takezoo R. S. M. Takezoo

Adaptação da jornada de Red contada de uma forma não convencional, crua, violenta, e especialmente realista, na qual os Pokémon são perigosos e selvagens, e o mundo é sombrio e cheio de terrores. O sonho de todos que uma vez já imaginaram como seria o anime se ele não fosse focado no público infantil. O que realmente aconteceria se crianças fossem permitidas a viajarem sozinhas em um mundo tão perigoso? Obviamente, um desastre. Essa é a história de um jovem com um grande sonho, combinado com a força de sua ambição e a vontade de sujar as mãos para realizá-lo. Esse Red não é o herói ingênuo e ousado estereotipado dos jogos e mangá, esse Red é uma pessoa como nenhuma outra.


#59 em Fanfiction #16 em Anime/Mangá Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#literatura #dark #drama #blue #lore #red #morte #sangue #fanfiction #ficção #realista #adulto #pokémon #pikachu #worldbuilding #epitáfio #Giovanni #Gary #Pokedex #Rocket
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Prólogo


📷


''O medo da morte segue do medo da vida. Um homem que vive totalmente está preparado para morrer a qualquer momento.''

---------(=0=)---------

Neste mundo de monstros, só resta um deus entre os homens: O Campeão. Ele não é justo ou amoroso e não possui um rosto fixo para adoração: esse rosto está sempre em mudança.


Em vez disso, o Campeão é uma ideia, um ideal. Você ouve ‘ideal’ e pensa ‘Ingenuidade’, e bem, você está certo. O idealismo está morto, morto pra caralho, extinto. E não mais crescerá naturalmente, não aqui.


No entanto, o Campeão existe e o Campeão é um ideal. Nós, treinadores, reverenciamos esse paradoxo.


O que o Campeão representa? É discutível. Responsabilidade, habilidade, poder, propósito, pureza de foco, destilação da vontade. Todo esses já foram ditos.


Eu digo que ele representa o assassinato.


Como os humanos sobreviveram ao cataclismo que eliminou quase todas as outras espécies do planeta? Matando. É assim, matamos, fodemos e crescemos.


Vieram os Pokémon, em matilhas e Caçadas-Selvagens, nós os matamos, criamos muros e fomos empurrando-os de volta. Nós estamos fora das águas turvas agora. E dela permaneceremos longe definitivamente.


Sendo o ser humano mais poderoso do planeta, o Campeão é naturalmente o epítome da maior virtude do homem. Mas como homenagear uma divindade tão mortal?


Te pergunto, como?


Somos nós — os aspirantes a Campeões, nós caçadores, nós escravizadores, nós assassinos supremos — reunidos em sagrada comunhão para adorar nossa última grande divindade da maneira específica que esse mundo nos ensinou:


Derrubando-o e cortando sua garganta.


Assassinato do ego continua sendo assassinato, não é?


Não é fácil. Quem conseguirá matar o assassino dos assassinos? Quem poderá derrotar o Campeão, que derrotou o Campeão?


Ora, o Campeão.


Complicado, não é? É um paradoxo eterno. Porque somente deus pode criar uma pedra tão grande que ele não consiga levantar, e ao mesmo tempo, levantá-la.


Quem vence o Campeão, é o Campeão. O Campeão não pode ser derrotado. Ele sempre estará por aqui.


Já se foi o tempo do Jogo dos Tronos.


É hora do Jogo dos Campeões


---------(=0=)---------


Eu to bem, mas tô cansado disso.


De tudo isso. Dos joguinhos, das intrigas, e da tortura. Eu vou falar.


Eu vou contar a vocês uma história. A minha história. Se não, as respostas que vocês procuram não farão sentido.


Respostas são como pedras preciosas: só se sabe o valor real delas depois de preparadas, cortadas e polidas. E não quero ser chamado de joalheiro ruim. Ou vocês se contentam com as respostas que a história irá lhes dar, ou com nenhuma.


Vamos começar com uma introdução. Eu conheço vocês dois, mas com certeza vocês dois não me conhecem. No máximo, ouviram falar de mim.


Podem me chamar de Red — obviamente Red não é o meu nome — é um apelido, aquele apelido que te colocam na infância, e ele se enraíza em você, fincando-se até se tornar uma parte inseparável da sua identidade. Todo mundo tenta descobrir a origem, mas é realmente uma história bem simples, começo simples e final simples.


Eu tenho olhos vermelhos. Tecnicamente é genético, e não, eu não sou albino, como você pode ver, meu cabelo é preto-carvão, e não clareou um fio, não importando quantas tardes quentes eu passasse debaixo do sol no rancho do Professor. Eu sei que a parte ''tecnicamente genético'' chamou sua atenção, mas eu vou chegar nessa parte da história em seu devido tempo.


À medida que você cresce, essas coisas tendem a importar menos, mas quando você é criança, é mais que suficiente para separá-lo das outras. Talvez em outro lugar, ou em outra era, isso possa ter sido considerado atraente, mas não neste Mundo Pokémon.


Aqui, os olhos vermelhos são característicos de várias espécies, algumas particularmente nem dóceis, nem amigáveis.


Minha mãe e eu nunca fomos uma parte central da Cidade de Pallet. Ao contrário, éramos recém chegados na cidade. Minha mãe se mudou para Pallet sozinha, me carregando, notavelmente sem nenhum parceiro humano, apenas com seu Pokémon. Minha mãe não conhecia nenhuma profissão, além da manutenção da nossa casa e do nosso jardim, e também nunca fez nenhum esforço para se integrar à cidade rural, apesar dos incentivos, principalmente por parte dos homens solteiros do povoado.


Nós éramos pobres. Mas graças aos vários trabalhos temporários que minha mãe arrumava na cidade, nos não passávamos fome. Porém, pagar a mensalidade da única escola da cidade deixava nossas finanças no limite. E logo, aprendi a agradecer todas as pequenas coisas que minha mãe fazia. Com um sorriso, agradecia até os remendos nas minhas roupas, para não deixa-la triste ou com culpa.


Pallet não é uma cidade ruim. Ela é uma cidade sonolenta, com pessoas normais, tão imperfeitas quanto qualquer outra, e que na maioria das vezes guardam seus problemas para eles próprios. Eu não era incomodado, discriminado ou perseguido. Eu só era sozinho.


Bem, quase. Deixe-me falar sobre Blue.


Obviamente, Blue também não é o nome dele. É um apelido que eu lhe dei em troca.


Blue era o garoto de ouro de Pallet. Você provavelmente o conhece, pelas biografias e entrevistas. Não era exagero dizer que não havia criança mais amada que ele em toda cidade. Ele era um Carvalho, neto do venerável Professor. Ele sempre andava pela cidade com um bando de crianças o seguindo. Naquela época ele não gostava tanto da atenção quanto ele gosta hoje. Blue nasceu para ser o centro das atenções. Ele era um fanfarrão vaidoso e convencido, e ainda irá se auto-declarar isso em alto e bom som até o dia que morrer.


Ouvi dizer que aqueles que o conhecem às vezes o chamam de valentão. Isso é curioso, para não dizer engraçado. Blue é um valentão do mesmo jeito que os políticos são mentirosos; ele sabe o que quer, e sabe como conseguir. As pessoas não têm direito de reclamar de uma pessoa que tem coragem e busca aquilo que deseja sem pudor.


Ele era um gênio. Nomeava todos os Pokémon de Kanto e a maioria dos de Johto com nove anos de idade. Com onze, ele já comandava Growlithes e Pidgeys na milicia da cidade, e sempre terminava em primeiro lugar nos concursos de arremesso de pokébola.


Desde que começou a andar ele já buscava a licença de treinador. Ele queria viajar cinco anos antes do normal permitido, seguindo o Movimento Youngster, depois que a idade legal para se conseguir uma licença foi baixado de dezesseis para onze, mas seu avô não permitia. Nessa época os dois discutiam bastante frequentemente. Blue tinha milhões de ideias, não gostava de ficar estacionado em Pallet. Sempre foi do tipo que muda o mundo, em vez de deixar o mundo muda-lo.


Lutador virtuoso, campeão impetuoso, e revolucionário silencioso. Esse é o Blue.


O dia em que trocamos apelidos, foi um dia em que ele teve uma briga feia com seu avô. Era fim de tarde, e o restante das crianças já havia ido para casa jantar. Eu não. Eu sempre ficava até mais tarde. Minha mãe nunca reclamava, talvez por confiar em mim ou na segurança de Pallet, ela sempre me deu bastante liberdade, algo que me deu auto-confiança e eterna gratidão à ela. Minha razão de ficar até tarde era bem simples. Eu queria jogar uma rodada na Muralha Pokémon.


Muralha Pokémon era o nome informal que a parede lateral dos banheiros do parque havia recebido ao longo de anos de grafite e giz. Oficialmente, não era permitido desenhar nessas paredes, mas se tornou um passatempo tão popular, que os guardas deixavam isso para lá. A Muralha Pokémon, era coberta de representações infantis dos maravilhosos e terríveis monstros que dominavam nossa terra. Mas não era isso que importava, e sim o jogo.


Pegue Todos tinha regras muito simples e fáceis de seguir. Primeiro, com um giz, você deveria cobrir a parede com desenhos de diversos Pokémon. Vinte, trinta desenhos, dependia de quantas pessoas estivessem jogando. Mas deveriam ser tipos únicos, fogo ou inseto, água ou voador. Tipagem dupla sempre acarretava discussões. Dragões também eram excluídos, já que todos concordavam que eles eram desbalanceados.


Então, você pegava uma bola de tênis e tentava acertar o desenho. Se você acertar o Pokémon na parede, e pegar a bola no ricochete, você captura aquele Pokémon. Você escreve as suas iniciais no desenho e continua o jogo. Você também pode pegar bolas ricocheteadas de outras pessoas. Mas todos só fazem isso mais pra frente, já que se você encostar na bola e deixa-la escapar, o Pokémon é liberado e te devora, caso você não tenha capturado nenhum outro Pokémon. Se você tiver capturado algum, e seu Pokémon tiver fraqueza contra aquele que você deixou escapar, ele te devora do mesmo jeito. Se não há vantagem de tipo, você perde seu Pokémon, mas não morre. Se seu Pokémon tem vantagem de tipo, você ganha aquele Pokémon para você. O jogo continua até restar apenas duas pessoas, e o vencedor é decidido por vantagem de tipo ou discussões imaginárias de batalhas.


Eu era muito bom nesse jogo. Quando eu conseguia me infiltrar em partidas grandes com as crianças, sempre chegávamos ao final eu e Blue. Ele sempre me vencia, de algum modo sempre conseguindo as vantagens de tipo no final. Isso continuou até que uma vez eu finalmente o venci, mas em seguida, uma garota do grupo dele isolou minha única bola em um telhado. Por isso, parei de brincar por lá.


Comecei a brincar sozinho. Por muito tempo procurei pelos cantos e lixeiras uma bola de tênis que alguém houvesse jogado fora, encontrei uma vazia e a enchi de areia até que ficasse mais ou menos com o peso de uma pokébola real, utilizei como base a pokébola da minha mãe, que continha nosso Mr. Mime, um Pokémon cuja importância eu ainda não compreendia naquele momento, e até hoje, ainda tenho dificuldade em compreender.


Peguei alguns restos de giz que sobraram na loja, e desenhei círculos na parede de diferentes tamanhos. Eu fiquei na distância esportiva, e comecei a capturar como um louco os malditos Pokémon desenhados. Não lembro de ter errado uma bola.


Depois de cerca de vinte arremessos, percebi que eu tinha audiência.


Ele não era o Blue, ainda. Ele era o estimado Gary Carvalho. Não me lembro exatamente o que pensava dele naquela época, apenas que era menos caridoso do que eu esperava. Eu ainda meio que o culpava pelo incidente da bola no telhado. Me perdoe. Eu era jovem.


Ele tinha um sorriso perverso no rosto, como se não estivesse desaparecido desde a manhã. Os jeans dele estavam empoeirados, e descobri mais tarde que ele havia corrido todo o rancho Pokémon por causa de uma briga com seu avô.


— Você tem um braço bom, Red. — Ele disse. — Aceita um adversário, ou prefere enfrentar uma parede?


Ignorei a provocação, e perguntei sobre o porquê do ''Red''


Ele deu de ombros. — Duh, seus olhos. — Disse.


Eu pensei sobre isso e, em seguida, rebati que então ele era o Blue. Blue franziu a testa.


Eu quis dizer algo no sentido de ele ser o ídolo rico e eu o vagabundo sujo do lado pobre da cidade. Mais tarde, ele me disse que julgou que eu queria dizer algo assim, porque eu tinha mãe, não tinha pai e cabelos escuros, enquanto ele tinha um pai (mais ou menos) não tinha mãe, cabelos espetados e mais claros. Blue podia ser muitas coisas, mas nunca foi um elitista. Ele nunca discriminou alguém só por discriminar. Ele me contou o que havia acontecido com ele e seu avô, e pelos Lendários, juro que vi uma pequena partícula brilhante descendo de seus olhos naquele dia. Mas segundos depois ele se sacudiu e inclinou a cabeça, dando de ombros.


— Bem, vamos começar então. — Disse Blue.


E foi isso.


O jogo foi brutal. Jogamos em escala real, todos os Pokémon conhecidos de Kanto, incluindo tipos duplos e dragões. Tivemos que parar para debater combates várias vezes, e foram discussões acaloradas. Foi intenso, foi cansativo, ficamos roucos de discutir e com os braços doloridos de arremessar. Foi o melhor dia da minha vida.


Jogamos do por do sol até o inicio da madrugada, onde a lua cheia estava tão brilhante que era como se o dia ainda não tivesse acabado. Eventualmente, minha mãe apareceu. E em vez de nos parar, ela parou e assistiu. Depois de alguns minutos, ela telefonou para alguém.


Minutos depois, a pesada caminhonete velha do Professor Carvalho desceu ruidosamente pela rua, estava procurando seu neto o dia todo, ele desceu, e também assistiu. Nenhum deles falou. Eles apenas assistiram enquanto eu e Blue tentávamos Pegar Todos.


Tínhamos acabado com os Pokémon de Kanto, e estávamos em Johto. Nós tínhamos que continuar jogando — parar iria quebrar a magia daquela partida. Lembro que o último combate foi entre um Dragonite e um Salamance, e nós dois sabíamos que a discussão não teria fim…


Os detalhes não são importantes. A noite em si é que foi importante. Foi uma noite mágica.


E no dia seguinte, o Professor Carvalho lançou a primeira Pokedex.


Bem, foi assim que ganhei o apelido de Red.


Oh, você quer saber meu nome verdadeiro?


Nem fodendo, Rocket desgraçado.

12 de Janeiro de 2022 às 00:32 7 Denunciar Insira Seguir história
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André Pithon André Pithon
O Ápice do que uma fic de Pokémon pode ser, e eu li um número muito maior delas do que deveria. Parabéns pelo 1 ano de começo da história, foi longe nesse período, e eu preciso ler o capítulo novo, mas aqui estou eu, vendo como esse site funciona. Fanfic boa, fanfic bonita, fanfic pra ler sem medo.
March 02, 2021, 00:23

  • R. S. M. Takezoo R. S. M. Takezoo
    Obrigado Camarada Андре Пифон (André Pithon)! Tentando aprender como o site funciona né, kkkkkkkkkk, daqui a pouco você aprende e abandona o comunismo para farmar Inkcoins March 02, 2021, 01:45
Isís Marchetti Isís Marchetti
Olá! Tudo bem com você? Faço parte do Sistema de Verificação e venho lhe parabenizar pela Verificação da sua história. Olha, eu sou uma pessoa que ama muito Pokémon, e quando eu li essa sinopse eu só conseguia imaginar o quanto eu ia amar ler toda essa aventura doida, eu conseguia até imaginar o pessoal na ilha de gelo apanhando para os Dragões. Eu não sei se foi sua intenção, mas eu realmente fiquei muito excita em saber o que eu iria encontrar ao longo do texto. Acredito que a parte que eu mais tenha gostado é da forma franca e sincera que o Red fala de sua vida, como tudo sempre foi muito simples e tudo mais. Eu realmente fiquei encantada com isso. Bom, a coesão e a estrutura do seu texto estão impecáveis, simples e surpreendente. A narrativa está encantadora e eu consegui interpretar as cenas e o ambiente de uma forma muito fluida. Como eu disse lá em cima, a sinopse está maravilhosa e realmente chamou minha atenção. Quanto aos personagens, Red retrata sua vida de uma forma encantadora, isso porque ele não tem todo aquele rancor para com a sua mãe por ser pobre, o que é de se esperar, pelo menos próximo de aonde eu vivo, as pessoas que eu conheci e algumas delas que eram menos favorecidas, sempre culpavam seus pais por isso... Red é simples, na sua e apesar de ser quieto, ele não é necessariamente recluso, pois se fosse nunca teria se aproximado de Blue e criado esse vínculo que eles obviamente têm. Eu consigo imaginar ambos desvendando o mundo, sempre um do lado do outro e conquistando muito Pokémon e abrindo cada vez mais a Pokedex. Quanto à gramatica, seu texto está muito bem escrito. A leitura flui de uma forma até mágica e você conseguiu me prender com a sua técnica de escrita. Tem alguns lugares do texto que as palavras estão faltando espaçamento então seria interessante se você desse uma atenção para isso. No geral a história está incrível e acredito que muitos outros leitores iram gostar tanto quanto eu. Desejo a você sucesso e tudo de bom. Abraços.
January 22, 2021, 23:30

  • R. S. M. Takezoo R. S. M. Takezoo
    Olá, Isís, é um prazer conhece-la. Fico bastante feliz que a sinopse tenha te chamado a atenção, eu já a modifiquei umas cinco vezes, mas acho que tô feliz com ela assim agora, essa provavelmente vai ser a definitiva. Eu que agradeço pela verificação, pelo que entendi, é bastante importante que a história seja verificado, então obrigado! Sim, eu imagino Pallet como uma cidade quase rural, e isso na minha concepção teria peso no Red e no Blue como pessoa, quando o Blue for melhor apresentado isso vai ficar mais claro. Sim, aqui também, são poucas pessoas as pessoas que possuem essa visão do Red para com seus familiares. Com certeza eles desbravarão o mundo, mas separadamente, conforme você for prosseguindo nos capítulos você vai entender o porquê. Corrigirei esses espaços que disse, acho que foi um problema da transcrição. Eu que agradeço por tudo, e fico feliz que tenha gostado Abraços! January 23, 2021, 03:07
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