que falar! Filho, você foi perfeito! — Dava para sentir a euforia na voz da mais velha.

— Obrigado, mãe, eu estava com tanto medo de errar...

— Meu amor, foi tudo perfeito! E mesmo que você tivesse errado, mesmo que fosse um pequeno detalhe, nada tiraria a perfeição que foi te ver brilhar naquele palco.

Jimin estava tão feliz...

Taehyung veio correndo e abraçou o amigo. Frases como “Garoto, você arrasou” eram ouvidas, os meninos do grêmio rodearam o menor, e até mesmo os outros competidores vieram cumprimentá-lo. Ele estava em tanta euforia que, por um minuto, ele esqueceu que alguém o esperava detrás do palco.

Quando sua ficha caiu, ele pediu para sua mãe segurar o pano que tinha usado na apresentação, falando que precisava pegar algo no armário. A mais velha pediu para ele pegar depois, pois logo eles iriam anunciar o vencedor, mas o menor disse que seria rapidinho e saiu correndo em direção à parte traseira do palco. Taehyung, que já tinha se tocado, inventou uma desculpa e levou Jiwoo para o camarim.

Jimin ainda estava correndo até o local; por onde passava, ele escutava pessoas falando o quanto ele foi bem na apresentação e agradecia com um abaixar de cabeça. Quando chegou ao lugar, ele olhou de um lado para o outro e, felizmente, só havia uma pessoa. O rapaz estava de costas, mas os girassóis em sua mão entregavam quem ele era.

Jimin foi andando lentamente até ele e seu coração parecia que sairia da boca a qualquer momento. Ele parou próximo ao rapaz, tomou fôlego e chamou:

— M?

Dava para ver que o rapaz estava tão nervoso quanto ele. Lentamente, ele foi se virando, mas o buquê escondia seu rosto. Jimin ficou na espera; ele escutou o garoto respirar fundo uma, duas, três vezes. Foi quando o rapaz entregou o buquê, que Jimin o recebeu e olhou para o rapaz, seus olhos se arregalaram ao ver quem estava ali à sua frente.

— Você?!

— Te decepcionei, né? — A voz rouca de Yoongi foi ouvida.

— Eu só estou um pouco surpreso, só isso... — respondeu Jimin.

Eles se olharam por mais alguns segundos. O clima estava um pouco desconfortável, ambos estavam com vergonha, mas, antes que Yoongi pudesse falar algo, ele só sentiu um par de braços arrodeando seu pescoço. O cheiro doce de Jimin preencheu suas narinas, ele envolveu o corpo do menor com seus braços e ficaram assim por alguns minutos, até que Taehyung apareceu na porta chamando Jimin. Ele tinha ganhado.

O menor olhou para Yoongi, que falou um “Eu disse que você ganharia” baixinho. Ele também falou “Vai lá, eu vou te esperar lá fora”, então Jimin o abraçou novamente e entrou. Taehyung soltou um olhar de “Eu sabia” para Yoongi, que apenas deu de ombros para o amigo.

Naquela noite, Yoongi e Jimin conversaram pela primeira vez. Eles, aos poucos, foram se aproximando; Jimin até mesmo foi a um dos jogos de Yoongi, ele balançava um cartaz com o nome do mais velho escrito. Naquele dia, o time de basquete venceu de lavada e, para comemorar, Yoongi chamou Jimin para uma caminhada na praia e, naquela tarde, eles deram o primeiro beijo... de muitos.

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Notas Finais: Olha eu aqui de novo, haha

Chegamos ao fim de mais uma história. Ah, e antes que eu esqueça, caso vocês queiram ter uma ideia sobre a apresentação do nosso Jiminie, eu me inspirei na apresentação do MMA 2019, onde nosso pequeno mochi dança o Remix de I Need u, bom, é isto e até a próxima

13 de Julho de 2021 às 19:31 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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