2minpjct 2Min Pjct

Park Jimin é atual chefe da maior máfia que controla toda Coreia do Sul. Não há nada que alguns wons e dólares a mais não faça quem quiser se sentir e viver livre da maneira que quiser, a ganância é sempre maior e o ditado é certo: haveria algo que dinheiro não compra? Jimin descobriria assim que sua vida cruzasse com Min Yoongi, um policial que não deixava corromper-se por nada e tinha como maior objetivo trazer justiça, liberdade e igualdade. Com os destinos cruzados, Jimin e Yoongi descobrirão mais sobre suas histórias e até onde estão disponíveis a ir até seus limites.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Capítulo único

Escrito por: @youngminocive | @baby_moonxtr

Capa por: @yoonckyn


Notas Iniciais: Estou aqui para desejar a vocês uma boa leitura, e pedir pra associarem Lie a música Lie do Jimin. Sem mais delongas, boa leitura.


~~~~

— Como ficaram sabendo, mais um de nossos colegas oficiais foi brutalmente assassinado. Para que não atrapalhe nossas investigações e em respeito à família, não divulgaremos detalhes do caso em mídia, mas não é nada de diferente dos outros que vieram antes dele.

Yoongi estava estressado novamente, não pensava que a próxima vez que seu superior subiria ao palco da sala de reuniões seria para avisar o falecimento de mais alguém, e sim para parabenizá-los por encontrar o tal assassino. E ainda, não esperava que essa próxima vez fosse tão recente.

Sentia que sempre estava deixando uma peça faltar em algum lugar, aliás, sentia que havia algo grande escapando entre seus dedos. Era um caso de assassinato em série onde todos tinham as mesmas mortes verdadeiramente não compreendidas, o pouco que as pessoas sabiam eram os detalhes mais desimportantes do caso e isso fazia com que a imprensa e a população os cobrassem. Não havia uma única pista que pudessem seguir, além de uma letra de música em meio a folhas de um diário solto de uma das mais recentes vítimas, e agora, fora presenteado em meio ao corpo de sua última vítima um pequeno penpdrive com uma melodia, e apenas isso.

Na verdade mais profunda de seu ser, apenas desejava encontrar a pessoa que vinha executando esses crimes hediondos e desvendar qualquer coisa que fosse relacionado a este, como o motivo de cada minuciosa atitude que fora tomada. A vida era uma coisa importante, e de forma alguma entrava em sua cabeça alguém que cometesse tais crimes.

— Subtenente Min, a reunião já acabou. — O promotor do atual caso chamou-o a atenção.

Yoongi despertou de seus pensamentos e deparou-se com sua equipe esperando qualquer ordem que fosse de sua parte, afinal, é o que se espera de um líder. A força tarefa especialmente criada para este caso dependia única e completamente de seus comandos ou dos comandos de seu promotor. Além deles, ninguém mais poderia apresentar uma ordem perante aos demais.

— Muito obrigado, promotor Kim. — Yoongi levantou da cadeira, respirou fundo e parou do lado do promotor. — Devido aos últimos ocorridos, deveremos ser mais atenciosos aos detalhes desse caso, nada deve passar batido. Nem mesmo as coisas que podem ser consideradas desnecessárias.

A grande equipe encarava seriamente o líder, absorvendo a informação da melhor maneira possível e se pondo a postos para qualquer ordem de investigação naquele momento.

— Porém, não começaremos isso hoje. Vocês estão liberados, por ordens do chefe executivo da guarda nacional de polícia e em respeito ao sunbae e seus familiares. Estão liberados.

Sem pensar muito, os policiais de sua equipe foram despedindo-se uns dos outros e partindo para seus lares, restando apenas o próprio Yoongi e seu promotor responsável pelo caso.

— Eles podem descansar, nós teremos que revisar o caso novamente. — O policial suspirou. — Eu já separei os arquivos, assim não teremos tanto trabalho, só precisamos buscá-los.

Ambos andaram lado a lado até o departamento que abrigava todas as pesquisas feitas sobre o caso até aquele momento, e em uma mesa um pouco mais afastada da dos demais havia arquivos pilhados em duas linhas verticais extremamente extensas.

— Não queria nos sobrecarregar, por isso dividi igualmente para ambos. Precisamos rever isso rapidamente, então eu sugiro que deixe suas boas madrugadas de sono de lado por um tempo.

O promotor assustou-se com aquilo tudo, já ouvira de seus colegas que o tenente Min levava seu trabalho extremamente a sério, mas vivenciando essa situação parecia algo surreal.

— Pelo visto, você precisa descansar mais do que eu. Eu fico com essas pilhas, você pode ir se divertir ou apenas descansar — disse juntando as pastas e folhas que antes estavam separadas.

Yoongi achava aquilo algo extremamente absurdo, não podia deixar que seu colega exigisse tanto de si mesmo quando ele estava disposto a ajudar. Era algo que deveriam fazer em conjunto, especialmente por serem uma equipe e por terem tanta responsabilidade dada para ambos.

— Eu não posso aceitar, definitivamente não. — Yoongi massageou sua têmpora, o sentimento de culpa mesclando-se com o de irresponsabilidade.

Sem nem mesmo se importar com a opinião do outro, o promotor rapidamente pegou os arquivos e levou-os ao seu carro, trancando logo em seguida. Ria satisfeito com a solução rápida que arrumou para o "problema", e o mais breve possível, voltando ao encontro do outro oficial.

— Eu vou à nova boate aqui perto, você vai comigo. Isso não é uma pergunta e nem que eu tenha que te buscar, já que agora não há mais nenhum trabalho extra. — O mais alto riu brevemente da expressão pasma do mais velho. — Agora não tem escolha, o que vai dizer? Não venha com a desculpa de que vai cuidar do seu cachorro, eu sei que você nunca teve um e que você mal sabe cuidar de si mesmo.

Envergonhado com a revelação do amigo, Yoongi ruborizou. Incontáveis vezes sua desculpa havia funcionado perfeitamente, sem precisar de mais qualquer adição à sua mentira, entretanto, dessa vez não haveria escapatória.

— Está bem, Taehyung, eu vou com você. Mas prefiro me encontrar com você lá.

Deixando o sorriso quadriculado a mostra, Taehyung saltitou como uma criança até a porta. Yoongi bufou ao ver que aquele garoto que conheceu aos quinze anos não havia mudado nada: continuava mimado e manipulador a respeito de suas decisões.

— Até mais, hyung — disse o mais novo voltando a andar em direção a saída.

— É sunbae, ainda estamos em nosso ambiente de trabalho! — repreendeu, mas o garoto nem mesmo se incomodou. — Pirralho.

Resmungou enquanto voltava a sua postura, arrumando suas coisas para que finalmente pudesse ir para casa, nem mesmo fez questão de se despedir de seus outros colegas pois sabia bem que apenas um segundo de atraso poderia deixar seu amigo de longa data extremamente irritado.

Ao chegar em casa, deparou-se com sua sala de estar parcialmente desorganizada, até isso teve de ignorar e partir para banho. A água quente caindo em seu corpo relaxou seus músculos e o dava uma sensação maior de calmaria, era como se todos os seus problemas tivessem sumido completamente e só restasse ele e uma onda de calmaria mundial. Quem diria que realizar seus desejos significaria que não teria mais nenhum tempo para entrar na terra dos sonhos novamente.

Estava exausto fisicamente, daria de tudo para que seu amigo o dissesse que não necessitaria mais de sua companhia, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: Taehyung ligou-lhe para perguntar se já estava se arrumando e se iria demorar muito. Bom, agora que estava do lado de fora e sem mais incômodos por parte do Kim que nem fez menção de querer ouvir uma resposta melhor que um simples sim e desligou, ele teria de se vestir e ir ao lugar que o amigo tanto queria.

Acabou optando por vestir uma camisa social preta, em combinação com uma calça preta e um sapato também preto. Nem um pouco apropriado para o ambiente que iria, porém não se trajava de acordo com o ambiente, e sim, por seus gostos pessoais.

O de madeixas negras caminhou em suas curtas passadas até se encontrar diante do espelho parcial de parede, suspirou e ocasionalmente começou a monologar consigo mesmo.

— Aguente firme por hoje, já faz um tempo desde a última vez que você pôde sair assim. Tente apenas aproveitar. — Deu batidas nas mangas dobradas de sua camisa.

Vendo a cena de fora, quem é que imaginaria que se tratava de um adulto com um emprego estável e não um jovem passando pela fase de aceitamento no grupo de amigos da faculdade? Exatamente ninguém, e teriam uma justificativa plausível: ele agia como tal sempre que percebia estar desacompanhado. Toda sua segurança existia apenas quando havia encontrado seu conforto em conviver em determinado ambiente, e infelizmente não eram todos os ambientes que deixavam-no confortável e receptivo a estas novas experiências.

Yoongi pouco se importou em fiscalizar a hora para que pudesse prever seu atraso, apenas pegou o celular e colocou-o no modo silencioso: sabia que pouco faltava para que Taehyung lhe ligasse de novo, e dessa vez perguntando se estava próximo ou pelo menos a caminho. Já despreocupado e calmo, Yoongi desfilava calmamente por sua propriedade em buscas das mínimas coisas que faltavam para que pudesse sair, na mesma pressa de um protagonista em meio a cena final pós-apocalíptica. Com suas coisas em mão, foi até a garagem do edifício que morava ao encontro de seu belo e grande carro preto, entrou nele e foi ao lugar que seu amigo havia indicado.

O lugar cheio de uma beleza desconhecida era extremamente atrativo para jovens, cheio de luzes neons que coloriam o local com uma forte e escura luz vermelha. Yoongi já se sentia desconfortável mesmo com aquelas poucas pessoas que espalhadas estavam pela grande pista de dança, a iluminação atraente só o atrapalhava mais, queria apenas encontrar seu amigo.

— Yoongi! Eu achei que não viria mais. — Parando ao seu lado, o amigo de Yoongi gritou o mais alto que pôde. — Vamos, estamos sentados por ali.

Nada que Taehyung tentava mostrar ou falar com clareza surtia efeito, a música alta que contagiava as pessoas também o impedia de ouvir as coisas com certa clareza, neste ponto o homem de cabelos negros apenas deduziu que deveria seguir Taehyung caso quisesse se acomodar. A cena que havia se deparado eram de jovens adultos compartilhando uma grande mesa, a ele todos eram desconhecidos, com a exceção do Kim.

A apresentação feita pelo amigo fora rápida e sem muitos detalhes, afinal, os conheceria ao longo da noite. Todos eram muito bonitos, mas entre eles havia um homem que se sobressaía. Um homem dos cabelos platinados, que bebericava algo de um forte teor alcoólico enquanto ouvia um outro homem alto de um belo maxilar marcado.

Ele havia atraído toda a atenção de Yoongi.

— Ah, pelo visto já reparou em Jimin. Ele é muito bonito, não é, hyung? — falou Taehyung com um grande sorriso em seu rosto.

— Sim. — A afeição de Yoongi pela beleza estonteante do outro rapaz era extremamente perceptível que até mesmo o rapaz a qual a fala era dirigida notou.

Ao longo da noite Yoongi conseguiu se enturmar um pouco, alguns assuntos que eram comentados o agradavam e assim descobria os gostos que havia em comum com os outros. Todavia em momento algum havia parado de olhar aquele belo homem que raramente havia trocado alguma palavra direta com ele.

A festa incandescente encantava com suas mais variadas luzes e atraía os garotos com seus dançarinos amadores que estavam em pista, alguns se atraíam pela batida e se tornavam parte do grupo anterior de pessoas, tornando-se ou ficando à espreita da multidão. Talvez esse resultado fosse efeito dos mais diversos alcoólicos ingeridos ao longo da noite ou a mais genuína vontade e prazer; mas o que Yoongi sabia era que apenas ele, Taehyung, o garoto alto esbelto e o agora conhecido como Jimin não deram o braço a torcer para aquele show de desejos e atrações.

Não demorou muito para que os outros dois garotos, Taehyung e o amigo do garoto que tanto o Min secava, levantassem e se retirassem; dessa forma restaram na mesa apenas ele e o outro homem. O clima era extremamente desconfortável e ter aquele homem olhando diretamente para si apenas o deixava mais envergonhado e acanhado.

— Você não me parece ser bom em disfarçar, então também não farei questão de fingir que não percebi. — Após ditar as palavras calmamente, Jimin bebeu parte do líquido ardente que antes estava em seu copo. — Por que estava me encarando tanto?

Em meio ao seu desespero de ter sua atitude questionada e também flagrada, o Min bebeu o licor translúcido que desagradava completamente seu paladar e dava a sensação de ardência ao percorrer o trajeto até seu estômago, deixando-o com os lábios ainda mais secos que antes. Na tentativa de deixá-los novamente úmidos, passou sua língua pela pele fina e sensível de seu rosto.

O gesto não mal-intencionado foi percebido pelo platinado, mas de um posto de vista completamente diferente: o ato foi interpretado com bastante malícia. Lançou uma risada repleta de deboche e ousadia e, com um olhar fixo e cortante para o Min, apoiou seus braços na mesa.

— Temos aqui um garoto exalando desejos carnais, adorável. — O sorriso que manteve em seu rosto deixava claras as intenções por trás de suas palavras. — É isso que tem tanta vergonha de admitir?

O outro nada disse, apenas levantou atordoado e seguiu para o grande balcão de bebidas, com um grande letreiro em tons neons ao seu lado esquerdo onde estavam escritas as palavras "San Diego". Nada fazia o menor sentido, mas Yoongi decidiu não verbalizar seus pensamentos e perguntar a alguém por que isto estava escrito. Ao seu lado havia um lugar vago que logo fora ocupado por uma pessoa de cabelos platinados, alguém que era bem parecido com o homem que antes compartilhava a grande mesa. Levou pouco tempo para que a identidade da tal pessoa ao seu lado fosse descoberta, visto que a mesma decidiu puxar conversa com ele.

— É falta de educação deixar alguém falar sozinho, assim como se retirar enquanto alguém fala. Não é como se você aparentasse se importar com o que penso sobre suas atitudes. — Yoongi suou frio, como alguém poderia ser tão persistente quando uma situação é tão constrangedora? — Sabe por qual motivo o nome dessa boate é San Diego?

O policial se manteve calado, não sabia se deveria responder à pergunta de outrem ou apenas deixá-lo falar consigo, poderia ser o suficiente para que reparasse seu incômodo mediante a sua situação. Entretanto, Jimin apenas levantou e, puxando-o pelo braço, integrou-os ao meio das diversas pessoas que compartilhavam de sua felicidade e sensualidade através da dança; sem muito pudor, aproximou seus corpos de maneira que os valores emanados se misturassem.

— Porque San Diego é uma cidade de clima caloroso. Faz jus às pessoas que passam por aqui, não acha? — sussurrou as palavras sedutora e calmamente em seu ouvido. — Por que não se distraí um pouco, hum?

Manipulação, na visão de Jimin, sempre foi um jogo ótimo de ser jogado. Adorava a forma que todos caíam em seus encantos de forma extremamente formosa e exuberante, nada era muito difícil de se conseguir quando realmente desejava, talvez fosse por causa desta simples brincadeira que as pessoas tivessem uma sensação tão formosa de sua presença e de seu ser.

Não demorou muito para que Yoongi fosse cedendo aos seus charmes, da maneira que Jimin estava acostumado a assistir ocorrer, mas mesmo em seus charmes percebeu que o outro não era tão aberto a deixar-se levar por meras palavras. Esse cabo de guerra por total controle foi o que levou o platinado a sentir uma atração maior pela pessoa que o de cabelos negros era, e como resultado dessa atração veio a vontade de tentar fazer novas experiências. Já não sabia mais há quanto tempo havia deixado de reconhecer as pessoas que aparentavam ser familiares ao redor, e nem mesmo há quanto tempo estavam naquele lugar fervilhado de pessoas em puro êxtase pessoal e por outros motivos, o mais baixo apenas se importava em sair daquele meio excessivamente abafado e pegar um ar com sua companhia.

Para eles já não importavam as horas mais, pois tudo que pudera acontecer no tempo em que estivessem juntos seria algo para se recordar. A forma que a noite foi intensa e profunda para ambos, deixaria marcas em qualquer alma que estivesse em seus lugares, e dessa experiência surgiu vontade de ter mais. Os dois homens viviam se encontrando para repetir novos momentos que seriam vivos em suas memórias, acompanhados somente deles mesmos e se abrindo cada vez mais a compartilhar sua companhia. Pouco a pouco, sem nem mesmo darem conta, a proximidade se tornava maior.

Jimin a todo momento tentava afastar Yoongi, sentia que não era certo receber tanto amor, carinho e cuidado de uma pessoa quando não conseguia nem mesmo dizer toda a verdade a ela, todavia, nem mesmo com todos os seus feitos Yoongi deixava sua afeição de lado.

Ainda falando de Yoongi, corriqueiramente em seu trabalho surgiam novos corpos e mais algumas pistas sobre o possível assassino; mas nada esclarecedor o suficiente para que se tornasse finalmente um caso solucionado. Agora já sabiam que se tratava de algo pessoal, pois em uma de suas vítimas havia uma lista com as pessoas que já haviam sido assassinadas e mais alguns nomes incompletos e sem informações adicionais, era meio complicado de saber quais seriam suas próximas vítimas e tentar protegê-las.

O caso já estava ficando extremamente irritante de ser trabalhado, tudo por conta das pressões feitas pelas pessoas de fora; constantemente o subtenente se estressava com seu trabalho frustrado. E naquele momento não estava sendo diferente. Yoongi havia acabado de sair de seu período de trabalho, estava completamente exausto, estressado e necessitado de descanso. Entrou em seu carro imaginando se sua noite seria suficiente para um completo descanso após meses à procura de alguém que poderia fingir ser um simples cidadão, um grande famoso, ou membros das máfias que custavam em se desvincular.

Seu celular apitou, avisando sobre uma nova notificação. A completo contragosto, pegou-o e, assim que leu quem era o remetente da mensagem, seu corpo deu uma leve relaxada: a mensagem foi enviada por Jimin que pedia para que passasse a noite em sua casa. Sem nem pensar duas vezes, respondeu um “sim” e partiu animado para sua casa arrumar suas coisas. Foi o mais rápido que pôde para casa e separou suas coisas enquanto esperava o mais novo mandar o seu endereço, assim que o recebeu voltou para seu carro com as coisas e partiu para o encontro de sua tão agradável companhia.

Ao chegar no local indicado, Jimin já o esperava do lado de fora do prédio de tamanho mediano, sua tarefa de estacionar o carro não foi nada muito complicado até mesmo pelo estacionamento que havia na parte de trás do prédio; se apressou em pegar suas coisas sem deixá-las cair e viu o outro homem sorrindo para si. Por um momento, pegou-se admirando Jimin, era uma pessoa bonita, apesar da forma que se conheceram ter sido a mais diferente possível na cabeça do policial.

Logo alcançou-o, e sem mais perderem tempo foram o caminho até a casa de Jimin conversando assuntos aleatórios. Ao entrar, o subtenente percebeu que a casa era tão bela quanto o dono, completamente repleta de uma beleza única e cheia de controvérsias.

— Sinta-se à vontade — disse Jimin fechando a porta, olhando sempre para a direção que o outro olhava, tentando acompanhá-lo. — Vou pegar algumas coisas para comer.

A noite foi repleta de diversões e bebidas, foi feita uma grande bagunça durante várias horas e mesmo no último andar de um prédio ninguém dos andares abaixo fez questão de reclamar sobre o barulho. Isso despertou a curiosidade no Min sobre saber algumas coisas básicas sobre a vida pessoal do outro.

— Jimin, por que até agora ninguém veio reclamar sobre o barulho que estamos fazendo? — O platinado deu uma risada meio envergonhada enquanto servia um pouco de água para que ambos limpassem o álcool da corrente sanguínea.

— É meio estranho pra mim falar isso, já que eu não gosto de ter visitas em minha casa, mas eu sou o síndico desse prédio e a minha casa tem isolamento acústico — disse, bagunçando os cabelos em sua nuca. — Eu tive sorte dos meus pais terem pensado em ter um conjunto de casas, mesmo que eu não goste de administrar isso.

— Então o que você faz? Digo, como profissão. — Pensando nas palavras que disse, Yoongi percebeu que havia desmerecido uma profissão. — Não desmerecendo o fato de você ser um síndico, mas você disse que não gostava.

O Park riu da reação do mais velho ao se perder entre suas palavras e explicações, quando ele já havia entendido onde ele queria chegar.

— Eu tenho um negócio, depois que fui para o exército aprendi a apreciar armas; então, pensei e executei o plano de ter um stand de tiros.

Para eles, a noite passou rápido contando sobre suas particularidades, logo o sono não tardou em chegar e ambos dormiram serenamente e separados.

Depois deste primeiro encontro na casa de Jimin, tanto Yoongi quanto Jimin concordaram em passar mais tempo juntos em casa, chegaram ao ponto de aprenderem a rotina um do outro e partilharem mais tempo juntos em um único imóvel. Para Jimin aquilo não passava de mera diversão compartilhada, já que sabia que essa era uma das poucas coisas que teria a oferecer a qualquer um que decidisse estar ao seu lado.

Os melhores amigos de ambos já não achavam toda aquela aproximação completamente sem intenções, em seus encontros, Taehyung e Jungkook teorizavam sobre qual deles escondia os sentimentos e qual estava sendo inocente demais para não reparar em pequenos sinais de segundas intenções. Sempre chegavam a conclusão de que o Min era o inocente e o Park era o que escondia os sentimentos, quando na verdade ambos escondiam deles mesmos o quão profunda aquela relação de meses já havia se tornado e acabavam sendo inocentes o suficiente para não conseguir notar essa grande bola de neve.

— Yoongi, temos uma nova pista sobre o assassino. — Taehyung apareceu em sua frente com um pequeno pendrive em suas mãos protegidas por luvas. — Eu não faço a menor ideia do que possa ter aqui dentro então você vai descobrir.

O promotor deixou o pequeno objeto de plástico em cima da mesa do policial e foi para o outro lado da sala, temendo que tivessem mais fotos das vítimas momentos antes de falecerem, e até mesmo depois, como ocorreu nos últimos pendrives que tentou ler os arquivos. O subtenente, irado com sua atitude infantil, tratou de abrir o único arquivo que continha ali; o leitor de áudio de seu computador começou a exercer sua função e logo uma bela voz masculina cantou uma música ultimamente lançada e popular.

— Eu sei que música é essa! — gritou Taehyung. — Lie, de Eonjae, esse álbum foi lançado recentemente. Esse trabalho com a música é incrível, não existe ninguém que não conheça.

— Sabemos como é a voz do nosso assassino cantando, no que isso ajuda sendo que ele pode ter usado um modificador de voz ou até mesmo forçado a voz em outros timbres? — Pausou a música antes que sua cabeça explodisse por conta do barulho e de tanto pensar. — Envie isso a nossa equipe e peça a eles para analisarem cada ruído com o maior cuidado possível, se conseguirmos identificar algo, podemos acabar de vez com esse inferno.

Taehyung se retirou, levando consigo o pendrive e o barulho que, por sua culpa, habitou aquela sala. Enquanto Yoongi tentava achar uma forma de ligar todas as coisas ao assassino e a algum motivo, Jimin levava um sermão de seu amigo.

— Jimin, isso tudo já passou dos limites. — Jungkook avisou-o. — Você nem mesmo se dá conta de que você está deixando vestígios para trás, uma hora vão achá-lo.

O platinado riu em desdém das palavras do mais novo, sabia que já estavam atrás dele e seus vestígios eram completamente propositais. Estava quase completando sua missão e, quando chegasse a última pessoa, sabia que precisaria de um fim definitivo e uma prova que sua missão não obteve nenhuma falha no processo.

— Um dia você vai entender tudo isso. Enquanto você não entende, eu vou continuar dizendo para não se intrometer em meus assuntos. — Bateu suas mãos na mesa.

Expressando raiva em seu olhar, o melhor amigo continuou encarando-o fixamente: estava desacreditado que seu "melhor amigo" estava tentando expulsá-lo de seu escritório. Como reação, bateu também suas mãos na mesa e, em deboche, disse:

— Eu não sairei daqui.

— Sim, você sairá — rebateu o mais velho, chamando os seguranças.

Sem acreditar que o outro havia feito isso, o menino de cabelos negros ficou estático até que foi levado para fora por dois homens extremamente enormes para o lado de fora, sendo trancado logo em seguida.

O mais novo finalmente saiu de sua sala, deixando-o livre para fazer o que queria fazer há algum tempo: mandar mensagens para Yoongi. Quase lembrava um adolescente, pois longe desta pessoa citada, surgia ansiedade, medos e poréns de todas as partes de seu cérebro. Convidou-o novamente para passar a noite em sua casa, já fazia tempo desde a última vez que compartilharam a noite entre eles. O trabalho de ambos estava requerendo muita atenção ultimamente, então adiavam o máximo que podiam se encontrar, no mínimo até que as coisas estivessem mais resolvidas.

O homem de cabelos negros aceitou, para a surpresa de Jimin, que acreditava que sua resposta seria negativa. Dessa vez não planejava virar a noite ou parte dela conversando, tentaria ser direto com Yoongi a respeito de um único assunto e não se importava se sua reação fosse negativa. Apressou-se em ir para casa arrumá-la.

Assim que terminou o homem dos cabelos negros bateu em sua porta, o mais baixo abriu-a e então partiram para a noite já planejada que o Park havia feito; o cansaço do Min era tão grande que nem mesmo esperou as palavras de Park para adormecer na cama de casal macia. O dono da casa decidiu embalar seu sono e, deixando um afago nos cabelos cor da noite, decidiu fazer sua confissão assim mesmo.

— Ah, Yoongi, eu sinto tanto por ser quem eu sou. Talvez se eu não fizesse as coisas que eu faço, você poderia ficar ao meu lado para sempre.

Deixou o cafuné para deitar ao lado de Yoongi na cama e então voltou a monologar.

— Se eu não tivesse aquela sala escondida em meu trabalho e se não sujasse todo dia as minhas mãos, você ficaria comigo para sempre?

A essa altura, Yoongi já havia despertado há tempos, ele apenas se mantinha de olhos fechados ouvindo as palavras de tal pessoa especial em sua vida.

— Por favor, não acorde e não se importe com a música que eu irei cantar agora.

Jimin começou a recitar Lie de Eonjae, e para a grande surpresa de Yoongi era a mesma voz que ouvira naquele mesmo dia. A linda voz que soava e ecoava por aquele quarto era recebida com graça pelos ouvidos alheios de Yoongi, ele sentiu seu coração disparar e começar a duvidar do que poderia ser a verdade.

Não conseguiu mais dormir, aquilo atordoou-o de tal maneira que, assim que percebeu o sono profundo de Jimin, ligou para Taehyung dizendo para onde deveriam ir logo ao amanhecer; negava-se a imaginar que o platinado poderia ter algum envolvimento nesse caso.

Assim que amanheceu, Yoongi partiu, deixando uma mensagem para Jimin justificando sua partida por conta do trabalho. Foi para sua casa e, coberto de ansiedade, fez sua rotina pessoal, e logo em seguida ligou para Taehyung acordando-o e avisando-o onde deveriam se encontrar. Ao chegar, precisou esperar seu parceiro para que não fosse uma situação completamente arriscada.

— Como sabia deste lugar? — questionou Taehyung.

— Jimin me disse a localização.

Os dois agentes entraram e começaram a vasculhar todo o local, até que finalmente encontraram algo diferente do normal; em uma das paredes de um estande de tiro havia um tipo de passagem secreta. Ao invadirem o esconderijo secreto que havia em uma das salas de tiro, arquivos, cartas destinadas e cadernetas de anotações foram encontrados, e a atual localização de Jimin também.

Ao sair daquele local, Taehyung chamou um esquadrão da força tarefa que iria dar apoio a eles, combinaram de se encontrar no endereço atual da vítima.

Perdido pelos corredores, Taehyung foi imobilizado e levado para uma sala escura e afastada das demais.

— Tae-ah, por favor, não vá. Vai acontecer uma grande chacina e eu não quero te perder. Eu prometo pra você que eu não tenho envolvimento com essa questão de Jimin, mas eu sei o que ele gostaria de fazer. — Ao ouvir a voz do amado, o acastanhado acalmou-se. — Tudo que você quiser saber, eu explico depois.

Assim, Yoongi continuou sozinho em sua busca incessante por Jimin em meio àquele casarão, até que o achou com uma arma já engatilhada em mãos.

— Jimin, não faça isso! — gritou Yoongi, deixando as lágrimas rolarem em suas bochechas. — Por favor, será tudo diferente. Eu apenas preciso que você me dê a arma e venha até mim.

— Você não entende, não é mesmo? — O platinado deu seu sorriso mais cínico. — Não importa a decisão que eu tome, isso não vai mudar tudo o que eu já fiz. Então, seja forte.

O policial pôs-se um passo à frente, tremulando por sua atitude. Sabia a decisão que o outro iria querer tomar, e não podia deixar isso acontecer. Seria algo irreversível na vida de todos, e principalmente, na sua.

— Jimin, por favor... Uma vez na sua vida, me escute. — Yoongi abaixou a arma, dando outro passo.

— Yoongi, não se aproxime de mim, eu não quero te colocar em perigo. — A voz do mais baixo era forte, apesar de trêmula. — Se você tivesse me ouvido da primeira vez que eu te avisei, você não estaria nessa situação, mas você se atraí por tudo aquilo que acha proíbido. E todas as vezes em que eu disse não, você corria até mim; pela última vez, Yoongi, não se aproxime de mim!

Yoongi pouco se importou com o que o outro gritava, apenas queria dar um jeito de acabar tudo bem para a pessoa que havia se apegado tanto, e quando deu mais um passo em direção ao Park, seu corpo foi segurado.

— Não o soltem, ele vai se pôr em perigo ficando perto de mim — gritou.

Nem mesmo ver o rosto do policial completamente molhado pelas grossas lágrimas foi o suficiente para fazê-lo mudar de ideia, e então, sussurrando um "adeus", atirou no homem que antes implorava pela vida.

O seu único tiro certeiro foi compensado por diversos tiros em sua direção. Já estava preparado para que isso acontecesse, então apenas deixou que seu corpo caísse em direção ao chão gelado, e sentiu sua vida desfalecer. Yoongi, ao ver a cena, entrou em completo desespero e foi em direção ao platinado, embalando-o em seus braços em uma tentativa de protegê-lo.

— Não, Jimin, não… — sussurrou o subtenente.

— Foi melhor assim — disse com a voz fraca, tirando suas últimas forças para dar um último sorriso ao amado.

Logo Yoongi foi obrigado a se afastar do corpo ensaguentado de Jimin, sentiu seu coração doer ainda mais ao se afastar dele, entretanto, seu trabalho exigia no mínimo ética.

Logo a cena do crime foi isolada e tudo que foi achado durante a investigação daquele dia foi levado ao laboratório e, ao longo do resto da semana, as mais diversas coisas foram comprovadas. Todas as onze vítimas de Park Jimin, na verdade, eram pessoas com envolvimento em venda de pessoa física, roubo de órgãos, assim como sequestros e assassinatos; e essas mesmas pessoas eram envolvidas no homicídio considerado doloso dos parentes do mesmo.

— Subtenente Min, essa carta é endereçada ao senhor.

Dando a carta nas mãos embaladas em luvas de Yoongi, o policial se foi, deixando-o em sua solidão. Sabia que aquela carta era algo pessoal, por isso fez questão de entregar sem nem mesmo analisar nada além da letra que também era pertencente a Jimin.

"Querido Yoongi,

Sinto que escrever essa carta é uma completa idiotice, mas ainda assim vou fazer. Gostaria de agradecer todo o tempo que esteve comigo, eu sei que não o merecia, mas ainda assim você esteve do meu lado. Também queria pedir desculpas a você por não ter tido coragem o suficiente para mudar por você, e nem mesmo tive coragem para te dizer o quanto eu te amo.

Você foi o meu último refúgio, mas eu me prendi em uma mentira. Eu menti para mim durante a minha vida inteira que o meu desejo mais profundo era descobrir quem me fez viver uma vida tão miserável e fazer essa pessoa pagar com minhas próprias mãos, mas você me mostrou que esse não era o meu desejo mais profundo. O mais profundo de todos, ele era tão fundo que nem eu mesmo sabia que ele existia, era somente ter alguém que ficasse ao meu lado sem querer ir embora. Azar o meu que eu apenas te conheci depois de começar a minha pseudovingança.

Agora, enquanto escrevo essa carta, eu estou me arrependendo de tudo o que eu fiz: o controle da máfia para ter mais poder, os assassinatos e nunca ter dito o que eu deveria falar para você. Logo esse meu sofrimento vai acabar, e de uma vez por todas, nada mais vai se repetir outra vez.

Viva bem, siga seu desejo mais profundo e lembre-se que eu te amo.

— Com amor, Park Jimin.”

~~~~


Notas Finais: Por favor não me matem, eu ainda muitas histórias pra escrever. Amo vocês, viu?

22 de Junho de 2021 às 19:55 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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