night_violet_ Vivi ღ

[CONCLUÍDA] Park Jimin é um publicitário que mora à alguns anos em Manhattan, no andar de cima do bar karaokê que seu amigo Kim Namjoon abriu. Todo fim de semana ele ajudava-o a cuidar do estabelecimento, e aquele Sábado seria mais um daqueles dias. Só não imaginava que Jeon Jungkook entraria pela porta, que cantaria com ele, e muito menos que iriam acabar em sua cama. © 2020, de night_violet_, todos os direitos reservados | plágio é crime! | | jikook!au | twoshot | lemon-pwp | +18 | jimin¡bottom | jungkook¡top |


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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| capítulo 1

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Boa leitura!❤️



🍸🍸


Nova Iorque, a cidade que nunca dorme.


Independente do horário, sempre terá um comércio aberto, sempre terá gente nas ruas, sempre terá uma família acordada em casa, sempre terá alguém em seu trabalho, sempre terá movimento.


Minha vida também é assim, muito movimentada, e nunca deixou de ser.
Grande parte de minha família ainda mora na Coréia do Sul, nosso país de origem. Eu nasci lá, passei minha infância inteira e adolescência também naquele país, até decidir estudar publicidade em Rockland Community College, uma universidade que fica aqui nos Estados Unidos.


Quando contei isso para meus pais eles acharam loucura, óbvio. Ver o único filho deles mudando de país? Impossível. Mas isso não foi impossível quando coloquei em minha mente que eu iria para lá de qualquer jeito, e comecei a trabalhar e estudar que nem um condenado para juntar dinheiro e conseguir mudar de país.


Sempre fui assim, determinado a conseguir realizar meus sonhos e também conquistar as oportunidades que eu queria. Era uma personalidade até que boa, já que demonstrava o quão esforçado eu conseguia ser e também como eu poderia dar meu melhor.


E bem, eu consegui. Cursei publicidade por 4 anos enquanto eu morava numa das repúblicas da RCC. Foi uma experiência maravilhosa e única, eu me sentia num daqueles filmes adolescentes americanos que se passavam na época da faculdade, me vi realizando um grande sonho.


Foi nessa república onde fiquei durante esses anos que conheci meu melhor amigo, e também me descobri ser homossexual. Não era só pelo fato de ser um lugar para somente garotos morarem, mas sim por conta de que em todas as festas que fui durante o período da faculdade e que tentei ficar com meninas eu não me senti atraído e confortável.


Assim que fiquei com o meu primeiro garoto, que ainda por cima era um amigo que morava no mesmo lugar que eu, as coisas só puderam seguir em frente. Decidi me assumir para todo o pessoal que morava junto, e eles ficaram um pouco desconfortáveis no começo, mas no fim perceberam que aquilo não mudava nada em meu jeito e também não significava que eu daria em cima de todos eles. Contei para meus pais também, que ficaram um pouco chocados, mas no fim aceitaram numa boa, já que sabiam que eu era "diferente" do que as pessoas costumavam ser.


E bom, isso foi uma libertação e tanto para mim, já que com certeza todos tem noção do quão complicado é se assumir sendo coreano, já que nossa cultura ainda prega muito preconceito nesse assunto.


Depois desses 4 anos e vários estágios durante eles, comecei a trabalhar numa agência de publicidade perto de onde eu morava. Sorte demais, já que normalmente o pessoal de Nova Iorque sofria por ter que trabalhar longe de onde morava e ter que atravessar todo dia a grande cidade, que ficava um inferno nos horários de pico.


Eu ganhava consideravelmente bem, e como era um dos melhores empregados da empresa já ganhei diversas promoções também, dando orgulho para meus pais e para mim mesmo, por conta do meu próprio esforço para chegar onde estou.


Naquele momento eu ainda vivia sobe o teto de meu melhor amigo de faculdade, Kim Namjoon. Ele havia comprado um prédio pequeno e antigo no meio da grande Manhattan, de apenas três andares, com todo o dinheiro que juntamos. Conseguimos dar uma boa reformada nele, e com o dinheiro que sobrou ele conseguiu realizar seu maior sonho: abrir no andar de baixo um estiloso e confortável bar karaokê.


Achei o sonho dele meio doido e estranho no início, mas assim que o bar abriu as portas, começou a ficar famoso e ele começou a ganhar bastante dinheiro... Bom, fiquei feliz junto, pois além de ele se animar por algo que queria ter dado certo, também todas nossas dívidas por comprar um imóvel iriam embora mais rápido, fazendo com que nos livrássemos de mais um peso.


Eu trabalhava a semana inteira, de manhã e de tarde, e somente aos fins de semana eu estava liberado da agência de publicidade. Foi aí que vi a possibilidade de dar uma força para meu amigo no seu estabelecimento e comecei a ajudá-lo, já que o local ficava lotado nas noites de sexta, sábado e domingo, e sobrava para ele supervisionar tudo sozinho.


E bem, mesmo com o fim de ano se aproximando cada vez mais e a temperatura daquela região ficar muito baixa, eu sabia que aquele fim de semana seria outro bem corrido, já que nenhum dia nessa cidade deixava de ser agitado.


— Jimin, você pegou a caixa com as tequilas que pedi? — Nam me questiona enquanto corria de um lado para o outro, terminando de ligar todos os aparelhos do local e dando os toques finais.


— Sim, já guardei tudo no freezer como sempre fazemos. — Respondo enquanto eu passava um pano nas mesas, para limpar os restos de sujeita que havia restado do outro dia.


Mesmo que limpássemos o lugar após o expediente, sempre precisava de mais um retoque no dia seguinte, já que pegava poeira fácil e também as vezes tinha sujeiras que nem percebíamos.


Era um estabelecimento bem aconchegante e bonito, com lâmpadas amareladas fracas penduradas pelo local, várias mesas redondas com bancos confortáveis em detalhes de palha espalhadas, várias plantas exóticas pelo arredor, uma parede de pedras e um palco baixo no fundo, com todos os equipamentos necessários para o karaokê. Era por conta de todo esse ambiente decorado, por suas bebidas gostosas e o preço acessível que aquele bar karaokê se tornou um dos melhores e mais conhecido da região.


Após nós dois corrermos de um lado para o outro, lutando contra o tempo para tudo ficar preparado, a noite de Sábado se inicia quando abrirmos as portas e clientes já começam a aparecer, parecendo nem se importar por ser um horário ainda cedo. E a cada hora que passa o lugar vai se enchendo, e se enchendo, e se enchendo, até não termos mais mesas e bancos vagos.


Aquilo estava uma loucura, todos os empregados contratados para preparar as bebidas estavam trabalhando que nem loucos, juntos do dono. E só faltava o Namjoon ficar doido, já que ele tinha que ficar verificando se tudo estava indo bem, e aquilo deixava-o cansado e estressado. Mas nada diferente do habitual, não era como se ele não estivesse acostumado com a doideira de trabalhar num lugar cheio dessa forma.


— Quer alguma ajuda Nam? — Questiono apoiando meu corpo na bancada enquanto dirigia minha fala para ele.


Eu estava sentando num dos bancos de frente para a superfície de mármore, sempre preocupado verificando se havia algo que eu podia fazer para ajudá-lo.


—Não precisa, Jiminie. Você já nos ajudou bastante hoje. — Ele diz enquanto abria e retirava mais garrafas de Vodca que estavam dentro de uma caixa, para colocá-las gelar no congelador.


— Hoje o bar está muito cheio, se precisar de ajuda em algo sabe que pode pedir para mim. — Ofereço-lhe, fazendo com que ele me olhasse apertando os lábios e acirrando os olhos.

— Não, você sempre perde seus fins de semana para me ajudar. — Me reprende, voltando a fazer seu trabalho. — Henry, prepara um Manhattan para o Jimin, vai ver assim ele relaxa mais um pouco. — Pede para um dos barman do local, o mais carismático, extrovertido e que tinha mais proximidade de mim.



— É pra já! — Ele responde vindo com seus olhos azuis perto de onde eu estava sentado, com todos os ingredientes para preparar o drink batizado com o nome do distrito onde morávamos em mãos. — E ai Park Jimin, já achou alguém interessante aqui hoje? — Pergunta sorrindo de forma meio cafajeste, aliás, aquele era um dos únicos sorrisos que sabia formar.


— Nem. Acho que hoje vou ficar tranquilo na minha. — Respondo apoiando minha cabeça em minha mão, olhando-o de forma tediosa.


— Com certeza você vai mudar de ideia quando ver aquele homem que acabou de entrar. — Diz apontando com a cabeça para o mesmo. — Mó gato. Se eu fosse gay, com certeza eu pegaria. — Diz soltando uma risadinha, voltando a terminar o que estava preparando.


Viro-me um pouco para observar a porta, e como Henry disse, um homem alto entrava pela mesma. Ele parecia ter minha idade e ser magro, mas não dava para notar muito bem já que estava com um casacão preto por conta do frio. Seu rosto era bem bonito e demarcado por um maxilar de tirar o fôlego. Seus olhos eram escuros e penetrantes, já seu sorriso de canto de boca era convidativo. Os cabelos eram negros, com as pontas claras e estava um pouco longo, dividido ao meio e jogado uma parte para cada lado do rosto.


Chuto que ele era asiático por conta de suas características faciais. E também provavelmente um turista.


Fico por um bom tempo olhando em sua direção, reparando-o. Realmente, ele era muito gato e fazia meu tipo, mas não sei se eu fazia o dele, já que não conhecia sua orientação sexual...


— Jimin, acho que ele viu você secando ele. — Henry cochicha para mim, entregando a taça com o Manhattan em minhas mãos.


— Que? Porque? — Questiono arregalando os olhos, já que eu não havia percebido se ele olhou de volta para mim ou não. Apenas fiquei perdido em todos seus detalhes, que eram muito lindos vale ressaltar.


Tomo o primeiro gole do coquetel que tinha gosto de Whisky e cereja após segurar a taça em minhas mãos. Estava uma delícia, como sempre. Henry tinha jeito e técnica para preparar bons drinks.


— Porque ele está vindo na sua direção. — Cochicha novamente, já endireitando sua postura enquanto escuto passos se aproximando do lugar que eu estava.


Viro para o lado com o objetivo de o observar e dou de cara com o mesmo, que se senta no banco livre ao meu lado e me olha dando um esboço de sorriso, fazendo-me engolir seco.


— Boa noite, loirinho. — Ele diz, dando mais um daqueles sorrisos convidativos e me tirando o ar.


Bebo mais um gole de minha bebida antes de responder.

— Boa noite.


— O que você vai querer, senhor? — Henry questiona segurando o riso provocativo, ademais, era seu trabalho verificar o que o cliente queria de forma educada, e não ficar prestando atenção na conversa alheia.


— Vou querer um London Spritz, por favor. — Pede, despistando por um tempo o garoto de olhos azuis que vai pegar os compostos da bebida. — Sou o Jeon Jungkook, e você? — Volta sua atenção para mim esticando a mão com jeito galanteador, olhando-me de forma desejosa.


Jesus amadinho das motoquinha sem freio.


— Park Jimin. — Respondo com um sorriso de canto de boca, cumprimentando-o com o aperto de mão que esperava.


— Que nome bonito. Park Jimin... — Pronuncia, parecendo experimentar falá-lo, de forma lenta, para ver como ficava enquanto pronunciava. — Combina com você. — Completa.


— Jeon Jungkook também combina com você. — Retribuo o elogio.

— Você é daqui ou é de fora como eu? — Questiona curioso, com os braços apoiado em cima da bancada.


— Moro aqui, literalmente. — Comento rindo fraco. — Mas vim da Coréia faz uns anos.


— Você é coreano então? Que legal, também sou. Não via a hora de encontrar algum para ter que parar de falar em inglês. — Começa a dizer em nossa língua materna. — E desculpe-me a inconveniência, mas como assim você mora literalmente aqui? Não entendi.— Perceptivelmente ainda tenta puxar assunto comigo. Ele aparenta estar bem interessado em conseguir bater papo comigo.

— Esse bar é de um amigo que ajudo, minha casa é no andar de cima. — Respondo-lhe em coreano também, apontando o dedo respectivamente para o alto.


Henry, que havia terminado de preparar a bebida do moço de cabelos escuros, olha para nós dois com os olhos apertados e uma careta enquanto segurava a taça na mão. — Essas pessoas bilíngues viu... Fala em inglês para eu entender também, pô! Eu tô boiando.


— Ele é sempre intrometido assim? — Jeon questiona, ainda em coreano, segurando um riso.


— Se achar que estamos flertando, sim. Ele tem fetiche em escutar pessoas flertando. — Conto-lhe, dando uma risada tampando a boca, já que a careta da pessoa em nossa frente apenas piorava.


Sempre foi muito engraçado esse jeito que Henry tinha de agir. Ele sempre foi bem ousado, falava as coisas sem se importar muito com quem era e também o assunto, sendo bem inconveniente as vezes, mas sabendo se segurar bem no local de trabalho.


Bom, as vezes.


— Ah sim. — Dá uma risada fraca, fazendo com que eu percebesse o quão gostosinha de escutar ela era. — Que pena dele, porque provavelmente não vai entender eu dizendo que prefiro que você não tampe seu sorriso com sua mão... Ele é lindo.


Acabo ficando risonho e abaixando a cabeça ao ouvir o elogio do homem que acabei de receber, sentindo as bochechas corarem e ficando em silêncio por reagir de tal maneira.


Mal nos apresentamos e ele já me elogia assim? Dessa forma, sorrindo desse jeito, com toda essa beleza e todo esse flerte eu não iria aguentar muito não...


— Vocês estão de sacanagem com minha cara, não é? Eu sei que estão flertando em coreano só pelo jeito que o Jiminie ficou! Vão me deixar ficar perdido assim mesmo? — Henry fica indignado e incomodado de verdade, já que levava aquela coisa de gostar de flertes a sério.


— Jiminie? Achei fofo, eu gostei. — Jeon elogia meu apelido ainda no outro idioma, só para ver o barman mais esquentadinho ainda.


— VOCÊ SÓ PODE EST...


— Ei ei ei, que isso Henry? Para de atrapalhar o Jimin e volte a trabalhar, menino! — Namjoon o recua segurando o colarinho dele, fazendo ele reclamar enquanto é afastado de nós dois e damos gargalhada da situação. — Sinto muito por esse indecente, nem sei porque contratei um moleque como ele.


— Chefe! — Exclama com a boca aberta, chocado com nossas provocações.

Namjoon ri. — Podem continuar a conversa, vou ficar de olho nele para vocês. — Avisa-nos, deixando eu e Jeon sozinhos naquela parte da bancada.


— Então significa que você mora aqui em cima, Jiminie? — Pergunta, vendo eu concordar com um balançar de cabeça e um sorriso no rosto. — Chuto que aquele ali é o dono daqui e seu amigo, uh? — Aponta para Namjoon, que ainda dava risada do Henry reclamando e erguendo o seu tom de voz.


— Sim, ele mesmo, Kim Namjoon. — Respondo tomando mais um gole do Manhattan.


— Hum, interessante.


— E você, o que faz aqui na cidade que não dorme? — É minha vez de enchê-lo de perguntas para conhecê-lo melhor, olhando-o de lado enquanto seguro o vidro com o líquido em minhas mãos.


— Vim resolver umas coisas relacionadas a trabalho. — Me conta, bebericando mais um gole de seu drink e voltando a falar. — Meu pai tem uma empresa de ações aqui e queria que eu conhecesse, já que quer me fazer mudar pra cá. Mas né, eu não queria muito não.


— Ah, então você é filhinho de papai? — Pergunto fazendo um biquinho com a boca, provocando-o.


— Filhinho nada! É filhão, viu? Eu sou grande. — Me corrige com rispidez, e eu solto uma gargalhada bem alta pela forma com que se expressou. — Não quero nem imaginar o que você entendeu. — Pressiona os lábios e abaixando o olhar.


— Ei! Não entendi no outro sentido! Não tenho pensamentos impuros! — Minto.


É claro que eu tinha pensamentos impuros, e ele nem imaginaria tudo o que já possibilitei em fazer com aquela boquinha linda dele...


— Vou fingir que eu acredito. Mas se isso for verdade, uma pena anjo. — Sussurra a última parte em meu ouvido com uma voz rouca, fazendo todos os pelinhos de meu corpo se arrepiarem consequentemente.


Às vezes eu ficava assustado de como eu tinha uma reação exageradas a tais gestos. Qualquer sussurro, olhar, flerte ou toque mexia totalmente comigo, mas com Jungkook foi totalmente diferente... Minha reação com o ar quente saindo de sua boca em encontro a minha orelha, e sua voz invadindo meu ouvido era o triplo do que já senti antes, embrulhando totalmente meu ventre.


— Com o que você trabalha? — Muda de assunto em seguida, deixando-me um pouco frustrado por não continuar com tais atiçamentos, só que era compreensível sua atitude.


Mal nos conhecíamos, não podíamos pular todo o papo e partir para a provocação.


— Trabalho numa agência de publicidade faz uns anos.— Batuco um pouco meus dedos em meu copo.


— Publicitário então? Que coragem hein, ainda mais aqui em Nova Iorque.

— Era meu sonho, então nem ligo muito se aqui é mais concorrido para conseguir um cargo bom. O que importa é que estou fazendo o que gosto. — Dou de ombros.


— Fico feliz que tenha realizado seu sonho e esteja fazendo o que goste. Está longe disso acontecer comigo. — Admite suspirando, meio cabisbaixo.


— Porque? — Pergunto por curiosidade, nem tentando medi-la.


— Eu gosto da empresa do meu pai, mas não concordo com a estratégia de trabalho deles e não dão ouvidos para mim. Também gostaria de ficar na Coréia, então é meio foda. — Explica prensando os lábios.


— Realmente, é foda mesmo. — Repito suspirando, já que entendia o quão frustrante deveria ser para o Jeon por não ter muita opção.


Continuamos a beber nossos coquetéis e batendo papo por um bom tempo. Assunto vai, assunto vem. Jeon era um cara bacana, era mais ousado do que eu (tanto na vida quanto para flertar comigo), e eu estava gostando e me divertindo bastante com a companhia dele.


Ele era engraçado, gentil, bom de papo, pelo que me contou bom em diversas outras coisas também. Estava sendo legal passar a noite de Sábado conversando com o Jungkook. Mesmo que eu estivesse numa das maiores cidades do mundo e pudesse fazer o que bem quisesse com meu tempo livre naquele dia, eu estava bem contente por decidir gastar meu tempo com alguém gente boa como o acastanhado.


Bom, tudo ia bem em nosso bate papo, até uma verdade minha ser revelada e eu ser obrigado a fazer algo.


—Jimin do céu, diz que você quer cantar uma música e tira aquela mulher bêbada do palco. — Henry havia voltado em nossa direção quando Namjoon largou do pé dele, mas não havia se intrometido ou falado nada com a gente até agora, havia respeitado nosso espaço.


Havia uma mulher que sempre visitava o karaokê, e já apareceu com diversos parceiros e namorados aqui. A cada dois meses era um diferente, era incrível. E parecia que ela gostava tanto desse bar que trazia cada um deles para conhecer o estabelecimento.


Ou ela queria criar lembranças novas no lugar, não sei.


Mas sempre quando ela terminava com um desses ficantes vinha até aqui, enchia a cara, se lamentava das vezes que fizeram dueto no karaokê (sim, ela fazia dueto com cada um deles), e por fim subia no palco e cantava qualquer música sofrência que achasse na lista de opções.


Hoje ela quis ir de Hello, da Adele. Era uma música que eu amava muito, mas na voz dela, se tornava odiável...


— Porque eu, Henry? — Questiono arqueando as sobrancelhas enquanto Jeon apenas ouvia nossa conversa e observava-nos.

— Jimin, você canta bem pra caralho. Pelo amor de Deus e dos meus tímpanos, vai lá e salva as pobres pessoas que estão escutando isso. — Implora pra mim.



— Dessa vez eu concordo com o Henry. Nos salva Jimin. — Nam aparece também sendo pidão, enquanto enxugava um copo.


— Mas eu tô batendo papo com o Jungkook. — Choramingo.


Eu realmente estava gostando de ficar ali do lado dele. Ele me tratava bem, o assunto nunca parecia morrer, fluía de maneira incrível, e eu podia ficar o encarando mais de perto... não queria acabar tudo aquilo logo, e ainda mais por causa de uma música.


— Mas nada, você disse que quando eu precisasse de ajuda era só pedir. — Meu amigo me recorda do que falei mais cedo, fazendo eu enfiar o rosto nas mãos, frustrado novamente.


Aquele oportunista...


— Sei lá, vai cantar alguma coisa com ele. Só faz ela parar de espantar meus clientes.


— Você canta bem Jimin? Não me contou isso quando perguntei. — Jeon arqueia uma sobrancelha tornando-se em minha direção.


Como alguém pode ser tão bonito sorrindo, provocando, bebendo e arqueando a sobrancelha como ele? Senhor, me dá força pra aguentar tanta beleza assim em minha frente, por favor.


— Sim ele canta bem, muito bem. — Nam responde por mim, dando tapinhas em minhas costas enquanto estou hipnotizado pelo rosto, pela boca, pelos olhos escuros e cabelos levemente compridos do homem em minha frente. — Agora se você não se incomodar, pode levar o Jimin pra babar por você em cima do palco?


— Claro, eu canto com ele. — Concorda rindo do que acabou de ouvir, enquanto eu... Bem, QUERO ENFIAR A CARA NUM BURACO IGUAL UMA AVESTRUZ.


— Vo-você o que? Vai cantar comigo? — Pergunto gaguejando enquanto ele segura meus ombros e me puxa pra cima, fazendo-me levantar e começar a ser arrastado em direção ao palco de 50 centímetros de altura.


— Vou sim anjo, porque? Não quer ouvir eu cantando? — Pergunta ainda me levando em direção a parte de karaokê, segurando em minha cintura enquanto fica atrás de mim. — Você prefere escutar eu sussurrando no seu ouvido assim? — Provoca-me falando perto de minha pele como fez minutos atrás, me vendo arrepiar novamente e suspirar.


— Q-quero.


— Só vou fazer isso se você cantar comigo e salvar os tímpanos de todo mundo presente aqui. — Brinca comigo, enquanto subimos lentamente a escada, já que eu ficava recuando a todo momento.


Eu estava muito acostumado a cantar ali no karaokê. Minha voz era boa e muitas pessoas gostavam e até pediam mais quando eu decidia subir no palco e soltar umas palinhas. Eu realmente fazia um show naquele lugar, mas com a presença do Jungkook ali, a vergonha havia me consumido por inteiro.


Não sei se aquilo estava acontecendo porque eu queria impressionar ele com coisas que eu realmente sabia fazer bem ou se foi algo bem momentâneo mesmo, sem nenhuma ligação com toda a atração e os sentimentos que eu já tinha formado pelo garoto.


E da forma com que ele havia insistido e oferecido algo para mim, vencer a vergonha e cantar até não era uma má ideia.


Um pouco receoso ainda, subo no palco e chamo a atenção da mulher, que cantava de olhos fechados. — Você já está aí faz tempo... Posso cantar um pouco? — Peço.


— Ah, te fiz esperar por muito tempo? Pode ir sim. — Diz limpando as lágrimas e o catarro que escorria pelo nariz.


Que nojo, não queria ter visto isso.


Após ela desligar a música, todos começam a bater palmas. Não era pela "bela" apresentação, e sim porque eu fiz finalmente ela sair dali, deixando todos aliviados.


Indo até o canto inferior do pequeno palco, pego mais um apoio com um microfone encaixado e coloco ao lado do que já tinha, pegando também o controle do aparelho de música para escolhermos a que queríamos.


— Do que você gosta? — Pergunto para o Jeon, que já estava parado do meu lado olhando para a lista também.


Nossa diferença de tamanho não era muito grande, mas ainda assim ele era mais encorpado que eu, fazendo eu me sentir uma pessoa miúda perto de si.


— Eu gosto de Justin Bieber, Troye Sivan, Lauv, Charlie Puth... — Começa a apontar para as músicas que conhecia, respectivamente de tais artistas.


— Você conhece We Don't Talk Anymore? — Questiono aproveitando do que me disse, já que ela era do Charlie Puth e ainda por cima com a Selena Gomez, ficando mais fácil para fazer o dueto.


— Claro, eu amo essa música.


— Ótimo, vai ser essa então. Eu faço a parte da Selena. — Pronuncio, apertando alguns botões para a música iniciar e indo até meu microfone.


Como o início da música era com a voz do Charlie, e Jungkook cantaria sua parte, logo ele começa a proferir a primeira estrofe.


— "We don't talk anymore, we don't talk anymore, we don't talk anymore like we used to do".


Sinto minha barriga borbulhar e meu coração bater acelerado assim que sua cantoria invade meus ouvidos.


A voz de Jeon Jungkook enquanto cantava conseguia ficar mais bonita do que enquanto falava, e aquilo me deixou muito impressionado. Ela parecia ser doce, era um tom mais alto do que o normal e na minha opinião: era como se eu estivesse escutando a cantoria dos anjos quando eu entrasse no céu, algo simplesmente prazeroso e perfeito de se apreciar.


De alguma forma, ouvir ele cantar estava mexendo comigo, deixando meus sentimentos mais aflorados. E quando aquilo acontecia, ninguém conseguia me segurar.


Fico todo o tempo encarando-o, enquanto o mesmo permanecia de olhos fechados. Eu estava vidrado em todos os detalhes que conseguiam ser majestosamente perfeito e milimetricamente planejados. Era como se Jungkook tivesse sido feito em medida para ser a obra mais espetacular já existente.


Quando o mesmo abre os olhos, não hesita um segundo sequer em me encarar também.


Então aquilo era ter visão do paraíso? Gostaria de ser abençoado para ter essa visão todos os dias, por favor.


— "I overdosed. Should've known your love was a game, now I can't get you out of my brain. Ohh It's such a shame". — Profere e letra da música enquanto parecia ver minha alma, tomar pose de mim somente com o olhar nebuloso que pertencia. — "We don't talk anymore. We don't talk anymore. We don't talk anymore like we used to do. We don't love anymore. What was all of it for? Ohh we don't talk anymore like we used to do".


Resolvendo ser bem ousado e me soltando daquela bolha que eu tinha feito em minha volta, retiro o microfone do suporte, como eu era acostumado a fazer, e começo a cantar andando pelo palco, ficando eufórico pela batida da música. — "I just hope you're lying next to somebody that knows how to love you like me. There must be a good reason that you're gone. Every now and then I think you might want me to, come show up at your door, but I'm just too afraid that I'll be wrong".


Ao ver o quanto eu lhe fitava, sem ao menos me importar de fazer isso e ainda na frente de tantas pessoas, ele toma a mesma atitude de tirar o microfone como eu e começa a andar no palco junto a mim.


Ficamos nisso a música inteira, nos olhando com olhares de felinos, usando toda a emoção e o sentimento para dar o nosso melhor, andando e mexendo o corpo no ritmo da música, e lhes digo, estávamos arrasando juntos. Parecia até uma cena de High School Musical.


É Namjoon e Henry, não foi uma má ideia cantar não. Obrigada, aliás.


Chegando na parte lenta da música, fico parado no centro, deixando de me mexer sobre o palco, com objetivo de absorver toda aquela vibe e aquele sentimento bom que me percorria de forma mais intensa. Era uma delícia vivenciar tudo aquilo, era um momento único e extremamente recordante, me deixando totalmente aflorado, aliás, era minha primeira vez que cantava com outro alguém.


Vejo Jeon vir ao meu encontro, começando a segurar minha cintura com a outra mão e ficar bem próximo de mim, quase colando nossos corpos, enquanto continuava com sua visão presa na minha. Era possível sentir o calor de sua pele e de sua respiração quente, de tão próximos que estávamos.


— "Don't wanna know kinda dress you're wearing tonight. If he's holding onto you so tight the way I did before".


Da forma intensa que nos olhávamos, parecia que nada seria capaz de nos pararmos. Vê-lo tão perto de mim daquela forma fazia todo o ar de meu pulmão escapar, e eu me sentir completamente descompassado e fora de mim. Era algo de outro mundo, uma conexão e atração que nunca senti por outra pessoa na minha vida, nem num caso de uma noite e nem num namorado.


Com certeza a conexão que existia entre mim e o garoto coreano não era algo simples, e se tornou muito perceptível que não seria algo que iniciou e se encerraria rápido.


Como as pessoas diziam e tinham razão, realmente o tempo não interfere nem um pouco na intensidade da atração.


— "I overdosed. Should've known your love was a game, now I can't get you out of my brain".


— "Oh It's such a shame".


Começamos a nos alternar no último refrão, cada um cantando uma das estrofes e também fazendo back vocal na parte um do outro, assim como na versão original.


Muitas pessoas começaram a assoviar e gritar, significando que estávamos mandando bem no que fazíamos. Mas na realidade eu e ele nem nos importávamos se as vozes estavam boas, se estávamos fora do ritmo, se errávamos a letra, já que fizemos novamente uma bolha, só que dessa vez em volta de nós dois.


Era só eu e ele, sem se importar com o que ocorria em nossa volta, e sem ao mínimo precisar dizer palavras para conseguir expressar o desejo que sentíamos.


— "We don't talk anymore". — Finalizamos a última frase da música juntos, com meu coração totalmente fora do compasso, fazendo com que eu puxasse o ar rápido para meus pulmões, me sentindo ofegante.


Todo mundo que estava no bar começa a bater palmas bem altas, como se fosse realmente uma apresentação, e não somente um karaokêzinho pequeno de Manhattan. Jungkook olha para as pessoas sorrindo de uma forma majestosa, e jogando os fios de cabelo que estavam na frente de seu rosto para trás.


Ele parecia estar bem feliz e contente com nosso desempenho. Bom, eu também estava, mas em vez de demonstrar eu continuava ali, vidrado em cada detalhe lindo e encantador dele.


Sem pensar muito, só agindo a favor de minha vontade, seguro com minhas duas mãos seu rosto, virando-o bruscamente para minha direção e selando nossos lábios bem forte. Não sei se o machuquei com meu toque meio bruto e inesperado, mas tinha a chance de isso ter acontecido.


Sinto um choque forte em meus lábios ao sentir os seus encostar. Um choque que invade meu corpo inteiro e que me faz sentir totalmente mole e afetado com aquilo.


E olha que foi somente um selinho.


Foi algo totalmente impulsivo de minha parte tomar aquela atitude, mas logo que voltei para a realidade, distanciei nossas bocas. Sem demorar mais do que apenas segundos, fico vermelho por ter me recordado de que fiz aquilo na frente de todo mundo, principalmente por notar que eles não estavam mais gritando por causa do motivo de antes, mas sim pelo quase beijo de língua que dei inesperadamente no homem ainda pouco conhecido em minha frente.


Ele me encara com uma expressão confusa no meu ponto de vista, já que eu não sabia decifrar o que significava. Me observa com o cenho franzido, com os olhos levemente acirrados. Ficamos ali, em silêncio, nos encarando, quando um medo de ser rejeitado ou dele não ter gostado de minha ação me invadiu.


Será que agi errado? Será que me precipitei e não era aquilo que ele queria?


Só levo um choque de realidade quando ele segura meu quadril bem forte e me puxa em sua direção, fazendo com que meu corpo trombe com o dele, me apoie em seu peito com as palmas de minhas mãos, e com que nossas bocas se juntem novamente enquanto segura minha nuca.


Suspiro aliviado e agitado por sentir nosso toque necessitado e desejado, fazendo com que Jungkook aplicasse mais força em mim, e que eu fique ainda mais tranquilo em relação a ter tido aquele gesto anterior, que me deixou um tanto quanto receoso.


Sim, era exatamente aquilo que eu queria, me sentir completo com apenas um beijo seu, algo que nenhuma outra pessoa já havia feito antes.


Eu nunca senti tanta atração e desejo dessa forma, principalmente por alguém que mal conheci. Era uma novidade e tanto para mim, ainda mais pelo fato de que parecia estar acontecendo o mesmo contigo.


Nossas línguas se encontraram pouco tempo após ele ter me puxado, e eu me sentia totalmente derretido em seus braços. Elas se moviam com desdém dentro de nossas bocas, fazendo com que eu me arrepiei totalmente com o jeito que me tomava.


Aquele clima, aquele beijo, sua pegada, estava tudo muito bom, mas eu sabia no que iria dar e acontecer se continuássemos daquela forma, naquele ritmo. Então minha única reação foi pausar nosso beijo afoito e dizer:


— Vem comigo.


Seguro a mão dele e puxo-o rápido, descendo do palco e levando-o até a escada que ficava bem atrás do mesmo, subindo agora para o segundo andar.


Eu sabia muito bem no que aquilo iria acabar, e tinha consciência que o conhecia apenas por horas. Mas dava para perceber que aquela não era somente minha vontade. Era perceptível pela forma com que me beijou, pela forma que me olhava, e pela sensação que ele me trazia que Jeon também estava se sentindo necessitado de fazer aquilo.


Eu nunca fui impulsivo e tomei atitudes ousadas como aquela, principalmente com alguém que conheci no mesmo dia. Mas quer saber, eu estava pouco me fodendo para isso, já que eu gostava da companhia dele, sentia uma atração enorme, e principalmente: sabia que acabaria fodido de outra forma pelo Jungkook de qualquer jeito...


Sendo assim, então vamos acabar logo com isso.


🍸🍸


Oi meus amores, tudo bem com vocês?

E ai? O que acharam desse primeiro capítulo? Vocês gostaram?


Essa é a primeira twoshot com smut que escrevo, então lhes digo que estou um pouco ansiosa e nervosa por postar ela kkkkkk.


A ideia veio do nada na minha mente, por conta de que eu sempre amei o cover dos Jikook e eu queria fazer algo a respeito. E bom, foi isso que saiu da minha cachola kkkkkk.


Sabe, eu ganhei o apoio de muitos amigos meus, muitos mesmo. Eles amaram esse plot e fizeram questão de me apoiar demais para postar ele, então espero que vocês gostem dele de verdade.


Não deixem de deixar o seu voto se gostaram, estou bem receosa com esse plot mesmo kkkkk. Pra vocês terem noção reli umas 5 vezes só pra ver se tava mesmo bom.


Espero muito que gostem do próximo capítulo, de verdade. Se cuidem muito bem viu? Até logo meus amores!❤️❤️

12 de Maio de 2021 às 23:24 1 Denunciar Insira Seguir história
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Daniely Scherer Daniely Scherer
Que escrita maravilhosa, fui ler a primeira linha para ver se ai ler agora ou mais tarde, quando menos pensei tava envolvida na história e o cap já tinha acabado. Me abanando porque sei que o próximo vai ser quente hehehe 🔥🔥
May 22, 2021, 04:45
~

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