kehi_sanchez Kehillah Sanchez

No ano de 2030, logo após a pandemia da Covid-19, o ar do planeta Terra ficou completamente poluído, portanto todos os habitantes dependiam de uma pulseira que levava oxigênio até à máscara para sobreviver. Na luta pela sobrevivência a sociedade brasileira se dividiu em dois grupos: a elites e os rebeldes, sendo que os rebeldes eram separados por dois subgrupos: os radicais e os pacifícos. Contudo, quando Hector, o filho da líder dos pacifícos decide abandonar o clã para ingressar nos radicais onde encontrou um mapa que levava a um lugar repleto de árvores, água potável, sobretudo ar puro.


Ficção científica Distopia Todo o público.

#Utopia #DistopiaBr #Ditadura #inkspiredstory
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Parte I

Ao olhar para as fotos digitais dos familiares e amigos da líder espalhadas sobre a parede, percebi que todos jamais imaginaria um mundo do qual a sociedade se mataria por um pouco de ar puro, certamente há anos atrás a sociedade, talvez desconhecesse o fato que os descasos contra o meio ambiente trariam inúmeras consequências desastrosas na natureza. Provavelmente eles teriam mudados as suas atitudes se tivessem visto o planeta Terra, do qual eles destruíram paulatinamente, contudo conscientemente sabemos que ações ruins, geram reações ruins. Entretanto, todos estavam mais preocupados para ocupar o seu lugar ao sol que esqueceu de cuidar exatamente do lar: o nosso Planeta Terra, que atualmente não passa de uma lata-velha redonda.

O som das latas que chocavam umas com outras, fizeram-me sair dos meus devaneios, ver o sorriso nos lábios da Núbia demonstrava que teríamos uma semana de fartura sem precisar ir para o Lanzo, um lugar onde os que possuíam mais recursos, os chamados de elites despejavam objetos e alimentos dos quais não seriam mais úteis para eles, e como dizem por aí: "Os lixos de uns, são luxos para outros." Nós rebeldes, um grupo de pessoas que batem de frente contra uma ditadura injusta e cruel, temos que sobreviver com as migalhas que caem em suas mesas. Muitos daqui tinham sua profissão, família e bens, mas fomos obrigados abrir mão de tudo pelo simples fato de recusarmos de seguir as ideologias impostas pelos supremos que regia o governo com punhos de ferro, e todos aqueles que desacatavam as suas leis perdiam todos os seus direitos como cidadãos.

— Então, poderíamos nos considerar os vencedores da rodada. — mencionou Carlos após colocar a mochila sob a mesa de centro seguido pelos os outros.

— Calma, ainda restam alguns minutos. — assim que paro de falar, escutamos uma algazarra acompanhados dos sons de sirenes e buzina vindo do exterior da prisão. E em questão de segundos todos saíram em disparates da qual nos deparamos com um caminhão repleto de caixas com água potável, uma carga que resultariam longos dias sem buscas por água saudável, visto que a água da chuva era inútil devido as inúmeras contaminações.

— Garota, mas que loucura foi essa? — perguntou a filha mais velha.

— Como você conseguiu essa proeza?

— Por que não entramos e comemoramos com uma garrafinha de água? — indagou a líder, uma mulher negra que desde o começo da luta pela sobrevivência nunca cogitou em olhar para trás como fizeram os outros líderes.

Ao avistar a cena aonde crianças, jovens e adultos regozijavam simplesmente por beberem água, parecia até ficção ou histórias que ouviam falar do sertão nordestino para alguém que sempre levou uma regrada do bom e melhor que a vida pode oferecer.

Na medida em que todos se acomodaram em seus devidos quartos improvisados nas celas, fui até o último pavilhão que dava para um imenso quadro onde retratava os últimos resquícios da natureza, desde pequena me questionava o real motivo das pessoas desejarem o cinza dos arranha-céus que o verde das árvores, no entanto, e quem diria que chegaria o dia do qual a sociedade iria sentir falta de algo a quem tanto desprezou e desvalorizou? O meio ambiente sem sombra de dúvida deveria ter sido temas de prioridade entre todos os governos, mas ao estudar todo percurso dos brasileiros desde a chegada de Cabral no Brasil, presumo que a natureza significava apenas uma moeda de troca para minoria enriquecer aos custos de desastres ambientais causados pelas as ações do homem.

— Parece que você nunca se cansa de apreciar a esse quadro. — comentou a líder após se colocar ao meu lado com os braços cruzados.

— Talvez seja porque nunca tive a oportunidade de tocar, sentir e exalar o bom ar puro. — respondo ainda que soe rude.

— Eu já mencionei a vez que lutei contra o desmatamento na Amazônia?

— Não, mas seria uma honra ouvir mais um ato de heroísmo vindo minha ativista predileta. — respondo o que faz ela me empurrar para o lado.

— Sabe que sou apenas uma simples artista plástica aposentada?

— Não esqueça da grande líder e querida por todos. — respondo contra o olhar incrédulo de Clarice.

Na medida em que a líder iniciava a história, alguns jovens e crianças sentam ao redor de nós, no semblante das crianças davam para notar que elas estavam abismadas ao ouvir falar da flora e fauna espalhados pelo território brasileiro. E enquanto a ouvia, prestei atenção nas nossas diferenças físicas, desde que me infiltrei nos rebeldes pacíficos a fim de acompanhar cada movimento deles, percebi que temos mais semelhanças no modo de pensar e agir do que as diferenças mais gritantes. Sempre tive que conviver com os diversos preconceitos da minha família Alencar, os meus pais faziam questão em enaltecer que apenas os brancos eram pessoas atribuídos de inteligência e competência, porém já os negros representavam apenas mão-de-obra barata, e como justificativas, eles me mostravam as inúmeras histórias sobre a escravidão que apesar do fim dela, os negros livres ao invés de serem contratados pelos os seus senhores de engenho, eles foram substituídos por estrangeiros e abandonados ao léu como indigentes. Entretanto, após conhecer a líder Núbia e as lutas que ela e os negros enfrentaram ao longo dos anos, era triste admitir que conhecia apenas um lado da história.

Ao final da história a líder ordena a todos os pequeninos a irem direto para a cama, e como sempre todos obedeceram após depositar um beijo no topo de suas testa.

— Dessa vez, bati o recorde de dormir tarde. — mencionou Núbia após alguns bocejos.

— Pode ir se deitar que eu cuido de averiguar todos os postos de vigilância.

— Obrigada, minha querida. — respondeu a líder indo para o seu aposento.

Em seguida verifico as quatro guaritas de vigia, e o pessoal responsável pelo turno noturno se encontravam em alertas em casos de tentativas de invasões dos rebeldes rivais ou o exército da Elite, contudo desde a saída do último esconderijo não tivemos alertas de invasões, mas ainda assim mantivermos as mesmas medidas de segurança e contra-ataques.

— Você, está cada vez mais bela. — disse o Hector depois que o pressionei contra a parede do túnel que dava para a parte de subterrânea.

— É uma pena que não posso dizer o mesmo. — digo encarando o filho do líder dos radicais. — Aliás, está ficando cada vez mais idiota ao invadir a essa altura do campeonato.

— O que você ver como uma invasão fora de órbita, eu vejo como uma visita ao meu amor. — disse Hector invertendo a posição.

— Já falei que não sou mais o seu amor, vai procurar outra otária para iludir. — digo ao me desvencilhar do alcance de suas mãos.

— Por favor, acredite em mim, Clarice.

— Acreditar em você, está falando sério?

— Era a invasão ou envenenar a comida. — respondeu ele num tom de voz mais elevado.

— Sabe que para os radicais tudo é questão de sobrevivência.

— Isso é uma regra para todos, mas desde que os radicais perderam uma boa parte do pessoal, vocês têm descontado toda a raiva no meu pessoal.

— Seu pessoal? — perguntou Hector escorado na parede.

— Olha só, quem diria que a filha do presidente se tornaria uma rebelde, mas é uma pena que esteja no time errado, pois daria uma ótima capitã ao meu lado.

— Escolher os pacíficos foi a decisão mais fácil já que os radicais não passam de um bando de covardes atacando gentes inocentes.

— É engraçado você nos definir como covardes, já que somos os únicos a pleitear contra o governo.

— Sabe que não somos a favor de derramamento de sangue. — replico indignada com a postura egoísta de Hector.

— Seria louvável se os ataques se estendesse apenas aos verdadeiros inimigos. — menciono perdendo a paciência em lidar com as ideologias dos radicais que tentavam justificar os ataques contra os pacíficos como uma forma de sobrevivência.

— E sabe o que mais me revolta?

— O quê? — perguntou Hector intrigado.

— Você é filho da pessoa que mais admiro.

— Clarice, os pacíficos deveriam acordar e enxergar melhor a realidade a qual vivemos.

— Hector, vai embora. Estou cansado de ignorar o quanto somos diferentes em tudo.

— Eu vou embora, mas se vocês não mudarem a postura, alguém vai ter que pagar o pato. — mencionou Hector em uma postura desconfortável.

— Mas o que quer dizer com isso? — antes que pudesse ter uma resposta dele, ouvimos passos em nossa direção, sendo assim empurro-o contra um quartinho.

— Lucas, você por aqui... Imaginei que estivesse de vigia, hoje. — falo após fechar a porta atrás de mim.

— Sim, mas um dos rapazes tinha visto um movimento estranho na área sul. — respondeu Lucas.

— Movimento estranho? — pergunto fazendo-me de desentendida, ele assentiu com o balançar da cabeça.

— Entendi, mas diga para ele ficar despreocupado, pois foi apenas uma ratazana. — minto para o Lucas, embora soubesse que para a maioria dos pacíficos, a mentira fosse algo incontestável , porém não foi uma mentira visto que comparei mentalmente o animal com o Hector.

— Já que estamos aqui, você pensou em minha proposta? — Lucas perguntou um pouco acanhado.

— Eu sei que ainda tem sentimentos pelo o meu irmão, mas convenhamos que o Hector só pensa em si mesmo, nem chegou a hesitar quando decidiu nos abandonar e fazer parte dos radicais.

— Você está coberto de razão, mas sabe que não é fácil apagar toda história que tive com o Hector do dia para noite... Me desculpe, mas a minha resposta ainda é não. — respondo com uma dor no peito em não pôde corresponder aos sentimentos do Lucas, um rapaz sonhador, inteligente e altruísta, uma das poucas pessoas que tomaria uma bala para salvar alguém ao contrário de

— Na primeira vez em que te vi doando pulseiras gratuitas a pessoas que mal conheciam, logo pensei: Uau, essa garota que há tanto tempo esperava. — confessou Lucas tornando a nossa convivência cada vez mais insuportável, dado que todos insistiam em que fôssemos o novo casal da comunidade. No entanto, Lucas e a Nancy eram as únicas pessoas que souberam do meu envolvimento com Hector.

— Por favor, Lucas. Não torne as coisas mais difíceis para nós. — peço quase implorando o que faz ele me dar as costas inconformado com a minha escolha de continuar a amar um traidor.

— Quando acordar desse conto de fadas, eu vou está te esperando. — respondeu Lucas ao me encarar sob o ombro.

— Lucas...

Simplesmente, ele seguiu direto para ala norte sem olhar para trás. Ao avisar a Hector que a barra estava limpa, assusto-me ao ser puxada para dentro pelo pulso, e segundos depois, ele cobriu os meus lábios com os dele.

— Mas, qual é o seu problema, primeiro aparece aqui do nada e depois me beija como se fossemos ainda um casal de namorados? — questiono após lançá-lo contra um armário com cobertores e toalhas.

— Mas, minha Branquinha, ainda somos namorados...

— Ao menos para mim. — acrescentou o Hector.

— Dessa vez, você acertou em cheio, pois somos namorados apenas em sua cabeça. — digo sem hesitar, apesar da intensa vontade em permanecer nos braços enquanto o enchia de beijos.

— Clarice, você tem todo o direito de duvidar das minhas escolhas, das minhas ideologias e até o caráter, mas jamais duvide dos meus sentimentos por você... Eu amo você. — mencionou Hector com tamanha naturalidade que o "Eu te amo" dele soou mais como um "Bom dia".

— Se é verdade, então volta para mim, volta para os pacíficos. — peço conforme seguro a mão a fim de trocar as esferas de oxigênio da pulseira. Para àqueles que opõem-se contra o governo, não existe acesso a educação, saúde, alimentação, e sobretudo as esferas de oxigênio, um objeto tão pequeno, mas importantíssimo para a sobrevivência dos seres humanos.

— Sabe que não posso fazer isso, além do mais, nenhum deles me aceitariam de voltar. — justificou o Hector.

— Obrigado.

— Hector, antes de você partir, me diz o que iria dizer antes da chegada do Lucas. — peço ainda segurando o braço dele.

— O que adianta eu falar, se nem acreditar em mim? — questionou ele.

— Você não iria arriscar a sua vida apenas porque queria matar uma saudade, me diz, Hector.

Ainda que estivesse intrigada com o segredo do Hector, tinha medo em descobrir mais um dos tramas dos radicais para acabar com a gente.

— O Félix quer fazer uma proposta com os elites... — pronunciou o Hector ao se acomodar sob a mesa.

— Mas, que proposta?

— Em que os radicais devolveriam a filha do presidente em troca de uma cadeira entre os maioral das elites. — disse Hector.

— E você concorda com isso? — a pergunta era estúpida diante a alguém que foi capaz de abandonar a família e amigos em nome de uma causa.

— Pelo visto, você não me reconhece mais...

— A verdade é que nunca te conheci de verdade. — respondo com lágrimas nos olhos em admitir um amor que jamais seria correspondido, pois como a nossa união daria certo se sempre estaríamos em lados opostos?

— Como você mesmo quis colocar, eu nunca arriscaria a minha vida por saudades de alguém, então só vi avisar para ficar longe da reunião entre os líderes. — Hector respondeu com o semblante abatido.

— Sabe que isso não será possível.

Na Manhã Seguinte...

Novamente somos despertados pelos gritos de desesperos da Cremilda que desde o falecimento por Covid-19, ela desencadeou inúmeros transtornos mentais, e o mais frequentes são os ataques de pânico. Inicialmente o casal de psicólogos do grupo sentiram-se inúteis por não encontrarem uma solução eficaz para os vários sintomas psicológicos, por isso todos se acostumaram aos gritos matinais de Cremilda, com exceção das crianças que sempre se assustavam.

— Nada melhor como um bom despertador para nos fazer lembrar da vida de bosta da qual levamos. — mencionou Nancy se espreguiçando, ao olhar para o relógio sob a cômoda, noto que a Cremilda acordou uma hora mais cedo comparado ao dia anterior.

— Se esse for o seu mantra, eu tenho algumas objeções a fazer.

— E falou a garota que trocou uma vida de luxo e glamour por uma vida de que mesmo? — indagou Nancy aos risos.

— Bem, é fácil trocar o luxo e o glamour quando é obrigada a passar a maior parte do tempo trancafiada em um quarto ou estar ao redor de pessoas fúteis.

— Se a sua vida era tão difícil assim, então o que te mantinha viva? — perguntou a garota dos olhos esverdeados ao se jogar em minha cama, ela colocou a cabeça sob o meu colo.

— As esferas de oxigênio? — pergunto satirizando o fato em que a sobrevivência de todos dependiam exclusivamente de uma pulseira que levava ar puro para a máscara.

— Brincadeira, mas sempre tive a esperança que existe um propósito maior que a nossa existência, capaz de nos levantar dia após dia.

— É um discurso bem motivador, mas confesso que sempre que avistava as suas fotos nos outdoors espalhadas em todos os lugares, te julgava como burguesinha. — admitiu Nancy ao passo em que alisava os seus cabelos ruivos.

— Mas, quem disse que não sou uma burguesinha, só que diferenciada?

A nossa conversa descontraída foi interrompida pela intromissão da filha caçula da líder.

— Lice, a mamãe deseja conversar com a senhorita na sala de reunião. Bom dia.

— Bom dia, linda. Eu já vou, e obrigada pelo recado.

— Por nada. — ela respondeu saindo mais rápido que um raio.

— O que será que a líder deseja com você antes do sol raiar? — questionou a ruiva ao sentar na cama de frente para mim.

— Não faço ideia, mas já vou descobrir.

De imediato prendo os cabelos em um coque, ponho um casaco sobre o pijama e sigo para a sala de reunião em disparate. Dou algumas batidas antes de entrar, e apenas entro ao escutar a voz doce da líder. A encontro impencavelmente vestida com um smoking magenta, os cabelos penteado para o lado seguido por uma maquiagem simples, porém realçava bem os olhos profundos e os lábios carnudos.

— Bom dia, líder. A senhora deseja falar comigo? — pergunto sendo orientada a sentar-se na poltrona a frente da mesa de madeira, e assim faço.

— Bom dia, desejei manter a formalidade para variar um pouco.

— E fez uma ótima escolha, parabéns. — afirmo com sinceridade, pois a Núbia não representava apenas uma mulher negra, ela era belíssima e excelente em tudo o que fazia com um caráter digno. Todavia, era uma honra para mim conviver com ela.

— Obrigada, mas o motivo pelo qual te chamei era para dizer que a partir de hoje você faz parte dos conselhos juvenil.

— Uma conselheira, eu? — pergunto ainda incrédula.

— Sim, você tem se mostrado uma pessoa confiante e leal a comunidade, sobretudo tem se dedicado muito em suas tarefas, então não vejo escolha melhor.

— Vindo de você é muito importante, mas não me acho capaz para ser o representante dos jovens. — respondo fitando os olhos da líder.

— Então, podemos fazer o seguinte. Me acompanhe na reunião com os outros líderes e depois fique a vontade a aceitar ou recusar a minha oferta.

Simultaneamente a minha mente vai direto ao aviso do Hector do qual me alertava em que os radicais tentariam me raptar durante a reunião de líderes. Contudo, concordo com a líder mesmo sob as ameaças de um possível sequestro.


6 de Março de 2021 às 00:40 7 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Kehillah Sanchez Para alguns sou um pouco tímida, para outros sou extrovertida, mas para todos sou uma eterna sonhadora cujo objetivo ainda não foi encontrado. Eu até revelaria a minha idade, mas prefiro manter a tradição, sou de Salvador e escrevo com amor!😂😂😂

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𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 . 𝐏𝐒𝐘𝐂𝐇𝐎𝐂𝐀𝐓 .
Oi, Kehillah, tudo bem? Muito obrigada pela sua participação no desafio #DistopiaBR! ♡ Eita atrás de eita nesse capítulo que inaugura em Busca do Sol, hein? A sinopse já me instigou quando menciona a nova vida pós-pandemia, onde não somente se depende das máscaras, mas de uma pulseira cujo mecanismo libera ar puro para que os brasileiros possam sobreviver. Sem contar todo o estilo da vida baseado em racionamento, sem contar sequer com água das chuvas. Toda essa construção de plot causa uma agonia no leitor diante do cenário que vivemos no dia de hoje. Nos resta torcer para que as coisas por aqui não terminem como nos tempos da tua história. Claro, o que mais chama atenção é a relação proibida de Hector e Clarice, que continuam sustentando sentimentos um pelo outro apesar dos ideais opostos, e eu sou suspeita por ter shippado, já que amo essas relações construídas à base de tensão. E essa aparição do Lucas revelando seus sentimentos? Só deixou as coisas entre eles ainda mais tensas; e rendeu até aquele beijinho. Vou correndo ler o próximo capítulo pra ver no que vai render essa promessa de sequestro. 👀
March 07, 2021, 14:26

  • Kehillah Sanchez Kehillah Sanchez
    Agradeço a sua participação, e confesso que a princípio estava com a criação meio que bloqueada para que abordagem gostaria de desenvolver no conto, embora o Brasil o qual vivemos tem tudo a ver com o tema proposto da bancada, queria fazer algo criativo, mas que demostrasse a realidade com clareza e coerência como seria o Brasil depois da pandemia, no entanto a inspiração só veio no último dia do desafio. O que trouxe vários aprendizados para mim como escrever com ou sem inspiração, pois quando ela vier, eu já terei meio caminho andado. Enfim, é isso! Muitos obrigadas! March 07, 2021, 14:48
Inkspired Brasil Inkspired Brasil
Olá, Kehillah Sanchez! Primeiramente, gostaríamos de agradecer a sua participação no #DistopiaBr! Ter vocês, autores, nos apoiando com suas histórias incríveis e participando ativamente deste desafio nos deixou realmente felizes. Em Busca do Sol nos apresenta algo realmente interessante: pulseiras que abastecem nossas máscaras com oxigênio. Isso é simplesmente genial, principalmente depois que descobrimos que elas funcionam graças a esferas de oxigênio que precisam ser trocadas e são raras. Apesar de a distopia não ser o tema principal na narrativa, ela está presente e dentro do pedido no desafio. Ver um romance acontecendo em meio a um cenário caótico foi interessante. Mesmo estando em um segundo plano, umas das principais características da distopia faz com que o romance entre Clarice e Hector se torne algo arriscado, tornando quase que um romance proibido que nos faz arrepiar com o desenrolar da trama. Apesar de não termos sido diretamente apresentados à família da protagonista, os Alencar, já sentimos repúdio por eles ao saber quão racistas eles são, sem contar as demais coisas que notamos no decorrer da narrativa. Gostamos bastante de conhecer a Clarice, o Hector e o irmão dele, no entanto sentimos que a trama que envolve esse triângulo amoroso ficou um pouco fora de foco dentro da narrativa: apesar de ser interessante a dinâmica entre os três, ela não contribui para o crescimento e desenvolvimento da narrativa e nem é usada depois. Também sentimos um pouco de confusão na transição do primeiro para o segundo capítulo: no primeiro, já fomos apresentados à ideia de um possível sequestro, mas no segundo ele já aconteceu e não temos muita noção sobre como isso se deu, o que frustrou um pouco a narrativa. Ainda assim, e apesar de tudo, devemos ressaltar o quanto achamos interessante — e o quanto fomos pegos de surpresa — quando ficou claro que Hector não estava mentindo sobre suas boas intenções: tudo apontava para o fato de ele ser uma pessoa que estava disposta a prejudicar a Clarice mesmo dizendo gostar dela, mas então descobrimos que na verdade ele estava pronto pra abrir mão de tudo, até mesmo da própria vida, pra ver as coisas melhorarem. Ficamos encantados com isso. Com relação à gramática e a ortografia, notamos alguns erros na escolha de pessoa do verbo e erros de concordância e gostaríamos de indicar a você o nosso blog Esquadrão da Revisão, que talvez possa ajudá-la a acrescer ainda mais com sua escrita. Gostaríamos também de falar sobre como nos sentimos à vontade com a sua narrativa: é uma narrativa rápida e bastante cativante. Temos certeza de que você ainda vai crescer muito na escrita e esperamos de coração poder acompanhar a sua evolução. Por outro lado, aqui vai uma má notícia. Faltou apenas 1 comentário para que sua história pudesse ser validada no desafio. Pedimos para que tome cuidado com isso em um próximo desafio; caso ganhasse o desafio, não poderia entrar para o pódio apenas por ter restado apenas um comentário a ser feito! Um item que está no edital como obrigatório. No mais, agradecemos imensamente pela oportunidade de ter conhecido sua escrita através deste desafio, por nos ter mostrado um mundo tão corrupto e ainda assim com personagens que preservaram a fé. Obrigada pela sua participação, foi muito bom poder contar com você neste desafio e esperamos poder vê-la em outros. Os resultados serão divulgados em breve nas nossas mídias sociais. Fique de olho e boa sorte!
March 06, 2021, 22:00

  • Kehillah Sanchez Kehillah Sanchez
    Desde já agradeço pelo feedback, pois acredito que quando se existe aprendizado, qualquer que seja a crítica positiva ou negativa são válidas. Acredito que a equipe Inkspired terá um enorme desafio pela frente, pois tive o enorme prazer em conhecer obras magníficas e interessantes. E a depender do resultado, posso admitir que estou gratificante em apenas ter participado do desafio! E mais uma vez agradeço a toda equipe! March 06, 2021, 22:43
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
A situação parece bastante complicadas pra ela. Confiar na possibilidade de a informação que o Hector passou é real e é uma possibilidade ou não - até porque as coisas podem mudar bastante rápido nesses meios, né. Achei bem interessante a dinâmica entre ela e os irmãos hahaha
March 06, 2021, 01:42

  • Kehillah Sanchez Kehillah Sanchez
    Infelizmente, a personagem já tinha sido traída por Hector, quando ele decidiu dar as costas para os pacíficos, por isso dado ao histórico dele, acredito que seja justificável a desconfiança e receio da Clarice. March 06, 2021, 02:27
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