dunew Janaína Baraúna johsai- Joiwa .

Yuri sempre foi de enaltecer o seu maior ídolo da patinação, pois sua maestria e perfeição é o modelo perfeito para seus sonhos. No entanto, Katsuki rebaixava o seu talento no rinque ao comparar suas habilidades ao de Victor e de os outros patinadores. Contudo, Nikiforov o ajudará a perceber que sim, o japonês tem talento até mesmo para ganhar um Mundial, porque ter valorização própria o fará conseguir a almejada vitória.


Fanfiction Anime/Mangá Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#victuuri #Valorização-Própria #homossexualidade #patinação-artística-no-gelo #esporte #yuri-katsuki #victor-nikiforov #yuuri-on-ice #gay
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Capítulo Único - Não existe ninguém perfeito...

Notas iniciais: Essa é uma história minha de 2018 de outra plataforma Nessa época eu participava de um projeto bem legal, e meu tema foi a “valorização própria”, gostei tanto que combinei com um dos meus animes preferidos de esporte. O tema caiu tão bem que resolvi escrever non!au com o Yuri narrando. Espero que gostem.



Capítulo Único - Não existe ninguém perfeito...


Victor Nikiforov é considerado um Deus na patinação artística para o mundo, o mais belo e talentoso patinador do século XXI. Sua leveza e maestria em cada movimento encantavam o público e os jurados de olhos de águia durante as apresentações. Então, eu, Yuri Katsuki, era acostumado a observar de longe a sua perfeição ao patinar. Ele era meu ídolo, um modelo a ser seguido, pois um prodígio desse é para ser enaltecido sempre.

Todo amor e fascínio que tenho hoje pela patinação no gelo veio através da minha admiração por Victor, pois desde que ele era um Júnior nas competições infantis, este já conquistava vários mundiais afora, com sua exatidão de saltos bem executados e apresentações esplêndidas de um bailarino espetacular. Eu me sentia um grão de areia no imenso deserto na frente de uma bela e rica pirâmide que é Nikiforov.

Na época em que me rendi ao fracasso, por causa da minha sequência de derrotas nas competições, voltei a Kyushu — minha cidade natal — e pude perceber que tinha a província inteira torcendo por mim, principalmente ao ver os cartazes com a minha foto estampada com belos dizeres com letras coloridas nas paredes da estação de trem. Contudo, em minha bagagem veio a insegurança, os quilos a mais por ter engordado somado com muita vergonha de mim mesmo.

Nunca pensei que ao voltar para Kyushu, pudesse retornar a minha velha rotina e encontrar velhos amigos por aqui, mesmo eu tendo desistido de tudo, eles me deram cada conselho e carinho, tão íntegros e inabaláveis como um aconchego que só amigos de verdade sabem dar. Então mostrei para minha amiga a coreografia do Victor — a mais famosa — que aperfeiçoei durante os anos que passei no exterior. Só que não contava que as filhas de Yuuko publicasse o vídeo nas redes sociais e meu ídolo da patinação viesse parar no Japão para me treinar.

Para mim, entrar em forma definitivamente não foi fácil: todos os treinamentos foram pesados devido a densa neve que caía lá fora. Ainda tive que lidar com as implicâncias de Yuri Plisetsky — que veio à minha cidade apenas para ver Victor de perto —, contribuíram para que eu tivesse um objetivo e metas para cumprir.

Ganhei um duelo no gelo entre os Yuri’s, da qual ganhei por pouco do Plisetsky, que sequer esperou o resultado final, já prevendo de imediato para quem Nikiforov ia escolher para treinar. Com isso, tive meu ídolo todos os dias só para mim, usufruindo de suas técnicas e habilidades, dando-me mais vontade e liberdade em voltar a patinar com todo amor que tinha antes das derrotas.

Durante os treinos pude assistir Victor de perto, vendo suas técnicas de movimentos difíceis e únicos, que obtém bastante pontos quando é bem executado. Ele era a perfeição em pessoa, suas expressões faciais eram certas para a melodia que ecoava por todo o rinque. Sua beleza era tanta que me dava uma arritmia cardíaca ao vê-lo por perto, isso me dava uma insegurança terrível, achando que a qualquer momento o russo iria voltar para Rússia e cumprir a promessa que fez ao Plisetsky no passado.

...

Os dias iam passando a insegurança aumentava, eu não queria que o outro voltasse para sua terra natal, esforçava-me ao máximo em ter todas as técnicas de Victor. Se eu fosse que nem ele, com toda certeza o faria ficar junto com uma tigela cheia de Katsudon*.

Em uma noite fria de inverno, onde eu estava inquieto na cama, Victor veio ao meu encontro junto com a Maka, sua Poodle marrom. Com os seus olhos azuis claros e um tanto sonolentos abraçou as minhas costas e sua respiração quente contra a minha nuca fez o meu corpo todo arrepiar.

— Yuri? Você está estranho — sua voz rouca de sono chegou nos meus ouvidos um tanto erótica demais. — Sou eu a causa disso? Hum?

De imediato virei-me de frente para ele e pude ver um: Victor inseguro? Não, era apenas a minha imaginação me traindo outra vez.

— Não! — Exclamei um tanto exagerado. — Na verdade, sou eu... Victor, não quero que vá embora por não ser igual a você. Não sei ser perfeito e erro sempre os saltos quádruplos e-

— Mas quem disse que sou perfeito? — Victor me cortou de supetão. — A mídia? Os fãs? — Perguntou meio pensativo.

— Você é pentacampeão no Grand Prix Victor, tudo que faz é perfeito.

— Yuri, você pensa demais, isso que te prejudica. Não existe ninguém perfeito. Eu caí muitas vezes, mas nem por isso deixei me abalar, bem que nem dava tempo, pois meu técnico mal deixava eu respirar. — Sorriu me confortando. — E outra, não quero que você seja igual a mim.

Meus olhos se arregalaram com aquela confissão. Que raios que ele queria dizer com aquilo?

— Nã-não?!

— Não. Quero que seja você mesmo. Yuri, aceitei te treinar, pois encontrei alguém capaz de ser melhor do que eu. — Em cada palavra do outro o meu espanto era evidente. — Você só precisa ser mais seguro de si.

— Seguro?

— Sim. — Victor se aproximou de mim e com suas mãos gélidas segurou as minhas bochechas quentes e continuou a proferir: — Yuri, se enalteça antes de qualquer coisa. Você é capaz de conseguir ganhar o Mundial por méritos próprios. Não quero que seja um Victor Nikiforov, quero que seja Yuri Katsuki, o louco por Katsudon de Kyushu. Seja você até o final, mesmo perdendo, tire proveito de suas derrotas, é delas que encontrará o caminho da vitória. Não se entregue ao fracasso antes do tempo, tudo nessa vida tiramos vantagens, só basta acreditar em si e na sua valorização própria.

Aquelas palavras acalmaram o meu âmago conturbado. Victor estava certo, eu devia me valorizar mais e largar a mão da insegurança, pois os resultados só aparecerão de verdade se eu acreditar nos meus próprios esforços para o tal efeito. E isso o farei acontecer, não só pelo Victor, mas por mim.

Victor deu um beijo na minha testa e repousou sua cabeça no meu peito. Com toda a certeza ele dormiria ao som dos meus batimentos cardíacos acelerados, pois só ele causava esse efeito sob o meu corpo. Era inexplicável toda aquela sensação maravilhosa que o russo me dava todos os dias.

Antes de eu cair no sono profundo, ouvi Victor murmurar um: “ Yuri, eu te amo”, mas talvez seja mais um sonho meu, não é todos os dias que seu ídolo dorme em sua cama e te ensina a se valorizar mais nas suas pequenas conquistas. Talvez amanhã nem possa lembrar dessa confissão, mas com um sorriso bobo dormirei sentindo o cheiro gostoso dos cabelos platinados, o cara que sempre enaltecerei, pois Victor Nikiforov é o amor da minha vida.





Notas Finais

Katsudon*: O prato consiste em uma tigela de arroz japonês coberto por alguns ingredientes. O principal deles é uma costeleta de porco empanada. Afinal, o “katsu” vem do termo tonkatsu, que significa costeleta de porco. Já o “don” vem de donburi, que é um termo para pratos servidos em tigela com arroz. Fonte: Cozinha japonesa.

Apesar que ela já tenha sido betado na época, alguns erros persistiram a ficar, fiz uma betagem rápida, mas creio que tenha ficado uns errinhos...

Obrigada a quem leu a minha bbzinha *3*

Atenção: Essa história também foi posta em outra plataforma, ambas são de autoria minha.

18 de Julho de 2021 às 03:30 3 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Janaína Baraúna Tentando me encontrar em narrativas não tão românticas, mas com um toque genuíno de tristeza. Ex-embaixadora de conteúdo; crítica construtiva de textos e uma escritora não muito boa da cabeça 〜⁠(⁠꒪⁠꒳⁠꒪⁠)⁠〜
Joiwa . Perfil especialmente para as minhas Fanfics. Quer ler uma História Original? Entre no meu outro perfil daqui @Dunew

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Светлана Винн Светлана Винн
хорошо и легко читать)
July 18, 2021, 17:05

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