— Ou você dá um jeito nas suas notas, ou sairá do time. Até que suas notas melhorem, não irá participar dos treinos, Jimmy — Avisou, claramente nervoso. E saiu do vestiário.
E quem é esse que deixou o treinador irritado? Eu, Park Jimmy, também conhecido como a ovelha negra da família… Tá, talvez eu esteja exagerando, mas tirando a minha mãe e o meu irmão, ninguém mais da minha família gosta de mim. Paciência.
Eu sou aquele que é comparado com os orgulhos da família, mas não é como se eu me importasse.
O que importa agora é que se eu não melhorar minhas notas, vou ser expulso do time de basquete, onde sou o capitão. E ainda não vou poder treinar. E agora?
Sabe nos desenhos quando aparece uma lâmpada na cabeça do personagem mostrando que ele teve uma ideia? Então, foi assim comigo.
Lembrei do que seria a minha salvação. Park Jimin, a ovelha negra da família junto comigo… Ok, também não é assim. E quem é Park Jimin? Ninguém menos que meu querido irmão gêmeo.
O meu querido gemeozinho se mudou para Busan há um ano, para cuidar da nossa avó. Aparentemente a vovó está melhor e o Jimin vai voltar para terminar a escola aqui. Logo, ele é minha salvação.
Depois do sermão do treinador, voltei para o refeitório e me juntei a meus amigos, que faziam uma bagunça, como sempre.
— Ei Jimmy, o que o treinador queria dessa vez? — Taehyung me perguntou assim que me aproximei. O Kim além de amar uma fofoca, é aquele que nas brigas está gravando.
— Ele queria dizer que se eu não melhorar minhas notas vou ser expulso do time, e também que até eu melhorar, não vou poder participar dos treinos — Contei bufando. Admito que nunca fui alguém que gosta de estudar e tudo mais — diferente do meu irmão — porém minhas notas não eram tão ruins, pelo menos não até agora. Confesso que ano passado foi quando elas começaram a cair e o treinador vêm pegando no meu pé por isso, não só ele. Desde que o ano começou, ele está atrás de mim dizendo pra mim melhorar as minhas notas. Acho que como ele percebeu que nada havia mudado, decidiu me "ameaçar"
— E o que você vai fazer? — Namjoon perguntou, ele parecia preocupado. Todos ali sabiam o quanto jogar basquete significava pra mim.
— Vou dar um jeito nisso — Respondi sorrindo. Se tudo desse certo, minhas notas melhoraram e eu não vou ter que sair do time e vou poder voltar a participar dos treinos, mas claro que tudo vai depender do meu irmão. Como a vovó já está melhor, ele vai voltar e terminar o ano aqui, então ele se transferiu para cá.
— E como você vai fazer isso? Olha garoto, tu não me inventa de repetir que te taco o chinelo! — Óbvio que ele iria soltar uma dessas, caso contrário não seria Kim Seokjin.
— Negócio tá feio pro teu lado, Jimmy. Se eu fosse tu dava um jeito nisso logo — E claro que Yoongi não perderia a oportunidade de tirar com a minha cara. Desgraçado.
— Deixem ele, ele vai conseguir. — Como sempre, Hoseok é a minha salvação neste grupo.
— Te amo, Hobi — Falei lançando um beijo pra ele.
O sinal tocou avisando o fim do intervalo e todos vamos para a sala de aula, onde nem vale a pena dizer como foi, vou os poupar disso ok?
Finalmente as aulas chegam ao fim e eu posso feliz da vida ir buscar o meu gemeozinho.
Peguei a minha moto e fui em direção ao aeroporto. Me sentei e esperei o meu salvador. Em meio a tantas pessoas, enxerguei a cabeleira loiro, piercing e algumas tatuagens, pois é, esse é o meu irmão.
Assim que o vi, abanei em sua direção, ele quando viu que era eu veio em minha direção.
— E aí, curtiu o tempo com a vovó e com saudades de mim?
— Não se ache tanto, Jimmy. O seu "gemeozinho" que te salvava ficou longe por um ano, sem poder te salvar, você deve ter morrido de saudades — Sorriu zombeteiro pra mim. Ambos caímos nas risadas e nos abraçamos.
— É bom ter você de volta — Confessei. Eu senti saudades desse mala.
— É bom estar de volta — Ele também deve ter sentido falta se Seul, de mim claro e da mamãe. — Mamãe não pode vir? — Eu neguei. Nossa mãe trabalhava de enfermeira em um hospital perto da nossa casa, isso desde que nosso pai foi embora — Sério que você ainda não se desfez disso? — Arqueou as sobrancelhas, parecia chocado. E estava se referindo a minha moto, que já era velhinha — eu admito — mas ainda queimava pneu no asfalto.
— Pare de implicar com a minha bebê e sobe logo.
— Você continua chato — Ouvi ele murmurar enquanto subia na moto. Eu não respondi nada, apenas liguei a moto e dei partida. Jimin arregalou os olhos, assustado com a velocidade em que eu andava
— Park Jimmy! Se eu morrer, volto pra te buscar! — Ameaçou. Eu ri. Que saudades que eu estava desse ser.
(...)
— Eu sabia que era estranho demais você ir me buscar até o aeroporto e não me mandar pegar um táxi — Foi a primeira coisa que ele disse quando o pedi que me ajudasse, isso quando já tínhamos chegado em casa e ele tivesse desfeito suas malas — Diz logo o que tu quer.
— Eu vou ser expulso do time de basquete, se eu não melhorar minhas notas, fora que até que minhas notas melhorem, não posso participar dos treinos — Ele fechou a cara.
— Você não tem jeito né? Já conversamos sobre isso, Jimmy — Ele não parecia bravo… Apenas frustrado?
— É, eu sei, mas eu me empolguei por ter virado o capitão e tudo mais. Eu preciso da sua ajuda — Pedi. Ele suspirou e assentiu.
— Eu te ajudo, só que tu sabe que estudamos em escolas diferentes e que eu estou atrasado um ano por conta deeu ter ido cuidar da nossa vó, né? — Agora era a parte em que eu teria de o convencer a fazer parte do meu plano.
— Então, eu já tenho algo em mente.
— Tipo?
– Vamos trocar de lugar, Jimin — Ele arregalou os olhos.
— 'Cê pirou é? Só pode tá doido — É, eu sabia que não seria uma tarefa fácil
— Olha, você me ajuda com as minhas notas e eu faço o que você quiser pelo o ano inteiro — Tentei entrar em um acordo com ele.
— Você já tá indo mal na própria escola, o que tu vai fazer na minha? Fora que isso é loucura. Uma coisa é fazer isso quando criança, outra é fazer isso agora. — Às vezes odeio esse lado certinho dele que às vezes aparece.
— Por favor, Jimin. Eu preciso melhorar minhas notas e quero continuar no time. E como já é uma matéria que eu já vi, é mais fácil. Você aprende super rápido e é inteligente. Não vai me dizer que já não sabe sabe já a matéria que eles passariam pra você? Você não perdeu um ano coisa nenhuma, sei que estudava por conta própria — Minha cartada final, se ele não aceitasse depois disso, já era. Ele pareceu pensar e ao chegar em uma resposta suspirou.
— Ok, mas ai de você se minhas notas caírem — Eu concordei.
—E aliás, você não vai ter de participar dos treinos de basquete, mesmo que seria engraçado ver você jogando — Jimin era uma tristeza com esportes.
— Continua assim que não te ajudo, peste — Ameaçou.
— Ah, Jimin, e os nossos cabelos? Tem as tatuagens também, elas são diferentes — Perguntou. Ele pintou o dele de loiro, enquanto o meu está castanho. E nossas tatuagens não eram iguais, tirando a que fizemos de um garotinho sentado em uma árvore e um fio saindo de seu dedo, enquanto está apontando algo. O que poucos sabem, é que um completa a tatuagem do outro, o fio dele no caso se juntaria com o meu, fofo né? Tínhamos quinze anos quando fizemos.
— A maioria das minhas tatuagens estão cobertas e só daria pra ver a que fizemos juntos, já que fizemos acima do peitoral, daí dependerá da roupa. Que merda, ainda tem o piercing — Ótimo, tinha essa também. Jimin tinha um piercing no lábio, um na sobrancelha e no mamilo, já eu tinha um no nariz, sobrancelha e mamilo — Ah, na hora eu invento algo. E em relação ao cabelo, no meu caso é só eu dizer que decidi mudar, ué — Deu de ombros. Realmente.
— Está bem. Amanhã nós trocamos. Mas antes, tenho que te explicar algumas coisas — E foi assim que a nossa confusão em dose dupla começou.
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